As portas se abriram sozinhas. O hotel parecia abandonado, entretanto, os segurancas que me liberaram a passagem fizeram questão de levar-me até Marcos.
O prédio moderno não deixava de carregar vestígios medievais em sua decoração com espelhos emoldurados e mesinhas de canto com jarras caríssimas por cima, em sua maioria vazias.
Quando aproximei-me do sofá, cumprimentei com dois beijos o homem que me aguardava com um charuto na mão esquerda. Seu bigode estilo pirata estava perfeitamente desenhado na pele, entregando que havia recém feito.
— A que devo a honra?
— Precisamos falar a respeito de papai.
— Sabe que estou procurando.
— Eu preciso de um tempo. As coisas estão começando a dar certo.
— Como pode ter a certeza? — Marcos sorriu de canto, e eu me sentei do seu lado ignorando o cheiro da fumaça.
— Dylan confia em mim. Já faz cinco meses, sinto a confiança que transmiti para ele através de suas atitudes. Ele me pediu em namoro.
— Meus parabéns.
Sua cabeça balançou-se, apesar de não demonstrar surpresa. Quando a essência do charuto acabou, ele largou em cima do prato e aproximou-se acariciando meu rosto. Sorri encarando seus olhos.
— Então já sabe o que deve fazer.
Balancei a cabeça que sim fechando os olhos e retribui o selinho demorado que ele me deu seguido de nossas testas coladas. Segurei firme em sua nuca, permanecendo em silêncio pelos segundos que nossas testas ficaram juntas. Quando nos afastamos, Marcos olhou-me.
— Clare vai cuidar do resto.
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