Quando eu cheguei no hospital no dia seguinte, o clima entre a Dra. Kang e eu estava pesado, ela me olhava com fúria, eu podia enxergar fogo em seus olhos, dali pude ter a certeza que eu seria despedido.
Não sei porque existe mulheres do tipo de Kang, que não aguenta levar um não na face e quer transformar a vida do homem em um verdadeiro inferno. Mas naquele dia eu tive uma surpresa boa e que até me deixou sem reação. Foi quando Jin me chamou para o consultório dele, e ali estava o Sr. Kang, dono do hospital.
— Enfermeiro Jung, sente-se. — Senhor Kang apontou para uma cadeira a sua frente e me sentei. — Ontem eu vi e ouvi um episódio que eu não gostaria que acontecesse dentro do meu hospital.
Pronto, agora que eu estou fodido. O marido da Dra. Kang nos flagrou e é agora que não consigo nem uma carta de indicação. Suspirei fundo, seria inútil tentar explicar para ele, logo ele que tem cara de um homem da máfia coreana.
— Sinto muito pelo o que viu e ouvir, senhor. — Ditei firme, na tentativa de não vacilar com a voz, e aparentemente deu certo.
— Hoseok, o que eu vi ontem, de sua parte, merece uma salva de palmas e ontem que abri os olhos com minha esposa. — Bateu a ponta da caneta – que estava em sua mão – na mesa e sorriu ladino, enquanto me olhava. — Olha Hoseok, eu tinha a certeza que ela iria acabar com sua carreira neste hospital, mas eu fiz questão de intervir nessa situação. — Levantou-se de onde estava sentado, largando a caneta e colocando as duas mãos nos bolsos de sua calça. — Como eu não tenho tempo para tomar conta do hospital, colocarei Jin no lugar da Dra. Kang e você continuará sendo enfermeiro daqui, vejo pelo o seu esforço o quanto gosta deste hospital.
— Senhor Kang. — Me levantei rapidamente, sorrindo largamente e me inclinando a sua frente. — Fico muito agradecido, muito mesmo. — Soltei o ar que estava preso em meus pulmões, finalmente tendo uma grande sensação de alivio.
— Sei que tem um filho pequeno para criar e eu não concordo com as atitudes de minha esposa. — Sorriu de canto e levou uma mão ao seu queixo. — Eu vou indo rapazes, tenho um divorcio para solicitar. Dr. Kim, a sala é sua, decore do jeito que quiser, você é o novo diretor deste hospital. Desejo longa carreira aos dois.
Dito isso, ele sai do consultório, deixando apenas Jin e eu. Meu amigo estava muito animado pelo o novo cargo.
— Isso merece um jantar, meu Deus! — Exclamou ele, me abraçando com força, quase me machucando. — Pode ser hoje na sua casa? Temos que comemorar.
— Claro Jin, vou ligar para S/N agora mesmo.
Eu estava realmente muito feliz, não perdi o meu emprego e o novo diretor do hospital é um cara de muita confiança.
Saí da sala e peguei meu celular do bolso, discando o número de minha esposa, no terceiro toque ela atende.
— Oi amor, algum problema? Não me diga que essa piranha te demitiu. Vou caçar essa nojenta e dar uns tapas nela.
— S/N, calma meu amor. — Soltei uma risada baixa e neguei com a cabeça. — Tenho novidades.
— Me conta Hobi.
— Jin é o novo diretor do hospital e...
— AH BEM FEITO, A PIRANHA PERDEU O POSTO DE DIRETORA UHU.
— Mulher, não grita no meu ouvido.
— Tá, desculpa, e o que mais Hobi?
— Não perdi meu emprego e teremos visita hoje a noite, um jantar com o Jin e provavelmente a esposa e o filho.
— Certo, pode deixar que vou preparar um jantar bom. Ah, Jimin quer falar com você.
— Coloca ele na linha.
— Papai!
— Oi filhão, como você está?
— Tô bem papai, você vai demolar muito?
— Não meu amor, daqui a pouco o papai está aí para brincar com você, está bem?
— Tá bom papai, vou estar te espelando.
— Se comporte e não faça bagunça, senão a mamãe vai ficar muito brava com você.
— Ele não te ouviu amor, ele correu para os brinquedos dele, vai bagunçar sim.
— Daqui algumas horinhas estou em casa, se cuide meu amor, até mais tarde.
— Até Hobi.
Encerrei a chamada e guardei o celular, olhei envolta do hospital e sorri largo, me sentindo bem por não ter que sair daqui. Caminhei a sala de medicamentos e comecei a trabalhar e fazer o que eu amo, logo estaria em casa.
[...]
— S/N? — Questionei assim que adentrei minha casa, fechando a porta com a chave em seguida.
— Na cozinha. — Ouvi-a gritar.
— Wow! — Exclamei quando entrei na cozinha, tendo a visão de minha mulher com um vestido básico e justo ao corpo, e nos pés um salto boneca, cabelos soltos e maquiagem leve, uma mulher totalmente esbelta. — Que mulher maravilhosa. — Abracei-a por trás, distribuindo beijos por seus ombros. — Que homem de sorte eu sou.
— Hobi, não exagera. — Ouvi sua risadinha baixa enquanto suas unhas acariciavam meus antebraços. — Mulher de sorte sou eu, por ter um homem maravilhoso como você.
— Shhh! Não estou exagerando. — Depositei um selar em seus lábios e me afastei sorrindo. — Vou tomar um banho e me arrumar, e você está muito linda.
— Vai logo Hobi, aproveita e dá banho no Jimin? Ele disse que só tomaria banho quando o pai chegar.
— Vou lá dar um jeito nesse sujinho.
Quando adentrei o meu quarto, vejo Jimin só de cueca brincando com seus bonecos e carrinhos, sorri com a cena, vendo o bebê correr pra lá e pra cá com os brinquedos em mãos.
— Eai filhão, vamos tomar um banho?
— Papai! — Exclamou alto e correu em minha direção, esticando os bracinhos pedindo colo. — Vamos.
Depois de sair do banho, me vesti socialmente e coloquei uma roupa estilosa em Jimin, deixando-o todo exibido.
— Garotão metido. — Ri alto, fazendo o bebê soltar uma gargalhada gostosa.
Ouvi a campainha de casa tocar e rapidamente peguei meu filho no colo, indo imediatamente para a sala, abrindo um grande sorriso ao ver meu amigo entrar em casa com sua esposa e seu filho. Franzi as sobrancelhas me aproximando e tendo a impressão que já tinha visto aquele bebê antes, pude confirmar quando ouvi-o gritar.
— NOONA!!! — O bebê praticamente pulou no colo de S/N e ela pegou o pequeno nos braços.
— Oi Kookie. — Ela sorriu meio que sem jeito quando viu o sorriso confuso da parte do casal.
— O babá que vocês contrataram dias atrás é primo de S/N, e ele sempre vem aqui e nesses dias ele veio aqui e trouxe o menino de vocês, não sabia que esse garotão era o filho de vocês. — Expliquei simplista, mas eu queria era meter a lenha em Kim Taehyung, mas prefiro jantar em paz e comemorar minha não saída do hospital e o cargo de diretor de Jin.
— Jungkook não parava de falar de uma noona que ele conheceu, fiquei até enciumada, mas agora vendo que é a S/N fico mais tranquila. — A senhora Kim riu em divertimento, arrancando uma risada do mesmo tom da parte de minha esposa.
— Hoseok e meninas, vamos brindar. — Jin disse alegre, me puxando para a cozinha.
Brindamos e esquecemos dos meninos, talvez bebemos muito vinho e nos descuidamos.
É minhas amigas.
Vocês não sabem o que Jimin e Jungkook fizeram.
Os dois pestinhas.
Vocês vão rir de nervoso junto comigo, ah claro que vão.
Mas antes, deixa eu chorar aqui antes de contar.
[crying in 6912 languages]
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