- NÃO TEM NADA DE ENGRAÇADO, UCHIHA. QUE PORRA FOI AQUELA!?!?! ISSO NÃO ESTAVA NO CONTRATO. – Eu perguntei incrédula.
Sasuke parou o carro e fechou os vidros trancando as portas.
- Digamos que eu acrescentarei essa clausula a mais. – Ele sorriu pra mim. – Ninguém sabe sobre a Ellin, eu só dizia que eu namorava ela porque eu estava escondendo ela do antigo namorado dela.
- DEIXA EU ADVINHAR, ELE ERA UM CAFETÃO E USAVA ELA PARA FAZER PROGRAMA COM GENTE CHEIA DE GRANA? – Eu o olhei com uma cara de raiva.
- Parabéns. – ele riu.
- CARA DE PAU... DEPOIS EU QUE SOU PINOQUIO... – Eu resmunguei cruzando os braços.
- Eu só não te contei porque me envolvi com ela. Na verdade não era pra eu ter me envolvido com ela, mas a carne foi mais fraca que meu profissionalismo. O que eu não esperava era que ela voltasse a essa vida de perdição. Ela resolveu ir trabalhar em uma casa noturna como Striper e quando eu não a via de dia, eu a via de noite naquela casa noturna. – Ele se virou pra mim e eu suspirei. – Eu só quis ajuda-la, mas a ambição dela falava mais que os sentimentos. Ela entrou naquela vida com o intuito de poder encontrar alguém que desse um lugar no topo pra ela. Já você... – Ele riu.
- Vai me condenar agora? – Eu olhei pra janela.
- Só Deus pode te julgar. – Ele disse.
Deus na área: MENTIROSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
PORRA DEUS, DÁ UM DESCONTO.
- Você deveria ao menos ter me contado antes... – Eu estava realmente chateada. – Precisou até me beijar pra isso? Porque não me falou antes? A gente podia ter conversado isso numa boa naquela hora que eu cheguei.
- Foi por impulso, desculpe. – Ele relaxou na cadeira confortável da Ferrari.
- Tudo bem... Mas nós vamos dar uma revisada nessa situação. Você não quer que seus pais saibam que você já é pai, mas seus amigos já sabem, isso tá ficando muito... ESTRANHO.
- Meus pais mudaram pra Londres, faz anos que eu não os vejo. – Ele acendeu a luz de dentro do carro. – Mas eles logo vão voltar pra Konoha, minha mãe quer voltar de qualquer forma.
- Entendi, e como você vai soltar essa bomba na cara deles? – Eu perguntei temendo a resposta.
- Não sei como irei enfrentar meu pai... Posso até mesmo dizer que você é a mãe dele e que a gente tá junto. – COMO É MEU FILHO!?!?!?
Eu gargalhei dentro daquela Ferrari, AI MEUS RI TANTO E OLHEI PRA ELE INCRÉDULA.
- MEU FILHO... VOCÊ ME PROIBIU DE TER LAÇOS COM SEU FILHO, EU NÃO PASSO DE UMA EMPREGADA COMO TODOS LÁ NAQUELA CASA, VOCÊ ME BEIJOU SEM MEU CONSENTIMENTO, FALOU COISA LÁ NAQUELA FARMACIA QUE EU SIMPLESMENTE NÃO SABIA O QUE FALAR PORQUE EU NÃO TINHA O ROTEIRO DESSA MALUQUICE... – Eu respirei fundo, estava falando tudo de uma vez. Meu tom era mais alto, indignado e confuso. – EU NÃO TE ENTENDO SASUKE. SÉRIO MESMO.
- Não é pra você me entender. – Ele olhou pra frente e encostou o cotovelo na janela e colocou a mão no queixo. – O que aconteceu na farmácia foi uma desculpa. Eu não pretendo ter laços com mais ninguém.
- Nem com seu filho? – Eu perguntei com raiva depois do que eu havia ouvido. Ele me lançou um olhar frio e cheio de magoas e raiva. Eu virei o rosto e suspirei. – Tá... Só espero que ninguém saia machucado nessa palhaçada toda.
- Desculpe... Mas não sei se você me entende, eu estou realmente puto com essa situação. Não estava nos meus planos ter um filho, eu não vou poder passar todo meu tempo com ele, eu nem mesmo sei cuidar de um peixe, quem dirá uma criança. – Ele respirou fundo e soltou o ar – Eu poderia deixa-lo com minha mãe, mas eu ainda não sei o que fazer. Não quero que pense que eu não me preocupo com o Daesuke, pelo contrario, eu temo pelo futuro dele.
- Como assim? – Eu perguntei.
- Montar uma família nunca passou pela minha cabeça. Eu não me sinto pronto para ser pai.
- Mas agora você é. – Eu segurei o rosto de Sasuke e virei ficando cara a cara com ele soltando-o logo em seguida. – Vai ser difícil eu sei, mas agora você tem que colocar seus pés no chão. Não sei o que aconteceu e nem quero saber o que vai acontecer daqui a 4 anos quando você for embora com ele.. – Eu tentei buscar palavras mas me faltava.. – Só o que eu espero é você veja que seu filho é muito mais vitima dessa situação do que você. Não estava nos seus planos isso mas se a situação levou a isso... Levanta a cabeça e enfrenta.
- É muito fácil falar. – Ele riu sarcasticamente.
- Verdade, mas eu falo por experiência própria. – Sasuke me olhou surpreso.
- Você também...
- NÃO... – Eu respirei fundo e voltei a olha-lo – Eu fui um Daesuke da vida. Não... Minha mãe não me usou pra tirar dinheiro do meu pai, mas... meus pais nunca pensaram em ter filhos. Minha mãe nunca se viu mãe, meu pai era filho de um militar linha dura, e quando meu avô soube que minha mãe me carregava no ventre ele simplesmente quase me matou ainda no ventre da minha mãe. – Sasuke me olhou assustado – Meu avô tinha sérios problemas de nervosismo, e quando ele soube pela minha avó que minha mãe estava gravida ele quis me matar. A principio, minha mãe pensou em me abortar porque eles sabiam que eles estavam com a corda no pescoço. Meu pai pediu a minha mãe para não fazer aquilo. Que agora a responsabilidade era dos dois, e que eles teriam que enfrentar aquela situação custasse o que custasse. – Eu senti meus olhos marejarem. – Minha mãe foi expulsa de casa e foi tachada de meretriz, a família da minha mãe e do meu pai entrou em meio que uma guerra. Meus pais mudaram pra cá, Konoha onde tiveram que começar a vida do Zero, sem nenhum dinheiro no bolso. Meus pais aprenderam a viver da maneira mais dura. O pior foi a época da faculdade, minha mãe e meu pai quase morreram para poder fazer faculdade e todos achavam que eles não dariam conta de trabalhar, criar um bebê sem experiência nenhuma, e ainda estudar. Minha mãe desistiu de vários sonhos depois que eu nasci, ela disse que depois que eu nasci os sonhos dela passaram a ser meus sonhos. Meu pai tentou de todas as formas me dar uma vida digna, tirando da boca para eu não passar fome... – Eu não conseguia mais falar, eu chorava lembrando da história de vida dos meus pais.
- Sakura... Eu... Sinto muito. – Ele não conseguia me encarar.
- Tudo bem... Mas o que eu quero-te dizer é que chega um momento que você tem que encarar a sua vida. Você é pai agora. Meus pais não estavam preparados quando me tiveram e eles conseguiram me criar. Apesar de tudo. Você vai passar por varias dificuldades e desafios, mas dê cada vitória ao seu filho. Seja o pai dele, independentemente do que os outros pensarem, do que seus pais falarem, ele vai te amar por isso. – Eu respirei fundo e continuei. – Você diferente de mim, tem TUDO, você pode dar ao Daesuke TUDO que o dinheiro possa comprar, eu não tive essa sorte de ganhar as coisas que eu queria, eu só pude ganhar minha primeira boneca com 9 anos de idade, mas eu não ligava pelas coisas materiais, a coisa que eu mais necessitava e que eu mais me importava era o amor dos meus pais por mim. Eu podia não ter nada, eu podia ser pobre, mas eu era rica de amor. Eu tinha orgulho dos meus pais porque eles tinham orgulho de mim. – Nós ficamos calados durante vários minutos, parecia uma tortura até Sasuke quebrar o silencio.
- Você... – Ele começou. – Você acha que eu consigo?
- Tudo depende de você. Não deixe o seu passado atrapalhar seu presente e alterar seu futuro. – Minhas mãos estavam em minha perna e eu senti a mão de Sasuke colocar-se sobre a minha e aperta-la.
- Sakura... Obrigado. – Ele acariciou minha mão enquanto eu enxugava minhas lágrimas.
- Apenas seja o pai do Daesuke. – Eu sorri e ele também.
Sasuke deu partida no carro novamente e finalmente chegamos na sua – NADA – humilde mansão. Eu fiz Sasuke me ajudar a carregar todas aquelas sacolas até o seu quarto. Tsunade estava sentada me esperando, estava cochilando já que demoramos tanto tempo. Quando eu fechei a porta ela acordou e Juugo retornou com Daesuke nos braços.
- Trouxemos tudo. – Eu disse exausta. – POR ENQUANTO.
- Hm.. Vocês demoraram para fazer uma comprinha simples... – Tsunade foi me ajudando a colocar as coisas sobre a mesa. – Faltou a banheira.
- Shishou, está muito tarde e acho que para fazer isso temos que ir amanhã. Além do mais a compra de amanhã vai ser BEM MAIOR do que a de hoje. E com toda certeza não vai sair barata. – Eu me virei pra Sasuke.
- Dinheiro foi feito para gastar, e nesse caso todo tanto que gastar será apenas para o necessário. – Sasuke se sentou na cama e respirou fundo.
Juugo se aproximou de mim e me entregou Daesuke, ele dormia mas ainda estava bem sujo. Eu pedi a Juugo que me trouxesse uma toalha limpa e um cobertor bem quente. Juugo não tardou em pedir a Tayuya para procurar o que eu pedi.
Eu tirei minha blusa de Daesuke e o ouvi chorar. Eu o segurei firme tentando envolve-lo em meus braços e fui até a suíte de Sasuke. O banheiro era realmente perfeito. Tinha uma banheira grande, uma pia bem decorada com espelho, e um Box embutido a uma segunda banheira.
Eu pedi a Tsunade que me levasse as fraldas e os sabonetes. Acabei usando a pia do banheiro como uma banheira, e por lá mesmo, medi a temperatura da agua para poder dar banho no bebê. Tayuya chegou com uma toalha grande e Tsunade pegou.
Pedi a Tsunade para que ela me orientasse a como dar banho em Daesuke, ela me posicionou de frente para a banheira curvada para baixo e escorando firmemente meu braço dentro da banheira com a cabeça de Daesuke bem mais acima. Daesuke quase não chorou para tomar o banho, na realidade acho que ele até gostou de tomar o banho já que havia ficado dois dias sem toma-lo.
Sasuke apareceu na porta e percebeu que eu sozinha banhava o pequeno e Tsunade ficava de trás afastada observando. Eu passei bastante sabão em seu corpo e tentei tirar quase todas as manhas de sujo do pequeno. Ele mexia as perninhas e as mãos dentro da banheira me molhando praticamente toda a parte de cima. O QUE FOI UM GRANDE ERRO, minha blusa era branca de seda, com a agua molhando-a. Eu retirei Daesuke da banheira ainda cheio de Sabão e o segurei firme contra meu corpo.
- Sasuke, preciso da sua ajuda. – Daesuke chorava mas eu mesmo com um dos braços molhados e o outro seco eu os cruzei um em sua coluna e o outro em suas perninhas fazendo ele se calar um pouco.
- Do que precisa. – Ele me perguntou.
- Troque a agua. Tsunade te ajuda. – Foi dito e feito, Tsunade ajudou o PAPAI de primeira viagem a como medir a temperatura, de fato os dois meio que discutiram e eu fiquei ali esperando os bonitos pararem de brigar. – Pronto? – eu perguntei e Tsunade mediu a temperatura e fez sinal positivo.
Coloquei Daesuke novamente dentro da pia e finalmente o enxaguei. Quando ele ficou pronto. Tsunade pegou a toalha e abriu fazendo Sasuke segura-la. Tsunade explicou a ele como ele deveria segura-lo e ele assim fez. Sasuke segurou Daesuke nos braços e embrulhou. Nós seguimos até o quarto. Ao chegar lá, a cama já estava com novos lençóis e coxa nova. Daesuke havia sujado tudo antes.
- LINDOS PEITOS – Não havia reparado que Suiguetsu estava no quarto, mas apenas vi Juugo e Tayuya darem uma cotovelada coletiva em sua barriga o que o fez cair no chão gemendo de dor.
Tsunade e Sasuke olharam para mim, Eu estava com a blusa toda encharcada e meu sutiã apertado mostrava meus seios médios e redondos.
- Realmente... – Sasuke não aguentou sem falar.
- Quer ficar arrombado de novo Uchiha? Tire esses olhos pervertidos da minha afilhada. – Ela deu um tapa na cabeça de Sasuke que o fez acordar para a realidade.
- Que vergonha... – Eu falei baixo mas antes vi Tsunade falar algo
- Vai se acostumando, e coloque uma blusa mais grossa da próxima vez. – Ela sorriu.
Sasuke colocou Daesuke na cama e eu me aproximei. “É AGORA...” Eu pensei, primeira vez que eu ia colocar uma fralda em um bebê decentemente. Tsunade pegou uma fralda e eu peguei as pomadas. Eu o enxuguei e ele ainda chorava balançando as mãozinhas e os pezinhos. Abri a pomada e coloquei um pouco em meu dedo e passei-a sobre as assaduras.
- Pode passar mais, ele está muito assado. – Eu repeti novamente o que Tsunade havia pedido.
O próximo passo foi o talco. PORRA CARA, O TALCO!!!!
- ARGH! DROGA... O talco! – Ele fiz uma cara de desgosto e olhei para Sasuke e Tsunade.
- Amanhã vocês fazem o enxoval completo por hoje so as pomadas servem. – Tsunade aproximou e curou o umbigo de Daesuke, naquele momento o menino chorou mais alto, aquilo havia ardido.
Finalmente, a fralda. Eu abri a fralda e segurei as duas perninhas de Daesuke e as levantei lentamente encaixando a fralda perfeitamente. Eu abaixei suas perninhas e dobrei a fralda ajeitando as gretinhas para que ela não apertasse suas sensíveis nádegas. Abri o fecho de durex e posicionei como dizia na embalagem a parte para ser lacrada. Fiz na direita e na esquerda. “UFA!!” Finalmente decentemente consegui colocar fralda da maneira correta em um bebê.
Eu peguei o cobertor e o abri completo. Depois o dobrei ao meio e fiz ele ficar em formado quadrado. Peguei Daesuke no colo e o coloquei um pouco mais acima do meio do cobertor. Eu o enrolei naquele pano quente já que hoje a noite estava GELADA. Daesuke parecia uma larva em um casulo HAHAHA. Mas ele continuava uma gracinha.
Juugo aproximou-se com uma cesta de vinho bem bonita em forma oval. Haviam vários panos dentro dela e ele a colocou na cama próxima a mim.
- O berço improvisado. – Juugo sorriu e eu apenas coloquei Daesuke dentro daquela cesta.
Ele coube direitinho dentro dela, ficou até mais fofo na verdade. Ele parecia aqueles bonequinhos de pascoa com ovinhos de chocolate. Mas a felicidade durou pouco. O estomago de Daesuke roncou e ele começou a chorar. Mas parecia que tudo estava ao nosso favor, Kimimaru apareceu com uma das mamadeiras com o leite da formula. Eu peguei a mamadeira grande e medi a temperatura do leite. Graças a Deus ela estava na temperatura perfeita.
Era quase meia noite quando finalmente Daesuke havia mamado, arrotado e dormido. Todos pareciam cansados. Tsunade havia dito que voltaria na noite seguinte para ver como estavam as coisas.
Finalmente consegui ir pra meu quarto provisório. Ele era ao lado do de Sasuke para que eu pudesse ficar de olho no Daesuke quando ele chorasse. Sasuke havia dito que deixaria a porta aberta para que eu pudesse ficar de olho. E com meu sono é leve eu pude ouvir e ficar de olho em Daesuke a noite toda. Realmente a primeira noite não foi fácil, Daesuke teve cólicas e eu tive que descer duas vezes para fazer um chá. Eu aproveitei na farmácia e comprei umas ervinhas próprias para melhorar as cólicas de bebê, ainda bem que Tsunade me deu e orientou aquilo antes de sair. Eu acordei as 02:00, 03:45 e as 04:50 quando ele finalmente conseguiu dormir. Eu pude cochilar um pouco já que as 06:00 eu teria que estar de pé novamente para poder dar banho e trocar sua fralda.
Sasuke nem se quer acordou de noite, depois que ele tomou um calmante ele praticamente MORREU naquela cama. Mas devo confessar. O FILHO DA PUTA TINHA UM CORPO BEM... INTERESSANTE. HAHA. O que me deixou meio constrangida foi o fato dele dormir apenas de cueca e com a bunda para cima. Pergunto-me até hoje se ele tinha feito aquilo de proposito. Sem falar que ele nenhuma vez se quer se embrulhou. Dormiu igual pedra. Já eu.. Não tive a mesma sorte, mas aquela visão daquele homem todo musculoso, naquela cama deitado, era realmente uma visão meio traumatizante e ao mesmo tempo uma visão realmente prazerosa. Se a Ino tivesse visto Sasuke daquela forma, com toda certeza não pensaria duas vezes em montar em cima dele e fazer horrores pervertidos.
- Tomara que você puxe a beleza física do seu pai quando você crescer. – Eu disse a Daesuke enquanto ninava-o perto da cama de frente a Sasuke observando-o dormir.
Eu coloquei Daesuke na caminha e voltei aos meus aposentos para poder dormir só mais algumas horas.
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