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História Maktub - Imprescindível - História escrita por LilyFF20 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Maktub - Imprescindível


Escrita por: LilyFF20

Notas do Autor


Ela dá fim às suas tentativas
Ele sente falta da atenção dela

Capítulo 1 - Imprescindível


Fanfic / Fanfiction Maktub - Imprescindível




Assim como uma noite estrelada, ela irradia estrelas em seu olhar; é admirável como os girassóis a seguem. Van Gogh certamente ficaria encantado, pois ela é a fusão de suas maravilhosas obras.


Há muito a se conquistar nesta jornada, seja ela solitária ou compartilhada. O que importa é aproveitar cada momento ao máximo, antes que chegue ao fim da partida.


No caminho, há amores infinitos, sejam passageiros ou duradouros. Ser amada desde o nascimento moldou a trajetória da jovem de maneira tão efêmera e magnífica... Mesmo sendo criada da mesma forma que sua prima, ela sentia-se preterida pela mãe.


Seu adorado pai, no entanto, fazia de tudo para atender aos seus desejos infantis, ensinando-a desde as coisas mais simples até as mais complexas, sempre elevando sua autoestima.


Nem mesmo seu olhar esquivo impedia que as pessoas quisessem se aproximar dela. A cada ano, ela se tornava uma jovem ainda mais bela e única.


Sabemos que existe um tempo para tudo em nossas vidas e que a paixão é inevitável; as provas mais sinceras de amor são, muitas vezes, as mais simples. Existem momentos de nascimento e de despedida, ciclos que se encerram, mas quando refletimos sobre o que deixamos de fazer, as palavras que não dissemos, as atitudes que não tomamos, percebemos que o tempo muitas vezes não é suficiente para realizar tudo o que desejamos. Somos despreparados para a perda e impacientes com a passagem do tempo. Um dia, compreenderemos o real significado da frase: "Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa." As pessoas não estão aqui para satisfazer nossas expectativas, assim como nós não estamos aqui para satisfazer as delas. Elas não se precisam, mas sim se completam, não por serem metades, mas por serem inteiras e dispostas a compartilhar objetivos comuns. A escolha é nossa: conformar-nos com o que nos falta ou lutar para transformar nossos sonhos em realidade.


Quando os olhares se cruzam... é um momento mágico. Existe uma conexão inexplicável, o tempo desacelera, e você quase consegue ouvir seu próprio coração pulsar. As pessoas ao redor desaparecem, tudo parece estar em câmera lenta. Aqueles segundos se transformam em uma eternidade deslumbrante! É impressionante como o amor pode transformar instantes em algo magnífico.


Em certos aspectos da vida, há a crença de que opostos se atraem... será mesmo? É possível, mas é preciso ter cautela, pois essa dinâmica pode desmoronar sem aviso prévio.


Sucumbir à dor do coração partido, pela falta de correspondência no amor, não é uma escolha. Ao ressurgir como uma fênix, ocuparemos a mente, aproveitando a vida de forma caótica e divertida ao lado dos amigos mais próximos.


A amizade que desenvolveu com a mãe do rapaz permaneceu intacta.


Quando José Miguel surge na festa da fazenda vizinha e a vê dançando com outro homem, um incomodo invade seu ser, seguido rapidamente pela fúria.


O ciúmes é intenso e fervente, corre por suas veias até que cada parte de seu corpo sinta a ferocidade disso. Ele aperta o copo de uísque, pensando em como sair dali sem ser notado, ou como tirar aquele homem da cintura de Ivana.


E então surge a culpa. Afinal, ela pode sair com quem quiser, e ele não deveria pensar em fazer uma cena que, sem dúvida, a deixaria furiosa.


Mas ele não sabe se será capaz de se controlar.


José Miguel se inclina sobre o balcão do bar e observa.


O vestido dela é deslumbrante. Curto, com um decote que destaca suas curvas, um preto com detalhes dourados.


Ele pensa que nunca viu mulher mais bela em toda sua vida.


Quando a música termina, o homem solta a mão de Ivana e a move para a parte inferior de suas costas, guiando-a pelo bar. José Miguel acaba com seu uísque, pede outro, enquanto sua mente grita: "Deixe-a, não faça uma cena, ela vai te odiar para sempre."


O homem entrega a Ivana uma taça de vinho branco, e seus olhos se cruzam com os de José Miguel. Ele inclina a cabeça, esboça um sorriso sutil, e se vira, sabendo que ela estaria ali, mas surpreso ao vê-la com outra pessoa, incapaz de disfarçar a falta que sentia.


É a primeira vez que estão no mesmo ambiente desde o afastamento.


"Engraçado eu ter feito o que fiz para que me notasse, destruindo minha saúde mental... não costumo me martirizar pelos outros, de verdade ainda sou apaixonada por você...tenho a certeza que seria uma constante pelo resto da minha vida, no entanto não posso mais suportar... por isso respeite minha decisão... Fique bem José Miguel Montesinos" disse ela.


As doloridas palavras naquele dia de chuva ainda martelam em sua cabeça, e ele respeitou, mesmo desejando que ela mudasse de ideia. Não negou que sentiu o coração doer cada vez mais ao perceber que não recebeu um telefonema dela.


Seus pensamentos foram interrompidos quando viu Sabino se aproximar.


"Está tudo bem?" perguntou, percebendo a expressão estranha do amigo.


"Sabe quem é aquele cara com a Ivana?" questionou, apontando para os dois que pareciam envolvidos em uma conversa.


"Ah, entendi." Sabino balançou a cabeça, um sorriso malicioso nos lábios. "Aquele é o Luciano, um advogado famoso na capital."


"Hum, nunca ouvi falar," disse José Miguel, dando de ombros.


"Eles estão juntos?"


"Acho melhor você perguntar isso a ela," respondeu, balançando a cabeça negativamente e voltando a olhar para Ivana.


"Não posso simplesmente cobrar algo dela, como se tivéssemos alguma coisa" ele disse, olhando para o copo de uísque em sua mão e bebendo de uma vez.


"Mas isso nunca te impediu antes, sempre gostou de um desafio," lembrou o amigo. "O que mudou?"


"Seria estranho. Convenhamos." Ele se virou para o bar e pediu mais uma dose de uísque. "Vou lá fora, preciso pensar um pouco." Saiu em direção à varanda, observando as estrelas e pensando na pessoa que não queria.


°°°°′°°°°°°°


IVANA


A satisfação que sentiu ao vê-lo desestabilizado por sua companhia foi um deleite aos olhos.


Ela e Luciano eram bons amigos, nada mais que isso...


"Você conseguiria colocar outra pessoa em seu coração da mesma forma?" O questionamento de Leonor fez com que refletisse.


"Sabe," finalmente respondeu, "acho que amar José Miguel é a única razão pela qual eu não consigo. Não seria capaz de deixar alguém ocupar esse lugar que sempre foi dele. E isso me exaspera, porque eu o amo mesmo com todos os seus problemas e peculiaridades, até pelo jeito ríspido que ele escolheu, ao passo que eu sou completamente diferente. Ele arruinou minha sanidade, e agora surgiu uma boa oportunidade, mas não sei o que fazer."


"Qualquer decisão que você tomar, estarei ao seu lado," Leonor sorriu, olhando na direção de onde o filho estava sentado. "Vá até ele, minha querida... precisam conversar urgentemente."


Ouvir isso encheu seu coração de esperança.


Decidida a derrubar suas barreiras e resolver tudo com aquele homem de uma vez por todas.


"Vou lá, fazer a coisa certa desta vez," disse, sorrindo e agradecendo pelo conselho. "Peça desculpas ao Luciano por mim," e saiu em direção à varanda.


°°°°′°°°°°°°


José Miguel desabotoou os dois primeiros botões de sua camisa, sentando-se em uma cadeira na varanda, enquanto saboreava um pouco de uísque, sentindo a garganta queimar. Olhando para o horizonte de San Pedro, escutava o som abafado da tempestade, tão absorto em seus pensamentos que não percebeu quando ela se aproximou.


"Oi," ela disse, tímida.


Ele virou a cabeça e encontrou Ivana, encostada na porta que dava acesso à varanda, contemplando o céu. 


"Oi," tentou manter a voz estável, mas falhou.


Seu traje era confortável, mas sexy. Calça social preta e uma jaqueta simples sobre uma camisa negra. Ela o amava assim, entre o casual e o profissional, algo que ele bem sabia. O turbilhão de sentimentos em seu peito se intensificou.


"Posso me sentar?" perguntou, indicando a cadeira à sua frente.


"Fique à vontade." José Miguel tentou afastar seus pensamentos e sorriu para ela. Ela se sentou ao seu lado.


"Como você está?" ele perguntou de repente.


"Bem, ocupada... mas na maior parte do tempo estou bem." Ela lhe ofereceu um sorriso, em seguida, o olhou e perguntou: “O que te aflige?”


"Eu estou bem, linda. Talvez um pouco diferente, mas isso me acompanha há um tempo. Estou tentando ser uma nova versão de mim mesmo." 


José Miguel estava empenhado em mudar sua vida, tanto pessoal quanto profissionalmente, algo impensável alguns anos atrás, mas também estava ciente de como a vida é breve e de quanto sentia falta de Ivana. "Sinto sua falta na maior parte do tempo." Ela fixou o olhar no horizonte, sem saber o que dizer.


Sabia que essa conversa precisaria acontecer em algum momento, pois também sentia falta dele. Contudo, a ideia de encarar essa realidade a intimidava, mas era necessário expor seus sentimentos e esperar por uma resolução.


"É irônico, na verdade, pois desde a primeira vez não me simpatizei com você. Naquele momento, achei que tratá-la com rispidez era o melhor caminho. Atuei de forma imatura e mereci todo o desprezo da sua parte, levei um grande susto com seu pai, passei dias acordado com medo que ele fizesse algo." Ivana não conteve o riso.


"Ah, José Miguel, você bem mereceu... E também não foi correto eu me martirizar para ser notada de outra forma. Foi até bom esse afastamento. Eu realmente te amo, mas ainda estou ressentida."


"Me desculpa, meu amor. Vou me esforçar para que você me perdoe e volte a confiar em mim... foi um tormento não saber nada sobre você, e o que eu sabia era tão raso." Ele segurou o rosto de Ivana entre suas mãos. "Quase te perdi por um erro meu, e não quero te perder novamente."


Estava lutando contra o turbilhão de emoções que fazia seu coração doer, mas não conseguiu controlar. Uma lágrima escorreu por sua bochecha enquanto tentava recuperar a compostura. Seus braços se afrouxaram, e ele virou a cabeça para conter as lágrimas restantes.


Quando finalmente a encarou, Ivana pôde ver a umidade que ainda preenchia seus olhos.


"José Miguel," ela começou, em um murmúrio suave, "ouça bem o que vou te dizer," suplicou. "Você nunca me perderia, nem agora, nem nunca. Eu sempre fui e sempre serei completamente sua." Seus olhos se encheram de lágrimas e ela não pôde conter a emoção. "Mas, infelizmente, não posso pertencer a você. Poderia passar o tempo que fosse, e seria sempre você." Manteve os braços ao lado do corpo em um gesto de derrota.


A boca de José Miguel se abriu levemente enquanto repetia as palavras dela em sua mente, mas não conseguia assimilar.


"Me dê uma chance de consertar as coisas. Deixe-me mostrar que estou arrependido... Quero a oportunidade de fazer dar certo."


"Você realmente quer isso?" Ela perguntou, buscando assegurar-se de que não estava delirando.


"Quero," José Miguel respondeu, esboçando um sorriso. "Nós dois, para sempre, é tudo que desejo. Sei que demorei para entender, mas não consigo mais ficar longe de você. Preciso de você ao meu lado."


"Tem certeza disso?" Ela indagou mais uma vez, sentindo suas bocas a poucos centímetros de distância. "Acho que não suportaria se você se arrependesse em algum momento."


"Não vou me arrepender," ele repetiu, desejando não se sentir como se estivesse tentando se convencer ao mesmo tempo. E assim que a beijou, de forma longa e apaixonada, soube que agora era para sempre. Seus lábios eram tão bons e adequados aos dela, como uma droga essencial.







































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