Década de 1920, cheias de acontecimentos como a semana da arte de moderna em São Paulo, ou até mesmo o impacto com fim da primeira guerra mundial em 1917, mas voltando na cidade da Terra da Garoa, Paulo Medeiros da Silva era um jovem cheio de sonhos porém estava de casamento marcado com Branca Camargo Ferraz ambos eram prometidos desde criança mesmo ela sendo um pouco mais nova que ele já que quando ela nasceu o seus pais Eduardo e Cristina Medeiros da Silva juntamente com pais de Branca, Isis Ferraz e Leopoldo Camargo haviam tratado de firmar para que eles se casassem quando atingisse a maioridade, Branca tinha uma outra irmã chamada Berenice sendo um pouco mais nova, mais Berenice viva num colégio interno e era completamente da sua irmã era doce e meiga, já que Branca era caprichosa e mimada, Branca sempre foi apaixonada por Paulo era até meio ciumenta já que o pai de Branca acabou morrendo, deixando ela, Berenice e Isis praticamente falidas a única esperança era esse casamento.
Paulo não tinha tanta certeza se queria se casar, levando em conta que ele não amava Branca, apesar dos dois já terem se beijado algumas vezes, um namoro que era rigorosamente vigiado, ele não sentia tanto entusiasmo assim, sem contar que ele tinha que ter assumir os negócios da família, porém ele tinha outros planos e com certeza não seria seguir os mesmo passos pais que seu pai, nisso ele conversava com seu melhor amigo que morava no Rio de Janeiro, Júlio ele era recém com moça muito bonita chamada Carolina ambos estavam numa viagem de lua de mel.
- eu não quero me casar Júlio – fala Paulo suspirando sério – eu não consigo sentir nada pela Branca não é amor mesmo com morte do pai dela.
- meu amigo apenas siga seu coração – fala Júlio se lembrando da sua irmã que queria ser independente – na próxima semana eu estou voltando para Campos caso queira vir com a gente.
- até que respirar novos ares não vai ser ruim – fala Paulo – meu sonho mesmo era grande artista porém meu pai é contra e minha mãe não ajuda muito é louca pela Branca.
- não é por nada não mais sua noiva é meio mimada – fala Júlio o mesmo não gostava dela – e também ela tem mania de humilhar as pessoas.
- eu sei eu percebi – fala Paulo frustrado – só espero eu fazer a escolha a certa.
No Rio de Janeiro, era uma cidade estava crescendo economicamente, principalmente com a chegada de imigrantes isso facilitou muito, nos portos e principalmente Campos de Goytacazes onde funcionava uma fábrica de Tintas, a família tradicional Bastos era muito conhecida principalmente pelos donos da fabricas Ricardo Bastos e Mariana Mendes, Ricardo era um homem rico e também muito importante era prefeito de Campos, ele era pai de três Júlio, Clara e Marisa, Júlio era recém casado, só que ele queria Clara também se casasse porém a loira tinha personalidade ela não queria ser dona de um lar, sendo que queria era trabalhar, era feminista a frente do seu tempo e principalmente não dependeria de marido, Clara queria ser jornalista e isso era um fato que ninguém tiraria da cabeça dela, já Marisa era mais tranquila só tinha quinze primaveras ao passo Clara tinha vinte enquanto Júlio tinha vinte e cinco, Clara tinha até pretendentes Joaquim e Carlos Eduardo, Joaquim era filho de um amigo do seu pai a quem a loira achava superficial, ao passo Carlos Eduardo cresceu junto com Clara ele nunca escondeu gostava dela porém a loira só preferia a amizade.
Clara escrevia mais uma dos seus artigos no seu caderno afinal viver a fazenda não era ruim, apesar de preferir a cidade ela não era tão caipira sim, arriscava dizer que lia alguns livros proibidos o que de fato ajudava nos seus conhecimentos afinal a sociedade era machista ainda mais na década de vinte, Mariana era que sempre ajudava as filhas outra que ajudava Clara a escapar dos pretendentes era Marisa já que conhecia a irmã para saber, apesar de ser bem romântica sonhava de um dia conhecer um príncipe encantado por dizer assim.
- eu já disse eu não vou me casar mãe – fala Clara irritada – o papai tem que entender quero trabalhar e ganhar minha independência eu não vou ser uma mulher que vive sendo sustentada pelo marido.
- mais minha filha você sabe como é seu pai – fala Mariana aflita – você com suas ideias não é nada bom pra carreira política dele.
- mãe as ideias da Clara não são ruins – fala Marisa a mesma achava as ideias da irmã legais – além disso ela não acho ruim as mulheres terem profissão.
- exatamente até porque até as meretrizes trabalham – fala Clara – porque não podemos ter uma profissão ou até mesmo está frente de um grande negócio, eu quero ser uma jornalista ou talvez ter meu próprio jornal a senhora sabe que não concordo muito com que meu pai faz.
- se você fosse parecida com sua prima – fala Mariana ela tinha uma irmã que morava em São Paulo a quem não falava muito tempo – sua prima vai se casar com homem muito importante.
- uma prima que mal conheço – fala Clara revirando os olhos – eu não vou depender de homem nenhum para mim, odeio machistas que acham que mulheres servem pra ficar no fogão.
- um dia quero ver você se apaixonar – fala Mariana – não é um bicho de sete cabeças.
De volta São Paulo, no famoso solar da família Camargo Ferraz, Branca não via hora de se casar com Paulo, sendo que ele era dela demais ninguém, sua mãe Isis via nesse casamento algo bastante vantajoso assim, elas sairiam do buraco, já que Isis sempre foi ambiciosa e agora que seu marido havia morrido há mais de um ano, sua fortuna estava a zero, já que ele tinha muitas dividas se não fosse a família de Paulo ela e suas filhas estariam na rua, Berenice notava que sua mãe queria mesmo saber do dinheiro e que Branca não ficava muito atrás mais pouco se metia.
Branca era vaidosa fazia de tudo para chamar atenção de Paulo, a mesma teve vontade até de se entregar a ele, isso várias vezes seus cabelos ruivos sempre deram destaque, ela era mais do que apaixonada pelo Paulo, era praticamente obcecada por ele, seria capaz de tudo para se casar com ele, Isis era ambiciosa como a filha, era uma mulher que sabia muito bem o que fazer, levando em conta que já uma vez se apaixonou e acabou sendo trocada por outra mulher curiosamente sua irmã a quem não via há mais de vinte anos, mas voltando Branca estava experimentando seu vestido de noiva afinal faltava uma semana para ser esposa de Paulo e isso era fato consumado já que ela queria isso desde quando era criança.
- eu não vejo a hora de me casar com Paulo – fala Branca sorridente – por mim já estaríamos casados há muito tempo.
- nossa não sei pra que esse desespero – fala Berenice reclamando – com certeza vão se aproveitar que o pobre coitado tem dinheiro.
- você fala isso porque não se importa com nosso bem estar – fala Isis bastante séria – não sei se você percebeu mais estamos falida Berenice.
- deixa mãe eu não me importo com as bobagens da Bere – fala Branca tentando não se irritar com a irmã – afinal é normal já que ela nunca irá se casar um dia mesmo já que ela vai ficar encalhada mesmo.
- eu não sou como você Branca – fala Berenice revidando – que pensa em dar o golpe do baú no coitado do Paulo e tá na cara que ele não gosta de você.
- nunca mais fala assim comigo sua pirralha – fala Branca irritada – acha mesmo que vai me atingir o Paulo me ama.
- basta meninas – fala Isis autoritária – Berenice não repita mais isso.
- nada nem ninguém vai estragar meu casamento – fala Branca se olhando no espelho – já que o Paulo nascer para ser meu e isso que importa
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