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História Marks Of The Past - Desculpe-me, Passado e Jure - História escrita por OhMaya - Spirit Fanfics e Histórias
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História Marks Of The Past - Desculpe-me, Passado e Jure


Escrita por: OhMaya , ShumdarioLB e OhMayaPeglow

Notas do Autor


OBS: Para quem está lendo/relendo a partir do dia 22-08-2020, houve alterações nos capítulos e capas.

Capítulo 23 - Desculpe-me, Passado e Jure


Fanfic / Fanfiction Marks Of The Past - Desculpe-me, Passado e Jure

Magnus começa a descer as escadas até chegar onde Jordan, como sempre, estaria lhe esperando. Mas dessa vez, alguém havia passado na frente de Jordan.

Alexander estava a sua frente, com o braço estendido e esperando que Magnus pegasse em sua mão.

Mas o ômega estava paralisado.

Aqueles olhos azuis que há muito tempo não via.

O azul e o dourado se conectavam novamente.

As lembranças de todas as manhãs que acordaram juntos.

Todas as juras de amor.

Tudo se passou na mente de Magnus nesse momento.

– Alexander...

– Pegue minha mão, por favor. – sussurra Alexander.

Magnus ainda estava paralisado, mas para o bem de todos e principalmente de seus filhos que estavam presentes ali, resolveu pegar na mão do alfa a sua frente e ir naturalmente, com ele ao seu lado, para o meio do povo.

Jordan e Catarina souberam na hora quem era ele. Já haviam visto fotos, e mesmo que fosse de seis anos atrás, o alfa continuava com os mesmos traços de jovem ainda.

Magnus ainda fora cumprimentado por muitos ali, até chegar ao estacionamento improvisado na rua e Alexander abrir a porta para si e entrar logo após, deixando um silêncio muito tenso ficar naquele carro.

– Acho que as primeiras palavras minhas deveriam ser: Desculpe-me. – disse Alexander, com a cabeça baixa e sem o olhar de Magnus para si.

O ômega apertava suas mãos com força. Era estranho e doloroso estar no mesmo lugar que Alexander. Apesar de ter imaginado isso muitas vezes, por seus filhos, claro. Afinal, no fundo sabia que um dia ou outro teria que se encontrar com ele novamente e apresentar seus filhos, não porque queria ou porque precisava da ajuda do alfa, mas sim porque é o pai deles também.

–- Preciso dizer muitas coisas para você e sei que não quer falar comigo... Pelo menos não agora. – sua voz tremia enquanto falava com o ômega. – Me desculpe por ter dito palavras que te magoaram no passado.

“Passado.” – Magnus pensou com ironicamente.

Isso o machucava até hoje em dia, mas o alfa apenas pensava no passado e não nos dias de hoje em como isso afetava o ômega. Ouvir que seu alfa, aquele que planejou um futuro junto, apenas o via como uma fonte de prazer...

– Me desculpe por te fazer sair do país e ir para outra cidade. – continuava Alexander. – Sinto muito por você ter passado por tanta coisa e eu não estar ao seu lado para te ajudar quando precisou de mim. – sentia as lágrimas rolarem por seu rosto.

Magnus escondia as que caiam em seu rosto, diferente de Alexander, que tentava atrair o olhar do ômega para si.

– Mas, poderia ter me dito, não é? – perguntou, fazendo Magnus finalmente o olhar. – Me dito que ficou grávido de mim. – concluiu. – Queria ter estado lá por você.

Magnus estava indignado. Como poderia ter lhe dito tal coisa depois da forma que Alexander lhe abandonou? Estava louco para jogar isso na cara dele, mas Catarina vindo correndo em direção ao carro e parecendo desesperada, lhe impediu de fazer tal coisa.

– Magnus... – chamou ofegante, fazendo o ômega sair de dentro do carro e esperar a alfa falar. – É a Sophie.

– O que houve com minha filha? – perguntou Magnus, já sentindo suas pernas fraquejarem.

Alexander saiu do carro também, mas ficou afastado.

Catarina olhou na direção do alfa, mas logo voltou para Magnus e o respondeu.

– Ela passou mal e desmaiou, Magnus. – disse a alfa, com os olhos marejados e preocupados.

O ômega sentiu seu mundo ruir. Nem mesmo sabia o motivo do desmaio da filha, mas já se preocupava antecipadamente.

– Jordan a colocou no carro e já correu para o hospital... – avisou Catarina, vendo o estado de Magnus.

– Cadê... Cadê o Tyler? – Magnus parecia não respirar.

Como pai, ligado aos filhos que saíram de si, ele sentia a falta da filha. A queria perto mais do que nunca no mundo.

– Entre no carro, Magnus. – disse Alexander, já ligando o veículo e pronto para levá-lo ao hospital.

– Não posso... – disse Magnus com o olhar perdido. – Tyler, eu... Eu quero o...

– Eu já estou indo para o hospital também. – disse Cat, abrindo a porta do veículo e colocando Magnus nele. – Eu vou levá-lo para você. Eu prometo. – beijou o ômega e acenou para Alexander ir. – Agora vá para a Sophie.

 

===

 

– Vai ficar tudo bem. – eram todas as palavras que o alfa conseguia dizer para Magnus enquanto o levava para o hospital.

Magnus não conseguia se acalmar com a voz dele, isso parecia deixá-lo com ainda mais raiva, que quando chegou à frente do local, nem mesmo esperou Alexander frear. Ele pulou do veículo e correu para dentro do local.

– Sophie Bane... – disse Magnus para uma das enfermeiras, que logo o levou para a sala de emergência.

Jordan estava do lado de fora da sala, mas não saia de perto da porta até ver Magnus, que correu em sua direção e se jogou em seus braços.

Alexander vinha logo atrás, já que avisou a enfermeira que estava com ele.

– Como ela está? Ela ‘tá bem? Por favor, diz que ela está bem... – pedia Magnus, não conseguindo segurar as palavras em sua boca. – Eu preciso entrar. Preciso saber o que ela tem.

– Calma, Magnus. – dizia Jordan, segurando o ômega em seus braços e dando todo o conforto que ele precisava no momento, mesmo que fosse quase impossível devido à situação em que se encontravam. – Ela vai ficar bem. A médica apenas está tirando sangue dela, colocando-a no soro. Ela vai ficar bem, eu sei que vai. – as palavras faziam o coração do ômega se desapertar. – Ela sempre foi uma menina forte. Uma alfa que sabe se defender, você sabe disso.

Alexander observava um pouco afastado, mas conseguia escutar com clareza as palavras do outro alfa.

– Senhor Bane. – disse uma das enfermeiras. – Venha comigo tomar uma água. – disse sorrindo. A mesma viu a situação em que o outro se encontrava e queria ajudá-lo a se acalmar.

– Não, eu estou bem. – disse Magnus, recusando e se apertando mais em Jordan. – Obrigado, mas eu quero ficar aqui e esperar meu bebê.

– Eu fico aqui. – disse Jordan, sorrindo para Magnus. – Vai tomar uma água, se acalmar. Sophie não vai querer te ver assim, preocupado com ela. Assim que a médica sair eu mesmo mando te chamarem para vê-la. – o convenceu.

Magnus assentiu, mesmo não querendo muito.

A enfermeira pegou em sua mão e começou a guiá-lo.

Magnus parou assim que viu Alexander ali. Caminhou lentamente até o alfa e olhou em seus olhos com tristeza.

– Sua filha está naquele quarto. – foram as primeiras palavras do ômega para Alexander. – Fique aqui, caso ela precise de você.

Alexander sentiu sua garganta se trancar. A primeira vez que veria a filha – que a minutos não sabia da existência – seria em um hospital, com ela doentinha.

– Eu irei ficar. – disse o alfa. – Eu prometo.

Mas as promessas de Alexander já não valiam muito para Magnus, não mais.

 

===

 

– Jordan! – gritou Catarina, assim que chegou no corredor da emergência e avistou Jordan sentado próximo a sala que Sophie estava. A alfa estava com Tyler em seus braços. – Onde está Magnus? – passou por Alexander e o olhou de relance.

– Ele foi tomar uma água com a enfermeira, mas acho que ela colocou algum medicamente nela, já que até agora não voltou. – avisou, já pegando em seu colo um ômegazinho muito sonolento. Jordan olhou para Cat, e seu olhar já dizia muito.

Quem iria falar com o ex-alfa de seu amigo primeiro?

Catarina suspirou com os olhos fechados e foi em direção ao alfa.

– Olá. – disse a alfa, chegando de mansinho.

– Oi. – disse Alexander, com um sorriso pequeno nos lábios.

– Eu sou a Catarina. – se apresentou. – Sou a primeira amiga que Magnus fez quando chegou em sua cidade natal. – disse com um sorriso simpático.

– Cidade natal? – perguntou confuso. – Magnus disse que viera da China.

– Ah, eu não sei bem... Mas até onde sei é em Medan que ele nasceu. – explicou rindo. Alexander assentiu, não era hora para aquele assunto, afinal. – Aquele é Jordan, sócio do Magnus. – apresentou e Jordan apenas acenou com um sorriso e continuou a fazer carinho nas costas de Tyler.

“Sócio?” – pensou Alexander. Agora tudo fazia sentido em sua cabeça. Poderia ter falado com Magnus antes se seu pai não tivesse colocado coisas em sua cabeça.

Magnus não havia seguido em frente. Aquele era apenas o sócio dele.

E mais uma vez, Alexander percebia, seu pai era o impedimento de sua felicidade.

– E aquele pequenino ali... – disse olhando para Jordan, o alfa entendeu logo e se aproximou dos outros dois alfas. – É o Tyler.

“Tyler...” – Alexander se lembrou do nome que havia escolhido para o filho, quando tivesse um com Magnus.

Jordan virou o rosto do menino para Alexander, e o mesmo se lembrou de todas as fotos que sua mãe guardava de quando era pequeno.

Tyler tinha todos os seus traços de quando criança.

– Ele é... Lindo. – disse o alfa, passando levemente seu dedo na bochecha rosado do filho.

O menino acaba por acordar no mesmo instante, estranhando rapidamente o estranho a sua frente. Com olhinhos sonolentos, ele se levanta do ombro do tio Jordan e pergunta quem é ele.

– Ele é o Alexander. – diz Jordan, com Catarina ao seu lado, concordando.

– Oi, Tyler. – diz Alec, sorrindo de forma nervosa. – Eu sou o Alexander, seu papai.

Tyler dá um sorrisinho meio tímido e misturado com sonolento.

– Eu sou o Tyler, filho do Magnus. – sorri mais. – Cadê meu pai, tio? – pergunta olhando para os lados e estranhando o local.

– Seu pai já volta, ele foi tomar uma água. – diz Jordan. – Quer dormir mais um pouco? – pergunta, mas Tyler recusa.

– Quero descer. – diz para Jordan, que assenti.

Tyler olha na direção de Alec e vê um assento vago a seu lado, logo ele corre na direção dele e se senta ali.

– Você tem quantos anos? – pergunta o menino, timidamente, mas ainda sim curioso. – Eu tenho seis anos e alguns dias. – informa rindo.

Alexander ri de seu sorriso, que é muito parecido com o dele. Se sua mãe, Maryse, o visse agora, iria dizer que era o clone dele, além de mordê-lo, assim como fazia consigo.

– Eu tenho vinte e quatro anos e dois dias. – respondeu sorrindo.

Tyler pensou um pouco nos dias.

– Você fez aniversário dia doze? – perguntou e Alexander assentiu. – Ganhou muitos presentes?

– Não muito. – sorriu. – Sou muito velho para ganhar presentes. – riu quando Tyler riu de sua fala.

– Meu pai ainda ganha presentes e ele também tem vinte e quatro anos. – disse o ômega. – Ela vai fazer vinte e cinco em dezembro. Você sabe disso, né?

– Sei. – disse com um sorriso triste. – Eu sei disso.

Assim que disse isso, já viu Tyler olhar para o outro lado do corredor, onde vinha Magnus, um pouco mais calmo, mas ainda com o olhar abatido.

– Papai! – disse Tyler rindo e correndo na direção de Magnus.

– Oi, meu querido. – disse Magnus, abraçando o filho bem apertado e o enchendo de beijos.

– Onde ‘tá a Soo, pai? – perguntou Tyler, sendo pego no colo por Magnus.

– A Soo está aqui nessa sala. – disse Magnus. – Estamos esperando a médica vir dizer o que ela tem. – explicou e o menino assentiu.

 

===

 

Depois de mais alguns minutos, a médica pediatra, Drª Bennett, aparece para falar sobre a situação de Sophie.

– Boa noite. – diz a todos ali presentes; Jordan, Catarina, Magnus e Alexander. – Preciso falar com os pais de Sophie.

– Sou eu. – diz Magnus, mas logo se lembrando de Alexander. – E ele. – o alfa se sentiu seguro em ir para seu lado, mais próximo da médica.

Jordan pegou Tyler dos braços de Magnus e os deixou falar com a médica mais tranquilamente.

– Como ela está? Eu posso ver ela? – perguntou Magnus, angustiado.

– Ela está bem. – tranquilizou a médica. – A coloquei no soro e por enquanto ela está dormindo. Tirei sangue, mas apenas por alguns sintomas dela, eu já posso dizer que o diagnóstico é que ela está com uma anemia mais profunda. – informou a Drª Bennett.

– E eu não percebi isso. – se culpou Magnus. – Faz alguns dias que ela vem se queixando de cansaço, querendo dormir mais do que o normal. Hoje mesmo ela reclamou que estava com cãibra. Ela estava mais pálida essa semana também. Mas eu estava tão preocupado com outras coisas.

Alexander se sentiu culpado. Sabia que Magnus estava lidando com o problema em rever ele e por isso talvez não tenha prestado mais atenção na filha, por sua culpa.

– Mas está tudo bem. – confortou a médica. – No momento ela está estável, mas vai precisar de transfusão de sangue logo para repor o plasma que está fraco. Mas para isso, vamos ter que arrumar alguém com o mesmo sangue que ela.

– E qual é o tipo sanguíneo dela? – perguntou Alexander.

– Rhnull. – quem respondeu foi Magnus. – Conhecido como sangue dourado. – se virou para o alfa. – Ele é raro, Alexander.

A médica suspirou ao ver a tristeza do ômega.

– Podemos verificar o tipo sanguíneo de vocês e ver qual pode ser compatível com o dela. – disse a médica.

– Claro, vamos fazer. – disse Alexander, ainda recebendo o olhar de Magnus. – Seus amigos... – disse o alfa para o ômega. – Eles poderiam fazer o teste também, não é?

Magnus saiu de seu transe.

– Acho que sim. Vou falar com eles.

 

===

 

Depois de todos os adultos irem até a sala e fazerem a retirada do sangue, – que em menos de uma hora já sairia o resultado no laboratório do hospital – Magnus foi até o quarto de Sophie para poder ver a filha.

O ômega acariciava a mão que não estava com a agulha, da filha.

Sophie dormia e respirava de forma lenta.

Magnus sempre gostará de ver os filhos dormindo, mas aquela situação lhe deixava muito incomodado. Poucas vezes os gêmeos precisaram ir para o hospital e quando iam era rapidamente, não para fazerem uma transfusão de sangue que Magnus nem sabia se iria conseguir, afinal, o sangue era raríssimo.

Magnus olha para a janela do quarto e vê Alexander se sentando em uma das cadeiras do lado de fora.

– Eu vou chamar seu pai para te conhecer. – sussurra para a filha adormecida, logo beijando sua testa e saindo para o lado de fora do quarto.

Alexander se levanta rapidamente quando a porta é aberta.

– Ela está bem? – perguntou preocupado.

– Sim. – responde o ômega, com um sorriso pequeno. – Apenas sua respiração não parece muito boa, mas a médica disse que é normal estar assim. – explicou e Alec assentiu. – Quer ver ela? – perguntou, um pouco inseguro.

– Claro. – disse abrindo um sorriso. – Quero muito conhecê-la também.

Não era a situação esperada por Magnus e muito menos por Sophie, mas Alexander estava ali, ao lado de sua cama e segurando sua pequena mão.

– Ela é linda. – diz Alexander, sorrindo e fixado no rostinho de Sophie.  – Assim como você.

Magnus o olha um pouco incomodado.

– Ela é muito parecida com você. – concluiu o alfa, vendo que o ômega não estava pronto para voltar a receber seus elogios.

– Tyler puxou você. – diz Magnus.

Alexander sorri se lembrando do rosto tão parecido com o seu.

– Por que nunca me contou? – perguntou o alfa, com a voz mais calma possível, para não parecer uma cobrança.

Magnus soltou uma risada baixa.

– Eu posso perguntar a mesma coisa. – disse o ômega. – Por que não me contou no início do nosso relacionamento que eu era apenas uma fonte de prazer para você? – disse olhando para a filha, conferir se a mesma não havia acordado. – Como eu contaria que fiquei grávido depois de me dizer a verdade sobre o que eu era para você?

– Magnus... – o alfa lhe encarou. – Eu posso explicar. Eu juro que tenho uma explicação para tudo o que eu falei naquele dia.

– Não quero que me jure uma explicação. – disse o ômega, olhando para si no momento. – Quero que jure que vai estar presente na vida de seus filhos agora. Sophie queria muito conhecer você e eu não posso negar isso a ela e nem a Tyler.

– Eu vou estar presente, eu prometo. – disse com um sorriso triste e acariciou o braço de Sophie. – Mas também quero te explicar tudo o que fiz você passar.

Magnus suspirou e se deu por vencido.

– Então... Explique tudo, Alexander.


Notas Finais


E ai, como acham que vai ser a explicação de Alexander?
Magnus vai aceitar as desculpas quando tudo for explicado?


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