handporn.net
História Make a Wish - (aokaga story) - Purple - História escrita por PrayforMuke - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. Make a Wish - (aokaga story) >
  3. Purple

História Make a Wish - (aokaga story) - Purple


Escrita por: PrayforMuke

Notas do Autor


Peço desculpas pelos possíveis erros.

Capítulo 11 - Purple


-Ah, oi... O que você está fazendo aqui? - Depois da terceira sinfonia ofertada pela campainha, ele atendeu ao chamado. Estava ainda mais bonito do que recordava, tecnicamente não se viam a alguns dias, mas aquilo já parecia uma eternidade.  

 

Soltou a respiração que nem se dera conta de que prendera e tentou controlar os seus joelhos que pareciam mais amolecidos do que de costume. -Eu queria te ver... - Notou as sobrancelhas do garoto se unirem em plena confusão. Claramente aquilo não fazia sentido algum até porquê fora a pessoa a se afastar em um primeiro momento, sem nenhum motivo aparente.  

 

Fez menção com o corpo para que o outro liberasse a porta para sua entrada, por mais que desejasse conversar com ele, não faria aquilo no meio do corredor do condomínio em que o garoto residia. O ruivo pareceu o entender, desviando o corpo para o lado para que conseguisse aproveitar a refrigeração do ar condicionado, em contraste com o clima naquele dia.  

 

Assim que abandonara os seus calçados na porta de entrada e seguira para dentro do apartamento sentiu o aroma da refeição. O mais novo passara ao seu lado e fora em direção da cozinha, seguiu-o. Havia algumas panelas ao fogo e a mesa que ficava no cômodo estava enfeitada, como se daqui algumas horas fosse acontecer algum evento importante. Sentiu o pinicar tão conhecido por si ultimamente, mais uma vez o monstro do ciúme dava suas caras. Alheio as suas conclusões, o tigre continuava com o preparo do alimento.  

 

Ele parecia tenso enquanto cortava alguns vegetais, sabia que sua presença era uma total surpresa, mas não queria causar desconforto no outro. Sentou em uma das banquetas da península, garantindo uma visão ampla e privilegiada de toda a movimentação do outro.  

 

-Você está esperando alguém? - O monstro se revirava dentro de si, por mais que lutasse para controlá-lo estava curioso. Taiga olhou-o de soslaio, como se quisesse precisar com qual Aomine lidava naquele momento. Encarou as próprias unhas em puro fingimento, para que ele não notasse seu interesse pela resposta.  

 

-Sim. - Ser monossilábico não estava no perfil do menor. Bom, ao menos que ele estivesse incomodado com algo, Daiki sabia disso. Agora era ele quem unificava a expressão para tentar compreender o que estava acontecendo, o barulho da ebulição era a única coisa que disfarçava o silêncio do local.  

 

-Hum. - Coçou a nuca e puxou alguns dos fios, suspirando frustrado. Havia saído do parque com sua mente tumultuada, de uma maneira estranha Kise o encorajou a ir atrás daquele idiota. O loiro era irritante e invasivo alguma vezes, mas ainda era um bom amigo.  

 

Definitivamente não era ele quem esperava encontrar naquele lugar, queria encontrar aquele falsificado no meio da multidão, ainda tinha esperanças de que ele fosse aceitar o convite de sua amiga, mas ele não o fez. Na realidade nem sabia porquê havia aceitado também, ou por que ansiava vê-lo naquela manhã. No fundo sabia e tinha plena consciência disso, mas saber não o preparava para assumir as coisas que guardara para si, mesmo que o visse e que se aproximasse, o que diria? Era com esse dilema que estava lidando nos últimos meses, mas agradecia Kise por ter dado um empurrão do qual sua mente precisava. Após tantos conselhos recebidos de seus amigos mais próximos, só precisava de um último toque.  

 

O que o leva a atual situação.  

 

Suspirou novamente, aquilo parecia mais difícil agora que estava de frente para ele. Quem foi o mentiroso que afirmou que na segunda tentativa era mais fácil? 

 

-Você não respondeu a minha pergunta. - O ruivo ainda concentrado no que fazia perguntou-lhe.  

 

-O quê? - Talvez tivesse divagado por muito tempo sem se dar conta. Notando a sinceridade em sua voz o ruivo soltou um riso anasalado, como se sua confusão fosse motivo de piada. 

 

-Perguntei por que você queria me ver... Agora. - Houve uma pequena pausa entre a frase. A tensão continuava aparente nos movimentos dele, poderia jurar que a fala saiu mais ressentida do que o esperado, pela maneira que a colher pareceu tamborilar enquanto remexia o cozido.  

 

Abriu a boca e fechou-a logo após. Não tinha tido a sensibilidade de medir as consequências de sua ausência repentina, porque não acreditava que ele fosse notar, por mais que sua parte egocêntrica desejasse que sim.  

 

Estava se martirizando desde que ele aceitara o seu chamado na campainha, o ruivo se esquivava e parecia evitar olhá-lo nos olhos, como se não o quisesse mais ali, como se tivesse se tornado um completo estranho.  

 

-Eu precisava disso. - Foi o que respondera. Não era uma total inverdade, realmente precisava, mas não era tão simples assim, haviam outras razões, das quais ainda não se permitia dizer. -Para quem tanto cozinha? - Alimentar o monstro parecia mais fácil do que deixar as palavras saírem de sua boca e sanar todas aquelas inseguranças que o corroíam.  

O outro parecia ler sua mente, pois sorriu em descrença e maneou a cabeça em negativa. -Meu pai disse que viria almoçar comigo hoje para se despedir de maneira adequada.  

 

-Ah claro a sua viagem. - Sorriu sem ânimo. 

 

-Sim. - O grande elefante branco sentara-se em uma das cadeiras da mesa decorada, acompanhando com a cabeça o diálogo tal qual como se fosse um jogo de tênis.  

 

O mais baixo desligara uma das bocas do fogão e fora em direção a pia, ficando de costas para o moreno. Kagami detestava lavar a louça, mas qualquer coisa seria melhor do que encarar o azulado naquele instante. Tinha vontade de socá-lo e ao mesmo tempo desejava beijar cada pedaço de pele que compunha aquela face. Claro que ele precisava aparecer logo agora em que estava se acostumando com a realidade de não o ter por perto.  

 

Não, não estava satisfeito com aquilo, mas o que poderia fazer a respeito? Nada. 

 

Não poderia fazer absolutamente nada, porque fora decisão dele se afastar e por mais que gostasse do infeliz não poderia forçá-lo a ficar.  

 

Então não entendia a súbita mudança. Quase caiu para trás quando o viu pelo olho mágico da porta de entrada, deixou que a campainha tocasse mais duas vezes só para ter certeza de que aquilo não fosse um sonho. Havia imaginado milhares de cenários com ele chegando e se apresentando na portaria como seu namorado, alguém que o desejasse, quisesse-o por perto, mas aquilo parecia tão distante as vezes. E toda aquela insistência em saber quem o acompanharia na refeição, como se ele se importasse com a resposta. Sua cabeça borbulhava mais do que suas panelas.   

 

-Eu fui ao parque, sabe, para o festival. - O de cabelos tingidos murmurou em afirmação, para que o outro continuasse. -Pensei que te encontraria por lá. 

 

Mesmo que o outro não conseguisse o ver, Kagami mordeu o lábio inferior em um misto de nervosismo e ansiedade. Claro que pretendia ir, tinha até mesmo escrito alguns desejos, mas então ele se afastou e tudo pareceu tão inútil que de última hora acabou cancelando sua presença com a rosada e convidando seu pai para uma refeição. -É, acabei preferindo ficar em casa. Mas é uma surpresa você ter aceitado ir, não sabia que você apreciava esses festivais. 

 

-Geralmente me recuso, mas esse... - Ouviu o moreno pigarrear, a voz dele parecia vacilar em algumas ocasiões. -Bom, eu tinha... Na verdade, eu ainda tenho esperança de que meu desejo irá se realizar. 

 

Taiga descansou o último talher recém limpo no escorredor ao seu lado e enxugou as mãos no pano preso no gancho da parede acima da bancada, virando-se de frente para o mais velho. Não poderia negar que estava instigado com toda aquela devoção ao festival, tudo bem que era muito popular em todo o território do país, até havia participado em algumas edições, mesmo quando estava na América, mas não sabia que o as de Touou era tão devoto. -Jura, você? Não imagino que você faça pedidos aos deuses. - Largou o pano de em cima da banca, apoiando as mãos nesta.  

 

-Há muitas coisas sobre mim que você desconhece meu caro Taiga. - O sorriso irritante aparecera naquela estúpida face. O tingido sorrira mostrando os caninos em resposta, não estava no melhor humor para brincadeiras e esperava que o seu recado tivesse sido compreendido.  

 

-É? E que tipo de coisa você desejou? - Observou-o bater de leve em um dos bolsos da bermuda, como se indicasse que os papeizinhos ainda estavam com ele.   

 

-Várias coisas... - Ele se levantou da banqueta e se pôs em pé ao lado dela. O desgraçado mantinha uma expressão inocente, completamente alheio a forma que aquela peça de roupa inferior fazia jus as suas coxas, o que não passou desapercebido pelo menor que tentava evitar encará-lo fixamente. -Desejei muita saúde para minha mãe; desejei que os espíritos guardassem a alma de meu pai em um bom lugar... - A cada frase dita ele caminhava um passo em sua direção. Não sabia se era resquício do cozimento ou da temperatura, mas sentia-se quente. -Desejei que meu irmão se tornasse uma boa pessoa; desejei que Satsuki fosse feliz... - Estava quente, muito quente, até o elefante sentado suava só de olhar. -Desejei a nova edição de verão de uma das minhas modelos favoritas... - Se ele queria irritá-lo ainda mais, estava conseguindo com sucesso. Seu maxilar endureceu quase que de prontidão, o que provavelmente foi notado pelo moreno que estava bem próximo, porque ele não se conteve a abrir um sorriso maior. Queria usar o pano de prato para sufocá-lo. -Também desejei algumas coisas com você... Como te ver perder para mim todas as vezes, você não sabe o quão prazeroso é te derrotar em quadra. - O corpo dele estava praticamente grudado ao seu contra a bancada da cozinha, torcia para que seu pai não chegasse naquele instante, seria constrangedor demais.  

 

Tentou rebater o último tópico, mas sua mente deu um branco quando as mãos dele apertaram sua cintura e o hálito quente atingiu a lateral de seu pescoço. Aquele garoto era um completo desmiolado, primeiro se insinuava com direito a cenas de ciúmes, depois se afastava por completo e agora estava ali em plena sua cozinha ondulando o quadril no seu, com aqueles shorts pecaminosos e com mãos atrevidas pelo seu corpo.  

 

Sentiu a língua dele em contato com sua pele antes de mordiscar o lóbulo da sua orelha.  

 

Como haviam chego naquela situação? 

 

Sussurrando em seu ouvido ele continuou. -E desejei poder te beijar antes de te ver partir... - Os olhos do ruivo pareciam querer saltar para fora com a confidência. 

 

O carmesim, que até o momento continuava imóvel com suas mãos apoiadas na bancada - apertando o móvel até suas juntas empalidecerem -, adentrou com uma dentro da camiseta do moreno arranhando a base das costas dele e com a outra tratou de puxar os fios azulados da nuca para que conseguisse beijá-lo propriamente.  

 

O beijo por mais intencionado que fosse, começou de maneira afobada e dessincronizada, causando em alguns momento o choque dos dentes e o mordiscar de línguas. Com alguns segundos de prática conseguiram encaixar-se de maneira adequada, com o adicional das carícias que ainda faziam com as mãos.  

 

Depois que se separaram, acabaram em um abraço meio desconcertante. Aomine tinha a cabeça repousada em seu ombro e, aprendera que o moreno adorava mordiscar o que via pela frente, não atoa já pegara as canetas dele com as tampas comprometidas. E os mordiscares ficavam mais intensos quando ruivo pressionava as unhas com força nas costas dele. Ambos tentavam recuperar o fôlego, despedindo-se mentalmente do elefante que saía pelo arco divisor do cômodo.  

 

O oxigenado acabara cravando as unhas com força recebendo uma sucção que com toda certeza deixaria uma marca grotesca em seu pescoço.  

 

Como explicaria aquilo para seu pobre pai? 

 

Era inexperiente quando se tratava do Aomine enfeitiçado pela luxúria, sabia lidar com o cabeça de vento quando ele estava animado, entediado, raivoso e até mesmo triste. Aquele era um mundo totalmente novo, com as mais variadas possibilidades, tinha medo do que pudesse descobrir e de que limites o outro estava disposto a atingir. 

 

Estava ferrado.  

 

Mas uma parte de si gostava, e ele sabia disso. 

 

O moreno desceu uma das mãos que anteriormente apertavam sua cintura – como se suas pernas o permitissem fugir – e espalmou uma de suas nádegas a apertando firme em sequência ato que o fez gemer em surpresa. Não precisava vê-lo para que soubesse que ele esbanjava um daqueles sorrisos. 

 

-Maldito masoquista.  


Notas Finais


Quaisquer comentários serão bem vindos :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...