Logo depois de terem deixado Dante e Lara para trás, Alex e Rachel, ambos envolvendo carinhosamente suas cinturas, seguiam subindo as escadas até chegarem no terceiro andar da Escola, onde se encontravam suas salas de aula.
O loiro estava perdido em seus devaneios, talvez até travava uma batalha silenciosa com seus próprios pensamentos, pensando, vez após vez, na melhor maneira de abordar o assunto que tanto queria tratar com sua parceira. Tendo ideias que eram completamente dizimadas na batalha, outras que perderam por pouco, mas teve uma que sobreviveu, mas Rachel mesma poderia matá-la de uma vez. Mas mal sabia ele que ela também tinha assunto para tratar com ele, e inclusive era o mesmo. Porém, ele não teve muito tempo para pensar, pois logo foi retirado de sua viagem dentro de seu próprio cérebro quando ela começou um assunto.
- Adorei ver aquelazinha passando vergonha - Comentou a morena, referindo-se à moça chamada Ana.
- Já fazem uns bons dias que elas estão sempre tentando se aproximar de mim e do Dante, a gente já negou, mas elas continuam insistindo. - Se fosse só se aproximar, não iria ter problema. Não teria mesmo, de verdade. Mas essa aproximação tinha cheiro de segundas intenções. E esse perfume é velho. - Achei mais que merecido e engraçado. Sorte da Mikaely que já tinha descido, era pra ela ter passado mico junto com a Ana.
- O Dante não pensou duas vezes em dispensar a Ana.. né?
- Dispensou entre aspas. Ele disse que depois eles conversaram. - Rachel riu de sua ingenuidade.
- Esse depois na verdade é um nunca.
- Ah tá..
Rachel pensou por alguns segundos e franziu o cenho. O Dante dispensou uma garota. Bonita. O Dante. Não estava fazendo sentido isso. Óbvio que ele não tinha a obrigação de ficar com ninguém, mas ele sempre ficou com todo mundo. Essa é a questão.
- O Dante tá ficando com alguém?
- Hã? Não. Não que eu saiba. Por quê?
- Ah sei lá.. você também não acha estranho ele dispensar uma garota?
- Acho e também não acho. Ele não tem a obrigação de ficar com ela.
"Eu sei."
- Mas vindo dele é estranho sim. Vai ver ele fez isso pela Lara. A Ana ia chamar ela de puta.
- Ah mas a Lara também chamou ela de vagabunda. Só ia xingar de volta.
- É o único motivo que eu consigo ver.
Ou não. Do mesmo modo que ele mesmo, Alex, estava mudando, Dante também poderia estar. O loiro costumava ser conhecido - além de valentão - como um dos galinhas da escola, e fora dela também. E até hoje ainda era difícil perder essa fama ridícula. De repente um estalo veio na mente de Alex, fazendo-o parar de andar, por consequência fazendo a morena parar também.
- Quê?
- É verdade.. - Pareceu dizer mais pra si mesmo do que para a outra ouvir. - Você viu que ele tá todo marcado? O pescoço, no caso? - Apontou para o próprio pescoço.
- Não reparei, pra ser sincera.
- Ele tá. E me disse que foi uma garota que fez, mas não quis me dizer quem foi. Ele sempre me conta. Se não contou, então eu penso que é porque talvez é alguém importante. Alguém que não é só mais uma pra ele.
- Hmm. Então, se você estiver certo, quer dizer que ele tá escondendo essa garota? Será que é daqui?
- Sei lá, ele não me disse nada. Mesmo. Pode ser qualquer uma, ou nenhuma delas.
Enquanto passava na mente da asiática várias imagens de garotas da Escola que poderiam ser a misteriosa que Alex estava falando, um dos rostos que veio em sua mente lhe fez lembrar de algo que não deixa ela nem um pouco feliz.
- Essa Mikaely não larga do seu pé né. Já vi algumas vezes ela de papinho com você. Agora, ela estava de novo.
- É.. - Disse sorrindo, sorrindo mais do que devia. Alex não demonstrou, mas ficou contente com a pequena demonstração de ciúmes de sua - até então conhecida apenas por seu melhor amigo - amada. Ficou um pouco mais confiante, seguro de que talvez conseguisse conquistar a japonesa. Ganhando ainda mais confiança para dizer, de uma vez por todas, todas - ou pelo menos boa parte - as coisas que estavam presas em seu peito.
- E esse sorriso? - Claro que pensaria que esse sorriso não era para ela. Talvez Alex gostasse do fato de Mikaely não parar de rastejar aos seus pés.
- Não posso sorrir? - Sabia bem qual era a desconfiança dela em relação ao seu sorriso, mas só conseguiu rir mais.
- Pode, mas- Interrompeu ela beijando brevemente sua bochecha e depois o cantinho de sua boca.
- Então tá tudo bem. Se me permite sorrir, vou sorrir bastante pra você. - Ela corou. Agora foi a vez dela rir.
- Mesmo se alguém não permitisse era pra você continuar sorrindo, burro.
- A é? - Fingiu cara de sonso.
- Claro. - Fez cara de brava. - Se alguém te privasse de sorrir eu espancava essa pessoa e você junto caso obedecesse. Seu sorriso é lindo.
O loiro virou o rosto pro lado contrário para esconder seu rosto que devia estar vermelho.
- Obrigado.
Ela devia ter ficado desapontada por ele agradecer sem olhar em seus olhos, mas mesmo com o rosto virado na direção oposta ela conseguiu ver que a orelha dele também estava vermelha, então logo entendeu.
Chegando em frente a sala do segundo ano de Rachel e Lara, o casal parou ao lado da porta e Alex se encostou de costas na parede, afastando um pouco suas pernas e posicionou a asiática à sua frente, entre suas pernas. Ainda tinham tempo para bater um papinho, aproveitando que na maioria das vezes os professores não chegavam no exato horário do início de uma nova aula, sempre atrasando cerca de 5 minutinhos.
Rachel estava pensando muito no que sua amiga tinha lhe dito enquanto assistiam a partida dos garotos no intervalo, e decidiu que seguiria o seu conselho e agora parecia ser um bom momento para tratar do assunto. Seu receio se dava tanto pela falta de jeito, por simples timidez, por talvez parecer um pouco insegura demais ou até mesmo desesperada. Mas o principal: Alex podia não querer nada sério com ela. "A conversa é exatamente pra isso, né? Pra esclarecer o que ele sente em relação a mim, em relação a nós.. eu espero. Vamo lá garota, vamo lá.."
- Pode parecer estranha a pergunta mas… vamos conversar sobre nós? - Disse ela.
- Sobre nós? - O rapaz foi pego de surpresa. Não era nem um pouco estranha, porém por outro lado era repentina. Pensava em algum momento ter essa conversa, porém queria esperar mais um pouco.
- Sim. Então..
- Espera. - Interrompeu-a de uma vez, achou meio rude então resolveu se desculpar. - Foi mal, é que.. eu tenho que te dizer uma coisa antes que eu perca a coragem. É sobre o mesmo assunto. - Vai que ela ficará irritada por mudar de assunto.
- Okay. - Rachel estranhou, mas aceitou. Percebeu também que o outro parecia nervoso, deixando ela um pouco apreensiva. Talvez não devia ter dito aquilo?
- Eu.. é.. e-eu queria..
A garota deu um riso, nunca tinha visto o Alex nervoso assim, nunca tinha nem mesmo imaginado. A imagem que ele e o irmão de sua melhor amiga passam faz todos imaginarem o completo oposto.
- Calma - Ela deu uma risadinha e levantou a mão para ele num gesto para que ele desse uma pausa. - Vai, tenta de novo.
- Bom.. eu quero aproveitar e te perguntar se... se você topa ir na minha casa. - Ela nada disse, ficando parada olhando para ele. - N-Não entenda errado! Eu já tinha pensado em fazer esse convite, e já que você tocou nesse assunto, eu achei que seria melhor conversar sobre nós em um lugar tranquilo. - Rachel ficou hipnotizada olhando para o rosto do rapaz, ele estava tão nervoso que, na concepção dela, chegava a ser fofo. O rosto de Alex ficou levemente vermelho, e a garota sorriu. - Diz alguma coisa, por favor.
- Nossa, Alex! - A jovem tocou o rosto dele com a mão. - Você fica tããão fofo corado assim. Tem essa fama de valentão, mas por dentro é tão cuti cuti. - Ela apertou e puxou as bochechas dele.
Bem, não era bem isso que ele queria que ela dissesse, mas pelo menos não foi algo negativo.
- Para com isso. - Falou com uma voz engraçada já que seus lábios estavam esticados por conta do puxão em suas bochechas.
- Eu topo sim, meu loirinho.
- Sério? - Ele sorriu.
- Claro. - Deu-lhe um selinho. - E que dia vai ser?
- Hoje seria rápido demais?
A jovem asiática abaixou o olhar por breves segundos, pensativa. Talvez isso fosse um pouco repentino, mas até que a ideia não era ruim, já que optou por ter logo essa conversa, não veria problema nisso. A garota não costumava ter compromissos mesmo, só ficava "vadiando" o dia todo, então concordou.
- Não, tá ótimo. - Respondeu ao levantar o olhar para Alex novamente. - Adorei o convite, loirinho. - Ele acenou positivamente com a cabeça e explodiu internamente de felicidade ao ser chamado de loirinho novamente.
- Te vejo na hora da saída. - Ele disse, a garota lhe deu um tchauzinho e entrou para a sala de aula.
A jovem não sabia onde ficava a casa em que Alex morava, então optaram por irem logo ao final do período escolar, ele e nem ela disse isso, mas ambos achavam que isso tinha ficado subentendido, então não viram necessidade em acrescentar mais esse fato. Se encontrariam no horário da saída e assim iriam juntos rumo à residência dele.
Rachel tentou ao máximo não demonstrar que havia ficado extremamente feliz com o convite de Alex. Só conseguia pensar que, se ele fez esse convite, muito provavelmente ele gostava dela. Ainda se deu ao trabalho de deixar claro que não estava sendo um pervertido ao chamá-la para sua moradia.
E era hoje, era daqui pouquíssimas horas que descobriria se essa relação iria para frente, ou não. A jovem estava doida para compartilhar essa novidade com Lara, mas ela simplesmente não chegava. Passaram-se cerca de cinco minutos que o professor havia entrado na sala e nada de Lara aparecer, fazendo Rachel estranhar de imediato. Sua amiga nunca tinha se atrasado, seja por acidente ou de propósito.
"Onde foi que ela se meteu?”
_______________X_______________
Todos os alunos já haviam voltado para as salas de aulas, talvez alguns tenham "errado" a sala, indo parar em alguma de um amigo ou amiga para badernar ou fazer sei lá o que. Mas provavelmente nenhum aluno, exceto o casal de irmãos, tinham "errado" e acabaram parando no banheiro. Irmãos esses que estavam aproveitando essa oportunidade para darem uma fugidinha e agora se encontravam no banheiro feminino, dentro de uma das cabines.
Minutos antes, assim que Lara e Dante entraram de volta para o pátio, a jovem esperou o momento oportuno para puxar seu irmão até o banheiro, lugar que ela achava o mais "privado" para fazerem coisas que poucos irmãos já haviam feito entre si.
- Calma aí, Lara. Acho que esse não é o melhor lugar..
- Shh. - Colocou o dedo indicador sobre os lábios do rapaz para que ele se calasse. Concordava que não era muito higiênico de sua parte, mas que se dane, né?
A mais nova ainda não tinha dito, mas estar na escola - lugar onde seu irmão quase sempre estaria por perto - sem poder beijá-lo no momento que quisesse a estava deixando agoniada. Não esperaria até chegarem em casa. A jovem já tinha viciado no beijo deles.
Precisava desse delicioso beijo, agora.
Lara empurrou o moreno levemente, fazendo-o sentar-se sobre o vaso, e ela sem perder tempo logo sentou em seu colo, posicionando suas pernas uma de cada lado do corpo de seu irmão mais velho. Em seguida, agarrando seus cabelos negros com firmeza e iniciando um beijo necessitado. Forte. Como se sua vida dependesse desse beijo maravilhoso que somente Dante era capaz de lhe proporcionar.
Dante apertava com uma de suas mãos a coxa direita da sua irmã, e com a outra apertava a cintura da mesma, pressionando-a firmemente em seu colo enquanto desfrutava do beijo. O rapaz deu uma pequena risada quando os dois se afastaram minimamente para recuperarem o fôlego.
- Quem diria.. - Disse ele em um tom de voz um pouco impressionado e Lara entendeu.
- Você me atiçou, agora vai ter que aguentar, irmãozinho.
Retrucou mordendo o lábio inferior em um ato que, para Dante, foi extremamente sexy. Olhar para a boquinha linda de sua irmã e logo depois para os olhos que brilhavam pidões já estavam a ponto de deixá-lo louco. Ele escorregou suas mãos da cintura da jovem até sua bunda e apertou com vontade, ouvindo um gemido lindo de Lara como resposta. A mais nova queria tanto que ele fizesse isso, desde o momento que ele ameaçou fazê-lo momentos antes, que não resistiu em logo juntar seus lábios aos do seu irmão novamente, mordiscando os lábios dele, assim como sua orelha.
Não precisava ser a pessoa mais inteligente do Mundo para perceber que esse era um dos pontos fracos de Lara; era bastante nítido para o moreno como ela se deliciava ao ter suas nádegas apalpadas. Sendo assim, Dante guardaria este detalhe muito bem em sua mente para sempre que quisesse deixá-la louca, o faria.
Lara aumentou o nível de ousadia e rebolou no colo de seu irmão, fazendo ele por - muito - pouco não prendê-la contra a parede e fodê-la ali no banheiro mesmo, sem se importar com a óbvia besteira que seria fazer isso. Mas, como a saúde mental dele ainda estava intacta e seu cérebro ainda funcionava direito, se conteve.
- Não faz isso, Lara. - Poderia ter implorado pra ela, dizendo um "por favor" ou "pelo amor de Deus", mas talvez somente isso bastasse.
Doce inocência.
Para Dante, essa posição em que estava, de Lara por cima era, de longe, a posição mais excitante para o irmão mais velho. Nunca tinha experimentado antes? Nunca. Mas tinha a certeza, que se ela continuasse lhe provocando dessa maneira, algo fora do controle de ambos muito provavelmente aconteceria.
- Não fazer o que? - E rebolou mais duas vezes. Ela teve a ousadia de rebolar mais duas vezes, e lentamente! Atritando suas partes íntimas o máximo que as roupas que vestiam lhes permitia.
Essa garota só podia estar louca, era a única explicação que o mais velho conseguia achar no momento. Ele espalmou a mão direita nas costas da jovem, fazendo o corpo dela alongar-se mais em sua direção, deixando sua coluna ereta. O rapaz pensou que talvez também estivesse ficando um pouquinho louco ao pensar na ideia de tê-la para si nesse local, pensou também que Lara nunca, em hipótese alguma, cogitaria fazer "aquilo" aqui.
Talvez devesse perguntar.. Não sabia se ia estragar o clima, mas achava melhor que perdessem a vontade, do que realmente botar em prática essa loucura.
- Você não quer fazer isso aqui, quer?
A jovem parou para pensar por um momento. Ela estava dando a impressão errada? A intenção dela desde o início não era fazer "aquilo" aqui, somente matar um pouquinho da vontade que tinha de beijá-lo. Meio que ela voltou para si, se tocou de que estava, no banheiro da escola, rebolando sentada no colo de seu irmão. Lara, de repente, ficou com tanta vergonha, que apoiou o queixo no ombro do outro, não querendo olhar em seu rosto.
- E-Eu exagerei?
Dante normalmente riria do tom trêmulo que a voz da mais nova continha, mas somente sorriu ao pensar que parecia muito que ela tinha uma dupla personalidade. A garota leiga e inocente, e a garota com olhares e atitudes firmes. A afastou para que olhasse em seu rosto.
- Desculpa, não sei o que me deu- Ele a beijou rapidamente e a garota parou de falar. Depois, o moreno fechou os olhos, balançando suavemente a cabeça negativamente, mostrando que não tinha problema. Beijou a boca dela, sua bochecha, nariz, pescoço, dando carícias mais suaves do que as que estavam trocando a pouco.
Dante não queria transar com ela na escola, de fato. Pelo menos, não agora, não hoje.
- Não te "deu" nada, e eu não tô muito afim de desperdiçar esse clima que você deixou no ar. - Passeou ambas as mãos pela cintura da jovem, subindo e descendo.
Pronto. Lá estava aquela Lara selvagem novamente, olhando para Dante como se ele fosse sua presa. E o rapaz confessa que ficou curioso, caso acabasse se submetendo à ela, queria ver onde isso iria chegar. Porém, novamente, não agora.
- Também não. Como vamos aproveitar? - Baseando-se nessa pergunta feita por ela - que diga-se de passagem era carregada de erotismo -, ficou bem claro para Dante que ela também não queria sexo propriamente dito. Pois era o mais óbvio, então não teria que perguntar nada. O mais velho poderia dizer logo o que tinha em mente, mas resolveu pular suas palavras e partir direto para a ação.
O moreno soltou um sorriso de canto e ajeitou sua irmã de uma maneira diferente, de um jeito que ela ficasse sentada de lado, sobre somente uma das pernas dele, que agora, estavam abertas. Sem aviso nenhum, usou a mão do braço que estava rodeando a cintura de Lara lhe dando firmeza, para entrar na legging da garota e alcançar sua calcinha.
Estava úmida. Claro que estava.
- Olha o que você fez com você.. - Falou com a voz rouca no ouvido da mais nova. - Devo fazer algo a respeito? - Enquanto ouvia uma confirmação murmurada vinda dela, seu dedo vagava por aquela área, tentando colocar a calcinha de Lara para o lado, e finalmente obteve sucesso.
Massageou, apertou o clitóris dela que, pelo tato, conseguiu sentir que estava bem inchadinho e ela gemeu falhamente, cravando as unhas no ombro dele, sobre o tecido da camiseta que o rapaz usava. Seu membro dentro de sua calça já havia pulsando algumas vezes, pedindo para ser liberto. Ao observar a expressão dela, constatou que estava mais do que linda. Os olhos fechados, bochechas coradas, com a boquinha entreaberta e respiração despadronizada, deixaram-no com um sentimento de injustiça. Poxa, também queria ser tocado.
- É bom? - Fez a pergunta à ela.
- Muito. Muito bom.
- Experimenta fazer isso em mim?
A castanha abriu os olhos e de início ficou sem jeito, mas não demorou muito para levar as mãos trêmulas para o cós da calça dele, a abaixando, junto com a cueca box preta que usava, expondo o pau dele, que aliviou-se finalmente do aperto que estava.
Assim que Lara o tocou, segurando-o entre seus delicados dedos, Dante soltou todo o ar que estava em seus pulmões pelo nariz. A jovem sabia o que tinha que fazer, não deveria ser nenhum bicho de sete cabeças, mas estava incerta de como fazer. Mas, seguindo pelo lógico, começou a mover a mão, iniciando um movimento sutil de sobe e desce, bem devagar. Como o rapaz pareceu gostar, ela ficou mais motivada e continuou com os mesmos movimentos por mais algum tempo.
- Se solta, Lara. Explore à vontade.
Ela encarou bem esse incentivo e girou de leve o pulso enquanto fazia os movimentos de sobe e desce, fazendo Dante tornar a gemer bem baixinho. A garota distribuiu beijos pelo pescoço do mais velho e deu leves mordiscadas. Dante, sem aviso prévio, penetrou um dedo na intimidade de sua irmã e começou um ritmo lento de estocadas com este dedo, pegando a jovem completamente de surpresa. Estava tão concentrada nos movimentos masturbatórios que realizava em seu irmão, que já havia se esquecido completamente que ele ainda estava com a mão dentro de sua calça.
A partir daí, começou uma batalha para ver quem dava mais prazer ao outro, e sinceramente, nenhum dos dois estavam se importando de perder. Ambos querendo chegar ao ápice, porém, obviamente, querendo proporcionar o mesmo para o parceiro. O mais velho nunca tinha sido masturbado por ninguém antes, além de si mesmo, claro. Então não tinha como comparar sua irmã com outra garota, porém não tinha a certeza se isso era bom ou ruim, o que tinha a certeza é de que Lara fazia bem. Nesse momento Lara já estava com sua calça e calcinha abaixada até o meio das coxas, facilitando um pouco mais os movimentos do moreno em sua boceta.
Estava difícil para Dante se concentrar nos movimentos de sua mão, Lara estava se empenhando bem no que fazia, e ele estava sentindo que não demoraria muito para que se desmanchasse por conta desse carinho que sua irmã estava lhe fazendo.
Mas, alguém entrou. Sim, alguém entrou no banheiro. Não devia ser nenhuma surpresa, e não era mesmo. Mas mesmo assim os dois pararam imediatamente o trabalho que faziam com suas mãos, permanecendo estáticos, sem nem respirar direito, tentando ao máximo fazer de conta de que não estavam ali.
Com certeza era uma garota, afinal de contas o banheiro era feminino, o infiltrado ali era Dante.
- Lara, você tá aqui?
Poucos minutos atrás, Rachel pediu permissão para sair da sala de aula para procurar por sua melhor amiga, que estava desaparecida desde que o intervalo havia acabado. Procurou pelo pátio, na área externa, e quando pensou em ir ver se ela estava na diretoria, achou que não custava nada dar uma olhada rápida no banheiro.
E quando entrou, conseguiu sentir o cheiro do perfume de Lara, mas estava estranho, parecia que estava misturado com o cheiro de algum outro perfume, mas pouco ligou para isso. Caminhou brevemente e viu a porta de uma das cabines fechadas. Podia ser qualquer uma ali dentro, mas tinha grandes chances de ser a garota que procurava, então arriscou chamar por ela. Como estava insegura de que poderia não ser Lara que estava ali dentro, sua voz saiu um pouco receosa, tímida.
- Sim.
Respondeu. Agora, por que diabos tinha respondido; ela não saberia dizer.
Lara olhou para seu irmão com os olhos arregalados e tapou a boca, recriminando-se por ter aberto a mesma. Já Dante, estava com uma expressão confusa. Seus olhos demonstravam nitidamente que estava querendo saber por que ela tinha feito aquilo.
- Ai amiga, finalmente te achei. Já estava pensando em passar na sala do Dante pra ver se você ia estar lá.
- Ah.. "Ainda bem que não foi, ele tá aqui comigo"
O rapaz estava quietinho, e nesse silêncio que estava fazendo acabou tendo uma ideia.
Antes, por conta do choque de Rachel aparecer de repente, ambos haviam tirado suas mãos das genitais um do outro, então agora Dante tornou a enfiá-la naquela região. Por reflexo, Lara apertou o ombro dele e quase se desequilibrou de seu colo, soltando um som pela boca que mais parecia um engasgo por ter sido pega de surpresa desse jeito.
- Hm, você.. tá passando mal? - Pelo tempo que Lara havia sumido, a asiática deduziu que o negócio devia estar feio mesmo ali dentro dessa cabine para fazer a garota demorar tanto assim no banheiro.
- Tô mal, m-muito mal.. - Queria dizer que estava bem, muito bem por estar sendo masturbada por outro alguém nesse exato momento. Dava graças a Deus por Rachel mesma ter inventado uma desculpa para ela, mesmo que não tenha sido a intenção.
- Sei.
A irmã mais nova mandou um olhar suplicante para o rapaz, pedindo silenciosamente para que ele parasse com aquilo. O moreno apenas sorriu, tapou a boca de Lara com uma das mãos e apertou o clitóris dela entre os dedos, fazendo-a revirar os olhos e prender um gemido. Dante não iria parar. Se sua irmã quisesse mesmo que ele parasse, ela o impediria; seguraria sua mão, sei lá, só sabia que ela faria algo. Mas como nada estava sendo feito, somente arfadas estavam sendo soltas por ela e logo eram interceptadas por sua palma em sua boca, resolveu continuar.
Isso estava bem excitante. Constatar que a jovem não estava o impedindo de lhe dar prazer bem ao lado de outra pessoa, fez com que ele achasse esse momento muito, mas muito mais emocionante.
- Quer que eu te espere aqui?
- Não! - Elevou o tom de voz sem nem perceber. - N-Não, não precisa.
- Tem certeza? Se você está mal eu posso te ajudar.
A garota de cabelos castanhos ficou em silêncio. Se inclinou para o lado e afundou o rosto na curva do pescoço de Dante. Desistiu completamente de masturbá-lo, não tinha mais foco nenhum e nem força nenhuma para isso no momento. Abraçou-o pelo pescoço com ambos os braços, colocando uma pressão quase desnecessária. Até esqueceu-se de responder sua amiga de tão concentrada que estava na sensação de prazer, sentindo que estava muito próxima de gozar.
Céus! Dante se sentiu ainda mais motivado para continuar. Se ela estava gostando, assim como ele, continuaria.
- Lara?
- Rachel.. tá tubo bem, é.. é só um mal estar, tá? - Parecia até que estava tentando convencer a si mesma de que não tinha nada demais acontecendo.
- Mesmo?
Lara apreciava bastante o laço genuíno que a amizade dela com a japonesa continha, ficava boba com essa preocupação que Rachel sentia por ela, mas agora, sinceramente, não era hora para isso. Estava tentando muito fazer com que sua amiga saísse dali logo, porque não queria ter um orgasmo na presença dela, parecia vergonhoso demais. Essa urgência de expulsá-la dali aumentou ainda mais quando Dante colocou um segundo dedo dentro dela, fazendo-a soltar um suspiro pesado e longo.
- Eu.. tô morrendo de vergonha de falar com você desse jeito, me espera lá fora, por favor. - Nem se importou com a desculpa esfarrapada, e muito menos se importou que sua voz estava saindo meio abafada por estar com o rosto enfiado no pescoço do homem que era motivo do seu desespero. Em sua mente o que gritava incessantemente era algo como "estou quase gozando, suma logo daqui!"
- Tá, tá.. - Achou bem desnecessário essa vergonha toda. Poxa, eram amigas íntimas há muito tempo. Mas não iria contrariar. - Espero sim.
Quando Rachel saiu, Lara viu-se livre para soltar seus gemidinhos um pouco mais altos, bem ao pé do ouvido do rapaz que aumentou os movimentos com sua mão. Não demorou muito para o orgasmos vir, fazendo a garota começar a soltar diversos gemidos falhos e enterrar seus dedos entre os cabelos de seu irmão, somente para ter algo com o que fazer com suas próprias mãos. Mordendo os lábios, ela deu mais um gemido longo e manhoso após mais um espasmo de seu recém orgasmo, justificando o arrepio que percorreu a nuca inteira de Dante após ouvir esse som magnífico.
Estava suada, fraca, zonza e incrivelmente satisfeita. Nunca conseguiria expressar o quão bom isso foi. Sua respiração pesada resvalava contra o pescoço de seu irmão, pois ainda estava com o rosto ali, tentando se recuperar do orgasmo mais intenso que já teve na vida.
- Ainda teve a cara de pau de insinuar pra que eu parasse. - Com todo o seu cinismo, Dante quebrou o silêncio e a garota, completamente mole em seu colo, apenas sorriu.
- Se não tivesse sido tão gostoso eu estaria brava com você.
Baixou a mão direita para o pau de Dante que obviamente ainda estava duro como rocha, retomando sua leve punheta. Suspirando pesadamente, o rapaz jogou a cabeça para trás, sendo lembrado de como é ótimo ter ela lhe tocando nesta região.
Ela levou rapidamente a mão livre para a boca e umedeceu seus dedos com um pouco de sua saliva, levando depois para o membro do rapaz, fazendo tudo por ali ficar mais escorregadio, tornando seus movimentos bem mais fluidos. Lara agora poderia passear sua mão por toda a extensão dele, deslizando sobre a base até a cabeça sem medo de machucá-lo por conta da aspereza de antes de lubrificar com sua saliva. O moreno estava se contendo ao máximo para não gemer alto. A voz masculina é naturalmente mais grave, então tinha que ter cuidado redobrado para não deixar escapar um barulho que seria facilmente ouvido por terceiros.
- Goza pra mim, irmãozinho.
Mesmo se gastasse centenas de horas de sua vida, o rapaz definitivamente não conseguiria imaginar algo mais sensual do que isso, sendo dito com essa voz devastadora e bem rente ao seu ouvido. Ele abraçou Lara pela cintura com um braço, com o outro usou de sua mão para apertar com força o assento do vaso e apoiou a testa no peito da garota, agarrando-a com força quando sentiu a sensação que antecede o paraíso chegando.
Gozou forte, mas tão forte, que não tinha dúvidas que sua alma poderia muito bem estar indo embora junto com seu sêmen.
Mesmo vendo os esguichos de seu irmão voando para o alto e caindo no chão logo na sequência, a garota não parou de movimentar sua mão. Ela acabou dando estimulação demais para ele, fazendo-o ejacular mais do que devia. Para Dante, em outras ocasiões isso poderia ser um problema, pois com certeza não teria forças para continuar fazendo qualquer coisa. Mas nessa, não.
- Ahh.. - Gemeu rouco, um gemido longo e sofrido, soltando mais um carga forte.
Lara arrepiou-se com a sensação do pau de Dante pulsando em sua mão enquanto jorrava porra. Levou uma mão para a parte de trás da cabeça do mais velho e a prendeu mais ainda contra seu peito, gemendo de satisfação ao ouvir ele gemer tão gostoso assim para ela.
Segundo após segundo, o rapaz recuperava o padrão de sua respiração, e suas forças. Essas mãozinhas.. quase mataram-no.
- O que achou? - Ela pergunta.
Agora que ele foi se tocar que ela estava repetindo frases que ele tinha dito no dia anterior, tanto essa de agora, como dizer que ele gozaria para ela. Menina esperta.
- Achei que fosse morrer. - Ela riu. Tanto pela piadinha, quanto pelo tom de voz realmente quase morto. - Foi ótimo, Lara. Essas mãos têm talento.
- Meu Deus, Dante. - Ficou vermelha de vergonha e desviou o rosto para o lado, e o outro somente riu. Virou o rosto dela de frente para o seu novamente e beijou-a.
- Acho melhor você ir logo, tem gente te esperando lá fora.
Ambos se limparam devidamente com um pouco de papel higiênico que tinha ali, e antes de saírem de dentro da cabine, trocaram beijos longos, porém nada sensual, nada erótico, mas sim beijos tranquilos que serviam como uma pequena despedida.
Somente Lara sairia do banheiro, óbvio. Dante continuaria fazendo hora, trancado dentro da cabine para evitar de alguém entrar e ver um cara parado no meio do banheiro feminino.
- Até daqui a pouco. - Despediu-se dele com um selinho e saiu pela porta.
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