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História Meu Lírio - Prólogo - História escrita por LadyCinabre - Spirit Fanfics e Histórias
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História Meu Lírio - Prólogo


Escrita por: LadyCinabre

Notas do Autor


Olá meus pequenos seres.

Está história é uma continuação de "Meu Narciso", entretanto Shiyo e Samir serão um casal secundário, mas para entender boa parte da trama é necessário que se tenha lido "Meu Narciso".

E, sim, a temática é LGBT, mas devem ter paciência, pois este livro ficou maior que o anterior por eu e minha parceira de RPG termos nos dedicado mais ao desenvolvimento da relação entre os personagens e ter muitos outros além dos protagonistas.

Obrigada por lerem essa pequena explicação, e aproveitem o livro.

Beijinhos,
Shell

Capítulo 1 - Prólogo


No reino de Prantides, a princesa Sallete havia dado vários gritos pela manhã.


Segundo ela seu irmão estava ficando velho e já não aguentava uma boa noite de vinho! Pobre príncipe Richard, a cabeça do rapaz latejava como mil ponteiros a se mover.

A jovem Liliam, amiga de Sally, a deixou em privacidade para arrumar-se em seu primeiro dia com 23 anos, a princesa estava animada, apesar dos gritos histéricos ao acordar.

E Liliam? A donzela amassou algumas ervas para fazer um pequeno remédio, dentro de uma vasilha de barro, não tendo reservar em ir até os aposentos do príncipe, os guardas que já lhe conheciam e precisamente autorizados abriram caminho e com suavidade a moça bateu na porta.

— Senhor Richard? — chamou-o com sua voz melodiosa.

Dentro do quarto, envolto em pensamentos estava não apenas o príncipe enfermo, mas também seu conselheiro e melhor amigo; Rhalp Tudor, cuja posição na sociedade ocupava por um sonho de seu, ele pensava, de falecido pai.

Tolo foi o falecido, em pensar que seria uma vida de status, luxos, mulheres e influência... Bom, era realmente essa vida que Rhalp tinha, mas lidar com um herdeiro bêbado e fora de si no meio das festividades de aniversário da jovem princesa não estava nos planos de seu falecido progenitor.

Para a sorte do príncipe Richard, Rhalp carregou o bêbado para o quarto e cuidou dele de madrugada, algo que já era normal para si. Quando o sol despertou, os efeitos do vinho da noite passada pesaram no príncipe. Ao ouvir a batida na porta, com um suave chamado, foi até a mesma e abriu, sorrindo ladino.

— Oras, se não é a admirável senhorita boticário? Veio aqui ajudar o, como disse, "Senhor Richard?" — Rhalp imitou a voz da moça.

Mesmo estando há certo tempo entre os nobres, Liliam não sabia usar todos os termos e formalidades. O príncipe Richard era extremamente grato por ela ter salvo sua irmã de uma enfermidade tempos atrás, então a jovem sempre o chamava pelo nome.

Deveria o chamar de Realeza? Príncipe? Não sabia. Há anos o príncipe disse que não se importava como quer que ela o chamasse.

— Vim ajudar um amigo. — Liliam respondeu.

— Oh, claro. Seu amigo estará muito satisfeito em ser ajudado pela senhorita. — A voz do conselheiro continha um pouco de sarcasmo.

Liliam sabia que Rhalp vivia andando no castelo de tempos em tempos, sempre o via, mas... Bem. Não era de conversar com outras pessoas além da princesa Sallete.

— Com licença. — escorregou pela abertura que o conselheiro havia dado, se aproximando do príncipe. — trouxe algo para que se sinta melhor. — sentou ao lado da cama, preocupada.

Rhalp fechou a porta e se encostou nela, ao ver a moça ir até a cama do príncipe e sentar-se ali sem cerimônias, sua mente começou a trabalhar, ele bem sabia que a Srta. Thompson era amiga íntima da princesa e alguém com o respeito de Richard.

Os cabelos dela eram castanhos, longos e ondulados, num tom idêntico aos seus olhos grandes e brilhantes de moça jovem. Richard sorria a ela, agradecendo a ajuda e deixando-se cuidar pela mesma.

Mãos delicadas, percebeu Rhalp, enquanto a via cuidar do príncipe.

— Dói aqui? — Liliam tocou suavemente a temporada de sua alteza que suspirou murmurando um "sim" desanimado, ela abriu o pote, passou os dedos sobre a subsistência, deixando-os com um cheiro forte. — isso fará com que melhore. — espalhou sobre a testa e próximo ao nariz. — tive de improvisar, dormi no castelo esta noite e não pude pegar meu material de trabalho. — afastou as mãos do rosto dele.

Richard era de fato muito belo, o que lhe deixava constrangida tendo que o olhar tão de perto, Liliam engoliu em seco, se levantando da cama um tanto depressa.

— Estará plenamente bem em uma hora, se sentir a dor novamente, passe isto como eu fiz. — deixou o pote ao lado da cama.

Richard encarava a moça com gratidão, era o que qualquer um diria...

"Tolices", foi o que Rhalp pensou.

Ele era amigo de Richard e sabia bem das loucuras daquele príncipe. Não era a toa que o herdeiro negava casar-se até perto de sua coroação como Rei. O conselheiro deu um pigarro, chamando a atenção de ambos.

Oh, a boticário estava corando?

— Não precisa se preocupar mais, Srta. Boticário. A partir daqui, eu irei me certificar do bem estar do Senhor Richard.

Abriu a porta, sem deixar de sorrir, ficando do lado de fora.

— Descanse, Richard. Daqui a pouco venho vê-lo.

— ... Se precisar de algo, pode me pedir. — Liliam sorriu para o príncipe que acenou com a cabeça, voltando a descansar sobre o enorme leito.

A jovem se retirou do quarto, passando as mãos sobre o vestido que usava.

— Sr. Tuder eu tenho nome, e não é boticário. — franziu a testa ao rapaz. - Meu nome é Liliam. — apontou para si mesma.

Rhalp fechou a porta, olhando a donzela em seu esvoaçante vestido amarelo claro passar por si. Riu baixo diante das palavras dela.

— Eu sei quem você é, Liliam Thompson. Órfã, criada pelo tio mesmo após do casamento deste. Mesmo nova já mostrava paixão pela profissão do tio. Aos 17 anos, salvou nossa princesa após uma grave intoxicação alimentar. Desde então, se tornou amiga da princesa e uma renomada boticário... Esqueci-me de algo?

Começou a andar ao seu lado, sorrindo ladino.

— Mas ainda é a Srta. Boticário para mim.

Liliam ficou perplexa diante de suas palavras, espere, por que ele sabia tanto sobre si? Apenas Sally e Richard tinham tais informações! Sua perplexidade não era disfarçada e ela abriu a boca algumas vezes antes de falar.

— Está fazendo de propósito? — sua voz era claramente incrédula. — Sr. Tuder, que grosseiro! - virou o rosto ao lado oposto, procurando por Sallete nos corredores.

— Oras, pensei que a Srta. Boticário fosse mais tranquila. Não estou sendo grosseiro, mas suponho que não tenho intimidade o suficiente como para chamá-la pelo nome, como faz com Sua Alteza.

Era óbvio que ele não a deixaria em paz com aquele assunto. Poucas pessoas que o rapaz conhecia podiam chamar o príncipe pelo nome. Aliás, achava adorável a expressão incomodada da moça.

— Ou ainda não é tão íntima dele quanto deseja? Chamá-lo de "Sr. Richard" não deve ser fácil para você...

A medida que ele falava Liliam sentia o rosto esquentar, e não era de uma boa forma. Quando disse aquilo sobre o príncipe, ela quase tropeçou, se virando para ele com a expressão irritada, sentia as bochechas e a ponta do nariz queimando.

— O que está insinuando? — a irritação era clara em sua voz. Mas que homem ousado!

— Insinuando? Oh, minha jovem boticário. Sou amigo do príncipe desde criança. Você não é a primeira nem a última a cair nos encantos daquele homem.

Rhalp avançou, segurou o queixo pequeno de Liliam, fazendo-a levantar o rosto para si. Belíssima, foi o que ele pensou, sim, de uma maneira tão simples e natural que seria capaz de captar o olhar de muitos nobres... Acariciou o delicado queixo com o dedão.

— Continue a chamá-lo de Senhor e a fingir distância. O príncipe gosta mais de mulheres difíceis.

Liliam esperava desculpas pelo comportamento nada educadkbonito, ao invés disso ele se aproximou, mais do que deveria! Sua mão a tocou e as palavras escorreram da boca de forma quase venenosa. E de veneno Liliam entendia bem!

Por reflexo, estapeou-lhe a mão após ele tocá-la, recuando um passo firme e o olhando mais irritada, sua testa cada vez mais franzida.

— Não sei o que se passa em sua mente perversa, mas o príncipe é um amigo valioso e não o vejo dessa forma! — mentiu, irritada.

Mas Rhalp teve uma reação diferente da esperada, pois sorriu ao levar a tapa na mão, e se afastou.

Oh, ela era arisca.

"Arisca e mentirosa", ele pensou.

— Srta. Boticário, não necessita ser tímida diante de mim. Minha boca é um túmulo, seus desejos... inapropriados sobre o príncipe.

— Não preciso de seu silêncio, pois não há nada a esconder. — falou séria, passando a mão nervosa sobre o cabelo, ouviu a voz de Sally ao longe e ergueu os olhos, a procurando.

O conselheiro riu baixo e se afastou, virando-se há tempo de ver a princesa entrar no corredor onde estavam. Se adiantou para falar com ela.

— Bom dia, Sua Alteza. Não tive a oportunidade de lhe dizer ontem, porém estava resplandecente, como é de sua natureza — segurou a mão da princesa e beijou-lhe os dedos. — Seu pobre irmão só sabia lamentar-se pelo fato de vê-la crescida tão rápido.

— Obrigada, é sempre um prazer recebê-lo no castelo lorde Tuder. — ela sorria. — finalmente conheceu Liliam! — agarrou os ombros da amiga. — não é linda? A melhor Boticário do Reino, mas não fale isso para ela, a deixa com vergonha. — ela sussurrou como se Liliam não pudesse ouvir.

— Sally! - protestou a boticário, de rosto quente.

Rhalp sorriu para a princesa e olhou com um semblante preocupado para Liliam.

— Srta. Liliam, por favor, considere meu pedido. Estarei no palácio pelos próximos dias e será uma honra acompanhá-la até em casa. Com sua licença, princesa.

— Ele vai te levar a casa? Ótimo, eu já ia mesmo avisá-la que precisarei, hm, ajudar meu irmão com uma coisa! — Sallete ficou mais eufórica do que já era, suas mãos pequenas empurraram Liliam na direção de Ralph.

A camponesa arregalou os olhos ao bater de frente ao peito do lorde, oh céus, ela sabia bem o que Sally estava fazendo!

Para Rhalp, sua palavras tiveram melhor efeito que o desejado, pois terminou com a jovem contra seu peito. Segurou-a com delicadeza, para logo guiá-la pela cintura até que estivesse do seu lado esquerdo.

— Estou completamente de acordo, a melhor e mais bela boticário do reino. Por isso mesmo desejava escoltá-la até sua casa. Toda proteção é pouco, em especial para alguém tão graciosa e importante. Confie em mim, sua Alteza. Sua amiga estará protegida ao meu lado. — terminou de falar com uma reverência.

O peito de Liliam estufou tamanha indignação com o que estava se passando, pois Rhalp facilmente tinha as mãos sobre si e a girava pela cintura.

"Espere, como cheguei a isto!?", pensou, irritada.

— Eu não preci... — tentou dizer, todavia Sally parecia eufórica e lhe interrompeu.

— Claro que confiarei, Lorde Tuder, Liliam não poderia estar em mãos melhores! — a Boticário quase podia ver todo o plano sendo maquinado na cabeça de Sally que lhe olhava de forma sugestiva.

"Oh céus, por todos os santos, são todos loucos na nobreza!" suspirou em pensamento.

— Eu enviarei um guarda ou um mensageiro a sua casa em breve Liliam, sei que tem muito trabalho a fazer e não quero atrapalhá-la. — Sallete fez uma reverência e escapuliu tão rápido quanto apareceu, dando uma piscada que acreditou ser discreta na direção da amiga.

Liliam só queria se enterrar em uma cova e desaparecer de tanta vergonha!

— É uma honra ter sua confiança, sua Alteza. — Rhalp ainda conseguiu dizer.

Viu princesa sumir rápido pelo corredor, enquanto ele sorria vitorioso. Lançou um olhar para Liliam que, aos seus olhos, estava numa linda mistura de indignação e vergonha.

— Eu detestaria perder a confiança da princesa e tenho certeza que você se sente de igual maneira — ofereceu a ela o próprio braço em arco. — Permite-me acompanhá-la?

A jovem ficou tentada a bater nele novamente, mas, espiando-os atrás de uma das curvas do corredor via os olhos brilhantes de Sally
os observando.

Inferno!

— ... — aceitou o braço sentindo a pele arrepiada de horror, lorde Tuder era belo? Sim. Todavia sua personalidade parecia bem contrastante ao rosto bem feito. — obrigada por se oferecer para me acompanhar. — sorriu forçada.

Assim que sentiu o delicado braço envolveu o seu, Rhalp conservou o sorriso, começando a guiá-la para longe da princesa.

— Deveria melhorar suas expressões, jovem boticário. Se a princesa fosse um pouco menos entusiasmada com sua vida amorosa, teria percebido seu fingimento.

— Perdoe-me por não saber disfarçar meus sentimentos, o meu tio me criou com extrema franqueza e honestidade. — alargou ainda mais o sorriso que chegava a doer em seu rosto.

— Oh, não se preocupe. Logo estará mais acostumada com a nobreza. Afinal, ser Rainha tem seus lados ruins. Embora estou certo que só por ter o príncipe ao seu lado. — ainda a guiava pelo corredor, falando baixo e sorrindo.

Para Liliam aquelas palavras vieram novamente em um golpe fatal, quase podia ver o veneno escorrer mais uma vez diante da provocação do rapaz.

Isto foi o ápice!

Sentiu as temporas esquentarem em demasiado, já estávam distantes de Sally, então puxou o braço do dele, o peito ardendo em raiva.

— O senhor não é nada do que a Senhorita Sally sempre me contou! — deu um passo para bem longe dele. —
— fique longe de mim! — aproveitou para o dizer, já que naquele corredor não havia nenhum guarda. Se pôs a andar rápido, em passos pesados e furiosos, segurando a barra do vestido mais alto.

E ali estava; a explosão de raiva que Rhalp desejava ver, o rosto bonito avermelhado pela indignação, as mãos tremendo levemente, a voz baixa, mas incisiva. Somente uma dama fiel a si mesma e pura de coração era capaz de tais reações diante de si. Suspirou e apertou o passo, alcançando-a com facilidade.

— Srta. Boticário, por favor, espere. Deixe-me acompanhá-la, apenas desta vez, até seu lar. Para que a princesa não se sinta enganada por nossas palavras....

Segurou-a pelo braço, e a fez olhar para si, porém sem aplicar muita força.

— Tenha calma, jovem moça. Sinto muito tê-la irritado, mas não o faria se não insistisse em mentir para mim.

Liliam pensava que malditas eram as pernas longas do rapaz, por ter lhe alcançado em segundos e logo lhe agarrado, se manteve tensa, pronta para puxar e se soltar.

— O meu nome é Liliam! — gritou baixo. — pare de me chamar de boticário! E eu... — hesitava, sentindo a testa parar de arder, dando lugar a ardência nas bochechas e desviou o olhar, nervosa. — eu não menti. — falou mais baixo. — não tenho... S... Sentimentos pelo senhor Richard!

O lorde novamente percebia que ela se encolhia, envergonhada com a própria mentira.

"Oh, então ela continuará a mentir?", pensou com humor.

— Se é assim, Srta. Liliam... — deslizou a mão por seu braço, até segurar a dela e se inclinar para beijar seus dedos, sem desviar o olhar da jovem. — Permita-me acompanhá-la até seu lar e, após isso, levá-la para um passeio de carruagem pela cidade. Afinal, acredito que não há nada de errado que duas pessoas sem aspirações românticas saiam para um passeio. Não acha?

Foi com surpresa que Liliam havia visto a mão do lorde deslizar sobre seu braço, de uma forma até mesmo delicada, chegando até a própria, diferente de si, ele usava um par de luvas claras e bem costuradas.

O coração da Boticário bateu forte ao encarar os olhos bonitos e fugazes do lorde, enquanto seus lábios lhe tocavam.

A nobreza tinha essas coisas estranhas que ela realmente não entendia.

— Não há. — recolheu a mão devagar, sem o bater ou usar força dessa vez. Encarando-o desconfiada. — por que quer sair comigo lorde Tuder? Está claro que não gosta de minha pessoa.

— Está? — Se ergueu, sem soltar sua mão. — Creio que as pessoas possam ter uma visão equivocada de outras. Assim como errei em achar que a senhorita sente algo pelo príncipe. De fato, não poderia chamá-la a um passeio caso isso fosse verdade. Não acha?

Liliam não sabia se deveria sorrir, ou bater nele novamente. Estava lhe provocando? Era isto? Haja paciência, era como uma criança!

— Obviamente. E como não há nada entre o príncipe e eu, não há por que eu recusar um convite vosso, não é lorde? — tornou a sorrir, com dor.

— Oh, não me entenda mal. Não desejo colocá-la em nenhuma situação constrangedora, muito menos tentar forçá-la a se encontrar comigo. Pode recusar, se assim desejar, Srta. Liliam. — o lorde sorriu ladino. — Claro que isso me deixaria desconfiado sobre seus sentimentos. E teria que compartilhar minhas preocupações com meu melhor amigo, como é natural.

"Definitivamente isso foi uma ameaça", concluiu a dama em pensamentos.

— Então... O que estamos esperando, lorde? — estavam parados, o cocheiro havia acabado de estacionar a carruagem do lorde.

Afastou mão de seu toque, pondo-a sobre a saia de vestido.

Liliam viu-se acuada entre a porta da carruagem e o lorde, pelo visto não poderia escapar dele tão logo quando gostaria. 



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