capitulo 1
Um espetáculo de luz do Sol florescia no leste da cidade como uma flor de pura luz solar. A grande cidade estava extremamente fria às 6h45 da manhã. Não havia um sinal de vida, nenhuma alma humana, ou animal perambulando por ali. As ruas estavam completamente desertas naquela manhã de sábado. Tudo estava num perfeito silêncio quase fúnebre – mas o único som que quebrava esse silêncio era da brisa gelada da manhã que soprava e uluvava, fazendo com que as folhas secas de outono fossem tiradas de seus galhos e ramos nas árvores e fossem levadas para longe.
Dublin estava silenciosa, mesmo que fosse uma grande cidade sempre em desenvolvimento. Árvores outonais pontuavam as ruas, parques e jardins por toda a parte, mostrando as suas belas cores de vermelho, laranja e marrom. O céu possuía um tom de azul que ainda estava sendo tingido pelos raios solares do Sol. Era um amanhecer tranquilo e pacífico como se nada ali fosse perturbar aquela paz plena e impecável.
Mas, na verdade, tudo não estava tão sereno assim.
No Rio Liffey, a famosa Ponte Há’Penny cruzava as águas calmas e escuras do rio com a sua bela arquitetura antiga. Os cadeados de vários casais apaixonados estavam presos em sua estrutura para guardar os seus segredos mais íntimos. Era bem ali, naquela ponte, que havia uma única alma se preparando psicologicamente para o seu terrível destino.
Naquela idílica e plácida manhã, rigby sentia que estava mais do que na hora de dar um fim ao seu sofrimento. Ele estava agarrado na mureta da ponte do lado de fora dela com os pés de botas negras Doctor Martens se encolhendo no frio. rigby nunca pensou que, um dia, a sua trágica existência de pura agonia poderia chegar à esse ponto. A brisa gelada do outono soprava os seus longos cabelos loiros que já haviam ultrapassado os seus ombros enquanto a sua mente maquinava intensamente numa tentativa de finalmente criar coragem para fazer aquela loucura.
rigby sentia frio e sabia que o Rio Liffey não iria aquecê-lo em seus últimos momentos na Terra. O rio parecia assustador olhando da ponta, parecia-se com uma gigantesca serpente pronta para engolir o garoto assustado, assim que ele saltasse da ponte. As únicas roupas que rigby possuía eram uma blusa um pouco comprida demais com o desenho de um trevo de quatro folhas, um casaco de moletom surrado amarrado na cintura que nem poderia aquecê-lo e uma calça jeans ainda mais surrada com as botas negras que estavam quase caindo dos seus pés e mergulhando nas trevas do rio.
O único acessório que rigby parecia ter direito era um colar. Um simples colar com pingente de flor de lótus. rigby agarrou o pingente de lótus com os dedos e o apertou com força como se ele fosse lhe dar alguma ajuda. Lágrimas já estavam brotando dos olhos castanhos clarosde rigby que mais pareciam um par de orbes de safiras brilhantes. rigby se sentia solitário, assustado e faminto. Todos os dias, ficava sozinho em qualquer canto inóspito de Dublin, ficava assustado com a crueldade das pessoas e dos turistas, e, por último, ficava faminto só de assistir as pessoas comendo todo o tipo de delícias em restaurantes, cafés e bares da cidade.
Dava para contar nos dedos as vezes em que alguma pessoa ofereceu bondade e ajuda à rigby – só que ele sabia como isso era raro no mundo e não poderia continuar vivendo à espera de uma mera nesga de bondade de uma pessoa que ele nem conhecia.
Isso tinha que acabar. rigby não podia mais viver assim. Apertou o pingente de lótus novamente, sentindo as lembranças do mesmo repassando em sua mente. rigby já estava pronto, já podia sentir a água do Rio Liffey em seus pulmões cansados. Era agora. Ninguém poderia detê-lo, mesmo que não houvesse ninguém por ali. rigby respirou fundo e colocou o primeiro pé no ar. A sensação o assombrava. Mas isso tinha que acabar de uma vez por todas.
-Não faça isso.-pediu uma voz doce e compassiva.
rigby abriu os seus olhos castanhos clarosrepletos de lágrimas. Aquela voz veio por trás dele. rigby já estava esperando que o dono daquela voz tão maravilhosa o empurrasse dali, mas isso não aconteceu. Franzindo o cenho, rigby virou o seu rosto para trás para olhar a pessoa que o impediu de acabar com o seu sofrimento.
Era um garoto. Bem, não um garoto, mas um marmanjo que devia ter uns 20 e tantos anos. Ele era belo e bem alto, possuía cabelos azuis com preto e repicados que, mesmo presos num coque, caíam por cima de seus ombros largos, parecia ter um porte atlético, pois o seu corpo era grande e forte. O marmanjo usava um casacão marrom com botões negros e um cachecol tão azul . Usava também uma calça jeans que estava num estado melhor do que a calça de rigby com botas Doctor Martens vermelhas. Ele segurava uma grande sacola de tecido que estava cheia com materiais de arte como telas de pintura, tintas e pincéis.
Eles ficaram se olhando por alguns instantes até que rigby decidiu falar.
-Quem é você para me dizer o que fazer?-rigby perguntou com uma voz quase chorosa.-Você não sabe quem sou eu, ninguém sabe quem sou eu. Eu sou como uma das milhões de folhas de outono voando por aí que as pessoas querem varrer das suas vidas.
-Meu nome é mordecai Suffern.-apresentou-se mordecai ao largar a sua sacola no chão da Ponte Ha’Penny.-Eu só quero saber o que aconteceu para um garoto tão belo querer se jogar de uma ponte.
-A vida.-rigby respondeu de imediato.-Agora me deixe em paz!
-Olha, você quer mesmo acabar com a sua vida assim?-mordecai quis saber.-Quantos anos você tem? Qual é o seu nome?
-O que é isso? Um interrogatório policial?-rigby riu – mas percebeu que mordecai estava sério.-Meu nome e rigby Lynch, eu tenho 17 anos.
-Muito prazer, rigby .-mordecai deu um sorriso doce para rigby .
Não era todos os dias que alguém sorria para rigby , mas aquele sorriso fora capaz de fazer o seu pé sair do ar e se juntar com o outro.
-Pode sair daí?-mordecai perguntou delicadamente.
-Eu não vou sair daqui.-rigby rebateu.-Eu vou pular daqui e mergulhar na porcaria desse rio de encontro com o meu destino.
mordecai, então, caminhou até rigby e parou ao seu lado tão logo e debruçando na mureta da ponte.
-Veja, acabamos de nos conhecer.-mordecai está dizendo.-Mas, talvez, o seu destino não seja esse. Já pensou nisso? O seu destino pode ser coisa melhor do que se suicidar num rio.-mordecai olhou para rigby .-Não importa o quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer e triunfar. Enquanto há vida, há esperança.
-Quem disse isso?-rigby exigiu saber.
-Um cara muito inteligente chamado Stephen Hawking.-mordecai respondeu, sorrindo.
-É...-rigby assentiu.-Acho que já ouvi falar dele.
-Vamos...-mordecai diz, olhando para rigby .-Você não quer se jogar aí, quer?
-Eu vou me jogar aqui para você não me estuprar e me desmembrar.-rigby diz raivosamente.
-Ao contrário.-mordecai diz para a surpresa de rigby .-Se você se jogar aí, eu vou ter que me jogar junto com você para te salvar.
-Está blefando.-rigby retrucou.
-Eu não blefo.-mordecai sorriu, os olhos verdes brilhando.-Nem nos momentos mais assustadores da vida.
-Esse está sendo o momento mais assustador da minha vida.-rigby diz, tentando manter a calma.-Eu quero curtir ele enquanto ainda posso.
mordecai olhou para rigby por um momento.
-rigby , às vezes, achamos que tudo acabou.-mordecai explica.-Achamos que a nossa vida chegou ao fim e não tem mais nada que se possa fazer. Mas podemos fazer muito mais do que imaginamos. Quando achamos que a nossa vida acabou, ela só está recomeçando. Sempre precisamos de um recomeço para qualquer tragédia que a vida nos impõe para que assim nós possamos voltar a viver de verdade e não se esconder nas trevas.
Nessa altura do campeonato, lágrimas grossas e quentes já rolavam dos olhos verdes de rigby – ele estava chorando. mordecai apressou-se. Ele pegou rigby por baixo dos braços finos e delicados e o puxou dali. As pernas de rigby passaram por cima da mureta da ponte com as suas botas negras e pararam no chão. mordecai puxou rigby para si e ao abraçou com os seus braços longos e fortes.
rigby simplesmente desabou no choro, agarrou-se à mordecai e chorou como nunca antes. Suas lágrimas pareciam fluir de seus olhos castanhos clarosao mesmo tempo em que molhavam o casacão de mordecai. Eles caíram de joelhos no chão da Ponte Ha’Penny, continuaram abraçados um ao outro sem se desgrudar nem por um segundo. mordecai apertou rigby com força, fazendo-o sentir um calor delicioso que o aquecia do frio daquela manhã gélida de outono.
O choro de rigby foi se perpetuando com o tempo até chegou um momento em que o seu choro perdera os gritos desesperados e gemidos chorosos, e virou apenas um rolar de lágrimas simples e tristes.
mordecai passou a mão pelos cabelos longos e castanhosde rigby e notou como eles estavam judiados. rigby esfregou as costas da mão nos olhos castanhos clarospara secar as suas lágrimas. Em meio ao silêncio da manhã, rigby levantou a sua cabeça e olhou para mordecai. Era como se aquele belo marmanjo emanasse uma aura branca e maravilhosa que fazia rigby se sentir seguro, protegido e confortável. Sensações estas que rigby não sentia há muito tempo. mordecai segurou o rosto lindo de rigby com a mão e olhou nas profundezas oceânicas de seus olhos azuis.
-Você tem casa por aqui?-mordecai pergunta, encarando rigby .
-Eu já tive uma casa...-rigby responde, abaixando o olhar triste.-Bem longe daqui.
-Você não tem para onde ir?-mordecai passeou a mão por uma madeixa dos cabelos longos e castanhosde rigby .-Não tem ninguém que cuide de você? Nada disso?
-Eu sou o que chamam de sem-teto.-rigby explicou.-Eu vivo perambulando perdidamente pelas ruas sem saber o que fazer da vida...
mordecai levantou a cabeça e olhou para todos os lados como se procurasse por uma solução para aquele problema. Era a primeira vez que uma coisa dessas acontecia em sua vida e ele sentia havia uma razão, um motivo para isso ter acontecido. Voltando a olhar para rigby , mordecai arrumou um pouco os seus cabelos castanhose rebeldes e deu um sorriso carinhoso.
-Não se preocupa, rigby .-mordecai diz de forma meiga.-Eu vou cuidar de você.
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Dublin já estava começando a despertar de seu sono profundo. Quando eram quase 8 horas da manhã, rigby pisou no chão de uma casa suntuosa e maravilhosa. mordecai morava numa mansão enorme com jardim bem perto do Stephen’s Green Park e da Grafton Street. rigby ficou maravilhado com aquela casa gigantesca. Um hall de entrada levava à uma sala de visitas que dava à uma sala de estar com sofás enormes, poltronas macias e alguns divãs. Uma TV tela plana estava disposta sobre um raque negro e uma mesa de centro estava coberta com algumas revistas de arte e arranjos de flores do tipo ikebana.
Havia uma cozinha do outro lado com balcão e banquetas, uma geladeira colossal e um fogão de seis bocas. mordecai largou a sua sacola de compras sobre um dos sofás da sala de estar e sorriu ao ver rigby sorrindo para tudo o que via. Vários quadros pintados à tinta à óleo estavam pendurados nas paredes e mostravam pinturas belas de paisagens de parques no outono, belas mulheres de roupas exóticas e gatos dentro de uma cesta de pique-nique.
rigby se sentia minúsculo dentro daquela casa.
-Vem.-mordecai o chamou já num corredor.-Vou te levar até o banheiro.
rigby seguiu mordecai rapidamente. O garoto de olhos castanhos clarosfora capaz de ver várias salas que eram cheias com coisas diferentes umas das outras. rigby viu um escritório, uma sala de malhação e até uma biblioteca cheia de livros. No fim do corredor, uma escadaria mostrava o primeiro andar da casa. rigby subiu as escadas com mordecai de maneira ansiosa. Ao chegar no topo da escadaria, rigby deparou-se com várias portas num corredor só. mordecai andou até uma das portas e abriu-a.
Espiando dentro do cômodo atrás da porta, rigby viu um banheiro lá dentro. Tinha box e banheira. Uma banheira gigantesca e linda.
-Pode tomar o seu banho aqui.-mordecai diz, sorrindo para rigby .-É só regular a temperatura da banheira do jeito que voce quiser. Tem um monte de sabonetes líquidos, esponjas, shampoos, condicionadores e até hidratantes.
-Vai deixar eu tomar banho na sua banheira?-rigby pergunta, apesar de esatr ansiando por isso.
-Claro.-mordecai sorriu mais.-Eu sei que você está louco para mergulhar naquela banheira ali. Posso ver isso nos seus olhos lindos.
rigby não deixou de corar com o elogio repentino.
-O meu quarto fica no fim do corredor.-mordecai explicou.-Tem um quarto de hóspedes ao lado, onde você vai dormir. Vou deixar umas roupas para você. Vão ficar meio grandes em você, mas hoje ainda vamos comprar roupas novas para você.
-Obrigado.-rigby sorri timidamente.
-Está com fome?-mordecai quis saber, passando a mão nos cabelos castanhosde rigby .-Eu vou fazer um café da manhã bem reforçado para você. Gosta de panquecas?
-Faz tempo que não como.-rigby ri.
-Ótimo.-mordecai também ri.-Vai ser o seu desjejum.
Então, mordecai saiu do banheiro e fechou a porta. rigby olhou ao redor do banheiro, onde ele estava sozinho. Era um banheiro gigantesco, bem maior do que os banheiros públicos que rigby tentava entrar todos os dias. Rapidamente, rigby foi tirando as suas roupas. Largou-as no chão e ficou completamente desnudo.
Dava-se para notar o seu corpo magro demais para a sua idade. rigby nem se importava mais com a sua aparência porque não tinha como cuidar de si mesmo estando sozinho nas ruas de Dublin. A banheira foi sendo enchida com uma deliciosa água quente. rigby dobrou as suas roupas surradas e sujas e deixou-as dentro de um cesto de roupa suja.
Quando a banheira já estava cheia, rigby pegou num armário do banheiro uma esponja violeta, um sabonete líquido de orquídeas e um shampoo de kiwi. Ao mergulhar na banheira, rigby gemeu de prazer. Todo o frio do seu corpo foi erradicado com o calor daquela banheira de água quente. O garoto de olhos castanhos clarosficou mergulhado ali por um tempo para deixar o seu corpo cansado relaxar e se aquecer.
rigby ficou uns bons longos minutos dentro da banheira – ele lavou os cabelos longos e castanhostrês vezes até sentir o perfume de kiwi em cada fio. Ele esfregou a esponja violeta com sabonete líquido de orquídeas para que toda a sujeira em sua pele sumisse. Simplesmente, rigby tomou banho umas cinco vezes. A banheira já estava cheia de espuma quando rigby saiu dela.
Toda a água suja com espuma desceu pelo ralo e rigby se enxugou. Os seus cabelos úmidos e longos caíam sobre as costas e o peito branco e desnudo. rigby enrolou uma toalha branca em sua cintura e andou até um grande espelho com lâmpadas ali perto. rigby levantou o seu antebraço até a altura de seu nariz e sentiu o aroma de orquídeas na sua pele. rigby sentia-se limpo e perfumado.
Mesmo estando num banheiro no primeiro andar daquela casa gigantesca, rigby conseguiu ouvir um som de fritura e um aroma doce se aproximando das suas narinas. Tudo aquilo fez o seu estômago roncar.
rigby estava faminto.
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O quarto de hóspedes em que rigby estava era extremamente luxuoso. Uma cama gigantesca de casal ficava perto de uma janela grande e quadriculada com vista para a cidade de Dublin. Havia um guarda-roupa incrustado na parede sem nenhuma roupa dentro, além de uma penteadeira com um sofá e mesa de cabeceira para a cama. rigby havia terminado de passar um delicioso hidratante de morangos no seu corpo para deixar a sua pele hidratada e sedosa, coisa que não era há um bom tempo.
As roupas que esperavam por rigby eram uma cueca box que serviu bem em sua cintura e uma camisa do U2 que ficou parecendo uma camisola em seu corpo, chegando à esconder um pouco das suas coxas. rigby se olhou no espelho da penteadeira e sorriu – ele estava bem melhor do que antes. Podia-se dizer que estava lindo ao se ver no espelho.
O seu estômago roncou de novo. rigby saiu do quarto e foi andando pelo corredor até as escadas. O aroma do café da manhã se tornava cada vez mais perceptível e saboroso a cada passo de rigby dava pelo chão de madeira do andar debaixo da casa. Assim que chegou na cozinha, rigby quase caiu para trás.
Uma mesa estava coberta de delícias como panquecas de mirtilo, ovos mexidos com queijo, tiras de bacon de peru, torradas, frutas, iogurtes e ainda por cima uma leiteira cheia de chocolate-quente doce e fumegante. rigby mal conseguia se mexer. A vontade era de se atirar naquela mesa e rolar em cima de toda aquela comida, e comer tudo. Mas rigby tinha que ter modos, senão seria expulso daquele paraíso alimentício.
-Tudo bem se não aguentar comer tudo.-mordecai diz, de repente, fazendo rigby notá-lo na cozinha.-Só coma o que for capaz de comer.
rigby olhou para mordecai e corou instantaneamente. Por sua vez, mordecai usava apenas uma calça de moletom cinzenta e nenhuma camisa, ou casaco cobria os músculos definidos e magníficos de seu corpo sarado e sensual. A atenção de rigby fora desviada completamente do café da manhã para os músculos de mordecai. Não era à toa que havia uma sala de malhação na casa. mordecai possuía braços bem musculosos com um peito duro e definido, e um abdômen ainda mais duro e definido com gominhos perfeitos e bem delineados. Os cabelos azuis com pretode mordecai estavam soltos e agora caíam mais sobre os seus ombros.
-Vem cá.-mordecai andou até rigby e puxou uma cadeira.-Sente-se aqui.
De um jeito débil, rigby conseguiu se sentar na cadeira e voltou-se para toda a comida na mesa. mordecai se sentou ao lado de rigby e só olhou para ele, dando um sorriso carinhoso e doce.
-Sirva-se.-mordecai ecoa.
Foi o bastante para rigby pegar um prato e enchê-lo com tudo tão logo começou a devorar tudo de um jeito bem selvagem e nada civilizado. Nem passou pela cabeça de rigby que mordecai poderia ter ficado assustado com o seu mau comportamento – mas mordecai estava sorrindo. Sorria como se estivesse satisfeito e feliz por estar alimentando um garoto de rua esfoemado.
mordecai não pareceu muito esfomeado ao contrário de rigby , ele só comeu umas torradas com Nutella enquanto assistia rigby devorar um monte de panquecas com mais um monte de coisas junto. Quando o estômago de rigby já estava bem cheio de comida deliciosa, o garoto de olhos castanhos clarosrelaxou em sua cadeira e bebeu o restante da sua caneca de chocolate-quente. rigby se recostou em sua cadeira e suspirou com um sorriso deleitoso.
-Você estava com fome, não é?-mordecai riu ao pegar um guardanapo e limpar a boca suja de rigby .-E me diga: o que aconteceu com aquele menino sujo e triste?
rigby olhou para mordecai de um jeitinho inocente e meio confuso.
-Eu só vejo agora um garoto lindo e sorridente.-mordecai brincou, sorrindo.
-Para.-rigby sorriu acanhadamente.
-Olha só pra você.-mordecai pegou uma das mãos de rigby e cheirou o seu pulso.-Voce está todo cheiroso. Tomou banho de arco-íris e bolinhos?
-Eu tomei banho de banheira.-rigby ri divertidamente.
-Bom, está cheiroso do mesmo jeito.-mordecai acariciou os cabelos longos e castanhosde rigby .-E os seus cabelos estão bem macios e sedosos.
-Eu tomei banho um monte de vezes, pra falar a verdade.-rigby olhou para mordecai.
-Excelente.-mordecai sorri para rigby .-Pode tomar banho na banheira sempre que quiser, tá bom? Ela é sua.
-Tá bom.-rigby sorri.
Havia algo muito especial no sorriso de rigby , mordecai percebeu. Talvez fosse a timidez, ou a inocência de rigby . mordecai ainda não conseguia entender como um garoto tão lindo como aquele poderia estar se preparando para pular de uma ponte no Rio Liffey e sem esquecer de ele estar vivendo nas ruas como um perfeito sem-teto.
-mordecai?-rigby interrompeu os pensamentos de mordecai com a sua voz doce.-Eu vou ficar morando aqui com você? Eu posso encontrar outro lugar pra mim e...
rigby foi calado por um dedo de mordecai em seus lábios. O garoto de olhos castanhos claroscorou ligeiramente. O marmanjo musculoso acariciou o rosto lindo de rigby com carinho e ele fechou os olhos castanhos claros como se estivesse saboreando um carinho que não devia sentir há muito tempo. mordecai sorriu para rigby que abriu os seus olhos lindos e olhou-o bem nos seus olhos verdes.
-Você está em casa agora, rigby .-mordecai diz docemente.-Essa é a sua casa agora.
Por fim, mordecai se aproximou de rigby e beijou a sua testa com carinho. rigby sorriu – ele sentia que a sua vida estava começando a mudar.
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