História Me Before You! (Michaeng) - Causando estragos

Puxei Mina pelo queixo vagarosamente e encostei meus lábios nos dela, sentindo o calor dos mesmos, fiquei dessa forma apenas por alguns instantes, sentindo seu beijo, mas depois intensifiquei nosso beijo, passei minha língua pelos seus lábios rapidamente, pedindo passagem, onde ela cedeu. Explorei toda a boca de Mina, enquanto levava minhas mãos até sua cintura, onde apertei levemente, fazendo Mina se movimentar e fazer sua respiração ficar pesada. Percebi que ela havia gostado do toque, então continuei apertando sua cintura, sentindo sua pele por cima das roupas, e dava para perceber que sua pele era bem macia. A falta de ar fez nós nos separarmos, e agora ficamos nos encarando. Mina e eu estávamos tímidas, mas ela desviou o olhar, encarando o chão e eu não sabia o que falar, mas teria que dizer alguma coisa, eu tinha que quebrar esse gelo que havia se formado, afinal, eu e Mina tínhamos acabado de nos beijar e foi um beijo bom.  

-Mina? - Chamei. Imediatamente ela me encarou. - Se você não gostou então eu... 

-Não, muito pelo contrário, era uma das coisas que eu mais queria, eu só não imaginei que isso poderia acontecer assim...  - Mina se interrompeu, tocando seus lábios, ficando pensativa.  

-Eu não consigo te decifrar, você simplesmente se calou. - Encarei ela estranhamente.  

-É só o momento. Eu estou vivendo um conflito familiar, mas ao mesmo tempo estou vivenciando algo que eu queria, mas eu tenho medo, medo de você não corresponder aos meus sentimentos e acabar me magoando. Você não me ama, Chaeyoung.  

-Ei, calma. Uma coisa de cada vez, ok? - Falei apressada – Eu estou aqui com você, não é? Não vou mentir que relutei no começo, eu não queria ficar com você pois eu achava errado e toda aquela chatice de novo com a Eunbi, de que “graças” a ela eu não poderia mais me entregar a ninguém, mas Mina, agora é diferente e esse beijo me fez pensar diferente, me fez ver que a gente pode tentar, mas um passo de cada vez. Se você quer saber então não, eu não te amo, mas eu gosto de você e acredite, bem mais do que amiga e eu não vou usa-la e depois descarta-la, você é especial para mim.  

Mina me encarou chorosa. Ela por um momento parecia refletir minhas palavras, o que era algo insuportável para mim. Mina era sentimental, mas ao mesmo tempo racional e eu não sabia qual lado iria pesar agora, então Mina falou: 

-Tem razão, eu estava sendo tola querendo apressar as coisas e cobrar algo de você que não faz sentido. Eu só quero ficar ao seu lado, mas tudo ao seu tempo.  

Sorri para Mina, era isso o que eu queria ouvir. Eu gostava da Mina, mas eu queria ser cautelosa, eu queria saber se tínhamos futuro.   

-Vem cá. - Chamei ainda sorrindo. Mina veio para o meu lado, onde ela me puxou pela nuca e me beijou instantaneamente. Me aproximei mais dela, a abraçando e retribui seu beijo, colando seu corpo no meu. Seu corpo aquecia o meu nessa noite fria, o que me dava uma sensação boa e vontade de nunca parar o que estava rolando entre nós.  

Mina se separou de mim e me puxou para a cama dela, ela não me beijou mais, apenas se jogou em meus braços, querendo proteção. Por mais que estivessem em um momento íntimo, Mina ainda estava triste com os seus problemas, ela sempre fora ligada a família.  

-Vai ficar tudo bem, Mina. - Falei abraçando-a.  

Ela fez que sim com a cabeça e não falou nada. Eu não lembro em que momento, mas acabei dormindo.  Quando acordei olhei pela janela e vi que estava de dia. O sol mal tinha nascido. Eu estava com o rosto virado para o lado contrário a Mina, mas com o braço sobre sua barriga. Me sentei, peguei meu celular e vi que eram 5:50 da manhã. Putz! Eu não poderia ter dormido fora de casa. Me levantei às pressas, calcei meu sapato e fui em direção a janela, mas voltei, fui até Mina, lhe encarei por um momento e lhe dei um beijo na testa, depois sai, descendo a escada, que estava perto da janela e então corri pela rua até chegar em casa, onde entrei cautelosamente. Meus pais ainda não haviam acordado, voltei para o meu quarto e me deitei na cama, pensando na noite que tive com Mina, seu cheiro ainda estava em mim, as lembranças do seu beijo e do seu abraço ainda pairavam em minha mente, era bom ficar com alguém que te levava a sério, diferente de Eunbi. Mina não seria o tipo de garota que me decepcionaria, pelo contrário, ela só me dava motivos para confiar nela e eu iria deixar esse sentimento rolar.  

Cochilei um pouco e depois acordei e fui para a escola, ao achegar lá encontrei Mina, que estava na entrada da sala. Ao me ver ela sorriu. Seu sorriso era realmente lindo e estava se tornando o meu mais novo sorriso favorito.  

-Bom dia, Chae. - Ela falou animada, notei isso. Quer dizer que ela não estava mais tão triste assim, o que era ótimo. Eu não queria mais ver a Mina triste.  

-Bom dia, Mina. - Me aproximei dela, me encostei na parede e segurei sua mão, encarando-a e sorrindo.  

Mina encarou nossas mãos com um sorriso de canto, depois ficou tímida e começou a sorrir nervosa e escondendo o rosto com a outra mão.  

-Você fica tão fofa tímida.  - Comentei.  

-Para Chae, É que... É que eu não estou preparada para que todos saibam sobre a gente.  

-Hum, então quer nos manter em segredo?  

-Você vai ficar brava?  

-Claro que não, boba. Podemos fazer as coisas do jeito que você quiser, estamos indo com calma mesmo. - Sorri.   

-Você é incrível. - Ela falou.  

-Não, você que... 

-ENTÃO ERA ISSO?  

Ouvimos gritos vindo de dentro da sala.  

-O que tá acontecendo? - Questionei entrando na sala. Ao entrarmos nos deparamos com Sana, que gritava com Dahyun e Momo. - Sana! 

-Você sequer esperou nosso termino esfriar para ficar com outra pessoa. Eu sabia que isso poderia acontecer, só que não tão rápido. - Sana falava nervosa.  

-O que você queria que eu fizesse Sana? Que eu esperasse sua boa vontade de voltar para mim? Você terminou comigo e eu precisa de você ao meu lado. Qual foi o seu problema? - Dahyun falou se pondo frente a frente com Sana.  

-Eu não queria ter terminado com você de verdade.  

-Então você estava brincando comigo? Isso era uma espécie de jogo? Quem você acha que eu sou Sana? Eu acreditei que você fosse diferente, sabe? Que bom que a gente terminou e agora eu posso dizer que estou com a Momo, que diferente de você, ela não me leva na “brincadeira”, a ponto de terminar comigo a hora que bem quiser e achar que depois de um tempo pode voltar. Sabe o que isso significa, significa que eu não fui nada para você.  

-Você que nunca me entendeu, não é mesmo? Quando aconteceu aquela merda com você eu fiquei super preocupada e me sentindo culpada, eu achei que eu era insuficiente para o nosso relacionamento, só que eu pensava que pudesse compreender o nosso relacionamento e que tínhamos uma conexão a ponto de entendermos uma a outra. 

-Tá viajando, Sana. O ser humano infelizmente não vem com manual de instruções. Eu estava com você, mas eu já poderia lhe prever cem por cento. Que inferno! Você está sendo babaca. - Dahyun estava alterada.  

-Eu estou sendo honesta. Desculpa aí se a verdade ofende, e não vem com essa de manual de instruções, pois só com a nossa convivência poderíamos nos conhecer muito bem. Dahyun, você não se esforçou. - Sana apontava o dedo para Dahyun.  

-Qual é Sana, não precisa disso. - Momo interviu.  

-Ninguém te chamou na conversa, Momo. Primeiro você aparece e faz questão de estragar com o namoro da Chaeyoung com a Eunbi e agora estraga o meu namoro com a Dahyun.  

-QUÊ? A Momo não teve nada a ver com o nosso termino, sua idiota ridícula. Você terminou comigo, inferno! - Dahyun avançou em Sana e começou a lhe dá socos nos ombros. - Eu e Momo tivemos que segura-la. - SABE SANA, VOCÊ É UMA EGOÍSTA! VAI PRO INFERNO! 

-Não adianta botar meu nome no meio do rolo de vocês, entendeu? - Eunbi se meteu – O que aconteceu comigo e com Chaeyoung ainda não foi resolvido.  

-Oi? - Mina questionou.  

-Que conversa é essa Eunbi? Eu não tenho mais nada para falar com você. Me erra! - Falei apressadamente. - Que inferno, Sana!  

-EU QUERO MAIS QUE VOCÊ SE DANE, SANA! - Dahyun gritava.  

-Nossa negas, o que está rolando? - Perguntou Jihyo entrando na sala assustada com a confusão.  

-EU TAMBÉM QUERO QUE VOCÊ SE DANE! FICA COM A SUA MOMO, SEU PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO. FAÇA BOM PROVEITO DESSE PROJETO DE JAPONESA. - Sana provocava.  

-AAAAAAAAH!- Dahyun gritou tentando se soltar dos meus braços, pois agora Momo era quem queria partir para cima de Sana.  

-Eu vou calar essa sua boca. - Momo falou.  

-Vem! - Sana sorria debochadamente.  

-Alguém tira a Sana daqui, por favor. - Falei.  

Jihyo levou Sana para fora da sala base de empurrões e eu fiquei tentando acalmar os ânimos, o que estava difícil.  

Tzuyu levou Momo para o canto da sala para acalma-la e eu fiquei agachada ao lado de Dahyun, que chorava.  

-O que aconteceu com ela para agir daquela forma? Ela nunca fora daquele jeito. Sana sempre fora uma pessoa doce. O que eu fiz foi tão errado assim? Eu só queria viver minha vida e tentar esquece-la. - Dahyun pôs as mãos no rosto.  

-Você não fez nada Dahyun. A Sana já estava bitolada desse jeito faz tempo, fora que ela estava muito ansiosa. Deixa-a no seu tempo e as coisas vão se resolver. - Abracei Dahyun, que estava soluçando de nervosa.  

-Eu vou pegar água para ela. - Mina falou e correu para fora da sala.  

Eu fiquei consolando Dahyun. Eu queria tanto ficar em paz com a Mina, mas sempre surgia problemas e dessa vez Sana tinha ido longe demais e cutucou não somente em uma ferida, mas em várias.