Shaker - Let Me Go
Por que você teve que me deixar tão vazio?
Não sou um desperdício do seu tempo?
Agora minha única saída é morrer
Por mim mesmo
Sakura pendeu a cabeça para o lado, apoiando a mesma em sua mão e fechando os olhos enquanto escutava a professora explicar a matéria, mesmo sua mente estando longe ela ainda escutava a voz irritante da senhora ao fundo. A Haruno estava entediada, Naruto estava de suspensão e não tinha nenhum de seus amigos que normalmente conversava ali dentro daquela sala de aula, estava um verdadeiro tédio.
Finalmente o som do sino do colégio ecoou pelos corredores, fazendo todos os alunos se levantarem imediatamente e puxarem suas mochilas para o ombro, a rosada imitou todos e se levantou, pegando o livro em cima da carteira e foi em direção a porta. Ela passou um pouco despercebida pelos corredores, mas queria mesmo que ninguém a notasse, ela estava cansada, fisicamente. Depois do que Naruto fez com ela no dia anterior, fez todos os músculos de seu corpo doerem e pedirem por uma massagem.
A breve lembrança do momento intimo que teve com seu melhor amigo, a lembrou de sua situação, e de que precisava conversar com ele e esclarecer algumas coisas, até mesmo o informar sobre seu namoro. A rosada sabia que era um pouco difícil falar isso por celular com o loiro, então preferiu esperar e contar pessoalmente.
— Eu estava ficando preocupada quando você não foi uma das primeiras a sair da escola. – Ino disse sorrindo, indo atrás da amiga e saindo de perto de Sasuke, a Haruno lhe devolveu o sorriso um pouco forçado. — Nossa, você está cheia de olheiras, o que aconteceu?
— Eu estou cansada, só isso. – Disse suspirando e coçando os olhos, bocejando logo em seguida.
— Quer que o Sasuke te de carona? Ele já vai me levar para casa mesmo. – A loira ofereceu, fazendo Sakura ficar pensativa e olhar para o moreno ao lado dela. — Você pode aproveitar e ficar lá em casa, tem muita coisa que você não me contou. – Disse sorrindo, provavelmente se referindo ao seu namoro com o cunhado da Yamanaka.
— Ah, sim... Mas acho que o Naruto já vai fazer isso por mim. – Disse olhando para um ponto especifico, a loira direcionou os olhos para onde ela encarava, e viu o loiro sair do carro estacionado perto dali. Deu um sorriso sarcástico vendo-o se aproximar.
— E ai, gente. – Sorriu fazendo um toque com Sasuke, logo voltando a atenção a rosada ali. — Eu pensei que quisesse voltar comigo, meu pai veio buscar você. – Disse e a menor olhou para a Range Rover estacionada e viu Minato sorrir alegremente para ela, que retribuiu acenando.
— Ficou de castigo depois da briga? – O Uchiha perguntou em um tom de deboche, fazendo o Uzumaki suspirar assentindo.
— Pois é, depois que o colégio ligou para minha mãe avisando sobre a minha suspensão, as coisas em casa estão estranhas, ninguém fala comigo direito, é como se eu tivesse cometido um crime. – Disse cruzando os braços e fazendo o amigo em um gesto de consolação, apertar seu ombro esquerdo. — Enfim, vamos? – Perguntou olhando para a rosada que assentiu e colocou a mochila sobre os ombros. Eles se despediram dos amigos, saindo de perto e indo até o carro.
— Quer que eu te deixe em casa? – O Namikaze perguntou assim que a menina entrou no carro junto de seu filho no banco de trás.
— Não, eu queria ir pra casa conversar com o Naruto. – Disse e o mais velho assentiu dando partida no carro.
Ao entrarem no quarto, a primeira coisa que Sakura fez foi se jogar na cama alcançando o celular e o ligando esperando receber alguma mensagem. Naruto a olhou, deixando a mochila dela em cima de uma cadeira ali, se jogando na cama juto dela, logo arrancou o aparelho das mãos da menina, ficando sobre ela apoiando os braços no colchão. Sorriu de lado percebendo a confusão estampada no rosto da mesma. Se aproximou fechando os olhos, esperando beija-la depois de quase um dia sem vê-la.
Mas não aconteceu, ela colocou a mão sobre a boca dele, o afastando gentilmente, querendo tentar não parecer que estava o rejeitando, mas para ele pareceu que sim. O Uzumaki franziu as sobrancelhas se afastando minimamente e abrindo os olhos novamente, viu o semblante de culpa dela invadir seu campo de visão.
— O que... Por que? Não quer? – Perguntou de certa forma triste, mas confuso o bastante para não entender por que ela negou um beijo seu.
— Eu tenho que te contar muita coisa. – Disse, deixando o loiro afoito e ansioso. O fato de ela ter negado um toque seu e ter que contar mais algo que aconteceu, fez sua cabeça explodir em alternativas.
— Não... Você... – Parou e se afastou, suspirou voltando a olha-la, engoliu a saliva, estava suando. Não sabia por que estava tão desesperado, ela somente não quis beija-lo, era uma coisa simples, porem para ele, era como se tivesse levado um tapa na cara. — É o que eu estou pensando?
— N-não sei... – Disse minimamente, engolindo seco e o imitando, sua voz falhou, não queria ter que contar para ele, mas precisava. — Mas... Eu... E-eu estou namorando. O Itachi... – Disse e logo desviou o olhar, por sorte as palavras não se embaralharam em sua garganta, ela falou tudo rápido, mas o maior pode entender com clareza. A Haruno corou diante da pausa que ele fez para digerir a informação.
Aquela cabeça estava um verdadeiro caos, no dia anterior estavam compartilhando um desejo feito amantes, e no dia seguinte ela já estava negando seu beijo e veio com a conversa de estar namorando, o pior, namorando o Itachi, o cara que mais odiava, e agora enojava. Ela estava namorando o cara que a abusou e que quis machuca-la, o cara que a tocou no seu lugar, o cara que a drogou.
De repente um som muito familiar soou abafado, o toque do celular da rosada estava soando pelo quarto, a menina se apressou em pegar o aparelho e ver quem estava a ligando. Teria dado um sorriso, se não estivesse abalada internamente, logo atendeu a ligação afastando um pouco mais Naruto de cima de seu corpo.
— Oi, meu amor. – A voz de Itachi soou em seus ouvidos, fazendo a mesma sorrir boba pelo o que ele havia lhe chamado. — Já saiu do colégio? Quer que eu te busque? – Ele perguntou sem nem mesmo deixar ela responder seu “oi”.
— Nah, não precisa. Já estou em casa. – Sorriu sozinha olhando para um ponto fixo, praticamente esquecendo que o amigo estava quase me cima de si e escutando toda a conversa. — Por que pergunta?
— Nada, eu só queria passar um tempo com você, mas se já está em casa não quero te incomodar. – Disse fazendo a mesma suspirar de amores, não acreditava mesmo que tentasse que estava namorando a pessoa que gostava.
— Eu vou pra aí mais tarde, se quiser. – Disse deixando a cabeça tombar para o lado, deitando no travesseiro.
Enquanto via os sorrisos e falas de amor dos dois, o loiro estava morrendo por dentro. Ver ela sorrir daquele jeito e sendo feliz com outra pessoa, o fazia se sentir esquecido, ela faria a mesma coisa que fez quando estava namorando Sasuke, esquecer a amizade dos dois e simplesmente sumir de sua vida. Não queria deixar de vê-la, e principalmente, não queria ela ser feliz com outra pessoa além de si.
— Foi... Tudo, meio... Rápido. – Ele disse assim que viu a chamada dos dois encerrar, a menina mordeu o lábio inferior apreensiva, com medo das próximas reações dele diante daquilo. — Mas como vai ficar nós dois? Não vamos mais nos beijar? Não vamos mais transar?
— Eu acho que não mais. – Sakura sorriu amarelo, seu coração estava apertado, não queria mesmo deixar de dormir com ele, mas queria passar uma parte de sua vida com Itachi. — Vamos voltar a ser os mesmos amigos de antes... Nada a mais. – O loiro pode jurar com toda a sua vida que viu uma lágrima brotar no canto dos olhos verdes dela, mas a má iluminação do quarto atrapalhou-o ver mais. — E-eu... preciso ir. – Disse rapidamente sem esperar ele dizer nada, apenas o empurrou de cima de si, e pegou sua mochila guardando seu celular em um bolso.
— Eu peço para o meu pai te... – Foi interrompido por ela que abriu a porta.
— Não precisa se preocupar, eu vou de metro. – Disse rápido, saindo pela porta. — Desculpa... – Sussurou quase que inaudível, fechando a porta e deixando um garoto sozinho e confuso com seus pensamentos. Isso tinha doído mais nela do que nele, ela achou que pudesse dizer isso sem se abalar e talvez passarem o resto do dia somente sendo os amigos de antigamente, mas foi impossível, de alguma forma, o sexo que faziam estava afetando seu corpo e seus sentimentos, de algum jeito isso já estava incluso no amizade dos dois, mas agora era como se tivesse tirado o de mais precioso que tinha e simplesmente arrancado de seu peito, e isso machucou, machucou mais do que tudo.
Naruto sentiu seu corpo ficar fraco quando ela fechou aquela porta, era como ver um pedaço de si indo embora e se aplicar em outra pessoa, essa pessoa era Itachi. Ele o privou de sua felicidade. E conseguiu definitivamente foder com a sua vida em menos de um mês, tinha arruinado seus sentimentos em menos de um mês. Mas nada o fodia mais do que sua própria cabeça.
Por que eu sinto tanta angustia assim? Por que eu estou bravo? Ela só está namorando, eu devia ficar feliz pela minha melhor amiga.
Os pensamentos o traíam. Mas como se despedir tão facilmente de uma pessoa que marcou sua vida sexual? Era impossível.
— Ela era minha... – Sussurou para si mesmo. — Ela era só minha. – Sua voz embargou, apertou o travesseiro com força, trancando o maxilar e se lembrando de todos os momentos e que teve ela para si. — Ela é minha. Sakura ainda é minha. Ela sempre vai ser minha.
Era muita presunção escutar alguém afirmar esse fato, mas o loiro tinha a certeza, e mesmo que ela não fosse sua, ele a faria ser. Sakura Haruno tinha sua marca pelo corpo dela, assim como seu corpo tinhas as dela, amaldiçoou o Uchiha milhões de vezes dentro de sua mente, ele não roubaria o que era seu tão facilmente e tão de repente. E se fosse necessário o mataria pra tê-la de volta.
***
Seu celular vibrou pela quinta vez, fazendo Itachi tirar sua cabeça do ombro da menina, e olha para o visor aceso do celular da rosada, que suspirou puxando a cabeça do Uchiha de volta para seu ombro e tentou voltar a assistir o filme sem serrem interrompidos outra vez.
— Cinco mensagens, uma atrás da outra, e você não quer responder nenhuma? Pode ser sua mãe. – Disse se virando para a menina, ela sabia que não era sua mãe muito menos alguém “importante” no momento, aquele toque de notificações estava a irritando, além de estar atrapalhando o momento entre o recente casal.
— É o Naruto, depois eu repondo. – Murmurou se acomodando mais ao corpo do maior, que sorriu de lado ao ver que finalmente ela estava se afastando do melhor amigo para dar mais atenção aos dois. Mas não era nem perto disso que Sakura estava fazendo, ela queria somente passando um tempo com ele, e nem pensaria em deixar o loiro de lado.
***
— Merda! – Disse praguejando enquanto apertava seu aparelho celular nas mãos, com raiva do que ela poderia estar fazendo que não respondia suas mensagens, Naruto estava possesso de raiva, queria outra vez ir até o apartamento de Itachi para busca-la se fosse possível. Suspirou pesadamente, fechando os olhos. Ele estava a meia hora sentado no banco do jardim dos fundos de casa, olhando para o céu que estava tão estrelado e o luar o fazia pensar em tantas coisas, o fazia refletir sobre sua vida, até fazer seu coração doer lembrando de sua situação.
Substituível, ele era totalmente substituível, como ele tinha tanta certeza que ela iria ligar para o cara que era somente sua parceria de cama? Estava claro que ela queria somente praticar, para depois ir correndo para outro cara.
— Oi... – Escutou uma voz fina e diferente, mas familiar. Abriu os olhos e olhou para trás. Hinata sorriu sem graça e chegou mais perto com as mãos atrás de suas costas.
— Hinata? O que faz aqui? – Forçou um sorriso tentando não transparecer sua leve melancolia do momento.
— Bom... Daqui da pra ver a janela do meu quarto, e da janela do meu quarto da a vista daqui. Eu estava estudando e minha escrivaninha fica de frente para a janela, você estava ai a meia hora, eu achei que talvez você quisesse... Conversar? – Perguntou chegando mais perto, viu que realmente as casas eram próximas, e dar cinco passos poderia o fazer entrar dentro da casa dela, sorriu sem graça que mesmo daquela distancia ela poderia perceber que ele estava sozinho, não fisicamente mas sozinho dentro de sua mente.
— É, estou mesmo precisando de alguém para conversar. – Disse e se afastou para o lado, dando espaço no banco que sentava. A morena se aproximou sentando-se ao lado dele e colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. — Me deixar sozinho com meus pensamentos é como me deixar em perigo. – Disse fazendo ela rir brevemente. O som da risada dela o fez sorrir sozinho e a olhar percebendo que a Hyuuga olhava para o céu, comtemplando a lua. — Hinata, eu sou uma pessoa substituível?
— O que? – O olhou confusa, franzindo as sobrancelhas.
— Eu posso ser substituído facilmente? Eu posso ser trocado? – Pode ver ela suspirar e arrumar a postura.
— Por que você está me perguntando isso? – Ela perguntou olhando-o nos olhos e esperando o mesmo começar. — Alguém te faz sentir isso?
— Não, é só que... – Deixou seu suspiro cortar a frase, passou a língua entre os lábios, umedecendo a boca e se preparando. — Sabe quando um amigo deixa de ficar do seu lado para ir para outra pessoa? Tudo bem, talvez seja egoísmo da minha parte não deixar amigos meus saírem com outras pessoas além de mim, mas ela troca nosso tempo juntos pra ficar mais ainda com essa outra pessoas, isso me fez perceber que talvez ela só era minha amiga quando não tinha outra pessoa melhor, agora ela tem e está me trocando. – Não se fazia nem um dia em que a Haruno havia deixado de passar o resto do dia na sua casa para sair com Itachi, tirar a conclusão que ela estava lhe trocando era mais do precipitado.
— É a Sakura, não é? – Hinata perguntou um pouco desconfiada, fazendo Naruto a olhar assustado. Como ela soube sem nem mesmo eu ter falado? — Da pra perceber que ela é uma das únicas de seus amigos que você é mais próximo, eu soube também quando você usou o gênero feminino para descrever esse “amigo”.
— Uau. – Realmente ele estava surpreso, não sabia que deixava tão claro que era ela.
— Mas não, Naruto. Você não é substituível, e nunca será. Ela provavelmente achou um namorado e você está querendo a amizade mais próxima de antes, estou certa? – Perguntou vendo o loiro assentir. — Ela só quer passar um tempo com esse cara, as vezes se importar demais com isso pode faze-la se irritar e talvez vocês possam até mesmo brigar futuramente por isso. – Disse e viu que ele apoiou a cabeça no braço que estava sobre o encosto do bando, fazendo a atenção do Uzumaki focar totalmente em si, o que fez ela ficar um pouco sem graça.
— Seus olhos são exatamente o retrato da lua. – Falou sem querer e logo percebeu o que havia falado quando a Hyuuga corou fortemente. — A-ah... Desculpa. Foi impulso. – Levantou a cabeça e coçou a nuca rindo forçadamente. Ele talvez esteja acostumado demais elogiar Sakura, que usar isso com outra pessoa era um pouco estranho.
— Tudo b-bem... Seus olhos... Também são lindos. – Disse e ficou mais vermelha ainda, se fosse possível. O Uzumaki sorriu de lado ao ver que ela estava parecendo um tomate. Eles se deram conta que estavam literalmente deixando o assunto anterior de lado, e u elogiando os olhos do outro. A morena se perdeu facilmente nele, ficando pensativa e apenas o encarando enquanto sentia a brisa da noite, o vento, mesmo não sendo muito forte fez com que uma mecha de cabelo se desprendesse do coque desajeitado da menina, levando o loiro a colocar o cabelo atrás da orelha de Hinata.
Por um extinto de seu corpo, abaixou seus olhos para o rosto dela que já não estava mais corado, agora o fitava com atenção. Notou que seus lábios estavam rosados e um pouco machucados, talvez ela tivesse o mesmo habito de Sakura de morder os lábios a todo momento. A Sakura... E novamente já estava pensando nela outra vez, mas diferente das outras vezes, não soube o porquê mas seu corpo o fez ficar com raiva, se lembrou que agora ela estava aproveitando a companhia de outro cara, ele não deveria estar se lembrando dela muito menos ficar se lamentando de saudades.
Segurou o rosto da menina a sua frente com as duas mãos, fazendo ela estranhar tal ação, e logo se aproximou repentinamente, selando ambas as bocas. A Hyuuga sentiu seus lábios serem prensados com força, era como se ele estivesse com ódio. Ignorou seus pensamentos fechando os olhos e tentando acompanhar os movimentos desesperados de Naruto, que tomou o controle dos movimentos de sua boca, ele fazia tudo com maestria mas ainda sim sendo bruto.
Ele a puxou para mais perto pela cintura, esqueceu de que ela era sua vizinha, esqueceu que estava no quintal de sua casa, esqueceu que ela estudava na sua escola, e se esqueceu que Sakura sequer existia. O beijo se tornou um ato obsceno quando ele pediu passagem com a língua, e Hinata aceitou segurando os ombros largos dele, o trazendo para si. O maior subiu uma de suas mãos pelas costas dela, até alcançar a raiz de seus cabelos, desfazendo o penteado e apertando os fios em suas mãos.
O Uzumaki com uma mão só conseguiu a puxar para seu colo, fazendo ela sentar em cima de seu quadril, a morena suspirou arranhando a nuca do outro, tentando seguir os movimentos que ele fazia com a língua, foi tudo tão de repente que não conseguia assimilar suas ações, apenas o seguia. A Hyuuga movimentou a cintura, roçando sua intimidade contra o membro dele, sentindo-o tomar uma forma rígida rapidamente.
O ar faltou e ambos se separaram, deixando que seus pulmões puxassem ar puro. Naruto abriu os olhos e viu a menina o encarar com timidez, mas ainda pode ver ao fundo o olhar dela de desejo. Suas bochechas estavam coradas e os lábios quase roxos pelo beijo que trocaram, logo ele percebeu que Hinata tinha causado lhe uma pequena excitação, e não deixou de corar junto.
— Foi... Inesperado. – Disse ela sem graça, desviando o olhar para longe.
— Desculpa, eu senti vontade e nem perguntei se eu poderia. – O maior sorriu também sem jeito, acariciando as bochechas da garota em cima de si, fazendo ela se arrepiar pela caricia.
— Eu tenho que ir, minha irmã já deve estar chegando. – Disse o olhando no fundo dos olhos, quase se perdendo no azul deles outra vez.
— Tudo bem... – Disse suspirando e a viu sair de cima de seu colo, arrumando o short e prendendo os cabelos novamente em um rabo de cavalo. — Ei... – A morena o olhou e ele se levantou arrumando a camiseta. — Me mande alguma mensagem. – Disse sorrindo sugestivo.
— Certo, até mais. – Disse balançando a mão em um comprimento, ele fez o mesmo e a fitou saindo de seu quintal, andando até atravessar e ir para o jardim vizinho, talvez o estilo de sua casa por não ter nenhum tipo de cercas ou portões não fosse tão ruim assim.
Suspirou pesadamente pegando seu telefone e ligando o visor, não vendo nenhuma mensagem nova, percebeu que sua pequena ereção ainda estava lá, então apenas foi em direção a porta para entrar dentro de casa, pretendendo se aliviar sozinho naquela noite.
***
— Eu pedi que você me esperasse, me esperasse, e não que eu fosse ficar esperando meia hora pra você meter mais gel nesse cabelo de merda! – Kakuzu disse alto para o platinado que revirou os olhos ajeitando a gravata no espelho do corredor, o mais velho estava dando nos nervos e ver Hidan com a maior tranquilidade do mundo arrumar o paletó no espelho com meia hora de atraso e uma empresa inteira esperando-o no local da festa foi a gota d’água. — Arruma esse terno na porra do carro.
— Calma, Kaku. Você é o chefe daquela merda, certeza que ninguém vai ficar bravo com o próprio chefe. – O albino disse passando pelo mais velho e deixando seu perfume amadeirado no ar, a íris negra viu o garoto ir em direção a porta do apartamento e logo pegou sua maleta, quase pronto para joga-la na cabeça de Hidan por qualquer outra gracinha.
— Já vão? – Konan enfiou a cabeça para fora da porta da cozinha, vendo os dois homens arrumados e elegantes, fez um biquinho com os lábios com a expressão de orgulhosa vendo o platinado com um terno branco e uma gravata rosa com listras pretas, era como ver um filho vestido de homem. — Olha o meu bebê todo charmoso. – Disse fazendo Hidan dar uma risadinha e jogar a mão no ar, lisonjeado.
— Nossa que gay. – Itachi passou pela sala indo até a cozinha e Sakura vinha atrás mexendo no celular.
— O que disse homofóbico?! – Virou para trás quase berrando. Levou de imediato um tapa na nuca pelo grito de Kakuzu, xingou baixo colocando a mão sobre a pele que rapidamente ficou vermelha.
— Olha, que lindinhos. – A rosada disse sorrindo e parou se sentando no braço do sofá, e observou os dois homens vestidos.
— Você, gata. – Disse sorrindo de lado, seu braço foi brutamente puxado para fora do apartamento e percebeu que o moreno realmente estava bravo pelo atraso. — Tchau pra vocês! – Disse alto e a porta foi fechada com força antes de ser arrastado até a metade do corredor pelo maior. — Eu sei andar, velhote! – Disse alto, se soltando dele e se levantando arrumando o terno, logo depois o cabelo.
— Eu juro que se você me chamar assim no meio das outras pessoas, se considere um homem morto. – Disse e foi até o elevador sendo seguido pelo menor que remendou tudo o que ele disse até as portas do elevador abrirem, fazendo caretas imitando Kakuzu. Só não contava que no elevador teria um espelho e no mesmo momento que as portas se abriram ele pode ver o que Hidan estava fazendo. — Me imita de novo e eu arranco sua língua. – Falou sério, entrando no elevador, o platinado sorriu de lado.
— Como você vai me beijar se eu estiver com a língua arrancada? – Perguntou observando as portas do elevador se fecharem.
— Cala a porra da boca. – Se limitou em querer dar uma surra nele ali dentro, sujaria seu terno com o sangue de Hidan.
***
— Me liga se quiser voltar pra casa comigo. – Kushina disse observando o filho sair do carro e pegar sua mochila, ele apenas assentiu colocando a bolsa sobre o ombro e fechando a porta do carro. — Mamãe te ama. – Disse sorrindo e Naruto apenas jogou um beijo no ar saindo de perto. Finalmente sua suspensão tinha acabado, pelo menos faltavam apenas alguns dias para pegar seu carro de volta.
Nesse meio período, ele conversou um pouco com Hinata sobre o que aconteceu, ela se demonstrou até mesmo um pouco neutra sobre a situação, e disse que tinha gostado. Mas não havia recebido mensagens e nem mesmo conversado com Sakura, ela respondeu suas mensagens de segunda-feira, mas ele preferiu deixar de lado, estava fazendo tempestade em copo d’água somente por um relacionamento que ela havia acabado de começar.
— Naruto-kun! – Shion disse alto assim que viu o loiro cruzar a entrada do colégio, ela e mais duas meninas vieram em sua direção rapidamente. — Ficamos sabendo da briga, você se machucou? – Ela perguntou fazendo um biquinho com os lábios e com a expressão de preocupada.
— A escola inteira estava falando disso. – Karin disse também chegando mais perto do Uzumaki, que sorriu.
— Não, meninas, eu não me machuquei, quer dizer... Sim, mas foram apenas alguns arranhões e roxos, nada demais. – Disse tranquilamente e encarando a meninas a sua frente, os olhos delas brilharam ao verem o sorriso de lado dele.
— Se quiser eu cuido dos machucados pra você, se você quiser. – A loira disse maliciosa, o maior apenas riu internamente daquela cena.
— Não, meninas, eu já cuidei dos ferimentos dele por vocês, fiquem tranquilas. – Sakura disse chegando mais perto e interrompendo as interrogações das quatro ali. As garotas apenas olharam para a rosada com insignificância e saíram todas de perto, a menina sorriu vitoriosa.
— Achei que estava com o seu namorado. – Naruto disse começando a andar pelo colégio indo até o corredor das salas, a menor franziu as sobrancelhas.
— Ele ainda não chegou. – Disse baixo e segurando os livros em sua mão com força se lembrando que talvez o amigo ainda não estivesse adaptado ao novo relacionamento dos dois, talvez voltar com a amizade que tinham antes não fosse tão difícil, ou seria?
— Oi. – Viu Hinata se aproximar do Uzumaki enquanto ela esperava o amigo arrumar suas coisas em seu armário, ela parecia mais solta e um pouco mais radiante. Não era a mesma menina tímida que conheceu. — A gente tem aula de química hoje, não é?
— Sim, já quer ir pra sala? – Ele perguntou fechando o armário e se virando para a morena, que apenas sorriu e assentiu. O loiro saiu de perto sendo seguido pela Hyuuga, deixando a rosada para trás, que franziu a sobrancelha e vendo que eles saíram e deixaram ela totalmente ignorada. Percebeu que mesmo de longe viu o olhar que eles trocaram, estavam mais íntimos do que das outras vezes.
— O que você está fazendo parada no meio do corredor? – Escutou a voz mais que familiar, olhou por cima dos ombros e viu Itachi sorrir para si, respondeu seu gesto se virando para trás e o recebendo com um beijo na bochecha. — Me beija direito.
— Bom dia pra você também. – Disse rindo e lhe dando um selar de lábios um pouco demorado.
— Vamos para a aula, eu te deixo na sua sala. – O Uchiha disse colocando seu braço por cima do ombro da menina que assentiu e andou junto a ele pelos corredores, ainda pensativa pelo jeito que Naruto estava agindo consigo, ele além de estar estranho ignorou suas mensagens e lhe ignorou. Mas para ela era só questão de tempo até ele se acostumar com a antiga amizade dos dois voltando à tona.
***
Deixar Hidan ir naquela social como seu acompanhante foi um erro, mas deixar ele beber foi um erro maior ainda. Kakuzu agora carregava ele pelos braços até o carro no estacionamento, sorte que eram um dos últimos a saírem dali. Caso contrário passariam o resto da madrugada procurando qual era o carro.
— Para de se mexer. – Disse ao platinado que murmurava palavras desconexas, enquanto se agarrava ao braço do mais velho indo em direção ao carro estacionado logo a frente. Sorte a dele também que quando Hidan bebia ficava mais calmo do que geralmente era, então o privou de dar surtos no meio do evento.
— Ai, filho da puta. – Mas mesmo bêbado ainda se lembrava como era xingar a mãe dos outros. O maior fechou a porta do carro depois entrou no lado do motorista e viu que o albino dormia sobre o painel do carro, o terno naquela altura já estava todo amarrotado e sujo de bebida e da baba que escorria da boca do menor e nem sequer havia colocado o cinto.
O moreno respirou fundo para que não brigasse com um bêbado no meio do estacionamento. Se curvou em direção ao mais novo, alcançou o cinto de segurança, colocando o corpo dele colado ao banco. Se aproximou mais do platinado e puxou a rolagem tentando levar o encaixe até o prendedor do banco.
Hidan poderia não estar nos seus melhores momentos de raciocínio, mas sabia que aquele homem sobre si era Kakuzu, podia saber somente pelo cheiro do perfume caro. O mais velho de repente sentiu uma língua tocar seu pescoço, a primeira coisa que fez foi parar o que estava fazendo, e tentar assimilar se ele realmente teve a coragem de fazer aquilo, sua pergunta foi respondida de imediato quando os lábios frios do menor se juntaram e deixaram uma mordida em sua clavícula.
— Tá maluco, pirralho? – Perguntou se afastando assustado e ao mesmo tempo indignado. O platinado abriu os olhos sorrindo de lado e deixando com que suas mãos subissem por cima das mangas de seu terno preto.
— Você é chato. – Hidan disse chegando mais perto dele e inclinando a cabeça até selar os lábios nos do outro, o maior franziu as sobrancelhas empurrando-o para trás com brutalidade limpando os lábios com as costas de sua mão o olhando com raiva. — Ah, o que há? Eu quero você, Kakuzu.
— Você só está bêbado, provavelmente nem vai lembrar de nada amanhã. – Disse voltando a se sentar no banco do motorista novamente. — Coloque seu cinto de segurança.
— Não quero. – Disse e se livrou do paletó de seu terno o jogando no banco de trás, e se inclinou antes de deixar Kakuzu ligar o carro, e se sentou sobre o colo do mais velho. Não esperou uma sequer reação dele e se aproximou rapidamente o beijando outra vez, segurou o terno do outro com força, tentando não deixar ele separa-los. O maior segurou os braços de Hidan e tentou o afastar, e por mais que tentasse, ele estava segurando seu terno com força, o puxar iria rasga-lo. O platinado enfiou uma de suas mãos no meio dos fios negros do cabelo dele, o puxando com força enquanto abria a boca pedindo passagem com a língua.
E não era como se o mais velho ali estivesse ciente de seus atos, a bebida que havia ingerido não foi o bastante para o embriagar, mas foi o bastante para o deixar alto. Eles dois provavelmente nem mesmo se lembrariam de como voltaram para casa, então ele apenas se deixou levar pela curiosidade de sentir uma nova experiencia.
Kakuzu sorriu ao ver que ele já havia desabotoado sua calça, seu cinto foi jogado no banco do passageiro. Ele se separou dele por falta de ar e se livrou do paletó, desabotoando sua blusa social que vestia por baixo. Hidan o puxou pela gravata, selando os lábios de ambos outra vez. O mais novo tratou de tirar o resto de seu terno e abriu o zíper de sua calça, se aproximando mais do corpo dele sentindo o calor que emanava do mesmo.
— Se vira. – Ele disse sério, o albino logo o obedeceu, se virando e se sentando sobre o colo dele agora de costas. O maior afastou o encosto do banco, dando mais espaço para ambos. Kakuzu puxou com força a barra da calça do menor, deixando a mostra a bunda dele, que estava numa coloração avermelhada, talvez excitação ou pelo calor. Fitou as nádegas rechonchudas, as apertando com força arrancando um suspiro da parte do outro. Puxou a cintura do menor, o empinando em direção a seu quadril. Afastou as suas extremidades, vendo a cavidade clarinha e rosa molhada e escorrendo excitação. Apertou com firmeza a cintura de Hidan, tentando se controlar ao máximo.
O moreno aproximou o corpo dele mais ainda, fazendo o mesmo se sentar sobre sua ereção. Estava mais dura que pedra, o platinado engoliu seco com medo ao sentir o tamanho relativamente grande. Ele vai me partir no meio. Pensou receoso.
Ele se posicionou na entrada do albino, que segurou o painel do carro com força, se preparando para qualquer desconforto. Kakuzu segurou em sua cintura, o descendo devagar sobre seu membro, Hidan arregalou os olhos, mordendo o lábio inferior se segurando para não gritar. O maior sentiu a cavidade do outro esquentar seu falo, ele estava o esmagando.
— Eu... Pensei que não fosse virgem. – Disse rouco perto do ouvido do platinado, que deixou escapar um gemido esganiçado.
— Não sou, v-você que não... Cabe. – Disse entre suspiros, fechando os olhos e os apertando com força, seu corpo inteiro estava quente e entrando em combustão, até sentir que chegou até a base. Suspirou aliviado, deixando seu corpo mais solto e relaxado. Rebolou contra o quadril do outro, ouvindo um suspiro do mais velho. Kakuzu subiu as mãos da cintura dele, ao alcançar o abdômen do menor, sentindo os músculos um pouco avantajados sobre seus dedos, sentiu os mamilos excitados, os apertou ouvindo-o gemer baixo e sentar mais uma vez sobre seu membro, logo as cavalgadas dele tomaram força.
O moreno mordeu o ombro do outro, deixando uma marca quase roxa ali. Gemeu rouco perto de seu ouvido, sentindo o corpo dele tremer sobre si. Colocou dois dedos dentro de sua boca, sentindo-o os chupar e salivar sobre seus dígitos, tirou-os de dentro de sua boca e os levando ao membro do platinado, que gemeu alto ao ser estimulado por ele. Kakuzu gemeu mais alto ainda, sentindo as cavalgadas dele se intensificarem na medida em que o calor ali dentro aumentava.
Hidan sentava que nem uma puta, com força e vontade, sempre apertando seu membro dentro dele. Com certeza aquele garoto era mais experiente naquilo do que muitas mulheres com quem dormiu.
— Puta merda! – O albino xingou alto jogando a cabeca par trás, gemendo incontroladamente enquanto quicava no colo do outro. Seus cabelos foram puxados com brutalidade para trás, fazendo suas costas colarem contra o abdômen nu do homem embaixo de si, virou a cabeça para o lado e Kakuzu já sabia o que fazer, se aproximou inclinando a cabeça e o beijando de lado. O moreno segurou a cintura dele, deixando a pele marcada com seus dedos enquanto ditava seus movimentos sobre seu membro. As línguas mesclavam as salivar, fazendo com que um fio ligasse as duas bocas quando se separam em busca de oxigenio.
O platinado se assustou com um tapa forte que recebeu em sua coxa, porém não parou seus movimentos por nada. Precisava de mais, queria mais, necessitava de mais. Mais dele e daquela brutalidade.
— Você é pior do que uma puta barata. – Kakuzu disse baixo perto de seu ouvido, o menor gemeu manhoso deitando a cabeça de lado. — Não é, vagabundo? – Perguntou o puxando mais para perto, agora o penetrando ao mesmo tempo que ele sentava sibre seu colo, alcancando um ponto jamais conhecido por Hidan, que tapou a boca reprimindo o grito. O mais velho viu que ele se segurou para não gozar rápido, então sorriu de lado parando os movimentos e segurando o quadril dele, o forçando a parar também. O virou com brutalidade e o penetrou sem mais nem menos, vendo agora perfeitamente a sua expressão de prazer, ele estava de frente para si, e pode ver também sua pele corada de calor, tanto os ombros quanto suas bochechas.
Escutou um gemido alto dele, quando suas mãos se apostaram de seu quadril e o penetraram com força enquanto trazia sua cintura de encontro com a dele. Fazendo o barulho das duas peles se chocando soar pelo carro. A esse ponto os vidros já estavam embarcados demais para alguém lá fora ver o que estava acontecendo, mas era de se perceber pelo jeito que o carro se mexia demais para estar somente estacionado.
Kakuzu subiu uma de suas mãos pelo corpo do albino, sentindo a pele macia dele, até chegar em seu pescoço, o apertando e fazendo o platinado ficar com dificuldades de respirar. Sem dúvidas Hidan amava ser enforcado, e aquilo só o deixou mais excitado do que nunca, gemendo de um jeito dificultado e alto. Seus olhos lacrimejaram e a saliva em sua boca se acumulou, abriu a boca tentando respirar mais, mas a mão em seu pescoço não deixava. Mordeu o lábio inferior, sentindo ele o penetrar mais fundo do que antes, alcançando sua próstata e fazendo a alma do albino descer de seu corpo por segundos, o desnorteado de prazer.
— Filho da puta. – Xingou outra vez, batendo agora em seu rosto, deixando a bochecha do menor avermelhada e o fazendo gemer alto. Segurou agora seu quadril e o pressionou contra o painel do carro, esmagando seu membro dentro dele, metendo fundo e forte. Os gemidos do garoto era a única coisa que poderia se escutar no meio da madrugada. Ambos se tomaram em um beijo ao mesmo tempo, sentindo as línguas se entrelaçarem e lutarem por espaço enquanto as estocadas iam ficando cada vez mais intensas. Kakuzu sentiu que logo iria gozar, então estimulou Hidan rapidamente, o penetrando com rapidez e se separou de sua boca.
Ele sentiu a sensação se apossar de seu corpo e de sua alma, jorrou dentro do albino enquanto se enterrou o mais fundo dentro dele, o menor sentiu seu corpo se aproximar mais do céu, pode jurar que Jashin-sama o cumprimentou ao vivo. Gozou sobre ambos, sujando seu abdômen e o do moreno, que suspirou recuperando o oxigenio, sentiu o líquido quente dele escorrer sobre suas paredes, mas ele não se atreveu a sair de dentro dele.
— Eu... Eu vou te matar – Kakuzu disse recuperando o fôlego, enquanto fitava o expressão alegre de Hidan, que riu da cara de bravo que ele havia feito.
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