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História Memórias - Julgamento - Parte 2 - História escrita por Gyro_Zeppeli - Spirit Fanfics e Histórias
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História Memórias - Julgamento - Parte 2


Escrita por: Gyro_Zeppeli

Notas do Autor


IMPORTANTE: Pra facilitar a escrita as letras em itálico são narração e as letras em negrito são pensamentos

Capítulo 26 - Julgamento - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Memórias - Julgamento - Parte 2

Mike: Eu gostaria de chamar a tribuna... Richarlyson.

Uma comoção é gerada.

Pac: Mike?

Cell: Isso é um absurdo. Você não vai chamar meu filho pra depor contra mim.

Mike: Eu nunca disse que vai ser contra você. Ele também não faria isso. Eu só preciso que ele responda algumas perguntas. Excelentíssimos, eu garanto que essa criança não vai ser incomodada com as perguntas.

Jaiden: Tudo bem, mas pegue leve.

Richarlyson é levado a tribuna.

Mike: Testemunha, se apresente.

Richarlyson: Eu sou o Richarlyson.

Mike: Qual sua relação com o réu?

Richarlyson: Eu sou filho do réu.

Mike: Você acha que seu pai vem apresentando mudanças de comportamento?

Richarlyson: Sim. Mas só às vezes.

Mike: Há quanto tempo isso?

Richarlyson: Mais ou menos desde o acidente com o vaso de flor, há uns meses atrás.

Mike: Você diria que o réu esqueceu algumas coisas que ele geralmente nunca esqueceria?

Richarlyson: Sim. Algumas brincadeiras e fatos. Ele vem agindo diferente no geral.

Cell: Protesto! Esse depoimento entra em contradição direta com o testemunho do Roier.

Mike: Pessoas diferentes tem visões diferentes de mundo, Cell.

Jaiden: Prossiga com a inquirição, Mike.

Mike: O quão diferente?

Richarlyson: Às vezes ele parecia outra pessoa. Hoje em dia nem tanto, acho que eu já me acostumei com ele assim.

Mike: Mas você diria que já se acostumou por que ele voltou a ser como antes, ou por que essa mudança já virou normal para você?

Richarlyson: Acho que um pouco dos dois.

Mike: Testemunha, você precisa ser mais preciso. Nada de ficar em cima do muro.

Cell: Protesto! A acusação está pressionando a testemunha.

Jaiden: Protesto aceito. Mike você pode continuar nessa linha de raciocínio, mas não pressione a testemunha.

Richarlyson: Acho que eu me acostumei mais do que ele voltou ao normal. O café dele nunca mais foi igual, por exemplo, apesar de ter melhorado.

Cell: Vocês nunca reclamaram.

Mike: Eu cheguei onde eu queria. Excelentíssimos, eis o motivo de cometer os crimes, o réu perdeu a memória.

Os espectadores começam a se agitar.

Jaiden: Ordem, ordem! Eu disse ordem!

Etoiles pega o martelo da mão de Jaiden.

Etoiles: ORDEM! ELA DISSE ORDEM!

Cell: Onde você quer chegar com isso, Mike? Que qualquer pessoa que perdesse a memória cometeria crimes?

Mike: Não qualquer pessoa. Específicamente você.

Cell: Isso é ridículo.

Mike: Richarlyson, é verdade que seu pai, o réu, tem um passado de presidiário?

Richarlyson: Sim, é verdade.

Mike: Como ele saiu da cadeia? Cumpriu pena?

Richarlyson: Não, ele fugiu.

Mike: Cell, você perdeu sua memória toda até logo depois de fugir da cadeia. Na época você não tinha feito terapia, e ainda era um psicopata. Por isso, tinha razão o suficiente pra cometer ambos os crimes discutidos aqui.

O tribunal está agitado novamente. Os juízes estão olhando para Cell esperando uma resposta.

Cell: Tsc, tsc, tsc.

Mike: O que?

Cell: Mike, Mike. Você foi bem, mas isso ainda não significa nada. Você demonstrou a possibilidade de eu ter razões pra cometer esse crime. Isso ainda não chega perto de explicar como eu fui da minha cela, pra cena do crime, e então pra minha cela de novo. Por que você me viu na cela com seus próprios olhos.

Mike se agita por um momento, e então fecha os olhos para pensar.

Mike: A explicação parece bem óbvia pra mim, mas será que eu quero seguir esse caminho? É isso, ou ele continua insistindo naquela idéia idiota de que o Bad cometeu o crime. Mesmo que eu continue refutando ela, se essa for a única hipótese apresentada, os juízes vão ser obrigados a aceitar.

Cell: E então, Mike, como vai ser?

Mike: A resposta parece bem simples, pra mim. Teleporte.

Cell: Você está sugerindo que eu acertei uma enderpearl da minha cela na sala de sangue? Haja mira.

Mike: Não necessariamente uma enderpearl. Um waypoint, ou uma warplate.

Cell: Idéia brilhante, tirando o fato de que não é. Meus itens foram confiscados na prisão. Pra eu ter qualquer uma dessas coisas, alguém teria de me trazer. Não está sugerido que...

Mike: É a única explicação possível.

Cell: Mike, as únicas pessoas que me visitavam eram meu marido e filho. Você não quer me dizer que um dos dois era meu cúmplice, não é?

Roier: Culero!

Etoiles: Promotor Línnyker, como oficial de justiça eu devo lhe avisar que todos os itens dos visitantes são estritamente checados.

Mike: 3 visitas ao dia por quase 1 mês. Tem certeza que você nunca fez uma checagem menos rigorosa?

Etoiles: Primeiramente, eu estou ofendido. Segundamente, a checagem é feita automaticamente por uma máquina. Eu só deixava entrar comida, e muitas vezes até checava a comida pessoalmente em busca de itens escondidos.

Cell: Sem contar as vezes em que você me assistia comer. Pra enterrar sua idéia de vez, a minha cela foi revistada logo após o assassinato. Você lembra? O Etoiles chegou logo depois de você e revistou a minha cela.

Mike: Merda. Eu sabia que era uma jogada arriscada.

Cell: Desista, Mike. Não existe nenhuma prova contra mim. Minhas digitais sequer estão na espada. Excelentíssimos, essa sessão já acabou. Sintam-se a vontade para dar o veredito de inocente.

Mike parece ter uma epifania, como uma última idéia.

Jaiden: Mike?

Mike: PROTESTO!

Os espectadores do tribunal se assustam.

Cell: O que foi agora?

Mike: Suas digitais não estavam na arma do crime.

Cell: E de que forma isso é uma contradição? Isso prova que eu sou inocente.

Max: Mike, não gaste nosso tempo atoa.

Mike: Vocês não acham isso estranho? Essa arma é originalmente do réu, e mesmo assim não tem as digitais dele.

Os espectadores se agitam.

Cell: Onde quer chegar com isso?

Mike: Essa arma foi forjada! Forjada pra te inocentar em tribunal.

Cell: Protesto! Se eu usei ela como arma do crime, deveria conter minha digitais. Ela está sem digitais por que eu limpei pra pôr na parede.

Mike: Negativo. Você pode ter usado luvas na hora do crime. Além disso, não é só suas digitais que estão faltando. As digitais do BadBoy também não estão na arma.

Cell: Ughh. Ele poderia estar usando luvas também.

Mike: ERRADO. Cell, você não leu os autos do processo? O senhor BadBoyHalo foi encontrado sem luvas na cena do crime. Ele nunca poderia ter cometido esse crime desde o começo.

O tribunal se torna mais agitado ainda.

Jaiden: Ordem! Ordem! Cellbit, você tem alguma explicação pra essa contradição?

Cell: Talvez não agora, mas minha explicação continua sendo a que faz mais sentido. Como seriam explicados, por exemplo, o sangue da Baghera encontrados na roupa do Bad?

Mike: Exceto que não tem o que explicar aí.

Cell: ?

Mike: O sangue na roupa do Bad foi testado em laboratório. Não é o mesmo sangue da Baghera. E nós pegamos várias amostras diferentes da roupa dele. O sangue parece ser até de outra espécie... Uma vaca, talvez.

Cell parece ter ficado inquieto.

Cell: Eu não sabia que o sangue havia sido testado.

Mike: O resultado só saiu um pouco antes do julgamento começar. Então, Cell, parece que a sessão continua.

Richarlyson: Vocês podem parar de brigar, por favor?

Mike: Desculpa, Richas.

Pac: Vocês ainda querem perguntar alguma coisa pro Richarlyson?

Cell: Eu tenho algumas poucas perguntas.

Mike: Tudo bem, faz elas logo. Quando você terminar o Felps leva ele de volta pro NINHO.

Cell: Testemunha você visitou o réu na prisão?

Richarlyson: Sim. Várias vezes.

Cell: Acompanhado de quem?

Richarlyson: Do pai Roier.

Cell: Ele levava alguma coisa ilegal pra dentro da cadeia?

Richarlyson: Não. Mas eu não ia com ele todos os dias. Ele visitava muito mais que eu.

Cell: Tudo bem. Sem mais perguntas.

Mike: Felps, pode levar ele.

Felps leva Richarlyson para o NINHO.

Jaiden: Cell, você pode chamar a próxima testemunha.

Cell: Nós vamos ter que esperar ele voltar.

Mike: Como assim?

Cell: Eu quero chamar o Felps.

Mike: O que ele pretende perguntar pro Felps?

Eles esperam Felps voltar.

Felps: Quem é a próxima testemunha?

Mike: Você! - Mike aponta para Felps.

Felps: Eu?

Felps vai para o local da testemunha.

Jaiden: A promotoria pode começar a inquirição.

Mike: Claro. Eu não faço ideia do que perguntar. Testemunha, se apresente.

Felps: Eu sou o Felps. Eu tenho um buraco grande.

Mike: Qual sua relação com o réu?

Felps: Eu sou o melhor amigo do Cellbit há um tempão.

Mike: Você sentiu algum abalo na relação de vocês nos últimos meses?

Felps: Ele ficou um mês preso, e eu só visitei ele uma vez. Isso te deixou triste, Cellbit?

Cell parece surpreso de ter sido questionado.

Cell: Umm. Não. Na verdade eu fiquei surpreso que você foi me visitar.

Felps: Fora isso ele ficou muito tempo sem ver o Richas, e isso mudou os horários que a gente se via. Mas de uma forma geral acho que não. A gente só se vê menos.

Mike: Conhecendo o réu há muito tempo, você diria que ele seria capaz de cometer esses crimes?

Felps: Sim. Principalmente se ele perdeu a memória, como você diz.

Mike: Sem mais perguntas.

Cell: Felps, onde você estava no momento em que uma das vidas de Pomme foi tirada?

Felps: Eu tava cavando meu quadrado.

Cell: O que você fez depois da notificação do pager?

Felps: Fui pra frente do NINHO pra ver se ela tava bem.

Cell: O que aconteceu depois?

Felps: A Baghera disse que ia te matar.

Cell: Me matar? Por que isso?

Felps: Não é óbvio? A espada que tirou a vida da Pomme era sua.

Cell: Me corrija se eu estiver errado. Depois do NINHO vocês foram pro meu castelo. Lá todos os pais da Pomme queriam me matar, menos a Baghera. Por que você acha que ela fez isso?

Felps: Te proteger? Sei lá. Vai ver ela percebeu que não tinha como você aparecer no seu castelo depois de cometer o crime no castelo dela.

Mike: Protesto! Nós ficamos uns bons minutos na floresta vermelha antes de entrar no castelo. Ele poderia muito bem ter se teleportado de um lado pro outro.

Felps: Ah, é verdade. Acho que foi tudo tão intenso, que eu nem lembro direito do tempo.

Cell: Vocês ficaram muito tempo na floresta? Que curioso. O que vocês faziam lá?

Felps: Agora eu lembrei por que ela te protegeu. Eu pedi pra ela na floresta.

Jaiden: Felps, se esforce um pouco mais para lembrar corretamente das coisas.

Cell: Você pediu? Por que?

O sorriso que Felps costuma carregar em seu rosto some em um instante.

Felps: Por que nós somos... Amigos?

Cell: Excelentíssimos, vocês não acham que seria absurdo tirar a vida da mulher que salvou minha vida um mês atrás? Ela me protejeu por que sabia que eu era inocente.

Mike: Literalmente não foi isso que a testemunha disse. Cell, você pode tentar se inocentar o quanto quiser, mas a verdade é só uma. VOCÊ É CULPADO!

Cell: Como você explica a participação de Bad na cena, e a minha completa falta de vestígios nela?

Mike: Você é o único que pode ter cometido o crime, por que a arma do crime não tem digitais de ninguém. A sua arma. Como VOCÊ explica a ausência das digitais do Bad?

Cell: Isso é muito simples, na verdade.

Mike: Não era simples há dez minutos atrás.

Cell: A falta de digitais comprovaria a inocência de qualquer ser humano, certo?

Pac: Esse é o ponto do Mike.

Mike: Merda, ele não vai fazer o que eu acho que ele vai fazer, né?

Cell: Acontece, senhores, que esse não é um ser humano.

Todo o tribunal se agita.

Cell: Se vocês lembrarem bem, ele é de outra espécie: Um demônio. E como tal, é tolice supor que a anatomia dele seja igual a nossa. As digitais do senhor BadBoyHalo não estavam na espada, pois ele não tem digitais.

Um tumulto se inicia novamente no tribunal.

Jaiden: Ordem! Ordem! ORDEM! Essa parece a primeira explicação plausível dada nesse tribunal.

Cell: O veredito de inocente, também. - Diz Cell, enquanto se reverencia com a mão estendida para a frente.

Mike: É o fim? Eu não tenho mais nenhuma testemunha debaixo da manga. Ele vai se safar assim tão fácil?

Jaiden: Promotor Mike, se você não tiver nenhuma objeção, nós gostaríamos de dar o veredito.

Cell: Desista, Mike.

Mike: PROTESTO! - Ele bate a mão na mesa, e aponta a outra para Cell. Isso ainda não explica o sangue no corpo de Bad. O julgamento deve continuar.

Cell: PROTESTO! O sangue pode ser de antes dele cometer o crime. - Ele bate as duas mãos na mesa.

Mike: Você sabe muito bem que a sala de ocultismo foi encontrada limpa, o que quer dizer que ele deve ter se sujado lá. Há não ser que você queira dizer que ele se teleportou pra lá. Nesse caso, teriam evidências ainda não encontradas na cena do crime. Nós teríamos que pausar o julgamento pra checar.

Cell: Isso é ridículo, você só quer ganhar tempo. Você tá atirando pra todos os lados pra achar um warplate e ligar ele a mim. O sangue na roupa de Bad é irrelevante.

Mike: Você ainda não explicou também como ele desmaiou.

Cell: Ele pode só ter batido a cabeça. - Ele aponta o dedo para Mike. - Você só está blefando, pois sabe que do contrário os juízes vão dar o veredito de inocente.

Foolish: PROTESTO!

O tribunal fica estático em surpresa.

Cell: Foolish?

Jaiden: Foolish, você não pode protestar. Isso é entre os advogados e a testemunha.

Foolish: Então me deixa ser um advogado. Pera, acho que isso vai ser difícil. Já sei. Deixa eu ser uma testemunha.

Jaiden: Você só pode ser testemunha se tiver algo importante pra falar, Foolish.

Foolish: E por que você acha que eu protestei? Se o veredito for de inocente, isso significa que o Bad vai preso, não é?

Jaiden: Muito provavelmente. Ele é o maior suspeito atualmente.

Foolish: Mas ele é inocente. Eu sei que ele nunca faria algo desse tipo. Eu posso provar. Por favor, deixa eu ser testemunha.

Jaiden: Hmm. Não sei. Promotor Mike, o que você acha? Nós deveríamos chamar o Foolish para a tribuna?

Mike: É tudo ou nada. Espero que ele realmente tenha algo importante. Se a defesa não tiver mais perguntas, eu gostaria de chamar a testemunha Foolish.

Felps: Isso significa que eu posso voltar pra minha cadeira?

Cell: Sim.

Cell parece ligeiramente incomodado com o rumo dos últimos acontecimentos.

Mike: A testemunha pode se apresentar.

Foolish: Eu sou o KOC.

Mike: Essa é usa função. Quero saber seu nome.

Foolish: Meu nome é Foolish.

Mike: Certo. Testemunha, o que te faz pensar que o Bad seja inocente?

Foolish: A gente se conhece faz um tempão. É sério, mais do que vocês humanos podem pensar. Apesar da gente sempre pegar no pé um do outro, ele não faria isso. Ele não mataria Baghera. Isso não faz sentido. Não, não foi ele.

Mike: Mas você não interrompeu o tribunal só pra isso, né? Convicção não prova nada nesse tribunal. Você tem uma prova, não tem?

Foolish: Minha palavra não conta?

Max: Isso é uma perda de tempo. Vamos dar o veredito.

Foolish: É brincadeira, eu tenho sim uma prova.

Mike: Foolish, por favor seja mais rápido. Os juízes não tão pra brincadeira. O que você sabe?

Foolish: Vocês falaram tudo aquilo sobre o Bad não ter digitais. E que por isso ele era o que mais fazia sentido em ter cometido o crime. Mas na verdade, ele tem digitais sim. Só que são diferentes dos humanos.

O tribunal todo está em choque. Cell começa a suar frio. Mike se enraivece.

Mike: Testemunha, por que o tribunal não soube disso antes? - Pergunta ele olhando por cima dos óculos.

Foolish: Eu não achei que isso fosse relevante até alguns minutos atrás.

Mike: Teria sido relevante horas atrás.

Mike se recompõe.

Mike: A acusação pede um recesso de meia hora para que a polícia procure as digitais de Bad na espada.

Jaiden: O julgamento entrará em um recesso de meia hora. Ela bate o martelo.

Etoiles recolhe as digitais de Bad na cadeia. Ele analisa a espada a procura delas. Finalmente, meia hora depois, a sessão retorna.

Mike: Senhoras e senhores, eu estou com o resultado do teste aqui em mãos. - Ele abre o envelope e dá um sorriso de canto de rosto. - Não foram achados as digitais de Bad na espada.

Uma agitação começa novamente no tribunal.

Mike: Se a espada não tinha digitais do Bad, os únicos suspeitos restantes são os que sabiam da localização da arma. A única opção plausível, que teria motivo para tal ato, é o réu, Cell.

É possível ouvir um grunhido cada vez mais alto vindo de Cell.

Cell: HmphmphmpheheheheheHAHAHAHAHUAHUAHAAHAHAUHAUAHU.

O tribunal entra em choque.

Cell: HUAHAUAHUAHSUUAUAUAH. - Ele se recompõe com uma velocidade absurda. - Mike, Mike. Você foi um adversário exímio. Quem diria que além de ótimo cientista, você também é um advogado de primeira. Mas acontece que nós dois somos advogados de primeira.

Mike: Vai direto ao ponto Cell. Você não faria esse show todo se não tivesse algo pra falar.

Cell: Não é óbvio? Se o Bad não segurou a espada, isso significa que ele não matou Baghera com a espada.

Mike: Isso é um absurdo. A Baghera tem cortes de espada no corpo. Você está tão desesperado assim?

Cell: Você não entendeu. ELE não matou ela com a espada. Ele invocou uma criatura pra fazer isso. O senhor Bad invocou uma criatura de sangue, na sala de sangue, e deu a Cucurucho Slayer pra ela. A criatura atacou a primeira pessoa que viu, a presidenta.

Mike: Protesto! Isso não faz sentido. Porque uma criatura bestial assim seguraria uma espada?

Cell: O que? O Mike conhece o outro lado? Não. Ele está blefando. Que nem fez esse julgamento inteiro. O Bad é um demônio vivo há séculos. Talvez milênios. Ele com certeza sabe um ritual complexo assim. Depois de cometer o assassinato no lugar de Bad, ele matou a criatura com as próprias mãos. A criatura o atingiu com força o fazendo desmaiar.

Mike: Protesto! Ele matou com as próprias mãos? Isso é absurdo até pra você dizer.

Cell: É por que você não viu ele nas guerras.

Mike: Protesto! Onde foi parar o corpo da criatura? Nós já tivemos essa conversa antes, não há vestígios animais no local do crime.

Cell: É claro que você não tem obrigação de saber disso, Mike. Criaturas de sangue derretem em sangue quando morrem. Assim se explica o sangue, que não é da vítima, na roupa de Bad.

Mike: Protesto!

Cell: Chega de protestos inúteis. Você não consegue admitir que perdeu, Mike. Você sabe que se parar de protestar, os juízes serão obrigados a me inocentar. Isso por que, a minha explicação é literalmente a única.

Pac: Mike? Mais alguma carta na manga?

Mike parece frustrado.

Mike: Não.

Jaiden: Se é assim, nós devemos dar nosso veredito. Nós precisamos discutir brevemente sobre o que nos foi apresentado hoje em corte. Durante esse período, Cellbit, você terá de ficar na sua cela. Lamento.

Cell: Ok.

Etoiles começa a conduzir Cell de volta a cadeia, quando Cucurucho o para. Ele entrega um livro.

Cell: "Você tem algo que eu preciso." Do que você tá falando?

Cucurucho parece levemente confuso, e entrega outro livro.

Cell: "Algo... DA PRESIDENTA"?

Todos no local se surpreendem.

Etoiles: Cellbit?

Cell: Eu não tenho nada, eu juro. Você pode olhar no scanner lá da prisão. Eu só tenho meu pager.

Cucurucho encara Cell.

Cucurucho: HaHaHa.

Ele volta a sentar com os juízes.

Alguns minutos se passam com Cell em sua cela. Etoiles chega e abre a cela. Ele joga as roupas normais de Cell em sua cama.

Etoiles: Você tá livre. A votação foi unânime.

Cell: Unânime? Eu imaginei que o Max, a Jaiden e o Cucurucho fossem votar pra me inocentar. Mas o Pac?

Etoiles: Pois é.

Ele troca de roupa e começa a descer as escadas. No segundo andar, ele vê BadBoy em sua cela. Ele está sentado no chão, olhando pra parede, e não está usando seu manto como de costume. Seus longos cabelos loiros estão espalhados pela cela.

Cell sai da prisão e encontra Mike e Roier do lado de fora.

Cell: Mike?

Mike: Me desculpa.

Cell: O que? Você se desculpando?

Mike: Eu tinha certeza de uma coisa quando comecei a te investigar. Essa minha certeza acabou me cegando. A Baghera morreu, e eu não sabia o que fazer. Eu e ela passamos meses te investigando. Naquele tribunal eu só pensava em te prender. Eu não queria admitir o óbvio: Você era inocente, e o Bad o culpado. Mas eu não conseguia admitir que os últimos meses de vida da Baghera foram inúteis. Eu precisava disso, pelo meu orgulho.

Cell: Mike, não tem problema. Tá tudo bem agora. Eu tô livre. E o Bad tá preso.

Ele estende a mão para Mike, e eles se cumprimentam.

Roier: Gatinho, finalmente. Mesmo te vendo todos os dias, eu estava com saudades de você. Vamos passar um tempo juntos.

Os dois se abraçam.

Cell: Obrigado, Guapito, mas agora eu preciso de um tempo sozinho.

Roier: Cellbit, está tudo bem?

Cell: Claro que sim. Eu só preciso respirar um pouco.

Ele respira fundo e olha para o céu.

Cell: Finalmente, ar fresco.



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