Oh, oh, oh, go totally crazy, forget I'm a lady
Men's shirts, short skirts
Oh, oh, oh, really go wild, yeah, doin' it in style
Oh, oh, oh, get in the action, feel the attraction
Color my hair, do what I dare
Oh, oh, oh, I wanna be free, yeah, to feel the way I feel
Man! I feel like a woman
Man! I feel like a woman - Shania Twain
Sophie Cavaunagh.
Talvez dizer que eu queria matar alguém fosse algo muito forte até mesmo para mim. Não estava nos meus planos ver Harry, e muito menos descobrir daquela maneira que ele simplesmente ainda mexia comigo. Não como homem, mas como o garoto inocente que conheci.
– Sophie? – Louis chamou minha atenção quando eu parei com as mãos encostadas no capô do carro sem dizer uma palavra – Harry e você tiveram alguma coisa?
Talvez admitir aquilo não fosse assim, uma tarefa tão fácil quanto parecia.
– Vamos voltar Louis, você tem outros casos para resolver. – entrei pela porta do motorista enquanto via Louis entrar na do passageiro – Não se importa se eu dirigir não é mesmo?
– Não. – sua reposta foi simples e direta – Já me deu explicações suficientes para isso.
– Verdade. – sussurrei mais para ele do que para mim – Afinal, não importa quanto os assassinos sejam incompetentes, ou de uma péssima mira; o motorista sempre se machuca.
– Faça seu trabalho Sophie, você é a guarda-costas.
Aquilo era verdade. Eu era a guarda-costas eu tinha que manter a calma, eu tinha que ser um exemplo por, mas que a minha cabeça estivesse confusa, eu tinha que proteger uma vida, e não era por acaso que colocaram a vida de Louis Tomlinson nas minhas mãos, se fizeram isso é por que confiam em mim.
Louis Tomlinson.
Por que exatamente as pessoas cometem crimes? Pelo amor de Deus eu queria muito entender por que as pessoas querem coisas que não são suas, matam e depois dizem que é por amor. Essas coisas não fazem sentido algum.
Encarei Sophie que estava sentada no sofá lendo um dos livros da minha estante. Ela não disse uma só palavra desde que voltamos da prisão, só pegou um livro se sentou ali, passou a mão sobre a pistola na cintura só para verificar se estava acessível e depois se concentrou na leitura. No fundo eu sabia que aquilo tinha a ver com a conversa que ela teve com o Styles.
A trava digital da porta apitou como se alguém estivesse tentando entrar e mesmo assim não conseguindo. Olhei Sophie que parecia ter saído de seu mundinho interior e meus olhos estavam como se pedissem permissão para abrir a porta. Ela concordou e colocou o livro de lado mantendo uma das mãos em cima da pistola em sua cintura. Eu apertei o botão da trava que havia em minha mesa, e assim que a porta abriu, sorri aliviado.
Era apenas a minha mãe.
Mas Sophie por não conhecer se levantou rapidamente se colocando a frente dela antes de entrar.
– Ele está um pouco ocupado para clientes agora. – ela falou de uma maneira espessamente grossa.
Eu vou matar essa garota.
– Eu não sou uma cliente, querida. – minha mãe respondeu sendo um doce – Johannah, prazer.
Sophie fez cara de quem não entendeu muito bem e eu suspirei me levantando da minha confortável cadeira.
– Minha mãe. – anunciei após respirar fundo – É uma surpresa você não ter atirado.
Sabe a história sobre cutucar uma onça com a vara curta? Eu estava nesse meio de frase. Era perigoso provocar Sophie.
– Não tem problema a recepção me informou que eu poderia ser abordada por uma mocinha chata, que só tinha de bonito os olhos. – mamãe sorriu, parecendo ignorar a frase sobre atirar, que eu havia citado – Mas estavam errados, meu Deus você é uma bela moça. Sua namorada?
Encarei Sophie, que me encarava da mesma maneira. Mamãe não sabia que eu estava sobre ataques, claro não tinha por que preocupá-la com aquele tipo de assunto, que se Sophie pudesse classificar, seria como confidencial.
– Sim. – ela respondeu antes de mim – Desculpe não ter recebido a senhora bem, não esperava conhecer minha sogra.
– E eu que Louis fosse sair da vida de mulherengo tão cedo. – minha mãe puxou Sophie para um abraço tão forte que a garota ficou até desconcertada.
– Bom... – ela sorriu sem jeito e isso me fez rir também – Vou dar uma volta e então eu volto ok? Só para deixar vocês mais à vontade.
Mamãe ia fazer um protesto antes de Sophie sair, mas eu pigarreei e ela deixou que a garota saísse. Pelo menos não ia ter que aguentar minha mãe fazendo todas as perguntas estranhas possível, e olha que ela era craque nesse tipo de coisa.
– Aonde achou ela? – vi mamãe criar um arsenal de perguntas contra mim – É linda, jovem, e parece bem moderna meu Deus, Louis fico tão feliz que tenha decido me dar netinhos.
Pedir socorro seria dramático demais?
– Apenas diga por que veio mãe. – eu disse revirando os olhos – Não costuma me visitar.
– Você que não costuma receber visitas e muito menos ficar na Clypeus. Está sempre no tribunal, espero que a garota dê um jeito em você. – seu sorriso era tão animador que eu me perdi pensando em como ela reagiria quando soubesse que era mentira – Aliás como ela chama?
Encarei mamãe com um sorriso, falando demais e esquecendo até os mínimos detalhes. Pelo amor de Deus, eu estava analisando as pessoas igual Sophie. Deus tenha piedade da minha alma.
– Ela se chama Sophie, mamãe.
– Belo nome. – vi mamãe bater palminhas animada – De qualquer forma vim lhe avisar que um de seus amigos de faculdade.... Acho que era Liam. Ligou lá em casa, pediu que fosse vê-lo em uma boate chamada Catástrofe, espero que leve Sophie consigo apenas por segurança.
Sophie ia tirar meu couro. Como do nada eu querer ir em uma boate. Mas era raro Liam vir me visitar e pedir que fossemos nos encontrar nem que seja para tomar alguma coisa, ele vivia ocupado e eu também, poxa vida eu tinha que ir, éramos quase como irmãos. Aposto que Zayn vai adorar ir também. Mais um motivo para que a minha guarda-costas vá também, era perfeito.
Sophie Cavaunagh.
– Você não vai! – soquei a mesa pela terceira vez. Meus dedos já estavam doloridos de tanto que tinha socado aquela superfície só para não socar a cara de Louis ou a de Zayn dentro daquela sala que eu mesma havia projetado para ser segura.
– Sophie é a oportunidade perfeita para que até você mesma beba alguma coisa. – Zayn parecia animado – Aliás, Louis já almoçou?
Encarei Zayn. Preocupado se o meu cliente tinha comido? Ele queria mesmo ir a essa boate a noite.
– Já, Zayn. – vi Louis rolar os olhos para trás – Sophie eu prometo que só vou falar com um amigo antigo e logo depois voltamos todo juntos para casa. A não ser é claro que você encontre um cara legal e ele queira acalmar seus nervos numa transa.
Ele não disse aquilo. Mandei um olhar nervoso em sua direção, ele por acaso realmente achava que meu problema era sexo? Talvez estivesse certo, mas Deus sabe muito bem que eu também poderia me aliviar batendo em alguém.
– Eu vou e te ajudo com a segurança. – escutei a voz do Malik soar mais perto de mim e fechei os olhos me controlando para não quebrar a cara sínica que meu amigo havia criado naquela situação.
– Tudo bem. – eu disse por fim – Entramos, você fala com seu amigo, bebe duas cervejas e dá o fora. Não quero ter que atirar em ninguém num lugar agitado.
Aquela tal ideia de ir para a boate me cheirava muito mal.
(...)
Eu deveria tomar vergonha na cara e admitir que não tinha o que vestir, dando uma de menina mimada e sair gritando pela casa do Malik que se fosse nua ninguém notaria que na verdade eu não tinha o que usar. Todas as roupas eram clássicas para o trabalho, nós iriamos a uma boate eu não tinha noção do que usar.
– Soph? – Zayn parou na porta do quarto me encarando – Você tem ideia do que vestir?
Me senti encurralada por aquela pergunta e para Zayn era difícil mentir.
– Não. – retirei uma blusa preta, um casaquinho preto também e joguei em cima da cama – Vou estar a trabalho, roupas de trabalho.
– Não mesmo. – vi meu amigo sorrir e desaparecer no corredor indo na direção de seu quarto. Me virei novamente para o guarda-roupa, mas logo escutei Zayn voltando pelo corredor – Vai usar isso aqui.
Ele jogou o vestido em cima da cama e eu encarei a peça de roupa. Era um vestido preto com algumas rendas, realmente algo sexy, dava para usar uma bota de cano alto e assim esconder a pistola com o silenciador, seria maravilhoso. Mas sem dúvidas eu saia da minha especialidade de guarda-costas para frequentadora de boates se me colocasse dentro daquela peça de roupa.
– Louis já está lá embaixo? – perguntei a Zayn enquanto pegava o resto das peças que usaria e fechava a porta em sua cara.
– Está sim! – ele gritou – Você tem dez minutos.
– Eu consigo. – respondi com um sorriso.
Nada demais claro, eu conseguia me arrumar em dez minutos. Meu cabelo não tinha muito o que mudar, essa era a vantagem de ter um cabelo curto, você só precisava colocar ele para um lado e pronto, estava bom. Coloquei o vestido os saltos e a faca escondida na bota, não iria dar para perceber então ok. Me direcionei até a porta e vi a sombra de alguém se aproximar por baixo.
– Zayn? – chamei antes de abrir a porta.
– Louis. – a voz do meu cliente surgiu do outro lado – Zayn lhe deu dez minutos mas disse que você estaria pronta em sete.
Abri a porta vendo os olhos de Louis passearem por todo o meu corpo. Talvez ele estivesse achando mais que estranho eu não estar com as roupas do trabalho. Eu podia jurar que se ele continuasse com a boca aberta daquela maneira iria acabar babando e eu ia ser obrigada a dar risada.
– Vamos? – passei por ele batendo em seu ombro – Limpa o canto da boca Louis, está babando.
– Não posso babar pela minha namorada? – ele disse se recompondo e vindo atrás de mim.
Olhei Zayn que estava nos esperando perto da porta encostado na parede e sorri ignorando o Tomlinson. Rimos assim que nossos olhos nos encontraram, pelo visto Zayn tinha gostado da visão do meu corpo naquele vestido tanto quanto Louis.
– Dentro da minha casa vocês não namoram então me permita dizer senhorita Cavaunagh que você está uma belezura. – Zayn parecia aqueles mocinhos que buscam as meninas para seus bailes de formatura, chegava a ser fofo.
Olhei para trás vendo Louis, ele olhava diretamente para o chão. Tinha algo de errado com ele, ou era comigo mesmo? Suspirei apenas lançando um sorriso amigável para Zayn e descendo até a garagem onde estaria o carro do meu amigo. No entanto ele e Louis ainda demoraram um pouco para descer, cheguei a me perguntar o porquê disso, depois eu teria que perguntar a eles o que conversaram e também o porquê de não ter sido na minha presença.
Para meu azar, sorte, o que quer que seja aquilo, o que podia ser carma também, a boate ficava a uns quinze minutos da casa de Zayn. Durante o percurso eles pareciam sérios, tinha certeza que isso tinha a ver com a conversa que tiveram fora da minha presença, o que depois de um tempo me incomodou por que a regra, e a ordem era não sair do lado de Louis, e eu tinha feito isso no momento mais propicio para mim.
– Zayn por que não vai na frente e me deixa falar com Louis, apenas um minuto sim? – falei para o Malik ao meu lado.
Ele parecia ter ficado decepcionado ou até mesmo irritado com meu pedido, mas eu só queria entender o que estava acontecendo bem embaixo do meu nariz e eu não sabia. Depois que Zayn saiu e bateu a porta do carro indo para dentro da boate eu olhei Louis que estava sentado no banco do passageiro já que eu fui no banco de trás.
– Tem algo que queira me contar? – perguntei sendo arisca e direta.
– A paixonite fajuta que Zayn tem por você? – ele me olhou por cima do ombro me pegando de surpresa pelo tom indignado que usou – Está na cara que ele quer te levar para a cama e que não é de hoje.
– Só que eu não estou disponível para ninguém me levar para cama. – respondi ríspida – Alguma coisa mais?
– Você está linda. – um sorriso brotou em seus lábios e eu acabei sorrido também.
Poxa, era um sorriso sincero que fofo da parte dele, mas agora eu precisava deixar o lado fofo e agir como uma verdadeira agente, o lugar estava cheio de pessoas e a possibilidade do assassino de Louis estar por aqui era muito grande para piscar os olhos. Eu era a guarda-costas afinal, tinha que fazer o meu precioso trabalho.
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