História Mestre - Drarry - Mensagens

Harry On

Ficamos sentados sob aquela árvore por um tempo, mas já estava anoitecendo e meus amigos deviam estar preocupados, então eu precisei ir embora. Eu, Rony e Hermione morávamos juntos, mas assim que eu cheguei pude ver apenas as portas de seus quartos trancadas, o que era muito estranho, levando em conta que os dois sempre me esperavam para o jantar

Estavam em casa. Eu podia sentir o cheiro de livros novos e melancia de Hermione e ouvir a movimentação do beta desastrado, cada um atrás de sua respectiva porta

Será que estão chateados porque eu os deixei esperando?

–Rony, Hermione?! Já estou em casa! –Chamei os dois, mas não obtive resposta

Deixei minhas coisas na sala e caminhei pelo corredor estranhando a atitude dos dois, antes de bater na porta de cada um para chamá-los

A porta de Rony foi a primeira a se abrir, me revelando um par de olhos em meio à escuridão do quarto, podendo ser vistos apenas pela pequena fresta que foi aberta

–AI MEU SANTO DEUS! –Me joguei para trás, batendo de costas contra a parede ao pular impulsivamente pelo o susto

–Harry? –Ele abriu um pouco mais a porta e só então eu pude ver um beta ruivo sair da penumbra com uma expressão esquisita no rosto

–Ei, o que está acontecendo aqui? –Logo a porta de Hermione também foi destrancada

Vimos a ômega sair do quarto com seus fones de ouvido no pescoço, que provavelmente a impediram de me escutar mais cedo, e nos olhar em repreensão por estarmos fazendo barulho à essa hora da noite, embora não fosse assim tão tarde

–Precisamos conversar, Harry –Rony me puxou pelo braço até seu quarto sem ao menos me dar a chance de falar

Hermione veio logo atrás de nós como se já soubesse o que estava acontecendo, e logo eu me vi sentado na cama entre os dois, que me olhavam como se algo muito sério estivesse prestes a ser discutido

–Eu vou ser bem direto... Qual é a sua relação com o idiota do Malfoy? –Rony perguntou sem rodeios, quase me fazendo engasgar com minha própria saliva

–O-O quê?! –Senti que as coisas estavam ficando complicadas para o meu lado –Como vocês....

Não precisei terminar aquela pergunta, ver Hermione circular a região do pescoço com as mãos e logo apontar em minha direção foi o suficiente para que eu levasse minha mão até o local indicado em constrangimento

A ficha havia caído. Como diabos eu havia esquecido de cobrir as marcas que Draco havia feito no meu pescoço?!

–Nós também acabamos vendo vocês dois um pouco.... Íntimos –Hermione comentou com certo desgosto –No meio do corredor

–Ah... –Foi tudo o que saiu da minha boca

A ômega pareceu verdadeiramente decepcionada ao dar-se conta de que eu não estava dando tanta importância para esse fato. Talvez, em seus pensamentos, me visse como um idiota irresponsável 

–Não foi minha intenção esconder de vocês –Suspirei com certo pesar –É que tudo aconteceu tão rápido... 

Não é como se eu fosse esconder deles. Era dos meus melhores amigos que estávamos falando, não precisávamos ter segredos, mas... Quando descobriram sobre minha falta de atração por ômegas, as coisas acabaram mudando um pouco

Além do mais, não era de um alfa qualquer que estávamos falando... Eu estava ficando com ninguém mais ninguém menos do que Draco Malfoy, o alfa mais odiado por meus dois melhores amigos

É claro que não reagiriam bem a isso...

–Eu não acredito que você resolveu cair no papinho daquele cara! –Rony parecia alterado –Além do mais, tivemos que dar de cara com vocês dois quase se comendo no meio da faculdade pra descobrir o que estava acontecendo... Quando você pensava em nos contar?!

É verdade, eles viram por si mesmos. Não dava nem pra minimizar os acontecimentos... Mas que droga

–Ele estava sorrindo pra gente como se zombasse de nós –Rony pareceu prestes a soltar fogo pela boca –Eu quase avancei na cara dele!

–Era como se... Ele estivesse nos dizendo que ganhou –Embora não demonstrasse, Hermione estava tão indignada quanto o ruivo

Ah... Então foi por isso que ele me virou de repente

Na hora eu fiquei um pouco confuso, mas agora eu entendo o porquê de ele ter feito isso

Idiota... Por que ele gosta tanto de provocar os meus amigos?

–Vocês estão saindo? –O ruivo não pareceu muito feliz com aquela ideia –O que vocês são agora?

–Nós... –Vacilei em dar-lhes uma resposta –A verdade é que nem eu sei o que nós somos, Rony

–Desde quando vocês estão tendo... Isso? –Ele perguntou em um tom mais sério

Rony não parecia disposto a tratar o que eu e Draco tínhamos como uma relação válida. Não era como se tivéssemos algo concreto, mas ver Rony negar o pouco que já tínhamos com tanto repúdio e ódio me partia o coração de formas que nem eu mesmo poderia explicar

Nossas noites não significavam nada, mas... Estávamos evoluindo aos poucos, droga

Ele não podia nem ao menos esperar pra ver sequer uma mísera chance de dar certo?

–Eu não lembro direito –Tentei colocar minha cabeça para pensar naquela resposta –Algumas semanas, talvez?

–Você escondeu isso de mim por semanas? –O ruivo comprimiu os lábios, parecendo magoado

–Menos de duas, eu acho –Minha noção de tempo não era exatamente muito boa

–Duas semanas?! –Permanecia indignado 

–Eu tenho que te contar sobre todos os meus ficantes agora? –Eu sei que havia sido rude, mas ele estava fazendo tempestade em copo d'água

–Você deveria contar caso o tal ficante fosse aquele riquinho mau caráter

–O que você ia fazer caso eu contasse? Me impedir? –Vi o beta perder as palavras pela primeira vez na conversa

–Parem de discutir vocês dois! –Hermione interviu –E você, Harry... Não esconda as coisas de nós da próxima vez

As primeiras palavras da ômega ajudaram a interromper a briga. As últimas, no entanto, não me agradavam em absoluto

Por que eu deveria contar a eles algo que ambos jamais seriam capazes de entender?

Eles dois nunca saberiam o que é lutar contra sua própria natureza por medo de ser julgado como um erro... E suas tentativas de me aconselhar sempre acabavam me magoando imensamente

–Vocês não fazem ideia do que estão falando –Respondi sem medo –E daí que eu estou saindo com o Malfoy?! Isso não interfere em nada na vida de vocês. Não vou obrigá-los a beijar o rosto dele e agirem como se fossem melhores amigos, então parem de sofrer com esse tipo de pensamento 

–O problema não é esse! –Hermione interviu –É só que... No corredor, Harry... Sério? Isso foi ideia dele, não foi?

Não conseguia entender como a conversa havia escalado de forma tão estranha 

–Foi ideia minha –Menti

Eu não estava protegendo o loiro. Não é como se ele precisasse da minha proteção, muito menos quisesse parecer bem para meus dois amigos. Eu só queria ver como ambos reagiriam ao entender que talvez o alfa que tanto odiavam não fosse a fonte de todo o mal da humanidade 

–I-Ideia sua?! –Ambos arregalaram os olhos em puro choque

Não é como se ele houvesse feito algo contra a minha vontade. Eu estava ciente de que alguém poderia ver e, honestamente, não me importava

O que havia de tão ruim em esquentar as coisas de vez em quando? Eu também havia gostado da adrenalina

–Você... V-Você está se deixando levar por aquele cara?! –Rony parecia ter tirado a conclusão do século

Apenas pude suspirar em decepção

–Boa noite –Foi tudo o que disse antes de me levantar da cama já exausto

Meu corpo estava cansado e agora minha mente estava muito mais. Eu precisava me poupar de ouvir o desfecho daquela conversa... Era óbvio que não me agradaria

–O quê?! Você já vai? –Rony se levantou logo depois de mim 

–Essa conversa já está me desgastando. Não vou esperar para ouvir vocês dois recitarem todos os defeitos do Malfoy em ordem alfabética, na esperança de que eu desista dele –Expliquei pela primeira e única vez –Preciso dormir agora

–Por que você o defende tanto, Harry? –Hermione foi a última em se levantar –Mesmo depois de tudo o que ele fez...

–Você dois nunca entenderiam –Suspirei uma última vez 

E, com meus ânimos completamente destruídos. Provavelmente até o final do dia. Saí do quarto de Rony e entrei em meu próprio, buscando me preparar para um merecido descanso

Me senti um pouco mal por meus amigos terem descoberto dessa forma. Ao invés de ficarem sabendo por mim. Mas, de certa, forma valeu a pena. Depois do incidente no jardim, eu sinto que minha relação com o Malfoy melhorou bastante... Talvez ele até tenha parado de me odiar só um pouquinho

Nós até acabamos trocando números de celular, o que já é um grande avanço, certo?

Era estranho estarmos nos dando bem, mas eu não posso dizer que preferia nossa antiga relação. Eu não queria voltar a ter aquelas brigas, aqueles insultos e aquelas alfinetadas... Bom, não posso dizer que eu não gostava de irritá-lo as vezes, mas não da mesma forma que antes

Na verdade, nada mais era da mesma forma 

É óbvio que a relação que tínhamos antes não vai voltar, o que de certa forma é bom, mas... Por outro lado

Se algo acontecer entre nós, talvez as coisas fiquem bem piores do que já eram antes

–É melhor eu ir tomar um banho –Balancei a cabeça para dispersar esses pensamentos

Estava na hora de desligar as preocupações e descansar para o dia de amanhã

Minhas costas doíam um pouco, mas não era nada insuportável... Nunca agradeci tanto por ser um alfa quanto no dia de hoje

(...)

Saí do banheiro com o cabelo molhado e rapidamente coloquei uma calça, levando a toalha até minha cabeça para enxugar os fios rebeldes

Decidi pegar meu celular ao ver que havia recebido novas mensagens e, inesperadamente, vi que o novo número da minha agenda havia estreado nosso chat de mensagens

Contato: Malfoy

Malfoy: Sábado às 21:00 na minha casa

Estarei te esperando

Acabei sorrindo ao ler as primeiras mensagens que havia recebido dele, imaginando que os encontros em sua casa no fim de semana estavam prestes a virar rotina

Malfoy: E essa sua foto de perfil está horrível, Potter

Acabei deixando uma alta risada escapar com a última mensagem

É claro que ele não deixaria passar uma oportunidade de implicar comigo

Eu: Tudo bem, nos encontramos no sábado então... Mestre

Ah, e a sua foto de perfil é linda <3

Malfoy: Cala a boca, Potter! Que coisa ridícula!

Eu: Não tem como eu calar a boca, porque pra começo de conversa, eu não estou falando, mas sim escrevendo

Malfoy: Estou começando a me arrepender de ter te dado meu número

Vou te bloquear

Comecei a rir sem querer quando percebi que mesmo com sua ameaça, a foto em seu perfil ainda não havia sumido

É como dizem... Cão que ladra não morde

Bem, acho que isso era um sinal para que eu deixasse as provocações de lado por hoje

Não tem problema... Eu ainda tenho uma semana inteira para atiçá-lo

(...)

Quebra de tempo

A semana estava passando rápido. O que era muito estranho, levando em conta que normalmente a ansiedade faz o tempo parecer passar mais devagar

Nos veríamos no sábado e, diferente do que eu esperava, a semana estava passando em um piscar de olhos

Tudo bem, talvez nossas rápidas ficadas tenham sido uma boa distração para diminuir a ansiedade e saciar os desejos até que o fim de semana chegasse

–Faça silêncio bebê... –O loiro sussurrou próximo à minha orelha e logo mordeu o local com força –Os professores estão em uma reunião na sala ao lado... Não vai querer que eles te escutem, não é?

Senti um arrepio na base da espinha quando o loiro passou as mãos pela minha cauda

Eu abraçava o pescoço dele com força enquanto envolvia sua cintura com as pernas para não cair. O loiro me segurava com firmeza enquanto me penetrava cada vez mais rápido, me fazendo sentir o choque das minhas costas contra a parede a cada estocada, e me beijava sempre que eu parecia prestes a gemer alto demais

Eu sabia que ele havia nos colocado nessa situação arriscada de propósito, mas... Droga, isso era muito bom

–Uhm! –Tive que cobrir minha boca com uma das mãos para não emitir nenhum barulho

–Oh... Essa foi por pouco –O loiro zombou enquanto agarrava meus pulsos com força –Seria uma pena se você não pudesse cobrir a boca da próxima vez...

Meu corpo foi empurrado contra a parede com brutalidade, e eu senti o loiro imobilizar meus braços ao segurá-los contra a parede ao lado da minha cabeça. Suas mãos subiram para alcançar as minhas e ele entrelaçou nossos dedos enquanto seu membro entrava cada vez mais fundo dentro de mim, me fazendo esquecer por um momento onde estávamos e quase gritar involuntariamente

–Que fofo... Você está mesmo tentando ficar em silêncio –Ele fez uma trilha de beijos do meu pescoço até minha boca –Lobinho obediente...

Senti um arrepio percorrer cada centímetro do meu corpo

–M-Mais fundo- Ahh –Arfei

–Você quer mais fundo do que isso, seu safado? –Senti meu pescoço arder pela forte mordida que havia recebido no local –Me peça direitinho, e talvez eu pense no seu caso

–M-Mestre, Por favor... –Segurei seu rosto com as duas mãos –Me fode mais fundo- Aaahnn

–Porra... Você sabe mesmo como me deixar maluco –Ele saiu completamente de dentro de mim me fazendo conter um gemido na garganta e logo me puxou pelo braço para o outro lado da sala

O loiro empurrou minhas costas contra a mesa e deu um forte tapa na minha bunda antes de se encaixar na minha entrada e esfregar seu membro no local para me provocar

–Estava querendo te ver gozar em cima da mesa do professor desde que entramos por aquela porta –Meu corpo estremeceu com o outro tapa que recebi na bunda

–M-Mestre isso é- oownn... I-Isso é bom –Me sentia cada vez mais ansioso a cada segundo que não o tinha dentro de mim

–É claro que é bom... –Ele agarrou meu cabelo e me forçou a encará-lo por cima dos meus ombros –O seu mestre sabe como te encher de prazer

Oh... E como sabe

–Aaaah-

Mordi minha própria mão para evitar que um grito se espalhasse pela sala

O membro do loiro me penetrou de uma vez só, abrindo caminho dentro de mim com brutalidade, e quase me fez perder a razão ao sentí-lo atingir o ponto mais profundo que conseguia com tanta força

Ele não parou de estocar e continuou aumentando a velocidade quando notou que meu corpo já tremia de tanto prazer ao sentir a dor de ser rasgado por dentro pelo meu mestre

–Nhg! –Tapei a boca quando senti os lábios quentes do loiro começarem a distribuir beijos molhados pelas minhas costas, em específico, pela região da minha nuca

Ele me mordia com força e logo passava a língua pelo local me fazendo delirar ainda mais, e como se não fosse o bastante, o loiro começou a maltratar toda a extensão das minhas costas com chupões e mordidas, que ele sempre amenizava ao passar a língua depois

Estava no meu limite... Mal conseguia conter minha voz ao sentir minha próstata ser atingida diversas vezes, com o intuito de justamente me fazer gritar

–Vira pra mim –O loiro falou no meu ouvido e eu não ofereci resistência quando ele me virou pra si, me deitando de costas sobre a mesa

Ele sorriu ao passar uma das mãos pelo meu rosto e logo desceu até minha garganta. Segurei seu pulso com as duas mãos, gemendo ao sentir meu pescoço ser apertado enquanto meu fôlego era lentamente reduzido, e me deliciei com a sensação de ter meu corpo em chamas ao sentir minha respiração ser cada vez mais limitada

Suas mãos eram tão grandes...

–Aaaahnn

Eram perfeitas...

–Se você me pedir eu vou mais forte –Sua voz sussurrando no meu ouvido me causou um arrepio gostoso por todo o corpo

–P-Por favor... Mestre –Senti dificuldade em pronunciar as palavras pela falta de ar –E-Eu quero tanto isso...

–Sim... Eu também quero –Senti os lábios do meu mestre contra os meus e logo a força da penetração aumentou

Estava sem ar, minha língua era maltratada enquanto sentia o calor da boca do meu mestre, meu interior estava sendo praticamente rasgado... E isso era bom demais

–Me deixa ouvir sua voz, bebê –Uma trilha de beijos molhados foi deixada do meu peito até meu pescoço

–M-Mas os professores... Na sala ao lado

–Eles só vão te ouvir se você gritar. As paredes não são tão finas assim –O loiro beijou o canto dos meus lábios –Não vai acontecer nada se você gemer baixinho

–M-Mas- Ooowwnn –Ele afrouxou o aperto em meu pescoço, mas a forte estocada que antingiu minha próstata me fez gemer involuntariamente

–Isso... Me deixe ouvir você gemer bem pertinho do meu ouvido –O loiro continuou a se mover dentro de mim

Estava no meu limite... Não iria aguentar aquilo por muito mais tempo e ele sabia disso

–Goza comigo, bebê...

Gemi sentindo ele estreitar aperto envolta da minha garganta e segurar meu rosto com força para tampar minha boca. Ele tirou seu membro de dentro de mim e me penetrou de uma só vez, me fazendo arquear as costas e jogar a cabeça para trás, vendo minha visão se turvar pelas grossas lágrimas que ameaçavam escorrer

Meu corpo estremeceu em êxtase e eu senti um imenso prazer proporcionado por aquele orgasmo ao me derramar em cima do meu próprio corpo em grandes quantidades, já quase sem ar dentro de meus pulmões

Meu interior esquentou e eu soube imediatamente que meu mestre havia gozado dentro de mim, enquanto meus altos gemidos eram abafados pela mão que apertava meu rosto com tanta força

Ele continuou deixando chupões pelo meu pescoço e logo eu senti seu membro ser tirado de mim. Sua boca desceu para a minha clavícula e logo continuou o caminho até meu peito, onde o loiro passou a língua pelos fluidos que sujavam meu corpo, lambendo tudo com gosto e não deixando passar a chance de brincar com meus mamilos no processo

Ele fez uma trilha de beijos pelo meu abdômen, sempre me encarando com aqueles olhos penetrantes cortados por suas íris afiadas, e passou a língua pela ponta do meu pênis sensível pelo orgasmo recente, me obrigando a morder minha mão outra vez para abafar um alto gemido

–Você é uma delícia, bebê... –O loiro me beijou

Parecia que estávamos indo para uma próxima rodada, mas, embora ambos quiséssemos, não havia tempo para mais uma

–Precisamos... Parar por aqui... –Ofeguei ao cessarmos o beijo

–Eu sei –O loiro resmungou franzindo o cenho

Ele permaneceu inclinado sobre mim me abraçando, parecendo cansado demais para se mexer por agora, o que eu achei uma baita ironia, já que eu não estava tão cansado assim

Não me sentia muito desgastado, até porque não havíamos forçado o limite, mas era melhor que eu tomasse alguns minutos para me estabilizar antes de sair da sala

–Estamos atrasados para a próxima aula –Recebi um beijo ao lado da cabeça –Meu professor de TAT não é dos mais tolerantes 

–"TAT"? –Repeti em curiosidade

–Tecnologias de análise toxicológica –Para a minha surpresa, ele não relutou em me explicar –É uma cadeira obrigatória

–Ouvi dizer que o curso de farmácia tem um percentual de desistência muito alto –Comentei como quem não quer nada. Desejando que aquela conversa pacífica durasse um pouco mais, mesmo que as custas de uma das minhas aulas 

–É... Agora que estamos no último ano, a sala realmente tem estado bem vazia –O loiro também parecia disposto a continuar conversando –O professor Snape também não é dos mais motivadores 

–Ele não é seu padrinho? –Estranhei a forma como o loiro falava dele

Defenderia meu padrinho, Sirius, a qualquer custo... Era realmente triste que ele não estivesse mais comigo

–Como você sabe disso? –O alfa pareceu verdadeiramente espantado

Só então vi que estava em maus lençóis. Eu deveria falar a verdade? O que eu deveria responder em um situação como essa?

É claro que eu sabia muito mais do que ele sequer pode imaginar

–B-Bem... –Me senti um idiota por ter gaguejado –Devo ter ouvido por aí 

Minha resposta não pareceu tê-lo convencido em absoluto, mas uma nova mensagem em seu celular tirou completamente sua atenção da nossa conversa 

–Merda... Eu realmente preciso ir –Mesmo apressado, o loiro não deixou de se despedir com um par de mãos e um beijo estalado em minha bochecha –Você consegue andar sozinho?

–Sim. Obrigado –Saí dos braços dele e, embora conseguisse ficar de pé, preferi permanecer sentado em cima da mesa para descansar

Apoiei as mãos na ponta da mesa entre minhas pernas e comecei a balançá-las enquanto encarava o loiro com um olhar divertido

–Essa sua resistência chega a me irritar as vezes –Ele confessou –Sinto que fiz um trabalho medíocre

–Acho que já percebeu os problemas que terá nesse sábado, não é? –Sorri inocentemente para ele –É bom que já comece a se preparar para uma possível frustração

–Acho que é melhor você se preparar pra quando eu te rasgar no meio

Meu corpo estremeceu

–Não vejo a hora... –Senti a excitação de imaginar aquela ideia se concretizando

O loiro se aproximou de mim novamente quando eu já estava fechando minha calça e me ajudou a ajeitar as roupas

–Te darei um brinquedinho novo, bebê... Mas só se você for um bom menino pelo resto da semana –Ele me puxou pela gola da camisa e me deu um beijo no canto dos lábios

–Então é melhor eu me comportar até lá

–Que bom... Você sabe que eu amo quando meu lobinho me obedece

Aquele sorriso maldoso era meu ponto fraco...

Eu sou naturalmente difícil de ser domado, mas eu não podia negar que as vezes eu gostava da recompensa que vinha quando era obediente

E as recompensas do meu mestre eram sempre as melhores....

–Eu vou sair primeiro –Vi que o loiro já havia ajeitado as roupas –Espere alguns minutos e saia depois de mim, entendido?

–Tudo bem –Sorri com os olhos fechados

Ele pareceu achar graça de algo, antes de levar uma mão até minha bunda e deixar leves tapinhas no local

–Sua cauda está balançando feito louca –O loiro avisou, mordiscando minha orelha –Você parece um cachorro abanando o rabinho para o seu dono

–Que bom que gostou, mestre –Notei a satisfação que brilhava em seus olhos

Ele pareceu cogitar me responder, mas logo desistiu e me lançou um sorriso divertido, decidindo realmente ir dessa vez antes que mudasse de ideia como agora há pouco havia feito

–Até mais, bebê

–Até mais, mestre

Recebi um último beijo antes dele sair da sala, me deixando na companhia apenas de meus inúmeros pensamentos

Mal posso esperar para que o fim de semana chegue

(...)

Draco On

Passei as aulas inteiras de bom humor. A minha semana estava sendo perfeita

Sempre que tínhamos chance, bastava uma mensagem de texto para que eu e o Potter entrássemos em uma sala qualquer da faculdade sem nos preocuparmos com as aulas ou o horário de saída

Acho que eu havia batido meu recorde de atrasos

Não que eu estivesse reclamando...

De repente, nossas ficadas que de limitavam à duas ou três vezes na semana aumentaram para duas ou três vezes ao dia

É claro que nenhuma delas se comparava ao que fizemos no jardim, e muito menos à noite que passamos na minha casa, mas era bom saciar o desejo e baixar o fogo, caso contrário, temo que eu poderia morrer de abstinência antes do final de semana chegar

Mas finalmente...

Era amanhã

–Draco, você quer prestar atenção na aula pelo menos uma vez na vida? –Pansy me cutucou com o cotovelo

–Deixa, Pansy. Ele tava com o Potter –Blaise contou, como se para a alfa fosse alguma novidade

–Eu sei que estava, mas ele poderia pelo menos disfarçar ao invés de ficar com essa cara de pisicopata prestes a enfiar uma faca na garganta de alguém –Ela fez uma careta

–Será que vocês podem parar de falar de mim como se eu não estivesse aqui? –Resmunguei

–Olha só. Resolveu acordar para a vida? –A chanel zombou

–Agora eu não posso nem me distrair mais? Que inferno! –Cruzei os braços

–Não tem nada de errado em você se distrair, só é errado dizer que não tem nada a ver com o Potter quando você claramente está pensando nele durante a aula inteira –Blaise riu fazendo com que a alfa ao seu lado risse também

Estava prestes a responder quando senti meu celular vibrar em meu bolso, indicando que uma nova mensagem havia chegado

Contato: Potter

Potter: Devia prestar atenção na aula, Malfoy

Eu deveria te motivar a estudar mais tarde?

Olhei para trás vendo o moreno com o celular em mãos sorrir para mim, como se fosse a coisa mais normal do mundo

A sexta-feira era o dia da única aula que eu e ele tínhamos em conjunto

"Ética profissional"

É uma cadeira obrigatória na faculdade, já que, no futuro, todos devemos ser profissionais competentes e justos, moralmente falando

Potter: Se ficar me encarando por mais tempo as pessoas vão perceber

Que péssimo aluno você é, Malfoy

Eu: Falou o cara que está mexendo no celular durante a aula

Potter: Metade da sala está no celular. Ninguém liga pra essa aula, e eu sei que você também não

Além do mais...

Meu mestre é mais importante pra mim do que qualquer aula

Sorri ao ler aquela mensagem

E eu pensando que domar um alfa seria mais difícil... Ele estava completamente preso na coleira

Potter: Está com vergonha, mestre?

Sua nuca está ficando vermelha

Meu primeiro impulso foi levar as mãos até lá, como se de alguma forma pudesse bloquear a visão do moreno sobre mim

Mas me senti um idiota quando percebi o que havia feito

Potter: Não acredito que você tentou checar kkkkk

Que fofo

Eu: Potter, eu juro que vou te matar

Potter: Pode ser sufocado? Você sabe que é como eu mais gosto 😏

Ha... Esse desgraçado estava me provocando

Merda, mesmo por mensagens eu já estou começando a me sentir afetado

Eu: Não se esqueça, bebê

Se não for bonzinho não vai ter seu brinquedo novo

Não consegui resistir, precisei olhar para trás para ver a reação dele

Vi o moreno passar uma das mãos pelo rosto com um sorriso de canto sob os olhares confusos de seus amigos, e eu soube imediatamente que ele estava lutando para conter a expressão

Potter: Serei um bom menino de agora em diante, mestre

Eu: Ah é?

E o que fará pra me recompensar pelo que você fez agora há pouco?

Tudo bem, eu confesso que estava só tentando me aproveitar da situação

Potter: Eu não queria ser malvado, mestre

Me perdoe

*Foto*

Quase pulei da cadeira ao ver que um arquivo de imagem havia chegado

O susto foi tão grande ao abrir a foto que eu quase derrubei o celular no chão, e precisei olhar para os lados como uma garantia de que ninguém havia visto

Estava parcialmente escuro por causa da blusa que cobria a luz, mas eu podia ver claramente os músculos de seu peito e abdômen parcialmente cobertos pelo reflexo da cor vermelha de sua blusa

Era a mesma que ele estava usando hoje...

ESSE FILHO DA PUTA ACABOU DE TIRAR UMA FOTO NO MEIO DA AULA SÓ PRA ME PROVOCAR!

–Você é louco... –Passei as mãos pelo rosto ainda desacreditado

Porra... O corpo dele é perfeito

–Draco, você tá bem cara? –Blaise notou meu estado

–Eu preciso ir –Me levantei da mesa de imediato, temendo que meus pensamentos fossem expostos diante das dezenas de pessoas naquela enorme sala

Os dois alfas não me impediram, e rapidamente acenaram com a cabeça, me mostrando que haviam entendido a situação

Potter, você me paga...

(...)

Harry On

Malfoy: Não se esqueça, bebê

Se não for bonzinho não vai ter seu brinquedo novo

Ao ler a mensagem senti cada célula do meu corpo estremecer apenas com aquela simples ideia, e precisei cobrir o rosto com uma das mãos para disfarçar a risada que quase escapou

Merda... Por favor, alguém me diga que minhas orelhas não apareceram

Merda, merda, merda, merda, merda

Fiquem onde estão orelhinhas... Eu sou seu dono e só quero o nosso bem

Felizmente, suponho que se minhas orelhas tivessem aparecido Hermione já teria me avisado

Isso é bom

Eu: Serei um bom menino de agora em diante, mestre

Malfoy: Ah é?

E o que fará pra me recompensar pelo que você fez agora há pouco?

Aquela frase havia me dado uma ideia brilhante

Então meu mestre deseja ser recompensado?

Bom saber...

Eu: Eu não queria ser malvado, mestre

Me perdoe

Em um movimento rápido, abaixei o celular até apoiar a mão na minha perna e apenas puxei a blusa para cobrí-lo, me permitindo tirar uma boa foto sem maiores problemas

"Enviar"

–Harry, o que você está fazendo?! –Hermione se assustou com meu ato, e ao olhar para ela pude ver que Rony também havia notado

–Tirando uma foto –Respondi tranquilo, sabendo que os dois só haviam notado porque estavam muito próximos de mim

–Ficou maluco?! Por que você fez isso?! –Rony me olhou em choque

Apontei com a cabeça para o local onde o alfa loiro por pouco não deixava o celular cair no chão, e nós três pudemos vê-lo se levantar da cadeira após cochichar algo para os amigos e sair da sala sem nem ao menos falar com o professor

Os dois lutaram para não rir, mas foi em vão, e eu acabei sorrindo ainda mais ao ver os dois alfas sentados do outro lado da sala se virarem para trás ao mesmo tempo para me encarar. Não resisti à vontade de piscar para os dois com um sorriso de lado

–Cara, o que você fez foi loucura –Rony falou entre risos –Mas ver o Malfoy daquele jeito foi hilário

–Eu não gosto de ser maldosa, mas eu preciso concordar –Hermione também riu

–Agora vocês me entendem... Ficar com ele também tem uma parte boa –É claro que vê-lo envergonhado não era a melhor delas

Meu celular vibrou e eu o peguei de cima da mesa já sabendo exatamente de quem era a nova mensagem que havia recebido

Malfoy: Você tem dez minutos para vir até o banheiro

Eu: Não sei não

Já estou cansado dessas ficadas rápidas

Malfoy: Bebê...

Acha mesmo que eu vou ter pena depois daquela foto?

Eu: Estou indo

Malfoy: Bom garoto... Vem buscar sua recompensa

Guardei todas as minhas coisas pensando em pedir para Rony e Hermione levarem no fim da aula. Meu plano era fingir um mal estar para não levantar suspeitas e poder ir embora sem problemas

–Harry? –Hermione estranhou minha atitude –O que está fazendo?

–Estou indo colher o que plantei –Sorri de lado

–As pessoas vão perceber se você sair assim logo depois dele –A ômega se preocupou

–Mesmo que percebam... E daí? –Encolhi os ombros 

Eu não tinha nenhuma preocupação, afinal, a ideia de estarmos juntos é tão absurda que ninguém notou até agora, mesmo que não estejamos tomando o menor cuidado quanto a isso

Se não fôssemos eu e o Malfoy provavelmente já teriam percebido, levando em conta que eu passei, literalmente, a semana inteira com o cheiro dele no meu corpo

–Só... Tenta não ser visto dessa vez, pode ser? –Acabei me pondo de mau humor com os conselhos de Hermione

–Parece que você é a única que não quer que eu seja visto –Suspirei emburrado

–É claro que eu não quero... Seria um desastre –Ela se explicou –Pode acabar parando no fórum da faculdade que você gosta de alfas e-

–E o quê? –Desafiei com um sussurro, temendo que mais alguém na sala escutasse –Pouco me importa o que cai nesse fórum ridículo... E pra você também não deveria importar

Deixei que ela refletisse sobre aquilo sozinha, caminhando em direção à saída para fingir um mal estar e ser liberado mais cedo pelo professor 

Hermione e Rony passavam dos limites as vezes, mas fico feliz que eles não estejam tentando me impedir, nem nada do tipo... Eu não queria brigar com eles. Não tenho a intenção de parar por enquanto, então seria bem chato se algum dos dois ficasse com raiva de mim por isso

Mas, em minha defesa, onde mais eu encontraria alguém que combina tanto comigo? Os gostos daquele loiro encaixavam perfeitamente nos meus e o resultado disso tudo era surreal... Eu sabia que havia feito uma boa escolha 

–Potter! –Uma voz feminina sussurrou e eu senti uma mão segurar meu braço, enquanto passava próximo à algumas mesas

Me virei para a direção da voz e vi uma alfa de cabelos pretos abaixo das orelhas segurando meu pulso, enquanto um alfa negro me olhava discretamente por cima dos ombros da amiga 

A mulher era inconfundível. Pansy Parkinson, a única faísca de feminilidade do quarteto de cobras mais famoso da universidade. Se não me engano estava no departamento de moda, mas eu não estava certo disso. Já seu amigo. Igualmente inconfundível, Blaise Zabini. Parecia ser o homem mais alto que já conheci na vida e, para piorar, o terno que usava por ser um estudante de direito o deixava algumas centenas de vezes mais bonito do que já era

–Eaí, Parkinson –Cumprimentei de forma descontraída

Embora eu tivesse certa fraqueza por homens alfas, as mulheres também não me pareciam completamente recusáveis... Principalmente mulheres como Pansy

–O que você fez pro Draco sair correndo daquele jeito? –Ela não parecia irritada nem nada, então também não senti necessidade de iniciar uma briga

–Eu? –Sorri inocentemente –Eu não fiz nada

Ainda...

–Certo... E você espera que acreditemos nisso? –A alfa riu irônica –Eu sei que ele estava falando com você antes de sair

–Eu já disse que não fiz nada –Sorri ainda mais –Foi só uma foto boba

Puxei meu braço de volta, sentindo que já estava demorando demais, e caminhei até o professor para avisar que precisaria ir embora mais cedo

Com a permissão, saí da sala e caminhei apressado até o primeiro banheiro que encontrei, que não era tão próximo assim, mas também não era uma caminhada insuportável

Era um banheiro mais afastado, já que a própria sala em que estávamos era em uma ala mais afastada do prédio, mas, diferente do banheiro em que ficamos pela primeira vez, esse ainda era frequentado

Entrei no lugar, notando que aparentemente estava vazio, mas acabei sorrindo ao sentir o cheiro familiar que rapidamente se espalhou por todo o local

Era perigoso, já que alguém podia entrar, então eu precisava de um bom plano

Olhei envolta procurando algo que pudesse usar e acabei encontrando duas placas amarelas, daquelas que servem para avisar quando o banheiro está em manutenção

Perfeito...

Sorri colocando uma em pé no chão bem na frente do banheiro e peguei a outra placa para colocá-la no puxador da porta e impedir que conseguissem abrí-la

O aviso de limpeza seria o bastante para manter os estudantes longe, mas eu queria me previnir contra aqueles curiosos que gostam de quebrar regras

E eu não deixaria ninguém atrapalhar o que estava prestes a acontecer

Pelo cheiro eu podia dizer que só havia uma pessoa além de mim naquele banheiro, mas só por desencargo de consciência, decidi abrir todas as portas com cuidado para ter certeza de que todas as cabines estavam vazias

Por fim, só restava uma cabine fechada, a última, onde eu sabia que o loiro se encontrava. Sem mais enrolação, dei algumas batidinhas na porta

–Você está atrasado –Ouvi a voz já conhecida resmungar, antes do barulho da fechadura revelar que a cabine havia sido aberta

Empurrei a porta e pude ver o loiro me puxar para dentro, com um par de orelhas da cor de seus cabelos e uma cauda balançando para os lados empolgada

–Não pensei que você ficaria assim só por causa de uma foto –Ergui uma das mãos para tocar suas orelhas peludas

–Eu só fiquei surpreso, tá legal?!

Acabei rindo da situação, mesmo que tenha sido sem querer

–Você ficou excitado com a possibilidade de ser pego vendo coisas indecentes na aula? –Sorri malicioso

–Idiota... O pervertido aqui é você! –O loiro franziu o cenho

–Eu não teria tanta certeza... –Mordi os lábios e puxei seus quadris contra os meus, sentindo que ele tinha uma bela ereção dentro da calça

–Isso é culpa sua, então trate de cuidar disso

–Com todo o prazer... –Passei a língua pelos lábios

Empurrei o peito do loiro para que ele sentasse no vaso antes de tirar minha calça e jogá-la por cima da parede que dividia a cabine em que estávamos e a cabine do lado

Andei em sua direção e apoiei as mãos em seus ombros enquanto posicionava uma perna em cada lado para sentar em seu colo. Comecei a me mover em movimentos circulares e vi seus lábios serem mordidos com força para tentar resistir às provocações, me fazendo sorrir satisfeito por estar no controle dessa vez

–Eu nunca te disse isso, mas eu realmente gosto dessa sua ousadia –Suas mãos apertaram minhas coxas

–Não sei do que está falando, mestre –Sorri inocentemente –Eu sou um anjo...

–Um anjo que veio direto do inferno... –Ele segurou meu rosto com uma das mãos e me beijou com brutalidade 

Me senti um pouco atordoado com aquele gesto, mas obviamente acabei gostando

–Meu anjinho perverso... –O loiro me deu um tapa na bunda e agarrou o local com força sem tirar o sorriso que tinha nos lábios

–Você gosta? –Sussurrei em seu ouvido e beijei seu maxilar, fazendo uma trilha de beijos até seu pescoço

Deixei beijos molhados por toda a pele pálida do loiro e brinquei com a minha língua por algumas marcas de chupões que eu havia acabado de deixar

–Amo... –Ele levou uma das mãos até meus cabelos e passou a acariciar o fim deles na minha nuca em recompensa

Sabendo que ele estava gostando, resolvi continuar a estimular aquela região, me sentindo cada vez mais afetado pela intensidade dos feromônios que exalavam daquela área

–Seu cheiro é o melhor, mestre –Inspirei aquele aroma único de maçãs verdes e canela natural, que só ele possuía

–É claro que sim –O loiro agarrou os fios que alisava e puxou minha cabeça para que eu olhasse em seus olhos –Já viu algum cachorro que não gosta do cheiro de seu dono?

Ele estava me comparando com um cachorro, mas eu sabia que essas coisas o excitavam. Ele gosta de sentir que está no controle, de me ter na coleira, e se ele quer me comparar com seu bichinho obediente eu não irei reclamar. Na verdade...

Eu até posso jogar esse jogo

–Me toque mais, mestre –Segurei suas mãos levando-as até minha cintura e as guiei por baixo da minha blusa

O loiro se levantou comigo no colo e eu precisei envolver seu corpo com as pernas para não cair quando ele rapidamente tirou minha blusa

–Aaah! –Uma mordida foi deixada em meu pescoço

Fui colocado no chão para que o loiro conseguisse tirar a roupa, e logo ele voltou a se sentar, agora apenas de cueca, me chamando para o seu colo outra vez

–Tira isso logo –Ele deu batidinhas em sua perna, me chamando

Tirei a última peça de roupa que restava em meu corpo e voltei a sentar em seu colo, agora completamente despido

–Ahh... Bebê –Ele mordeu os lábios com força –Você sentou bem em cima...

–Eu sei

Era exatamente isso que eu queria

Me mexi em seu colo rebolando em cima da sua ereção e senti meu membro ser pressionado contra o abdômen do loiro quando o mesmo agarrou minha cintura

Segurei seu rosto e iniciei um beijo lento, deixando que sua língua quente invadisse minha boca e passasse a tocar a minha em movimentos lentos e provocativos

Senti a textura de sua língua contra a minha e mordi seus lábios, sem interromper os movimentos em seu membro, passando a língua por eles logo em seguida. Meu mestre estava ofegante, e eu sabia exatamente o que isso significava... Em breve eu seria recompensado

Interrompemos o beijo, mas o loiro não deixou que eu me afastasse e puxou meu queixo para perto da sua boca outra vez

–Continua... Eu estou gostando

Isso era tudo o que eu queria ouvir...

Mordi seus lábios com um pouco mais de força, passando os dentes lentamente pelo local, e os lambi antes de iniciar mais um beijo, tão lento que chegava a ser quase torturante

Senti o loiro tirar seu membro da cueca e levar uma das minhas mãos até lá, me guiando em movimentos de vai e vem até que eu começasse a masturbá-lo sozinho

Fui me separando do beijo com selinhos e mordidinhas até que o loiro começou a me tocar também, me orientando a aumentar a velocidade dos movimentos que eu fazia

Eu não iria desobedecer meu mestre, mas...

Eu queria ele dentro de mim

–Não faça essa cara... Eu preciso gozar primeiro –Ele pareceu ter lido minha mente

–Por quê? –Fiz biquinho

–Bebê... Você sabe que não vai conseguir sentar sem nenhum tipo de lubrificação –O loiro alisou meu rosto para me consolar

Ah... Isso seria uma delícia

Mas eu acho que pra ele realmente seria um pouco desconfortável, então não há remédio a não ser aceitar

Vamos acabar logo com isso

–Porra... –O loiro puxou o ar entre os dentes quando esfreguei o polegar na ponta de seu pênis –Você é bom com as mãos...

–Está gostoso, mestre? –Sussurrei no ouvido dele e o vi morder os lábios outra vez

–Pra caralho...

Deslizei a mão para a base e passei os dedos pelo final da glande enquanto o loiro segurava minha bunda e me puxava para mais perto

Seus dedos também me tocavam com rapidez, e quando senti os lábios do meu mestre contra os meus, meu membro pulsou indicando que eu estava próximo ao meu limite

–Eu já estou quase... –O loiro arfou apertando minha bunda com força

–Aaahnn –Gemi a sentir suas unhas cravadas na minha pele antes de um forte tapa ser deixado no local

Nos beijamos de novo, e dessa vez eu senti uma onda de prazer se espalhar por todo o meu corpo, me fazendo gritar pela sensação quente que me consumiu, antes que eu me derramasse em um orgasmo

Continuei os movimentos no pênis do loiro e logo ele jogou a cabeça para trás, me sujando com seus fluidos enquanto me apertava e me puxava cada vez mais forte contra si

Continuávamos nos beijando, deixando que nossas línguas prolongassem o prazer que sentíamos naquele beijo. O loiro me segurava pela cintura e eu tinha a mão em sua nuca para alisar suas mechas quase prateadas, permitindo que seus dedos frios percorressem minha pele e espalhassem arrepios pelo meu corpo com o choque térmico

–Puta que pariu... Como você pode ser tão bom nisso? –Ele ofegou

–Você ainda não viu nada –Alisei seu rosto com os polegares e o beijei mais uma vez

As mãos frias do loiro subiram até meu peito e passaram a brincar com os meus mamilos. Meu corpo se contorcia com a sensação de seus dedos me esfregando e beliscando os dois com tanta força, o que me fazia gemer entre os beijos hora ou outra

–Qual é a sua próxima aula? –Ele ofegou entre os beijos

–Essa era... A minha última

–Ótimo, então não precisamos nos preocupar com o tempo –Ele voltou a me beijar, continuando os toques em meu peito

Ter meus mamilos sendo apertados daquela forma machucava, e o loiro não estava me poupando ao tocar aquela região sensível com tanto descuido. Ele arranhava de leve meu peito e logo beliscava meus dois mamilos, esfregando seus polegares com força como se quisesse deixá-los doloridos e vermelhos pelo atrito

–M-Mestre... S-Se continuar com isso eu vou- Aaaah

Ele levou a boca até o local, mordendo meu peito e passando sua língua pela marca avermelhada, provocando ainda mais a região com aquele calor surreal. Senti ele apertar um dos meus mamilos com os dedos enquanto chupava e passava sua língua pelo outro em movimentos rápidos, que me faziam gritar de prazer

O loiro mordeu o que estava em sua boca e o puxou entre os dentes, mordiscando para me provocar ainda mais

–Aaaahhnn! I-Isso é tão bom –Vi pequenas lágrimas começarem a aparecer no canto dos meus olhos, e imaginei que só estava aguentando até agora porque não havia se passado muito tempo desde o meu último orgasmo

–Você é tão sensível aqui... Sinto vontade de chupá-los ainda mais –Ele passou os dedos pelo meu peito, deixando mordidas e chupões por toda a minha pele naquela região

Mordi os lábios ao sentir um tapa na minha bunda, seguido de um forte aperto que desceu arranhando até minhas coxas

–Sua pele é tão gostosa de morder... –O loiro beijou meu peito e subiu os beijos até o meu pescoço –Quero te marcar inteirinho... Você vai deixar o seu mestre fazer o que quiser com você, não vai?

–Ngh! –Contive um gemido na garganta quando ele puxou meus quadris e me colocou sentado em cima do seus membro –S-Sim, mestre... Faça o que quiser comigo

–Resposta correta –Meus quadris começaram a ser movidos, fazendo com que o membro do loiro se esfregasse na minha entrada –Bom menino...

–Então eu mereço uma recompensa? –Passei as mãos pelas laterais de seu pescoço, aproximando nossos rostos

–O que você quer como recompensa?

Sorri satisfeito pegando uma das mãos pálidas do loiro e levando-a até minha clavícula, antes de subir um pouco mais para alcançar minha garganta

Agora ele já sabia o que eu desejava...

–Você é mesmo um viciado... –Ele riu, mas eu não estava nem um pouco incomodado com isso

Porque eu realmente era um viciado...

Senti seus dedos se fecharem na minha garganta enquanto me sufocavam lentamente, me puxando pelo pescoço antes que o lábios do loiro tomassem os meus em um beijo e sua língua começasse percorrer minha boca com tanto desejo, que eu sequer conseguia parar para respirar

Mas eu sabia que esse era o objetivo

–Senta no pau do seu mestre –Sua voz no meu ouvido me fez arrepiar até o último pelo que tinha no corpo

Gemi alto ao sentir a ponta de seu membro na minha entrada, apenas esperando minha atitude para poder me rasgar daquela forma que me deixava louco

–Quanto mais fundo você for, mais forte eu aperto –Aquela proposta fez cada célula do meu corpo ferver de excitação

Não precisei sequer pensar. No outro instante já sentia o pênis ainda molhado do loiro entrando dentro de mim com facilidade, atingindo minha próstata por acidente e me fazendo gritar pelo prazer de ter aquele ponto estimulado

Como prometido, ele estreitou o aperto em meu pescoço e eu me vi sedento por mais daquela sensação. Continuei subindo e descendo em seu colo, sentindo seus dedos maltratarem minha garganta como consequência, e me vi completamente exposto ao olhar do loiro, que me encarava com luxuria enquanto me via subir e descer em seu pênis como um completo pervertido que estava adorando aquilo tudo

–Que visão, bebê... –Ele mordeu os lábios

–Ooowwnn... –Gemi quando suas mãos puxaram meus quadris pra baixo com força, me permitindo sentir o membro do meu mestre no ponto mais profundo que conseguia –É-É... T-Tão grande...

O loiro apertou ainda mais meu pescoço, agora me impedindo de respirar completamente. Sentia a incapacidade de repor até um mísero fôlego, e quase gozei com a sensação de estar apenas com o oxigênio que tinha nos pulmões, incapaz de obter sequer um pouco mais

Eu vou gozar... Céus, isso é tão fodidamente delicioso

–Esse sorriso no seu rosto está me excitando pra caralho... –O loiro aproximou seu rosto do meu, sorrindo em sincronia

Ele estava muito fundo dentro de mim, e eu comecei a rebolar em seu colo para sentir a ponta do seu membro martratando aquele ponto tão profundo em meu interior

Em um movimento repentino, o loiro se levantou rapidamente e me pegou no colo, empurrando minhas costas contra a porta da cabine com brutalidade

Gritei pela dor da colisão e envolvi a cintura do loiro com as pernas para não cair. Ele havia soltado minha garganta para me segurar, mas em compensação, começou a deixar mordidas pelo local e maltratar a pele sensível com sua língua quente e molhada

–Não aguento mais suas provocações... Eu estou realmente no meu limite agora –Ele começou a se mover para dentro de mim

O loiro me penetrava com força, e a cada estocada eu sentia minhas costas colidirem contra a porta, causando um barulho repetitivo. Não havia ninguém além de nós dois ali, então não me importei em gemer alto sempre que seu membro atingia minha próstata com força, quase me fazendo perder os sentidos por tamanho prazer

–M-Mestre- Aaaaahh –Agarrei seu pescoço quando perdi as forças nas pernas por um momento –E-Eu vou gozar...

–Vamos gozar juntos então –Nos beijamos outra vez

Bastaram mais algumas estocadas para que eu sentisse meu interior ser preenchido por um líquido quente e abundante, enquanto meu membro pulsava, liberando mais do mesmo fluido entre os corpos de nós dois

–AAAAHHH... M-MESTRE –Abracei o pescoço dele com toda a força, me sentindo prestes a cair quando meu próprio corpo se encheu com o prazer daquele orgasmo

O loiro também me abraçou com força, e eu ouvi o barulho de sua mão se apoiando repentinamente na porta, como se ele também estivesse prestes a cair caso não tivesse agido rápido o bastante

Estávamos ambos ofegantes enquanto tentávamos recuperar o fôlego perdido, mas o loiro permaneceu com as mãos em minha cintura e me segurou com firmeza, mesmo que também parecesse um pouco esgotado

–Isso foi muito... Intenso –Ele ofegou

–Foi bom pra caralho... –Precisei admitir

Soltei as pernas da cintura dele e pisei no chão, sentindo uma leve fraqueza nas pernas, mas nada que fosse realmente me impedir de andar. O loiro começou a beijar meu pescoço sem tirar as mãos da minha cintura, e eu passei a alisar o final de seus cabelos enquanto sentia arrepios gostosos pela sensação de ter sua língua provocando aquele lugar

–Boa sorte pra esconder isso –Ele deixou beijos por toda a região

–Por que eu esconderia? –Sorri malicioso

–Vai exibir isso pra todo mundo? –Ele ergueu uma sobrancelha com um sorriso de lado –O que mais pretende? Andar com uma plaquinha escrito "Feito por Draco Malfoy"?

Eu não seria louco de fazer uma coisa dessas, afinal, as marcas de seus dedos provavelmente ficariam roxas caso eu não cuidasse, mas...

Por que ele parecia gostar tanto dessa ideia?

–O que eu quis dizer é que se eu passar uma pomada, amanhã já vai ter sumido quase completamente

Por um segundo o loiro não soube o que dizer, e tudo o que conseguiu foi franzir o cenho e me mostrar um biquinho insatisfeito

–Isso realmente me irrita, sabia?!

–Vamos, não fique tão chatea-

–Eu tenho certeza, amor! –Ouvimos uma voz masculina ao longe, se aproximando cada vez mais de onde estávamos –Eu juro que ouvi um barulho!

Por um momento meu coração errou uma batida

Eu e o loiro compartilhamos olhares aflitos, e naquele momento nossas respirações foram reduzidas a quase zero

–Você deve ter se enganado, idiota –Dessa vez era uma voz feminina falando –Quase ninguém vem nessa área da faculdade

Eu estava completamente tenso, mas naquele instante, por alguns curtos segundos, eu vi um sorriso surgir nos lábios rosados do loiro

–Vira de costas pra mim... –Ele pediu com um sussurro no meu ouvido

–M-Mas-

–Não me desobedeça –Dessa vez ele não estava mais sendo bonzinho

Meu corpo estremeceu, e naquele momento tudo o que eu queria era obedecê-lo

Quer saber? Eu não tô nem aí se formos pegos

–Bom menino –O loiro me abraçou por trás quando eu me virei de costas como ele havia pedido –Eu estou tão orgulhoso...

Senti o pênis do loiro ser pressionado contra as minhas coxas antes que ele começasse a se mover, esfregando-se entre as minhas pernas, de modo que a ponta do seu membro tocava a base do meu sempre que minha bunda encostava completamente em seus quadris

Ele se esfregava contra mim maltratando meus testículos pelo atrito, enquanto eu via a ponta rosada roçar na base do meu membro, quase pedindo para que eu levasse uma mão até lá e a tocasse

–Ah, bebê... Desse jeito quem vai acabar gemendo sou eu –O loiro arfou no meu ouvido quando passei a esfregar os dedos na pontinha já molhada

Ele mordeu meu pescoço para abafar a voz e agarrou minha cintura com mais força enquanto ouvíamos a discussão que ocorria do lado de fora

–Tá em manutenção, não tem como ter ninguém nesse banheiro –A mulher não parecia querer ter vindo

–Eu não tô louco. Eu sei o que eu ouvi, tá legal?!

Senti uma das mãos do loiro tapar minha boca, enquanto a outra deslizava até meu membro e passava a tocá-lo em movimentos lentos

–Uhmm! –Ofeguei ao sentí-lo envolver meu pênis com os dedos em um aperto gostoso

–Quietinho... –Sua respiração em meu ouvido fez um arrepio se espalhar pela minha espinha

Nos assustamos ao ouvir um estrondo causado pelo som de algo se chocando com a porta, mas o loiro continuou a cobrir minha boca para me impedir de fazer qualquer barulho

–Ficou maluco?! –A mulher do lado de fora pareceu espantar –A porta tá trancada, não tá vendo?!

–Foi mal, ok?! Eu não pensei que tava fechado!

–Vamos embora daqui antes que alguém venha ver o que aconteceu! 

–Aí! Calma, calma! Eu tô indo! –Os passos começaram a se distanciar

Nunca agradeci tanto por ter colocado aquela placa pra bloquear porta

–Acho que já foram –O loiro sussurrou

–É... Acho que sim

–Sabe o que isso significa? –Ele deixou beijos por toda a minha nuca, e eu logo senti seu membro tocar minha entrada quase como um aviso

–O que isso significa? –Sorri de lado, pois eu sabia exatamente o que estava prestes a acontecer

O loiro enfiou seu pênis dentro de mim de uma vez só, enquanto aumentava o movimentos em meu membro e deixava marcas por todo o meu pescoço

–Aaahmm –Sua mão que ainda estava no meu rosto passou a tocar meus lábios, antes de seus dedos forçarem a entrada e começarem a tocar minha língua

–Que tortura... –O loiro ofegou próximo ao meu ouvido –Eu pensei que fosse enlouquecer

–Unnnh... –Meu membro pulsou nas mãos do loiro enquanto era molhado pelo pré gozo

Ele mordeu minha nuca deixando beijos molhados pelo local e aproximou sua boca do meu ouvido, permitindo que eu aproveitasse sua respiração e sentisse ele arfar pelo prazer hora ou outra

–Quer tentar uma coisa nova, bebê? –O loiro sequer interrompeu o movimento de seus quadris

Da última vez que escutei essa frase eu tive um delicioso orgasmo nos jardins da faculdade

Ah... Eu realizaria qualquer fantasia dele se me fizesse gozar daquele jeito outra vez

–Eu adoro experimentar coisas novas, mestre

–Ótimo... –Ele abraçou minha cintura por trás e destrancou a porta da cabine

Suspirei surpreso quando o loiro segurou minhas pernas e me carregou no colo, enfiando seu membro ainda mais fundo dentro de mim

–Ah! –Ele me segurava com firmeza, me permitindo ver a posição em que estávamos pelo grande espelho acima da pia bem à nossa frente

Eu tinha uma visão perfeita das mãos do loiro que seguravam minhas pernas, abrindo-as para expor meu corpo ainda mais. Minhas orelhas haviam aparecido e minha cauda balançava ansiosa, mas o que realmente me deixava louco era a visão que tinha do meu membro completamente exposto, pulsando pelo prazer de ter o pênis do meu mestre fodendo minha entradinha avermelhada pelo atrito

Eu não havia notado que minhas orelhas apareceram, mas eu já imaginava que elas estariam ali, afinal, era óbvio que elas surgiriam depois de eu estar indo para o terceiro orgasmo

–Aaaaahn... –Joguei minha cabeça para trás em um gemido arrastado

–Lindo, não é? –Gemi mais uma vez quando o loiro aumentou a velocidade dos movimentos  –Você gosta de ver o pau do seu mestre fodendo sua bunda desse jeito?

Olhei mais uma vez para o espelho, e só então pude ver o tipo de expressão que eu tinha no rosto

Porra... Eu sou mesmo um pervertido

–Aaawn... E-Eu... Eu amo isso, mestre –Joguei minha cabeça para trás com mais um gemido

Tão fundo... Tão grande

Está me rasgando por dentro e surrando minha próstata com tanta força que eu sinto que estou prestes a enlouquecer

Mordi os lábios ao sentir o loiro aumentar a velocidade das estocadas, enquanto eu via meu próprio membro bater em meu abdômen pelos movimentos, me fazendo morder os lábios com força para conter mais um gemido

Não conseguia mais conter minha voz, e eu já começava a perder o fôlego pelas fortes estocadas que o loiro dava em meu interior

Tão bom... Tão fodidamente bom

–E-Eu vou- Aaahnnn –Não consegui terminar a frase

No outro instante eu sentia meu corpo se contorcer com o prazer enlouquecedor daquele orgasmo, enquanto meu sêmen era despejado em grandes quantidades sobre nossos reflexos no espelho

Pude sentir os fluidos do loiro me preencherem com aquele calor gostoso, e pela primeira vez eu via seu pênis melado saindo de dentro de mim, esticando um fio de sêmen que interligava seu membro à minha entradinha

Ofeguei já sem fôlego descendo dos braços do loiro, e inesperadamente senti a necessidade de me apoiar nas pias à minha frente, encarando minhas mãos trêmulas postas sobre o mármore da bancada ao abaixar a cabeça pela exaustão

Os braços do loiro envolveram minha cintura por trás, e sua respiração ofegante na minha nuca me dizia que ele também estava cansado depois daquele orgasmo tão intenso

Vi pelo espelho seus lábios deixando beijos no meu rosto e descerem para a curva do meu pescoço, antes dele apoiar o queixo em um dos meus ombros e fechar os olhos para relaxar

Aquela cena foi tão... Linda

–Ficamos bem juntos...

O loiro levantou a cabeça um tanto confuso e tocou o espelho à nossa frente, deslizando suas mãos para tirar os fluidos que estragavam a imagem dos nossos reflexos

Ele voltou a deitar a cabeça no meu ombro como se quisesse ver como ficava e, após alguns segundos olhando nossas imagens, o loiro sorriu

–É... Ficamos mesmo –Ele fechou os olhos e riu baixinho

Eu já tinha descoberto há um tempo, mas... Ele realmente consegue ser fofo quando quer

Até que ele não é tão ruim em momentos como esse

–Que sorrisinho é esse no seu rosto? –O alfa murmurou

Olhei para o espelho e vi que eu realmente estava sorrindo sem ao menos perceber

–Estava só pensando em algumas coisas –Beijei aqueles cabelos loiros, sentindo a maciez de seus fios em meu rosto

–Quando você diz "coisas"... Espero que esteja falando de mim

Bem... Eu não posso falar pra ele que está certo

–Você é um pouco egocêntrico, não acha? –Me virei para ele com um sorriso de lado

–É errado eu querer monopolizar o que é meu?

Senti suas mãos na minha cintura, antes do loiro me levantar e me colocar sentado em cima da bancada

–Por que você iria querer me monopolizar? –Abracei o pescoço dele

–Não gosto de dividir... Eu sou egoísta, mas acho que você já sabe disso

Por um momento pude jurar que vi seus olhos baixarem um pouco entristecidos

–Isso não é egoísmo... É ciúmes

Aquela simples palavra pareceu ter chamado a atenção do loiro

–Acha que eu tenho ciúmes de você? –Ele não parecia estar zombando, na verdade, acho que ele estava realmente curioso

–Estamos ficando. Qual é o problema em ter um pouco de ciúmes? –Tentei mostrar que isso era perfeitamente normal

Alfas são possessivos por natureza. Mesmo quando não estão namorando, eles podem se tornar ciumentos com seus parceiros, mas não é nada que seja impossível de se controlar

Não há nada de errado. É simplesmente instintivo

–Tem razão, bebê –Ele abriu um sorriso

O loiro envolveu minha cintura e beijou meu pescoço singelamente, aproveitando aquele tempo para repor um pouco as forças que perdemos

–Eu sempre pensei em ciúmes como algo ruim, mas acho que só um pouquinho não vai fazer mal, certo? –Ouvi sua risada no meu ouvido

Eu não podia dizer pra ele que isso foi fofo pra caralho

Por quanto tempo você vai continuar me odiando, Malfoy?

Eu não aguento mais...

–Volta pra cabine –Beijei o pescoço dele e desci da bancada com rapidez

–Ei, bebê... O que pensa que está fazendo? –Ele segurou meu rosto –Você mal tem forças pra continuar de pé

–É por isso que eu vou ficar de joelhos –Abri um largo sorriso, carregado de malícia

Vi aqueles lábios rosados se abrirem em um sorriso idêntico ao meu em questão de segundos

–Ah... Como eu amo esse seu lado insaciável –O loiro riu antes de puxar minha nuca para um beijo

Abracei a cintura dele aprofundando o beijo enquanto lentamente o empurrava de volta para a cabine

Ele se sentou outra vez e eu não demorei para me abaixar à sua frente e me posicionar entre suas pernas, começando a beijar seu membro por cima da cueca

–Impressionante... Você não consegue ficar um dia sem chupar seu mestre –Ele sorriu satisfeito

–O que eu posso fazer? –Sorri puxando sua cueca para expor seu membro –Eu amo isso...

–Por mim está ótimo...

Meus cabelos foram puxados, e eu não resisti quando o loiro empurrou minha cabeça para baixo, me fazendo sentir seu membro preenchendo minha boca aos poucos

Não estava com pressa. Queria que ele sentisse cada movimento da minha língua provocando-o de propósito e que ele aproveitasse meus lábios pressionando seu membro e sugando-o em estímulo

–Ah... Devagar, bebê –O loiro jogou a cabeça para trás

Continuei os movimentos, passando a língua da base até a ponta até sentir seu membro pulsar nos meus lábios pelo prazer. Eu sabia que ele estava gostando

O loiro começou a controlar os movimentos da minha cabeça, me fazendo estremecer pela sensação da minha garganta sendo fodida com tanta brutalidade

Meu membro já doía de excitação, e eu levei uma das mãos até ele para aliviar a dor. As lágrimas já se formavam em meus olhos por tê-lo no ponto mais profundo da minha garganta, e eu sentia que estava prestes a gozar apenas me tocando enquanto o tinha na minha boca

Eu amava ser sufocado pelo pau do meu mestre, e apenas isso era o bastante para me deixar louco

–Eu estou... No meu limite –Ele arfou, contendo um gemido entre os dentes

Aumentei a velocidade dos movimentos sentindo uma pequena quantidade de fluido começar a sair, e não demorou muito para minha boca ser preenchida por maiores quantidades, que escorriam pelo canto dos meus lábios e se derramavam em minha garganta

Eu também havia gozado ao sentir meu fôlego ser reduzido pelos fluidos, compartilhando daquele orgasmo perfeito que, sinceramente, me deixou esgotado

–Ah... Sua boca é o meu ponto fraco –O loiro parecia exausto, assim como eu

Inclinei a cabeça para o lado deitando em uma de suas pernas enquanto respirava profundamente para repor o fôlego. Estava sem ar, e o que eu respirava já não parecia ser suficiente... Mesmo que não fosse de todo incômodo

–Ei... O que aconteceu? –O loiro alisou meu rosto com as costas da mão –Você nunca fica desse jeito

Ele parecia um pouco preocupado, então eu precisava dar uma resposta para tranquilizá-lo, mas... Eu estava tão cansado

–Ei! Isso não tem graça! –Ofeguei mais uma vez, fechando os olhos apenas por um mísero segundo para me sentir mais relaxado –Potter! Para com isso, seu idiota!

–Me... Desculpa

–O que aconteceu?! Você nunca ficou desse jeito 

Ergui os olhos para o loiro me sentindo um pouco mal por estar fazendo com que ele se preocupasse, afinal, eu estava perfeitamente bem

–Eu só... Perdi o tempo pra... Respirar –Arfei nos intervalos entre as palavras

Bom, pelo menos ele parecia mais tranquilo

–Idiota... Não quero carregar a culpa pelo resto da vida caso você morra sufocado por minha causa –Ele uniu aquelas sobrancelhas loiras, franzindo o cenho

Não consegui segurar e acabei rindo de sua fala

–Isso não vai acontecer –Me levantei do chão, limpando parcialmente meu corpo do monte de fluidos que se acumularam por ali –Eu também sou um alfa, não se esqueça disso

Apoiei as mãos nos ombros dele e me sentei em seu colo para relaxar um pouco e repor parte das minhas forças

–Mas não é imortal –Mesmo me dando um sermão, ele ainda segurou minha cintura –Você é um alfa, não um Deus

–Engraçado... Sempre me disseram o contrário –Sorri em malícia, mas acabei rindo ao ver o loiro revirar os olhos e fingir uma cara de nojo –Estou acostumado a ser louvado como um

–Eu me achava muito convencido há uns dias atrás, sabia? Mas aí eu te conheci e vi que na verdade sou muito humilde

–Não exagera, Malfoy. De você ninguém ganha

Senti minha nuca ser puxada e logo o loiro juntou nossas testas em um gesto repentino, que me pegou totalmente de surpresa

–Como eu estou de bom humor, te darei dez segundos pra corrigir essa frase –Ele sussurrou próximo aos meus lábios

–Você me chamou de Potter há alguns minutos, ou já se esqueceu? –Protestei

O loiro se calou por alguns segundos, parecendo considerar minhas palavras, e logo suspirou em rendição

–Tudo bem, deixarei passar já que dessa vez foi um erro meu

Sorrimos juntos concluindo que ambos estávamos esgotados demais para uma próxima rodada, e acabamos ficando assim por algum tempo para repor as forças

Quem poderia imaginar que aquelas mensagens terminariam dessa forma?

Bom... Na verdade essa era minha intenção desse o começo

E eu não me arrependo de nada

(...)

Foi cansativo ter que voltar com as pernas bambas para casa, mas eu preferi assim. Era melhor que Rony e Hermione não me esperassem mais para voltar, ou era possível que o incidente passado se repetisse e isso não seria muito agradável para nenhuma das duas partes 

Agradeci por não ter sinal de nenhum dos dois pelos cômodos principais da casa e me dirigi até meu quarto para um bom e merecido descanso

Tomei uma ducha pra tirar o suor e limpar o resto dos fluidos que eu não havia conseguido, aproveitando para esfregar bem minha pele e amenizar um pouco o cheiro forte que meu corpo inteiro emitia

A cada vez que tínhamos sexo, era como se ele tentasse fundir seu próprio corpo com o meu. Seus feromônios grudavam na minha carne como se quisessem alcançar as partes mais profundas do meu ser e se espalhavam pelas minhas roupas de modo que qualquer um pudesse notar que Draco Malfoy havia estado agarrado a mim por horas e horas sem descanso

–Ele é mesmo difícil de entender –Sorri sozinho ao falar comigo mesmo

Resolvi passar uma pomada no pescoço após o banho para minimizar o estrago que o loiro havia feito na minha pele e me joguei na cama para descansar meus pobres ossos daquele dia cansativo 

Afinal, amanhã teria muito mais...