-Quero todos os cadernos em cima da mesa. – Darren entra irritado na sala de aula e todos os alunos o encaram em medo. Melody respira fundo e encara Chris com os braços cruzados. – Eu quero uma dissertação de no mínimo 2000 palavras sobre a aculturação Estadunidense.
-E então? – Mel pergunta ao castanho. – Vai me dizer o motivo de ter recusado o pedido de namoro dele ou não?
-Vou Melody. – Chris observa Darren largar com força a bolsa em cima da mesa e se sentar de uma forma bruta na cadeira. – É claro que vou.
Na noite anterior…
-Não. – Chris fala cerrando os dentes, fazendo com que o professor largue seu rosto.
-Não? – Darren questiona sem acreditar. – Você recusou ser o meu namorado?
-Sim, Darren, eu estou recusando me tornar seu namorado. – Colfer repete e o professor fita-o com os olhos em pura confusão.
-E eu posso saber o motivo? – O moreno pergunta, mudando seu tom de fala para algo que nem o castanho consegue identificar.
-Darren, são várias coisas juntas…
-E eu posso saber quais coisas são, Colfer? – Sua voz muda completamente.
-Primeiro, quando se tem um namorado você quer mostrar ele ao mundo e não vai ser bem isso que acontecerá entre nós dois…
-Por enquanto. – Darren o interrompe. – Quando você se formar nós…
-Daqui a 4 anos? – Chris o encara. – Eu vou ter que esperar 4 anos para andar de mãos dadas em público com você? – Agora o aluno parece deixá-lo sem fala alguma. – E também tem a questão de que…
-De que? – Darren o encara bem.
-A sua idade. – Enfim o castanho diz e Darren o encara em mais choque ainda.
-A minha idade? – Darren questiona ofendido. – Não pensei que a minha idade fosse um problema para alguém como você.
-E não era, não até eu me dar conta de que quando você tinha seus 16 anos eu ainda nem sequer era vivo. – Colfer comenta e parece deixá-lo confuso. – Eu também não sei o que meus pais pensariam. E eu também acho estranho o fato de que quando eu estiver no meu auge da carreira, em meus 30 anos, você já vá estar com seus quase 60. Isso é bizarro.
-Eu não acredito. – Darren diz chocado. – Eu não posso acreditar que esteja me falando isso.
-Darren, me escute…
-Sabe… – Criss o interrompe com o tom que muda mais uma vez, porém agora é perceptível que ele parece estar triste. – Eu gosto de você, eu realmente gosto de você. Mas eu sabia que isso não duraria, principalmente a partir do momento que você começou a conversar com esse tal de Will.
-O Will não tem nada a ver com essa história.
-Sim, ele tem sim. Ele é bem mais novo, pode crescer na vida ao seu lado e se você quiser namorar ele de verdade com fique à vontade, afinal de contas, ele é um rapaz bem melhor e bem mais correto para o seu futuro do que eu. – Darren recua em um passo e o castanho lhe observa. – E eu não estou com raiva de você, estou com raiva de mim por ter sido um idiota em ter pensado que finalmente encontrei o amor da minha vida. Porém, parece que esse meu amor é novo demais para saber o que é amar.
-Darren… – Chris dá um passo na direção dele, mas o moreno o impede com a mão.
-Fique com o Will, ele é bem melhor para você, bem menos complicado.
E só então o professor vira-se de costas e some de sua vista em passos longos e pesados.
[…]
-Ou seja, ontem ele ficou triste e hoje está com raiva? – Mel questiona.
-Parece que sim. – Chris suspira. – Eu gosto dele, eu gosto muito. Mas a ideia de que ele é 16 anos mais velho do que eu é estranha demais.
-Por que você não se arrisca ao menos uma vez, Chris? – Mel o encara. – Dane-se o fato de que ele já beijava enquanto você nem tinha nascido. Vivemos o presente e não o futuro. Você pode muito bem morrer amanhã, da mesma forma que ele pode morrer aos 100 anos. Você vai deixar de amá-lo por uma besteira como essa? Por uns simples números insignificantes?
-Não, acho que não. – Chris respira fundo.
-Então pronto, quando a aula acabar vá nele e diga que gosta tanto, mas tanto dele que está disposto a amá-lo independente do fato de que ele já chupava uns garotos enquanto seus pais transavam para ter você. – Ela dá uma risada.
Chris não evita de rir do comentário vindo de Mel, porém seu sorriso logo se fecha ao ver alguém no qual não queria diante da porta.
-Merda. – Colfer fala.
-Professor? – Will chama-o.
No mesmo instante todos olham para porta e Darren faz o mesmo. A expressão do moreno muda completamente, seus olhos praticamente ficam vermelhos de ódio e seu corpo fica pálido pelo sangue que se esvaiu por conta da presença de Sherrod.
-Posso ajudá-lo? – Darren questiona com uma voz pesada.
-Eu queria saber se posso assistir a sua aula. – Will questiona sorrindo.
Darren o encara bem nos olhos e só então apenas acena em positivo com a cabeça. Sendo assim, com mais um sorriso Will entra na sala e logo corre na direção de Chris, que por sua vez ainda o encara em espanto.
-Bom dia. – Will fala sorrindo e enfim, lhe dando um selinho inesperado.
No mesmo instante Darren amassa uma folha que estava em suas mãos e o seu corpo fica quente pela raiva. Chris continua assustado e a sala toda parece prestar atenção neles.
-Bom dia. – Chris enfim responde engolindo a seco.
Will senta-se ao seu lado e Mel respira fundo mexendo sua cabeça em negativo. Chris por sua vez direciona seu olhar na direção de Darren e ambos ficam se entreolhando até o exato minuto em que o moreno abaixa a cabeça e volta a escrever.
-Me desculpe por ontem. – Will sussurra. – Acabei sendo apressado demais.
-Sem problemas. – Chris comenta dando uma risadinha irônica.
-Mas de qualquer forma nós somos namorados, então temos intimidade… – Will encosta sua mão sobre a dele. – Não temos?
-Claro. – Chris mexe a cabeça em positivo, retirando sua mão debaixo da dele e a levando até o outro braço, fingindo que o mesmo coça.
-Bom… – Darren levanta-se da cadeira. – Estão fazendo os textos?
-SIM! – Todos respondem.
-Então vamos dar uma pequena parada para comentarmos algo. – Ele encosta-se na sua mesa e observa todos os alunos. – Vocês sabem que dia é hoje?
Todos se entreolham, mas parecem não saber.
-Hoje é o primeiro dia do Outono. A famosa época do Equinócio, ou seja, quando o dia e a noite tem a mesma duração.
-Virou aula de Astronomia? – Um dos meninos pergunta e todos caem na risada.
-Não, não virou aula de Astronomia Sr. Larson. – Darren prossegue e só então a porta se abre e Noah aparece nela.
-Desculpe o atraso. – Noah comenta entrando, mas Darren o impede de ir até a sua cadeira com um chamar de mãos.
-Venha cá. – O professor o chama e Noah o encara confuso.
No entanto, mesmo assim, ele caminha na direção do moreno e para ao seu lado. Darren apoia sua mão no ombro dele e prossegue.
-Sr. Thomas, eu estava comentando com seus colegas que enfim chegou o Outono e além das provas que se aproximam, ele possui outro significado.
Noah mexe sua cabeça em positivo, mas ao mesmo tempo questiona-se o motivo de estar parado ao lado dele escutando isso.
-E qual seria? – Enfim, Noah questiona.
-Que bom que perguntou. – Darren dá uma risada e enfim, dá um passo a frente. – Chegou o Outono, a estação mais imunda de todas. Aliás, é uma estação na qual me deprime bastante. Quando era pequeno nunca gostei desta época do ano, mas meu pai sempre me dizia que não havia problema alguma com ela, mas, na verdade, há. – O moreno faz o gesto para que Noah vá para sua cadeira e o mesmo o faz. – No Outono, murcham as flores, as horas com luz vão diminuindo gradativamente e os dias frios vão chegando. O Outono chega sigiloso, quase sem avisar, despacha o verão e deprime a todos. O Outono é triste.
Darren cruza os braços e observa cada um dos alunos. Chris por sua vez observa-o atentamente e seu coração por algum motivo começa a ficar dolorido.
-O Outono é o ânimo da nostalgia. E o que é nostalgia? É o sofrimento de reconhecer algo que tivemos e já não temos e nem vamos ter mais. A nostalgia é uma viajem ao passado, à infância, à lembrança de uma pessoa que já não está mais aqui. No outono, as cores começam a morrer. No outono, a vida se vê por trás de uma janela, afinal de contas ninguém gosta de sair em plena chuva. No outono, alguém diz estar em uma etapa e que em breve se tornará uma nova pessoa, porém esse em “breve” nunca chega. O vento, a chuva, a tristeza e a nostalgia nos confirmam, chegou o outono.
A sala nunca estivera em tamanho silêncio e todos prestam a devida atenção com uma dor que surgiu subitamente em seus peitos.
-O Outono nos avisa que vem o inverno. E no inverno nos aparece propagandas de chocolates, casais felizes, apaixonados, que se amam, se beijam. Mas não é assim. O outono é a velhice do ano, é o crepúsculo dos sonhos, é uma porcaria. – Ele fala e finalmente todos cedem uma simples risada. – O outono nos deixa inseguros. Se veste preto, cinza, vermelho, cores de dor. E eu vou dizer uma dica a todos vocês, se não há um namorado ou namorada que possa ficar ao seu lado nesta época do ano, tudo parece se tornar pior ainda.
-Isso é uma indireta para o Chris ou eu fumei demais lá fora? – Noah sussurra para Mel.
-Se não faltasse muito as aulas dele saberia que dois terços delas são dedicadas a mandar indireta para o Chris. – Mel responde e Noah suspira.
-Ele tem ótimas palavras. – Will sussurra para Colfer.
-Eu sei. – Chris diz de uma maneira triste.
-Mas ainda bem que chegou o Outono e nós temos um ao outro, certo? – Sherrod sorri e aperta a mão dele.
-Claro. – O castanho respira fundo e volta a prestar atenção no professor.
-Todos dizem que a Primavera é a estação do amor, porém é no Outono onde se formam mais casais. – Darren prossegue. – Se no Outono você está sozinho, de fato começa a se sentir cada vez mais sozinho. Mas o pior não é se sentir só, é ver que ninguém mais ao seu redor está só. Quantos de vocês já não ficaram tristes por todos os seus amigos estarem namorando e você não?
Ele questiona e vários alunos levantam suas mãos.
-Então pois bem, meus alunos. Chegou a época mais imunda e triste do ano, chegou o Outono e…
O professor é interrompido pela diretora na porta. Darren vira o rosto na sua direção encarando-a e os alunos fazem o mesmo, sendo assim o moreno caminha em sua direção.
-Desculpe por interrompê-lo, mas podemos conversar? – Aretha pergunta.
-Sim, claro. – Darren mexe a cabeça em positivo. – Alunos, continuem escrevendo seus textos, volto em dois minutos!
-Talvez mais do que isso. – Aretha sussurra, fazendo com que Darren agora a encare com um pouco de medo.
O professor sai e fecha a porta atrás de si, parando de frente para diretora e encarando-a bem nos olhos.
-Não pude chamá-lo em minha sala pois estou de saída e isso será breve. – Ela inicia enquanto Darren a observa atentamente. – O que está havendo entre o Sr. Colfer e você?
No mesmo instante os olhos de Darren se arregalam e sua respiração se esvai.
-Do que a senhora está falando? – O moreno questiona.
-Apenas me responda, o que está havendo entre vocês dois? – Ela insiste.
-Não está havendo nada, diretora. Ele apenas é um bom aluno e rapidamente me apeguei ao modo de pensar dele. Apenas isso.
-Vocês andam bem próximos. Você estava bêbado junto a ele no final de semana, vocês estavam em uma festa.
-Aretha, já lhe disse que Colfer apenas estava me ajudando a voltar para casa. Ele é um excelente aluno. – As mãos de Darren começam a suar. – Apenas fui aquela festa para me divertir, meus alunos me convidaram e eu não queria fazer essa desfeita com eles.
-Não sei se foram os mesmos que lhe convidaram, mas alguns alunos vieram até mim para dizer que o senhor estava dançando de uma forma íntima com o Colfer. – Ela enfim diz e o corpo de Darren enfraquece. – E o Sr. Carter, aluno de Futebol Americano, disse que o senhor iniciou uma briga com ele.
-Esse garoto persegue o Chris há semanas. – Darren fala começando a se irritar. – Liam queria forçá-lo a fazer sexo com ele.
-E o que o senhor tem a ver com tudo isso? – A voz dela muda.
-Aretha. – Darren a encara bem. – Primeiramente, eu sou professor dele, portanto, tenho o dever de protegê-lo. E em segundo, Chris tem namorado, ok? E inclusive o namorado está na sala de aula sentadinho ao lado dele. Colfer e eu não temos nada, absolutamente nada.
-Não vou insistir mais. – Ela respira fundo. – Mas saiba que caso eu lhes pegue juntos, a sua queda será maior do que caso tivesse me dito a verdade.
Sendo assim, Aretha o encara por uma última vez e lhe dá as costas, afastando-se. Darren respira fundo e arrasta seus dedos entre os fios do cabelo e em contrapartida a isso, seu celular vibra no bolso.
-Alô? – Ele o atende.
-Darren! – Uma voz alegre fala.
-Mãe! – A expressão que antes era temor, agora se torna em um grande sorriso no rosto do moreno. – Como a senhora está? E o papai?
-Estamos melhores. E você?
-Tendo alguns probleminhas aqui no meu novo emprego, mas nada grave. – Ele continua sorrindo. – Já mandei o dinheiro para o papai, ok? Eu sei que não é muito, mas com esse meu novo emprego está dando para mandar um pouco mais.
-E eu lhe agradeço por isso, meu filho. – Ela parece sorrir.
-Ele está tomando todos os remédios? A senhora está o levando ao médico?
-Sim, sim. Tudo está certo, não precisa se preocupar com nada. – Ela prossegue ao mesmo tempo que Colfer sai pela porta e o observa sem sequer Darren notá-lo. – E como vai o Charlie? Vocês pararam de brigar?
-Mãe, não estou mais com o Charlie, a senhora sabe disso. – Darren suspira. – Na verdade, agora eu estou gostando de outro rapaz.
-O quê? – Ela parece se alegrar. – Como ele se chama? De onde ele é? Por que não traz ele aqui para almoçar um dia desses?
-Porque eu não sei se isso que nós dois temos dará certo. – Darren enfim vira-se e dá de cara com Chris, que ainda o encara encostado na parede e de braços cruzados.
-Que besteira, Darren! – Ela o repreende. – Quero que traga ele!
-Se ele quiser ir, eu o levo. – Darren fala olhando para Chris. – Preciso desligar agora. Diga ao papai que eu lhe mandei um beijo.
-Digo sim. Amo você!
-Também amo a senhora. – E enfim, ele desliga.
-Me levar aonde? – Chris pergunta tentando não dar uma risada.
-Para almoçar com meus pais. – Darren aproxima-se dele acanhadamente.
-Eu adoraria isso. – Chris dá um sorrisinho.
Darren não consegue evitar de fazer o mesmo e acaba sorrindo de um jeito tímido para ele. O sinal toca e todos os alunos começam a sair quase correndo de suas salas. Chris e Darren continuam se entreolhando até que:
-Você sumiu. – Will aparece junto a Mel.
-Vim tirar uma dúvida com o professor. – Chris fala e o sorriso sai dos lábios de Darren.
-Nós vamos naquela lanchonete, quer vir? – Mel pergunta.
-Eu não… – Chris tenta falar, mas…
-Ele quer sim. – Darren o interrompe. – Depois tiro sua dúvida. Vá sair com sua amiga e seu namorado.
Sendo assim, o professor sorri para Mel em despedida e se afasta.
-Vamos? – Will pergunta.
-Vamos. – Chris abaixa a cabeça.
[…]
-Here we go again, I kinda want to be more than friends. – Noah canta como se fosse um louco a música “Animal” da banda Neon Trees.
-Noah parece cantar essas músicas de propósito para me deprimir. – Chris sussurra para Melody. Ambos estão sentados e estudam para as provas, muito ao contrário de Noah que nem parece se importar.
-Por que você não vai conversar com Darren a sós? – Ela questiona enquanto escreve.
-Você não viu a diretora hoje? Claramente ela está no pé dele, portanto é arriscado eu ir conversar a sós com ele.
-Tudo para você é arriscado, Chris. – Ela o encara e só então Noah a agarra pelas costas em um abraço.
-Oh, oh, I want some more Oh, oh, what are you waiting for? – Ele canta no ouvido dela.
-Parece que alguém enlouqueceu de vez. – Mel dá uma risada enquanto Chris observa os dois com um sorriso.
-E então…? – Chris questiona. – Fizeram as pazes?
-Parcialmente. – Mel responde.
-Diga isso por você. – Noah sorri e só então a beija na nuca. Mel dá uma risada e Chris suspira. – Não vai visitar o seu avô… quero dizer, amor?
Ele brinca, mas Chris não parece gostar muito e exatamente por isso a expressão do castanho muda totalmente.
-Ok, seguinte. – Noah larga Mel e o encara. – Tudo aquilo que eu disse a respeito do Darren foi em brincadeira, ok? Na minha opinião amor não tem idade, da mesma forma como tão tem sexo, cor, religião ou marca de cereal preferida. Se você gosta dele o suficientemente para correr o risco de até mesmo perder os estudos, então você pode muito bem amá-lo mesmo ele sendo alguns simples aninhos mais velho do que você. Sendo assim, arrisque-se. Ame. Viva a vida, pois você só tem uma e ninguém pode meter o dedo nela e criticá-la, a não ser você mesmo.
Ele respira fundo depois de falar, encara os dois a sua frente, ambos parecem chocados.
-Além do mais que, eu até gosto desse Darren, não muito, mas gosto. – Ele complementa.
Chris e Melody continuam o encarando ainda de queixos caídos.
-Essa é a coisa mais racional que você disse desde que nós nos conhecemos. – Mel fala chocada.
-É porque sou um cara humilde e tento esconder a minha inteligência para que vocês não se sintam inferiores a mim. – Ele sorri e os dois reviram os olhos. – Mas estou falando sério, Chris. Se gosta dele, vá atrás. Se lembre do que ele disse hoje, o Outono chegou e quando se fica só nesta estação as coisas tendem a piorar. – Ele desvia o olhar para Mel. – E isso também foi uma indireta para você viu, Melody?
-Vá se catar! – Ela brinca e Noah dá uma risada.
-Bom… – Chris levanta-se. – Nunca pensei que fosse dizer isso, mas… o Noah tem razão. Preciso consertar as coisas. Vou atrás do Darren.
[…]
O frio bate no corpo de Chris e uma simples neblina parece consumir todo campus. Algumas folhas caem e o asfalto não poderia estar mais frio. Ele caminha em direção a casa do Darren e assim que aproxima-se dela, logo nota que o mesmo está sentado sobre a grama do jardim, com uma simples coberta debaixo de seu corpo. Chris também não evita de notar que Darren lê um livro e tem ao seu lado uma xícara de café cuja a mesma assopra uma pequena quantidade de vapor no qual se junta a pouca neblina.
-O que faz aqui fora nesse frio? – Colfer pergunta e o professor rapidamente levanta sua cabeça na direção dele.
-Estou lendo um pouco. Sozinho. – Darren parece surpreso ao vê-lo, mas se contém para não parecer feliz diante disso. – Se lembra? Outono.
-Posso me sentar ao seu lado? Só assim quebramos um pouco essa lenda da estação.
-Fique a vontade. – Darren se afasta um pouco, cedendo lugar na coberta.
Chris senta-se ao lado dele e logo abraça as próprias pernas. Darren o observa e um silêncio se faz, tendo em vista que a rua nunca esteve tão deserta.
-E seu namorado? – Darren inicia.
-Você sabe perfeitamente bem que não namoro ele de verdade. – Chris o encara. – Eu gosto de você e apenas estou fazendo isso para nos salvar.
-Nos salvar. – Darren dá uma risada irônica. – Será que é tão difícil assim gostar de alguém?
-Se fosse fácil não teria graça. – Chris arrasta sua mão e a pousa em cima da dele. – Eu não me importo de ser mais novo do que você, ou de tê-lo como meu professor. Eu quero estar com você e soube disso exatamente no minuto em que lhe vi se afastando.
-Mas por que recusou o meu pedido? – Darren lhe encara com os olhos marejados.
-Medo? – Chris sugere. – Porém, não tenho mais isso. Pois o meu único medo agora é o de que não possamos ficar juntos. Eu quero estar com você.
Darren o encara bem nos olhos e só então aos poucos se aproxima, ainda o observando, até que enfim fecha seus olhos e junta seus lábios aos dele. Ambos suspiram e rapidamente se tocam com as pontas dos dedos na pele um do outro. Seus lábios se movem e o professor o puxa para mais perto, aprofundando mais sua boca na dele.
-Estamos no meio da rua. – Darren sussurra entre o beijo.
-Não me importo. – Chris responde levando sua mão ao final da camisa dele. – Quero seu corpo aquecendo o meu.
Sendo assim, o castanho retira a camiseta dele. Mais uma vez seus lábios voltam a se encostar e o professor geme ao sentir a unha do castanho lhe arranhando o peito. As mãos de Darren se arrastam pelo corpo dele e o fazem se deitar aos poucos.
O professor deita sobre seu corpo e o beija com gosto, aquecendo-o como pode. Suas respirações se misturam e eles parecem dar todos os beijos perdidos durante o tempo da briga. As unhas de Chris o arranham pelas costas e o moreno faz movimentos com seu corpo no dele, deixando o aluno a gemer entre os beijos.
-Você faz meu coração bater acelerado. – Darren sussurra começando a abrir o botão da calça dele. – Faz eu me sentir um adolescente de novo.
O beijo se aprofunda e Darren arrasta seus lábios ao rosto dele, beijando sua pele fria. Aos poucos a boca do professor vai em direção ao seu pescoço e devagar desce, pelo corpo do aluno enquanto o mesmo geme e fecha os olhos.
Criss o beija, descendo mais e enfim chegando a sua região íntima. O professor abaixa a calça dele e logo leva seus lábios ao pênis do aluno. Chris geme e se agarra na coberta, sua vista escurece e sua boca se entreabre. E a medida que o professor desce com lábios em seu membro, seus olhos embaçados observam o céu repleto de nuvens.
A boca do professor molha todo pênis dele e desce devagar, desce aproveitando o momento. As mãos dele o masturbam, com os dedos formando um círculo apertado. Chris geme e continua observando o céu, ele abre os braços como um anjo de neve e assim permanece, no mais puro prazer.
Aos poucos o professor retira seus lábios e volta a beijá-lo pelo corpo, deitando-se novamente sobre ele. Ambos se beijam novamente e o aluno lhe agarra pelas costas geladas. Seus corpos juntos se aquecem e os dedos do professor deslizam pelo seu peito. Até que enfim, Darren abaixa um pouco as suas calças e faz juntar seus membros.
Ambos se tocam e os dois começam a gemer. Darren faz movimentos de ida e vinda, apenas tocando os pênis, sem que haja uma penetração e o beija de uma forma aguçada. Seus pênis são masturbados um no outro e isso parece enlouquecer o aluno.
-Vamos. – Chris geme.
-Não tenho camisinha. – Ele sussurra.
-Não tem problema. Confio em você. – Chris responde.
Sendo assim, com um sorriso o professor volta a beijá-lo e leva seu pênis a entrada dele. Devagar Darren penetra e Chris agarra o seu braço com força. Seus lábios se tocam e o pênis entra todo fazendo com que o castanho gema em um suspiro.
O professor começa a fazer movimentos devagar enquanto o beija. Suas mãos se arrastam até o rosto do castanho e seguram a sua pele, enquanto o mesmo segura as costas dele com força e o abraça com as pernas. Ambos gemem e só então sentem uma gota cair por cima de suas cabeças.
-Vai chover. – Chris sussurra entre o gemido.
-Deixe chover. – Darren retruca aumentando a velocidade.
E enfim, a chuva cai. Água se derraba sobre seus corpos e o professor aumenta a velocidade com que penetra. Chris geme e o aperta com força, beijando-o em seguida e mordendo seus lábios. O barulho da chuva é quase tão alto como seus gemidos, o aluno geme cada vez mais alto e fecha seus olhos pela fraqueza em abri-los.
Darren vai e volta, com força e agilidade. Sua respiração começa a ficar fadigada, mas o seu desejo pelo corpo do castanho é tanto que o faz recuperar o fôlego em segundos. A água continua a cair e seus corpos começam a ficar escorregadios acarretando em algumas risadas dos dois.
Eles se beijam e sorriem entre a ação. Até que enfim, o professor simplesmente o vira de bruços. Darren volta a se deitar sobre seu corpo e penetra com mais força. Chris se agarra na coberta molhada e geme revirando os olhos.
O professor beija as costas dele e arrasta suas mãos por seus braços abertos, agarrando-os e os apertando com força. Chris geme e aos poucos levanta um pouco seu quadril empinando a sua bunda e fazendo o professor ir a loucura.
Darren lhe dá leves mordidas na pele e leva agora suas mãos ao quadril dele, apoiando-as e o deixando de quatro para si. A chuva é forte e o vento deixa seus corpos gelados. Darren penetra com força e Chris fica totalmente empinado, apoiando-se apenas pelos cotovelos.
A cabeça de Darren arqueia para trás e professor começa a gemer. Ele penetra com mais e mais força até que enfim o aluno simplesmente goza. Chris geme a medida que seu esperma sai e seus olhos reviram ao sentir agora a mão do professor o puxando pelos cabelos.
Darren morde os próprios lábios e o aperta pelos cabelos, puxando sua cabeça para trás. O moreno observa de cima o corpo do castanho, as suas curvas, a sua pele pálida e a água da chuva que escorre por ela. Até que enfim, também chega ao seu orgasmo.
Seu corpo enfraquece e ambos desabam na coberta ensopada de água. Eles dão uma risada e entreolham, beijando-se em seguida.
-Temos que sair daqui antes que alguém nos veja. – Colfer comenta sorrindo.
-Claro, mas antes… eu… – Darren respira fundo e busca alguma fala em seu cansaço. – Eu quero tanto namorar você. – Ele respira ofegante e Chris o encara bem nos olhos, sentindo que o coração dele está batendo forte. – Quero que conheça os meus pais, quero que possamos andar de mãos dadas, quero poder me acordar ao seu lado e quero dizer a todos que você é o meu namorado. – Ele continua a falar e Colfer respira em nervosismo. – Tem certeza de que você não quer isso? Tem certeza de que não quer ser o meu namorado?
Chris o encara bem nos olhos e sua mão se arrasta até o peito dele. O castanho jamais viu um coração batendo tão forte quanto o do professor está nesse instante.
-Eu quero. – Enfim Chris responde, fazendo com que Darren o encare com um sorriso se abrindo aos poucos.
-Então… – Darren abre um sorriso. – Você aceita namorar comigo?
-Aceito. – Chris sorri.
O sorriso do professor se abre de uma forma inexplicável e ele simplesmente o agarra pelo rosto e lhe beija. Suas bocas juntas se acalmam e seus corpos se aquecem nesta primeira noite fria do Outono.
-Então… – Darren interrompe o beijo. – Podemos marcar o almoço com meus pais, certo?
-Claro. – Chris dá uma risada. – Vou adorar conhecê-los.
-Ótimo, pois quero que você veja o motivo pelo qual não posso me demitir. – Darren finaliza, deixando o castanho lhe observando em completa curiosidade.
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