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História Marcas do passado - Capítulo 16 - História escrita por Lucyellem - Spirit Fanfics e Histórias
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História Marcas do passado - Capítulo 16


Escrita por: Lucyellem

Notas do Autor


Demorei mas voltei, espero que vocês estejam ainda aqui... eu posto sem revisar tah, só para não perder tempo, já demoro muito para postar, se eu for revisar vou demorar ainda mais... me falem o que estão achando, estou escrevendo todas as fics, então logo mais volto com o penúltimo capitulo de Até onde vale a pena ter medo

Capítulo 17 - Capítulo 16


Laura estava sentada em sua mesa na delegacia, não poderia negar que aquele encontro com Ruby havia mexido com ela.

 

Primeiramente a morena não esperava por aquilo, a gibi humano havia confessado que havia se mudado para Nova Iorque por conta de Taylor,  que amava a médica,  mas quando teve a chance de se aproximar da loira, ela havia feito tudo diferente.

 

Havia procurado por Laura, havia dado uma dica de como poderia se reconciliar com a loira, por mais que não gostasse de Ruby, a policial não negaria que ela havia começado a respeitar sua rival.

 

- Está tudo bem? - Samira perguntou a Laura, a policial estava tão concentrada em seus pensamentos que não notou a amiga entrar em sua sala e sentar-se em sua frente.

 

- Está  - falou olhando para a amiga e parceira de viatura, Laura suspirou encostou as costas no encosto da cadeira jogando sua cabeça para trás e soltou um longo e cansado suspiro, Samira lhe conhecia tão bem para saber que a afirmação feita pela policial não era verdadeira.

 

- Não que eu esteja reclamando afinal eu prefiro você como parceira, não gosto do narigudo - Samira se referia a Jason  Laura saiu da posição que estava se endireitou na cadeira e olhou para a amiga sorrindo, ela também não gostava de trabalhar com Jason - Mas achei que ele seria meu parceiro alguns dias ainda, o que aconteceu para você cancelar sua semana de folga e voltar para cá? 

 

- Taylor - falou o nome da médica como se aquilo respondesse tudo, a cara da Samira de quem não havia entendido muita coisa lhe fez continuar - Taylor começou a se abrir comigo, contando um pouco do passado dela, ela foi casada por dez anos, porém sofreu com um relacionamento abusivo do qual foi vítima de agressões física e sexual - Samira suspeitava que a loira havia sido vítima de um relacionamento abusivo, pelas conversas que havia tido com Laura, mas a confirmação a chocou, suspeitar era uma coisa, confirmar era outra - Até aí nós já havíamos imaginado, porém desse relacionamento ela teve um filho, Thomas.

 

- Isso explica a gargantilha em seu pescoço- Laura balançou a cabeça que sim - Mas cadê ele?

 

- Ai que começa a complicar tudo, ele morreu 

 

- Ual

 

- Taylor me disse que o matou

 

Samira ficou tão chocada, que Laura deu um copo d'água para a parceira, e lhe contou tudo, nos mínimos detalhes.

 

- Sua ex é uma merda também hem

 

- Nem me fala, mas o pior vem agora 

 

Laura contou a ela sobre a ex da médica lhe procurar, lhe contando algumas coisas, incluindo sobre a morte do filho dela ser um acidente, e de que nunca soube onde seu filho estava enterrado.

 

- Você acha que ela matou o filho?

 

- Nunca me passou pela cabeça isso - Laura retrucou - Não sei que tipo de acidente foi, mas sei que foi um acidente, Taylor não é capaz de ferir ninguém, ainda mais seu próprio filho - Samira também não acreditava naquilo - Eu parei para pensar em uma coisa, A gibi humano não achou nada sobre o local que ele está enterrado, e se ela não achou porque ele não foi enterrado?

 

- Você acha que ele foi cremado - Laura fez que não com a cabeça 

 

- Ruby - era a primeira vez que a morena chamava a ex da loira pelo nome - pelo jeito que ela falou procurou em todos os lugares, desde que ela me disse isso, comecei a levantar algumas teorias, Sam, eu acho que ela não o encontrou pois ele não morreu.

 

- Como assim?

 

- Eu pesquisei sobre Thomas, mas não consegui encontrar o atestado de óbito dele.

 

- Nossa mas você acha que esse cara seria capaz de forjar a morte do próprio filho? -  Samira estava abismada

 

- Se ele foi capaz de agredir Taylor, de violentar ela, esse cara é capaz de qualquer coisa - Laura respirou fundo - Eu ainda vou encontrar com ele - o olhar de Laura possuía um brilho de raiva - E quando isso acontecer eu juro por Deus que eu faço ele se arrepender do dia que conheceu Taylor - Samira sabia que Laura não estava blefando.

 

- Você contou a ela?

 

- Não - Laura apertava a caneta em sua mão, a morena estava pensativa, impaciente - Eu tentei procurar por ela desde ontem, mas acredito que ela não queira falar comigo

 

- Lau, você não fez por mal, mas tem que entender que diante de tudo que ela passou é compreensível ela ter essa reação - Laura sabia que a amiga estava certa - Dá um tempo para ela e outra, não dê falsas esperanças a ela.

 

- Infelizmente você está certa - Laura colocou a caneta sobre a mesa, se levantando pegou seu blazer

 

- Onde você vai?

 

- Vou descobrir onde o Thomas está 

 

- Eu vou com você - Samira rapidamente se levantou

 

- Lea - Laura falou para a outra policial que conversava com Jason - Samira e eu sairemos, qualquer coisa chama no rádio

 

- Não sabia que agora podíamos dar passeios por aí - ironizou Jason, Laura parou de andar, se virou, deu dois passos ficando de frente a mesa do homem, seu humor estava a nível zero, não aceitaria gracinhas, muito menos dele.

 

- O que você disse? - seu olhar era fulminante, Laura no estado que estava era capaz de matar Jason

 

- Ele não disse nada - Samira tocou no braço da amiga - Vamos - chamou por Laura - Temos coisas importantes a fazer - Laura olhou para Jason mais uma vez e saiu.

 

- Ih apostou que está todo borrado - Lea ironizou 

 

- Você acha que eu tenho medo dela? - respondeu Jason 

 

- Se não tem porque não repetiu o que disse?

 

- Samira não permitiu - mentiu

 

- há claro - Lea não perderia a oportunidade, Jason estava em pé em sua frente 

 

- A Prepon é folgada, deixa ela comigo, na próxima vou por ela em seu devido lugar - falou de modo convencido

 

- Então aproveita - apontou para trás dele - Por que ela está escutando tudo - Lea riu alto, ao ver a cara de medo do Jason ao se virar - Covarde - ironizou ele antes de sair.

 

 

- Oi gostosa - Tasha chegou em sua casa e viu Taylor sentada no sofá com a foto de Thomas

 

- Oi pequena - respondeu a médica sem tirar a atenção da fotografia, inúmeras lembranças invadiam sua mente, a saudade que sentia do filho estava incontrolável, a médica não tinha mais lágrimas para chorar.

 

- Posso saber o porque tive que saber do ocorrido pela Ruby e não por você? - Natasha olhava com carinho para a amiga - Você sabe que eu iria até você imediatamente não sabe?

 

- Por isso mesmo eu não te liguei - Taylor olhou pela última vez para a foto, e colocou na mesa - Você estava com Yael, merece descansar, curtir um pouco.

 

- Se você precisar de mim eu sempre estarei com você, não importa com quem eu esteja.

 

- Eu não tenho dúvidas disso

 

- Como você está?

 

- Eu não sei - Taylor estava perdida - Eu queria ter contado tudo a ela de outra forma, não queria que ela descobrisse assim, eu queria que ela tivesse confiado em mim, eu estava contando a ela, mas não é fácil reviver tudo.

 

- Eu sei disso gostosa, mas tenho certeza de que ela não quis magoar você, pelo contrário, ela quis te proteger daquele escroto.

 

- Eu não sei como vai ser agora - Taylor começou a falar - Ontem ela me ligou, mas não atendi, hoje não me ligou nenhuma vez.

 

- Por que você não liga para ela?

 

- Porque não sei se suporto ela me culpar, eu já me culpo

 

- Você não teve culpa de nada Tay - eram raros os momentos que Natasha chamava Taylor de Tay - Olha você só quis proteger ele.

 

- Eu matei meu filho

 

- Ele matou Thomas - Natasha pegou a mão da amiga - Você tem que parar de se culpar.

 

- Era eu quem estava dirigindo aquele carro, eu quem estava no volante não ele. 

 

- Mas você estava fugindo dele, ele mataria você, mataria ele.

 

- Antes eu tivesse morrido – Taylor não se conformava com tudo que tinha acontecido, 

 

- Vem cá - Taylor deitou no colo de sua melhor amiga e chorou, chorou de saudades de Thomas, chorou por carregar aquela culpa, chorou por não ter mais Laura ali do seu lado.

 

 

- Onde vamos? - Samira perguntou a Laura que dirigia sem muito rumo.

 

- Na verdade, pensei em procurar por um amigo - Laura dirigia concentrada - Ele é investigador, dos bons, costuma me ajudar em alguns casos - estacionou o carro e desceu, Samira lhe acompanhou - Bom dia, procuro por Nick Sandow.

 

- Tem hora marcada?  - perguntou a mulher da recepção.

 

- Não, mas por favor avisa que Laura Prepon está querendo falar com ele.

 

- Só um minuto que verificarei se ele está disponível

 

- Para ela sempre estarei - Nick entrava na recepção no exato momento - cumprimentou Laura, consequentemente Samira, mesmo não a conhecendo - A que devo a honra dessa visita? - perguntou o homem de bigode.

 

- Preciso de uma ajuda sua - falou séria

 

- Trabalho?

 

- Pessoal - respondeu

 

- Vamos subir - apontou para o elevador - Katy, por favor não passe nenhuma ligação - pediu o homem, eles subiram, Samira ficou admirava com a beleza do lugar, simples porém bonito, havia um quadro braco de tecido atrás do homem, havia também alfinetes coloridos e um quadro branco de escrita, Laura e Samira se sentaram na frente do homem - Em que posso ajudar Laura?

 

- Minha namorada Taylor Schilling foi casada por dez longos anos, e esse relacionamento era abusivo - explicou a morena - Ela teve um filho nesse relacionamento, mas como eu disse foi um relacionamento bem abusivo, esse ex dela, disse que o filho deles havia morrido, porém nunca ninguém encontrou o túmulo dessa criança ou qualquer coisa que comprovasse isso, a não ser um atestado de óbito.

 

- Você tem a cópia dele? - o homem pegou um charuto e ascendeu, ofereceu as duas que recusaram

 

- Não, mas talvez eu consiga.

 

- ótimo - o homem deu uma longa tragada, ele se levantou e foi até a janela aberta e soltou a fumaça - Consiga alguma foto da criança, nome completo, cópia desse suposto atestado, se essa criança estiver viva, eu juro que encontrarei. 

 

- Sabia que poderia contar com você - Laura foi até o homem e estendeu a mão a ele - Obrigada.

 

- Me agradeça quando lhe der informações.

 

- Vou fazer um cheque como adiantamento - Laura tirou o talão do bolso, mas foi impedida pelo homem.

 

- Não ouse - falou ele sério - Nunca vi você apresentar ninguém como sua namorada, nem ter esse brilho nos olhos como tem dela, você é como uma filha para mim Laura, se essa moça lhe faz feliz já estou mais que pago - o homem sorriu, Samira acompanhava tudo calada.

 

- Você é um grande homem Nick- Laura abraçou o homem

 

- Me traga essas informações o quanto antes e eu te juro que te trago informações o mais breve possível.

 

- Como vocês se conheceram? - elas voltavam à delegacia

 

- Nick era amigo de meu pai - Laura respondeu - Eles eram como irmãos, depois da morte do meu pai, Nick praticamente nos criou, pagou meus estudos, se sou policial hoje é graças a ele.

 

- E como você vai conseguir fotos do Thomas ou a cópia do atestado?

 

- Com a gibi humano - Laura seguiu para a delegacia, Samira entrou, mas Laura permaneceu no carro, pegou seu celular, foi no registro das ligações e encontrou um número que tinha te ligado de manhã, retornou nele, no terceiro toque ela atendeu.

 

- Alô!

 

- Ruby Rose, aqui é a policial Prepon.

 

- Oi - Ruby havia sido pega de surpresa.

 

- Será que podemos nos encontrar?

 

- Dois encontros em um dia não é muito para nós? - brincou a mulher do outro lado da linha

 

- Se não fosse importante não pediria - Laura foi curta e grossa.

 

- Tudo bem Laura, está próximo ao almoço, será que dá para almoçarmos? Tem um restaurante próximo ao hospital, eu tenho uma cirurgia longa logo após o almoço.

 

- Tudo bem - Laura falou - Me passa o endereço e o horário 

 

- Daqui a meia hora, o endereço não precisa, é nesse bar que fica de frente ao hospital, lá serve almoço muito bom - Laura nada falou - Te vejo lá Laura - Ruby desligou, não adiantaria puxar papo, a policial não era do tipo amiga.

 

Passados exato meia hora, Laura chegava ao restaurante, Ruby já estava lá, tinha que ser pontual, pois como havia dito, ela teria uma cirurgia a fazer logo após o almoço, não gostava de atrasos.

 

- Desculpe Laura, eu já fiz meu pedido - Ruby falou - Tenho uma cirurgia e não posso me dar ao luxo de atrasar.

 

- Tanto faz - Laura estava seca com Ruby.

 

- Taylor me disse que você gosta de peixe - Ruby não queria ser amiga de Laura, mas queria ter ao menos uma boa convivência - Tomei a liberdade e fiz um pedido para você também - a morena soltou um longo suspiro.

 

- Olha não estou aqui para comer - foi curta e grossa - estou aqui pelo que me disse a respeito de Taylor - Laura foi direto ao ponto - Eu procurei um grande amigo meu, ele é investigador, eu realmente acho que Thomas não está morto, só que para descobrir isso preciso de algumas coisas.

 

- Como o que? - um garçom veio com dois pratos - Obrigada - Ruby agradeceu após o rapaz servir elas.

 

- Fotos de Thomas, cópia da certidão de óbito que deram a Taylor

 

- Bom fotos eu posso te mandar, gravei seu número - Ruby tirou o celular do bolso e enviou fotos a Laura, a morena odiou ver fotos de Ruby Taylor e Thomas juntos - A cópia da certidão eu tenho, como eu disse fui atrás a alguns meses atrás, eu mandei uma cópia a meu e-mail, te mandei no seu celular, tem algo a mais que eu possa fazer? - Laura teve vontade de mandar ela se afastar de Taylor mas apenas suspirou e saiu, não tocou em seu prato, não agradeceu, apenas saiu.

 

Foi até a delegacia, mas antes comprou algo para comer, cortou todas as fotos que Ruby Rose parecia mandou para Nick, junto com atestado, não demorou para ele responder dizendo o quanto Taylor era linda, o quanto Laura tinha acertado em cheio, Laura aproveitou que estava com o atestado em mão pegou o nome do médico que declarou o óbito do menino e jogou na internet.

 

Maurice Albert Rivieron, um importante médico em Boston, havia diversas fotos dele com o  Gutemberg ex da loira, Laura fechou os punhos com força, se aqueles dois eram amigos era óbvio que poderia ser armação tudo aquilo, talvez Thomas não tivesse mesmo morto.

 

- Nick - Laura ligou para o amigo - Mudei de ideia, quero acompanhar de perto essa investigação

 

- Laura isso não é coisa rápida, teremos que viajar, ficar afastado alguns dias de tocaia.

 

- Não importa eu quero ir, eu te pedi para achar esse garoto, agora te peço me deixe ajudar?

 

- Laura você sabe que pode por tudo a perder não sabe?

 

- Eu não vou, mas se tiver qualquer chance do filho dela estar vivo, eu quero estar lá.

 

- Tudo bem – Nick se deu por vencido, conhecia bem Laura para saber que ela não desistiria - Pegue uma licença de um mês e nós vamos resolver isso, daqui a uma semana iremos para Boston.

 

E assim Laura fez, durante esse período não procuraria pela loira, embora sentisse falta dela, sentisse falta do sorriso dela, do cheiro, da voz manhosa ao acordar, de ir ao hospital apenas para ver ela vestida com seu jaleco, com seu olhar atento, e depois de uma cirurgia extremamente cansativo ainda sair sorrindo por ter dado certo, por ter salvado mais uma vida.

 

A morena não desistiria dela, não cogitava isso, mas talvez Samira e Ruby tivesse razão, Taylor precisava de um tempo, não demorou para Samira entrar na sala da policial.

 

- Posso saber por qual motivo Jason será meu parceiro por um mês? - Samira sentou na cadeira de frente a Laura.

 

- Pedi uma licença de um mês – Laura jogou os documentos em sua mão na mesa, Samira viu que se tratava de Taylor.

 

- Achei que deixaria Nick cuidar disso.

 

- Se tiver qualquer chance de Thomas estar vivo eu quero estar lá – confessou – Eu quero levar ela para ela, eu quero acabar com aquele filho da puta que tocou nela – havia ódio na voz da morena.

 

- Nunca lhe vi assim, tão afetada por alguém.

 

- Eu nunca senti isso antes, eu não consigo aceitar alguém a ferir – Laura estava sendo sincera, nunca achou que pudesse amar alguém, mas Taylor veio e mostrou que ela estava errada, e não só amaria, mas daria sua vida pela loira.

 

- E o que você vai fazer?

 

- Nick vai para Boston daqui a uma semana – Laura coçou a cabeça – Vou com ele – enfatizou.

 

- Laura ele mesmo disse que esse processo pode ser demorado.

 

- Eu quero estar lá quando ele encontrar o Thomas

 

- Você matará o ex dela.

 

- É isso que eu quero – havia raiva no olhar da loira.

 

- Você pode por tudo a perder – Samira conheci a amiga, sabia que quando Laura estourava ninguém conseguia controlar ela.

 

- Já falou com ela agora?

 

- Liguei ontem, mas ela não atendeu, vou dar espaço para ela, eu não vou conseguir estar aqui e não procurar por ela, não vou conseguir estar aqui, sabendo que tenho a chance de devolver a alegria dela, de devolver o sorriso dela.

 

- Ela mexeu mesmo com você.

 

- Demais – Laura jogou o corpo contra cadeira – Não vou perder ela

 

No final do expediente, Laura entrou em seu carro, e dirigiu até a casa da loira, parou o carro do lado oposto da rua e ficou observando, as luzes estavam acesas porém Laura não via ninguém ali, cogitou por inúmeras vezes descer e dizer a Taylor que sabia que a loira não tinha matado ninguém, e que a amava, amava de um jeito único, sincero, perfeito, mas não fez isso, ligou seu carro novamente e saiu em direção a sua própria casa, fez isso durante uma semana, até o último dia onde ela teve que arrumar sua mala, pois no amanhecer estaria com Nick a caminho de Boston, a caminho da verdade.

 

Laura não dormiu naquela noite, não conseguia parar de pensar em devolver Thomas a Taylor, Ruby tentou por meses, mas não obteve o sucesso que Laura esperava ter, que buscava conseguir, suas malas estava prontas, quando seu celular tocou mostrando no visor cinco da manhã, se levantou, foi até o banheiro e tomou um banho, saiu, ainda enrolada na toalha escovou seus dentes, se vestindo, pegou sua mala, o relógio apontava cinco e quarenta, pegou seu celular, desbloqueou, seu papel de parede era uma foto de Taylor sorrindo no corredor do hospital.

 

Flashback

 

- Oi Taylor – a policial sorriu ao ver o pulinho dado pela médica.

 

- Laura! - exclamou sorrindo – Achei que estivesse trabalhando agora – a morena se aproximou abraçando a loira pela cintura.

 

- Eu estou, mas depois de perseguir e trocar tiros com dois caras, só quis parar e te ver – acariciou o rosto da loira.

 

- Meu Deus você está bem? - Taylor olhou rápido para o corpo da morena, Laura sorriu, amava ver Taylor preocupada com ela

 

- Estou bem anjo – Laura deu um beijo em seu rosto – Só precisava ver você.

 

- Estou feliz de estar aqui – Taylor agora estava com seus braços em torno do pescoço da loira, selou seus lábios no dela.

 

- E você está com uma carinha preocupada – Laura colocou uma mexa do cabelo dela atrás da loira

 

- Vou entrar em uma cirurgia daqui a uma hora, complicada.

 

- Eu sei que você vai mandar bem – isso era algo que Taylor amava, Laura confiava Taylor, incentivava – Quanto tempo demora essa cirurgia?

 

- Na melhor das hipóteses, uma hora.

 

- Na pior?

 

- Só Deus para dizer

 

- Perai – Laura tirou as mãos da cintura da loira, pegou seu celular.

 

- O que irá fazer? - indagou confusa a médica.

 

- Tirando uma foto sua, anda sorri – pediu assim Taylor fez – Quando a cirurgia acabar e você mandar uma mensagem, vai ser essa foto que vou logo em seguida.

 

- Você é incrível sabia? - Taylor beijou Laura, Ruby passava naquele exato momento, seu coração estava dividido entre a felicidade de ver Taylor se permitir viver novamente e a tristeza de não ser apessoa escolhida para aquele momento, não queria atrapalhar as duas por isso foi embora sem nada falar – Amo você.

 

- Eu também amo você Taylor.

 

 

Atualmente.

 

- Laura entenda uma coisa – Nick falava sério, eles já haviam embarcado no avião rumo a Boston – Qualquer coisa que você faça de modo impensável pode por tudo a perder.

 

- Eu não irei estragar nada Nick – Laura suspirou olhando pela janela do avião – Eu sou a pessoa que mais deseja finalizar isso.

 

- Eu conheço você Laura.

 

- Nick – Laura olhou para o homem – Eu não vou estragar nada – Mas logo depois de pegarmos ele, logo depois que tudo estiver acabado, eu quero cinco minutos com esse desgraçado – falando isso voltou a olhar para a janela.

 

Assim que chegaram, Nick chamou um táxi, sua primeira parada foi em uma agência de locação de veículos, logou um carro por trinta dias, torcia para não demorar todos esse período ali, porém era esse o prazo máximo de uma investigação feita por ele, eram raros os casos que duravam mais que isso.

 

A caminho do hotel Laura O que iremos fazer? - Laura perguntou a Nick após já ter locado o carro.

 

- Ele tem uma irmã que se afastou da família por algum motivo que desconheço,  porém ela tirou o nome da família de seus registros.

 

- Taylor tinha dito que ela era uma boa pessoa e que se dava muito bem com ela.

 

- Ela é advogada, pensei em falar com ela para vermos se ela tem algo útil a nos dizer. 

 

- Acha que ela irá falar algo?

 

- Talvez fale - Deu os ombros - É uma tentativa, pode ser boa, como pode ser falha.

 

- Temos que cogitar que talvez ela procure pelo irmão e que fale que procuramos por ele.

 

- Laura, vamos com calma, eu trouxe você, então não faça eu me arrepender,  ok? - Laura fez que sim com a cabeça - Vamos fazer assim, vamos até o hotel, deixamos nossas malas ali, e vamos até o escritório de Evan Rosthon.

 

E assim fizeram, deixaram as malas e foram em direção ao hotel, Laura reparou que ficava muito bem localizado, bem próximo ao hospital que Taylor trabalhava, prédio bonito.

 

- Olá  - Nick começou a conversar com a recepcionista - Qual andar fica o escritório da Doutora Evan Rosthon?

 

- Depende em qual departamento quer falar - respondeu a moça sorridente - A Doutora Rosthon tem três andares.

 

- Queria falar diretamente com ela  - Nick respondeu. 

 

- Tem hora marcada?  

 

- Não, mas garanto que é importante, Sou Nick Sandow. investigador e essa é a Policial Laura Prepon  somos de Nova Iorque.

 

- E o que um investigador e uma Policial de Nova Iorque querem comigo? - Laura se virou e se deparou com uma mulher muito bonita loira alta.

 

- Doutora Rosthon prazer sou Nick Sandow. - O homem estendeu a mão a ela, que prontamente retribuiu o gesto - Gostaria de conversar com a senhora.

 

- Senhorita - corrigiu a mulher - Na verdade estou curiosa para saber o que vocês dois querem comigo - olhou no relógio- Tenho uma reunião importante daqui a uma hora,  se não for algo demorado - Apontou para o elevador - Por favor Shirley nos levem café.

 

Assim que saíram do elevador, Evan cumprimentou alguns de seus funcionários, o local era muito bem decorado, todos pareciam gostar do que faziam ali, seguiram até a última sala, do qual já se encontrava uma mulher com uma bandeja de café e suco.

 

- Obrigada Ruty - agradeceu Evan - Por favor se sentem - apontou para a cadeira em frente a sua mesa.

 

- Com quantos cubos de açúcar? - perguntou a mulher

 

- Um para ela e para eu nenhum - respondeu Nick prontamente, a mulher preparou o dos dois e serviu a eles, preparando logo em seguida o de Evan, com toda educação se retirou fechando a porta na sequencia dando assim privacidade total a eles, Laura reparou a foto da advogada com Taylor e Thomas, parecia ser o aniversário do menino, outra era apenas Taylor e ela, não gostou muito do que viu, outra tinha Taylor, Natasha ela e Thomas rindo, julgou que de fato elas tinham tido um convívio muito grande.

 

- A que devo essa visita tão inesperada? - perguntou a advogada

 

- Gutemberg - Laura notou que a expressão serena no rosto da mulher a sua frente mudou

 

- Não tenho nada para falar dele - respondeu de modo seco - Se for só isso nossa conversa já se encerra aqui.

 

- Vejo que tem muitas fotos com Taylor - Laura falou Nick reprovou com o olhar

 

- Conhece ela? - indagou a advogada - Ele fez algo com ela? - havia preocupação no timbre de sua voz - Aconteceu algo com a Tay? 

 

- Ela está bem - Nick tomou as rédeas da conversa.

 

- Graças a Deus - realmente a mulher a sua frente parecia aliviada - O que o Guto aprontou agora?

 

- Agora você está interessada em saber o que ele fez? - Laura abriu novamente a boca, fazendo Nick se arrepender de ter concordado dela ir com ele.

 

- Olha, eu não tenho nada a ver com ele, eu me afastei da minha família desde que eu descobri as coisas que aconteciam, e que vi pessoas que eu amo serem machucadas - Evan tinha um timbre de voz sério - Eu não carrego nem mesmo o sobrenome, me afastei de todos incluindo meus pais.

 

- Thomas - agora foi Nick quem perguntou - Sabe algo sobre ele?

 

- Como assim? - havia dúvidas no olhar dela - Até onde sei Thomas faleceu em um acidente de carro sofrido por Tay e ele a oito meses atrás.

 

- Temos motivos para suspeitar de que Thomas esteja vivo.

 

- Como assim? - Evan parecia não acreditar no que tinha acabado de escutar - E impossível eu fui no velório dele, a Tay estava inconformada, chorando copiosamente desesperada, se culpando pois era ela quem estava ao volante - Evan começou a falar - a Tasha, a Ruby e eu tentávamos acalmar ela, não foi culpa dela, foi uma fatalidade.

 

- O caixão estava aberto? 

 

- Não - Evan olhou para Nick - Pelo que me lembro Guto havia dito que Thomas estava muito machucado e que não poderiam abrir o caixão dele - Evan parou, a advogada estava processando tudo que havia acabado de escutar - Meu Deus! - parecia assustada - Ele destruiu a Tay - constatou - Se ele fez ela acreditar nisso durante todos esses meses eu juro por Deus que o mato - havia ódio na voz dela.

 

- Não será preciso - agora foi Laura quem falou - Eu mesma cuidarei disso - Nick colocou a mão no ombro de Laura pedindo que não falasse nada.

 

- Ela sabe?

 

- Não - Nick respondeu - Não queremos dar a ela falsas esperanças.

 

- Mas ela está por aqui? - perguntou com um interesse que incomodou Laura - Ela foi embora, mudou o número do telefone, eu mando e-mails para ela, mas não tenho nenhuma resposta.

 

- Talvez ela não queira contato com vocês - Laura não havia se simpatizado com aquela mulher, ela realmente parecia ser boa pessoa, mas não gostou do jeito que falava da loira.

 

- Ela pode não querer contato com minha família, mas comigo sei que não é isso - Evan era sincera, apontou para as fotos na mesa - Tay sabe o amor que tenho por ela, sabe o quanto amo Thomas, eu tentei ao máximo evitar tudo isso, mas não tinha forças o suficiente, ela foi o motivo de eu ter me afastado de todos, ela merecia flores não espinhos.

 

- Não se preocupe - Laura respondeu de imediato - Agora ela terá muito mais que flores - Evan percebeu o jeito que Laura respondeu.

 

- Você e ela estão juntas?

 

- Sim

 

- Cuida dela então - pediu com carinho - Ela é especial - Olhando para Nick completou - Se Thomas realmente estiver vivo eu quero saber, se eu puder ajudar em algo.

 

- Na verdade pode - o homem falou de modo imediato - Sabe onde seu irmão mora hoje? Não achamos nenhum documento com endereço ou trabalho fixo dele.

 

- Pelo que soube ele havia se mudado para Los Angeles - Evan procurava algo em uma de suas gavetas - Pelo menos esse é o endereço do último processo que queria abrir contra ele.

 

- Por qual motivo você abriria um processo contra ele? - Laura não conteve a curiosidade, essa foi a primeira vez que Nick Sandow, pareceu interessado na pergunta feita pela morena, Evan se levantou, caminhou até um arquivo abriu a terceira gaveta pegou uma pasta, voltou até sua mesa, sentou-se, pegando em um pote uma chave, onde abriu sua gaveta e tirou outra pasta, Laura leu o nome de Taylor nela.

 

- Essa Cinthia Garcia - colocou a pasta dela na mesa, a mesma pasta que pegou no gaveteiro a segundos atrás - Ele se envolveu com ela logo após Tay o largar, porém ele também a agrediu, eles não ficaram duas semanas juntos - colocou a foto sobre a mesa, Laura pegou a mulher em questão lembrava um pouco Taylor - Ela tem as mesmas características da Tay, fiquei sabendo do ocorrido pela mulher de meu outro irmão, procurei por ela, mas ela não quis ir adiante - colocou agora na mesa a pasta com o nome de Taylor, Laura rapidamente pegou, seu sangue fervia cada vez que olhava uma foto de Taylor machucado, entre diversos documentos ali, havia uma foto que fez Laura olhar com atenção, era uma foto da loira e de Evan, eles estava em uma cachoeira, Taylor tinha um lindo sorriso, Laura se questionou mentalmente se elas teriam se envolvido em algum momento - Essa são algumas das fotos das ocorrências da Tay contra ele, meu maior desejo é ver meu irmão apodrecer atrás das grades - apontou para foto - Ela não merecia isso, ela se culpa pela morte do Thomas, ela foi embora, largou todos aqui, largou emprego porque não conseguia lhe dar com a dor, Thomas era a criança mais incrível e encantadora que conheci, e sem qualquer chance do nosso pirralho estar vivo encontre por favor.

 

Laura pegou o papel da mão da mulher, Nick agradeceu se levantou se retirando da sala, já Laura olhou bem para a mulher a sua frente.

 

- Vocês?

 

- Não - Evan respondeu - Eu sempre achei ela incrível e linda, porém ela era a mulher do meu irmão - deu os ombros - Se eu sonhasse que isso um dia aconteceria teria lutado por ela.

 

Laura nada mais falou, apenas pegou suas coisas e saiu em direção a porta, mas logo foi chamada por Evan.

 

- Esse é meu número pessoal, me liga se tiver qualquer notícia sobre Thomas - entregou um cartão a ela, junto com um envelope lacrado - Por favor entregue isso a Tay.

 

- O que é isso?

 

- Só entrega para ela por favor.

 

- E agora o que faremos? - Laura perguntou a Nick eles iam em direção ao hospital que Taylor trabalhava antes de ir para Nova Iorque.

 

- Se sabemos que ele está em Los Angeles, por que vamos continuar aqui?

 

- Ele não está em Los Angeles -Nick respondeu tranquilamente - Ela não está mentindo, de fato ele tem esse endereço lá, porém tem cinco meses que o cartão dele é utilizamos apenas aqui em Boston - olhou para Laura.

 

- Como você sabe que ela não está mentindo? - indagou Laura confusa.

 

- Vamos lá Laura você é melhor que isso - Nick contestou a filha de coração - Antes de procurarmos por alguém, levantamos a ficha da pessoa - começou ela a explicar - Eu já sabia que ela havia tentado processar o irmão - apontou para o banco de traz - pega uma pasta lá com o nome dela - Assim Laura fez, esticou os braços e pegou a bolso do homem, achou cinco pastas, uma com o nome de Taylor, nome de Thomas, nome do Guthemberg, nome de Evan Rosthon e de Maurice Albert Rivieron – Eu fiz um rápido levantamento sobre eles, não tenho muita coisa, pretendo preencher as lacunas aqui, mas Evan realmente se afastou da família quando o irmão dela o delegado Ashy, livrou Guthemberg da cadeia.

 

- Então ela realmente é a mocinha da história – Laura olhou para Nick com ironia.

 

- Não sei se ela é do tipo meu herói – Nick entrou na brincadeira – Mas ela é bem amiga da sua gata – ele falou provocando Laura – Vem vamos – saíram do estacionamento do hospital…

 

Duas semanas haviam se passado desde o ocorrido no restaurante em Nova Jersy, duas semanas que Taylor não tinha nenhuma notícia de Laura, por diversas vezes cogitou ligar para policial, mas sempre desistia, Taylor não tinha mais o mesmo sorriso de antes.

 

- Ei Tay o que está acontecendo? - Jackie perguntou a loira, Taylor finalizava seu último prontuário, fazia quase duas semanas que Taylor havia mergulhado em plantões intermináveis, Ruby, que estava preocupada com a loira tentou ligar para Laura, mas não teve nenhum retorno.

 

- Só um pouco cansada – Tay sorriu fraco.

 

- Você está morando no hospital – Diane respondeu entregando um copo de café para a loira – Você e a policial ainda não voltaram?

 

- Não quero falar sobre Laura – Taylor respondeu de modo doce.

 

- Por que você saiu de Boston?

 

- Eu tive um filho – Taylor começou a falar – Ele faleceu em um acidente de carro a oito meses atrás – resumiu bem a história – Não consegui ficar por lá.

 

- Eu sinto muito Tay – Diane abraçou a loira que retribuiu o abraço com carinho, amava trabalhar naquele hospital, amava suas amigas.

 

- Me fala dela como a conheceu? - Nick perguntou a Laura eles estavam sentados na sacada do hotel bebendo cerveja, eles havia finalizado uma semana de investigação, duas do ocorrido, tinham conseguido bastante informações sobre Guthemberg.

 

- Estávamos em uma perseguição – Laura deu um gole na sua cerveja – Na perseguição teve troca de tiros, o que ocasionou em um acidente, formando na sequencia um trânsito, foi quando a vi pela primeira vez – Nick bebeu um pouco de sua cerveja, ele prestava bastante atenção no que a sua filha postiça falava – Ela estava linda, atrás do volante, um olhar de anjo, porém convidativo ao pecado, eu fiquei fascinada, comecei a caminhar até ela, porém Jason, outro policial da equipe veio até mim e falou que Samira, aquela que foi comigo lhe procurar havia sido baleada, eu corri até ela, no mesmo momento em que Taylor ia embora.

 

- Cena de filme romântico – ironizou o homem, Laura riu, bebeu mais um pouco de sua cerveja.

 

- Eu decorei a placa do carro dela, fui na ambulância com Samira, lá pesquisei a placa e vi o nome dela Taylor jane Schilling, mas não foi preciso muito para encontrar com ela – Laura olhou para o homem, Nick era seu segundo pai – Ela era a médica que cuidou de samira.

 

- O destino de vocês então estava traçado – brincou mais uma vez ele.

 

- Bom, quando me aproximei dela, eu vi que ela era muito mais que uma mulher bonita, ela tinha algo a mais, seus olhos expressavam toda a seriedade de uma médica, de uma importante médica e todo o medo de uma mulher, eu sabia que havia algo em seu passado, mas foi difícil descobrir tudo – Laura finalizou sua garrafa de cerveja – Não estamos juntas – colocou a garrafa vazia no chão ao seu lado, Nick parecia ainda mais interessado, pegou outra garrafa abriu e deu a ela, que continuou – Taylor estava aos poucos me contando as coisas, se abrindo comigo, mas minha vontade de proteger ela, fez com que eu estragasse tudo – suspirou pegando a bebida da mão do cara – Estávamos em Nova Jersey, acordei mais cedo, procurei pela minha antiga delegacia, encontrei com Josy lá.

 

- Sua ex que fez de tudo para você se casar com ela? - Laura fez que sim com a cabeça – deu ruim – bebeu mais um gole finalizando a dele, diferente de Laura não pegou outra, apenas pegou seu charuto e ascendeu, agora tragando com calma.

 

- Eu fiz uma pesquisa sobre Taylor, e quando Josy se aproximou eu finalizei dei um fora nela e sai, porém ela conseguiu recuperar meu histórico de pesquisa, e levei Taylor para jantar, lá encontramos com Josy, ela despejou tudo, Taylor não deixou eu explicar, quando corri atrás dela ela gritou que havia matado o filho.

 

Nossa que história hem.

 

- Nem me fala

 

- Sabemos que o garoto morreu em um acidente que ela dirigia, esse é o motivo que ela se culpa no mínimo, não vai ligar para ela?

 

- Estamos tão perto de saber se Thomas está ou não vivo, que agora, depois de duas semanas do ocorrido, eu prefiro esperar, e voltar para ela com ele do meu lado.

 

- Nós vamos descobrir, se ele tiver vivo, você levará ele até ela, agora se não tiver.

 

- Ele está - Laura enfatizou.

 

- Temos que trabalhar com a hipótese dele realmente ter morrido - o homem tragou mais um pouco de seu charuto, Laura bebia cerveja 

 

- O que vamos fazer amanhã?

 

- Já levantamos tudo que precisávamos, você conseguiu aprovação para atuar no caso aqui como policial  e podemos prender Maurice Albert Rivieron, por no mínimo cinco atos ilegais, alteração de casos  de óbitos, falsos atestados,  entre outros.

 

- Nem depois de morto as pessoas tem paz - Laura estendeu a mão para o homem pedindo um charuto

 

- Isso não é para você mocinha - brincou o homem

 

- Não sei se você sabe, mas sou maior de idade há algumas décadas - Nick sorriu, entregando um charuto a ela ascendeu, e durante aquela hora ficaram ali,  sem falar nada, apenas apreciando a noite, a companhia um do outro e um bom e velho charuto.

 

Quando amanheceu, os dois seguiram para o hospital que Maurice trabalhava, que por sinal era o mesmo que Taylor trabalhava a meses atrás.

 

- Bom dia - Edgar cumprimentou a recepcionista a sua frente - Onde eu encontro Maurice Albert Rivieron?

 

- O Senhor Riveron fica no necrotério último andar à esquerda da última sala.

 

- Obrigada - Laura usava seu distintivo na calça sua camisa ficava por dentro da calça deixando avista ele.

 

Laura desceu acompanhada de Nick e mais um policial de Boston, Edgar, ele quem iria fazer a prisão, Laura havia conseguido liberação para atuar na delegacia local, mas não poderia dar voz de prisão a ninguém, não demoraram a chegar no local.

 

- Eu nunca trabalharia aqui - Nick falou coçando o bigode, Laura riu, mas para ser bem honesta nem mesmo ela trabalharia ali.

 

- Por favor senhor Maurice? - Edgar chamou o homem que se virou - Sou Edgar Nonato, policial de do trigésimo sétimo distrito de Boston o senhor está preso por falsificação e alteração de documentos.

 

- Deve estar ocorrendo algum engano eu quero meu advogado - exclamou o homem que foi algemado e levado a delegacia, Laura e Nick acompanhavam o interrogatório na outra sala, a conversa durou cerca de três horas, Maurice não queria falar, tiveram que fechar um acordo com ele e seu advogado, dizendo que iriam informar que o cliente estava colaborando caso entregasse de quem eras os atestados emitidos e quem havia solicitado a emissão deles, Laura estava impaciente, andava de um canto ao outro da sala, Nick estava sentado, sabia que não tinha outra maneira a não ser esperar, não adiantava Laura ficar daquele jeito.

 

A policial trocava mensagens com Samira, colocando a companheira de trabalho a par de tudo, sempre perguntava se ela tinha visto Taylor, ou se a loira havia ido na delegacia procurar por ela, Laura estava quase desistindo quando escutou o nome Guthemberg - Laura parou de andar, encostou suas mãos no vidro sorrindo, Thomas realmente estava vivo.

 

- Agora podemos emitir uma ordem de prisão para ele e trazer o filho da sua garota de volta - Nick falou colocando a mão no ombro dela, que se virou sorrindo e abraçou o homem.

 

Laura devolveria a felicidade a Taylor, demorou dois dias para que conseguissem todos os papéis para pôr um fim nessa história, Laura andava impaciente, não via a hora de pegar o menino e levar ele até a médica.

 

O tão esperado momento chegou, Laura não queria apenas pegar Thomas, queria colocar suas mãos em Guthemberg, Evan estava presente, Nick que conhecia a advogada contou a ela que fez questão de estar lá, não como irmã dele, mas como tia de Thomas.

 

- Guto - Evan desceu do carro assim que viu o irmão, ele olhou com espanto a ela, afinal ninguém sabia que ele estava morando ali.

 

- Olá Evan - o homem tentou ocultar a surpresa - Quanto tempo.

 

- Pois é - Evan colocou as mãos no bolso da calça, Laura estava ansiosa para se aproximar, mas impediram - Como vai Thomas? - perguntou, Guto olhou sem entender

 

- Qual é Evan, você sabe que Thomas morreu? - Disse ele - Taylor a matou - Laura não conseguiu se conter ao escutar ele falando da médica, em questão se segundos estava ali socando a cara dele.

 

- Nunca mais toque no nome dela entendeu - ele foi pego de surpresa com a chegada da mulher, mais pego de surpresa ainda com o soco que levou dela, que o fez cair, Laura começou a desferir socos em sua cara, nick, Edgar e Evan tentaram separar - Você não gosta de bater em mulher, então vem cá bate em mim - socava a cara dele, Nick conseguiu afastar ela do homem que estava ferido no chão.

 

- Senhor Guthemberg o senhor está preso por falsificação de documentos - algemou o homem.

 

- Vocês não podem fazer isso - ele não conseguia limpar o sangue que escorria de seu rosto, Laura não tinha conseguido bater nele como de fato queria, mas conseguiu acertar alguns socos, suficiente para que ele se lembrasse dela - vocês tem que prender essa louca que me bateu - laura se soltou de Nick, ficou de frente a Guto que estava algemado sendo segurado por Edgar, Evan entrou na frente colocando a mão nos ombros de Laura, que apesar de tudo isso não se intimidou e apontou seu dedo na cara dele - Nunca mais chegue perto de Taylor - seu olhar era sério condizente com seu tom de voz - Se eu sonhar que você está pensando em ir até eu volto e dessa vez não terá ninguém para me separar de você - Evan virou ficando de frente ao irmão.

 

- Já sabemos que Thomas está vivo, Maurice confessou que você o pagou para emissão do atestado falso, cadê ele Guto.

 

- Você virou a ovelha negra  da família, não é mesmo? - ele riu, os dentes estavam vermelhos devido ao sangue dos socos de Laura.

 

- Guto fala logo onde está Thomas - Evan estava perdendo a paciência.

 

- Taylor o matou - riu alto, Laura atacou ele mais uma vez, embora não tivesse conseguido acertar o soco com força.

 

- Quem você pensa que é para me agredir? - falou logo após cuspir o sangue no chão.

 

- Eu mandei nunca mais abrir a boca para falar dela - o dedo novamente estava apontado para ele.

 

- Verifiquem se o garoto está na casa, vou levar ele para delegacia - Edgar puxou Guto enfiando na porta de trás da viatura, Evan e Laura entraram na casa, não havia sinal do garoto ali.

 

- Mas que inferno! - esbravejou Laura, Evan também estava irritada com aquilo tudo.

 

- Eu não acredito que Thomas estava vivo durante todos esses anos - Evan sentou-se no sofá, apoiando seu cotovelo na perna, sua mão escondia seu rosto, os fios loiros caiam sobre sua mão - Durante todo esse tempo Tay vem se culpando achando que o matou e na verdade ele está vivo - suspirou.

 

- O que aconteceu? - Laura queria entender o porquê Taylor se culpava tanto, por mais que quisesse a loira lhe contasse, agora com Thomas vivo as coisas mudavam.

 

- Ela estava fugindo de Guto, quando ultrapassou um sinal vermelho, tentou desviar de uma carro mas perdeu a direção do carro capotando e parando no poste.

 

- Você tem ideia de onde ele pode ter levado o garoto? - Evan levantou a cabeça encarando Laura 

 

- Não - foi sincera - Tirando aquele endereço que lhe dei não sei outro que pode ser dele, mas talvez eu saiba onde podemos pesquisar.

 

- Nick, você pode ir para delegacia, acompanhar o interrogatório? - Laura perguntou ao velho amigo - Eu irei ficar por aqui, qualquer coisa me liga.

 

- Digo o mesmo - o Homem saiu

 

Evan caminhou até o escritório do irmão começou a vasculhar por algo, somente quando Laura perguntou, foi que ela disse que quando criança seus pais os lavavam nas férias para uma casa no campo no sul de Ohio em Cincinnati, e lembrava que seu pai tinha dado aquela residência a Guto quando o mesmo se tornou médico - Achei! - exclamou ela pegando a agenda e folheando em busca de algum endereço - Aqui - achou pegando um papel e uma caneta, anotou o endereço - Não sei se ele estará aqui, mas seria uma tentativa.

 

- Cincinnati fica a mais de treze horas daqui - Laura falou.

 

- Você pode ficar e esperar Guto falar - Evan pegou o endereço anotado por ela - coisa que sei que não irá acontecer, ou pode ir comigo em busca dele.

 

- Eu vou levar Thomas até Taylor.

 

- Foi o que imaginei - Evan respondeu caminhando até o carro, digitou o endereço no gps, seria uma longa caminhada pela frente, mas a recompensa seria boa.

 

As três primeiras horas foram em um absoluto silêncio, apenas o pendrive com uma playlist de Evan tocava, agora elas seguiam ao som de Pearl Jam, Evan não gostava daquele silêncio.

 

- Ela está bem? - perguntou quebrando o silêncio assustador entre as duas

 

- Ela irá ficar - Laura respondeu seca

 

- Como soube que Thomas pudesse estar vivo? - Evan perguntava, seu olhar estava voltado exclusivamente para pista a sua frente.

 

- Na verdade essa teoria não partiu de mim - foi sincera por mais que não gostasse de Ruby, Laura não pdoeria levar a fama daquilo sozinha - Ruby Rose queria achar o local que Thomas estava enterrado, ela me contou, como sou policial tenho mais recursos que ela para procurar.

 

- Ruby sempre amou Tay, mas sempre presevou a amizade - Evan falou fazendo uma curva - Ela é uma boa pessoa, ficou pessíma quando Tay foi embora, sabia que ela se despediu de nós por carta? - foi a única vez que Evan olhou para Laura - para ser sincera, de mim foi um mensagem de texto - contou a advogada - acho que ela se esqueceu de mim na hora que estava escrevendo embora jure que não - brincou - Você a ama? - perguntou Laura olhou sério para Evan - Estou perguntando se você a ama? - tornou a perguntar.

 

- Amo - foi sincera.

 

- Você vai devolver a alegria dela - Evan sorriu - obrigada por isso - disse com sinceridade.

 

Evan dirigiu por mais cinco horas, cansada parou para abastecer, e trocou de lugar com Laura, que dirigiu por mais cinco horas até chegarem ao endereço, durante todo o percurso Laura só pensava em Taylor, em como a médica estava, se a médica sentia saudades.

 

- Chegamos - Laura estacionou o carro e acordou Evan - O endereço é aqui - apontou para a casa, já era tarde, elas tinham saído de Boston as 9:0 da manhã, agora eram 22:30 - Acho melhor ficarmos no hotel na avenida, e voltamos amanhã logo que amanhecer.

 

E assim fizeram, Evan alugou um quarto com duas camas de solteiro, Tv e um frigobar, seria somente naquela noite, então estava ótimo para o momento, Nick havia falado para Laura que Guto não falou nada sobre o paradeiro da criança, coisa que Evan já esperava, conhecia bem o irmão, sabia que ele não falaria nada, sem contar que a essa altura Ashy já deveria saber que Guto estava preso e com toda a certeza estava mexendo os pauzinhos para soltar o irmão.

 

Evan saiu do banho já trocada, viu Laura parada olhando a foto de Taylor, a loira estava linda sorrindo - Faz tempo que estão juntas? - perguntou terminando de pentear o cabelo, Laura bloqueou o celular.

 

- Não - foi a resposta seca dada pela morena

 

- Eu nem acredito que Thomas esta vivo.

 

- Você era muito próxima deles? - Laura perguntou curiosa.

 

- Queria ser mais  - Confessou - Eu sempre fui amiga dela, mas quando ela começou a namorar meu irmão, eu não podia estar tão próxima como antes - confessou - Ele sempre foi ciumento, mas nunca achei que pudesse ser a esse ponto - Evan suspirou - Quando Thomas nasceu eu voltei a me aproximar,  mas aí ia visitar Thomas na entrada ou saída da escola, as vezes Tay vinha com ele aqui,  ficávamos por uma ou duas horas conversando e depois ela ia, eu juro que não sabia dessas agressões,  teria feito o possível para evitar.

 

- Agora já foi - Laura respondeu irritada

 

- Quer que eu faça um curativo?  - apontou para a mão da morena que estava machucada por conta dos socos dados em Guto.

 

- Nao precisa - Laura foi para o banheiro tomou seu banho e deitou, não dormiu, mas ficou ali pensando em Taylor.

 

Quando amanheceu o dia Evan e Laura foram até a casa que a advogada cresceu, tocou a campainha e não foi nenhum espanto ver Selenis sair  a mulher que praticamente criou ela e seus irmãos,  assim que viu a mulher lhe abraçou Laura estava incomodada com a demora, por isso forçou uma leve tosse chamando a atenção deles.

 

- Selenis essa é a Policial Laura Prepon de Nova Iorque - Falou ainda no portão- Ela é uma grande amiga da Tay - Apresentou assim - Eu preciso te perguntar uma coisa, por favor seja sincera, Thomas, ele, ele está aqui?

 

- O que Guto fez agora?

 

- Selenis por favor responda - Evan pediu com carinho, sabia que a mulher não concordava com as atitudes de seu irmão.

 

- É claro que Thomas está aqui - amlher não sabia o que estav acontecendo - Evan entrou entrou sendo acompanhada por Laura, Selenis não compreendia o que estava acontecendo.

 

- Thomas? - Chamou Evan - Thomas? chamou mais alto, e logo escutou uns passos, sorriu ao ver Thomar ali de pijama

 

- Tia Evan? - não teve tempo de falar mais nada, Evan correu até o menino pegando ele no colo e abraçando emocionada, Laura sorria, não pela cena de Evan feliz, mas por saber que Taylor iria ficar feliz

 

- alguém me explica o que está acontecendo aqui - pediu a mulher

 

- Guto falou para todos que Thomar havia morrido em um acidente.

 

- Mas eu to vivo tia - o menino falou com naturalidade - Papai disse que mamãe me abandonou, mas ele também me abandonou, todo mundo me abandonou.

 

- Ei campeão - Laura chegou perto do menino, ele ficou olhando para ela não a conhecia - Sua mãe não te abandonou, ela sente sua falta, e chora todos os dias por não ter você com ela.

 

- Quem é você? - ele perguntou olhando para ela, Thomas a olhava atentamente.

 

- Uma amiga da sua mãe, e eu vou te levar até ela você quer? - ele balançou a cabeça que sim.

 

- Mas e o senhor Guthemberg?

 

- Ele está preso - Evan respondeu a pergunta de Selenis, ele agredia Taylor, falsificou o atestado de óbito dele - deu os ombros - Selenis - colocou a mão no ombro da mulher que por um tempo havia lhe criado - Eu confio nela - falou com sinceridade - E eu vou com eles para Nova Iorque.

 

- Tay se mudou para lá?

 

- Ela não conseguiu lhe dar com a dor de perder o Thomas, se mudou para lá.

 

- Evan eu não estarei me metendo em problema por você levar ele? - Selenis nunca havia visto Guto agredir ninguém, mas já havia visto nervoso, e sentiu medo dele.

 

- Ele está preso – tranquilizou a advogada – E espero que apodreça por lá – foi sincera – Vamos ver sua mãe Thomas?

 

- Vamos – o moleque pulou de alegria, se Taylor visse o filho naquele momento nem reconheceria, o menino odiava acordar cedo, era sempre difícil o tirar da cama – Vou ver a dinda também tô com saudades dela da tia Ruby, eu pedi para ela casar com a mamãe, assim ela ia cuidar de nós, não ia bater na minha mãe – falou com inocência, isso incomodou a Laura.

 

- É melhor vocês arrumarem as coisas – Laura falou séria – são mais de treze horas de viagem até Boston, depois temos que ir para Nova Iorque.

 

Evan entendeu que Laura queria mudar de assunto totalmente, Thomas estava alegre não parava de falar, estava com saudades de sua mãe, o menino ficou feliz ao saber que sua mãe não tinha lhe abandonado como seu pai havia dito.

 

Flasback

 

- Guto Thomas está muito machucado mas ficará bem – Tryan seu amigo pediatra falou, tanto Taylor como Thomas foram levado para o hospital geral de Danvers, mas Guto exigiu que seu amigo Tryan viesse de Boston para atender seu filho – Ele está em coma induzido, por conta dos remédios – explicou o cara – Mas ao que tudo indica ele se recuperará bem, só fraturou o braço esquerdo – Tryan apontou para a cadeira, eles se sentaram – Fico grato de ter confiado a vida de seu único filho a mim amigo, mas aqui tem bons médicos eles fariam a mesma coisa que eu – falou o homem.

 

- Não eles não fariam – Guto coçou o cavanhaque.

 

- No que você se meteu agora? - perguntou o homem preocupado, conhecia Guthemberg a vinte anos, sabia que não era tão santo assim como todos achavam.

 

- Eu quero Taylor sofrendo – falou com sinceridade.

 

- Acho que você já fez isso – ele falou, não concordava com as atitudes do amigo, porém conhecia bem a família do médico a sua frente.

 

- Não o que ela merece – foi enfático em sua fala.

 

- O que você quer Guto? - perguntou novamente ainda sentado olhando para ele.

 

- Você vai me ajudar a fingir que Thomas morreu.

 

- Você está ficando maluco – respondeu Tryan se levantando, Guto se levantou também.

 

- Não, eu não estou – falou sério – Maurice irá assinar o óbito, já falei com ele, ele está vindo, porém você vai por nos registros do hospital que Thomas morreu.

 

- Guto isso já é demais – o Homem ajeitou o jaleco, se virou na tentativa de sair de lá.

 

- Demais é um importante médico pediatra do hospital Massachusetts General Hospital, está envolvido em jogos clandestinos, devendo cerca de 200 mil dolares – Guto usou sua cartada – Eu pago sua dívida – Ele falou fazendo o homem parar de andar – Em troca você coloca as informações no sistema, Maurice assinará o atestado de óbito – falou novamente.

 

- E como vou saber que você irá cumprir com sua promessa?

 

- E quando foi que deixei de cumprir? - respondeu com outra pergunta.

 

- Tudo bem – ele estendeu a mão a Guto, que retribuiu o gesto selando o acordo.

 

Quando Maurice chegou, ele fez todos os tramites para emitir óbito de Thomas, com a ajuda de Tryan, Guto conseguiu tirar o filho do hospital pela porta do fundo, cuidaria da recuperação do moleque longe de qualquer hospital, mas isso não era prioridade naquele momento.

 

A única coisa que Guto queria, era destruir Taylor, era fazer sua ex sofrer, no começo só agredir ela lhe satisfazia, mas depois ele sempre quis mais, não queria matar ela, pois isso seria um prazer passageiro, Gutehmberg era doente, sentia prazer em ver Taylor definhar, e o maior amor da Loira era seu filho.

 

Guto sorriu ao ver Taylor na cama de hospital, a loira estava muito machucada, por conta do acidente, ele, não estava visível ali nenhuma cicatriz feita por ele recentemente, com muita paciência Guto puxou a cadeira e se sentou, sempre segurando um envelope pardo, o envelope que destruiria a loira, quando Taylor começou a acordar ele se levantou, o sorriso não saia de seus lábios.

 

- O que aconteceu? - foi a pergunta solta por ela de modo desesperado, ela tentava se mexer mais era algo inútil, isso enchia Guto de um prazer – Cadê Thomas? Cadê meu filho – enfim a pergunta que ele queria escutar, o sorriso, o olhar de vitoria.

 

- Quer saber o que aconteceu com Thomas – A sua voz er afirme, penetrante seca – Aqui está – jogou o envelope em cima da loira, Taylor com muita dificuldade conseguiu pegar, os olhos dela eram marejados, o dele tinha um brilho de prazer.

 

Cadê ele? - perguntou ela novamente, ele olhava firma, naquele momento ele sentiu um prazer que nunca havia sentido em sua vida.

 

- Ai está o que aconteceu com ele – apontou para o envelope – Você não vai mais ver ele, não irá saber onde ele está – sorriu – Esse será seu maior castigo – terminou de alar, sorriu piscando, virou suas costas e saiu deixando Taylor ali olhando aos prantos chorando pela morte de seu filho, pela falsa morte de seu filho.

 

Guto levou Thomas para Cincinnatti, ele nunca teve dúvidas de que o menino fosse seu filho, mas de fato nunca conseguiu sentir afeto por ele, por isso chamou Selenis que cuidou do menino, proibiu ela de ligar para qualquer pessoa, deixou claro a mulher que se ela desobedecesse qualquer ordem sua ela iria se arrepender de ter nascido, e assim Selenis fez por oito longos meses, embora não soubesse o que de fato tivesse acontecido, sabia que Taylor jamais abandonaria o filho, ou Evan seu sobrinho, Guto pouco aparecia por lá, e quando ia, gostava de fazer tortura psicológica com o filho, dizendo que Taylor havia abandonado ele, que a mãe não gostava dele.

 

Atualmente.

 

Laura, Thomas, Nick e agora Evan já haviam pousado em Nova Iorque, Laura contava os minutos para ver Taylor, eram praticamente quatro semanas sem ver a loira, sem saber qualquer coisa, isso estava matando ela, durante todos os dias Laura conversava com Samira, a policial deu graças a Deus por estar desembarcando em Nova Iorque de manhã, Thomar havia dormido a viagem inteira, então eles pararam para tomar um café no próprio aeroporto, o menino não desgrudava de Evan, Laura foi contra ela ir junto, mas era a única condição de Evan permitir a viagem de Thomas, e com oLaura queria realizar essa surpresa a Taylor acabou sedendo, as duas mal conversavam, era só o básico.

 

Laura passou na sua casa apenas para tomar um banho, Evan e Thomas também tomaram um banho se trocaram, laura pegou seu carro, Evan foi no banco da frente Thomas sorridente no banco de trás, o caminho até o hospital durou cerca de vinte minutos, mas para Laura parecia ter durado vinte horas, a policial parou o carro em uma vaga qualquer, e caminhou até a entrada, se deparando logo com diane conversando com Jackie.

 

- Bom dia – desejou as meninas Thomas estava com as mãos dadas a Evan.

 

- Nossa – Diane quem falou – Por favor me diga que você veio se acertar com a Tay?

 

- Desde que seja lá o que aconteceu entre vocês duas, Tay não é a mesma – Jackie quem falou.

 

- ela está aí? - Laura perguntou

 

- Ela saiu agora de uma cirurgia está na sala de descanso – Diane respondeu – Que menino lindo – falou em sequencia – Você á a cara da Tay – constatou, o menino sorriu.

 

- Vamos – Laura chamou eles, fazia tempo que Laura não entrava naquele hospital, mas a cada passo sentia seu coração bater de modo acelerado, quando chegou na sala de descanso, sorriu ao ver a porta entre aberta e Taylor ali sentada pensativa, ela fez um sinal para que Evan esperasse lá com Thomas, entrou na sala encostando um pouco a porta para que a loira quando se virasse não visse o filho.

 

- Taylor? - chamou pela a loira, aquela voz rouca que Taylor tanta sentia falta, assim que escutou um arrepio percorreu seu corpo, a médica logo se levantou e ao virar teve que lutar contra a vontade de correr até a morena e lhe abraçar.

 

- Laura! - exclamou o nome da morena com um misto de emoção – Eu não esperava você aqui – falou colocando a mão no bolso do seu jaleco.

 

- tem um tempo néh.

 

- Quatro semanas, um dia algumas horas – falou por instinto, após se tocar d que havia feito tentou se retratar – Não que eu estivesse contando.

 

- Eu sei que não estava – sorriu de lado – Taylor eu queria ter lhe procurado antes – falou.

 

- Não te culpo – a médica foi sincera – Eu no seu lugar não iria querer falar com alguém que matou seu próprio filho – Laura sorriu.

 

- Eu não sei o que aconteceu – Laura caminhou até aporta – Mas você não matou Thomas – abriu a porta, Taylor não conseguia acreditar no que seus olhos viam…


Notas Finais


Pessoal e ai o que acharam?


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