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História Meu Monstro de Estimação - Em Hiatus - Capítulo 10 - História escrita por DayWing - Spirit Fanfics e Histórias
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História Meu Monstro de Estimação - Em Hiatus - Capítulo 10


Escrita por: DayWing

Capítulo 10 - Capítulo 10


A sacola de remédios deslizou da minha mão para o chão involuntariamente assim que os vi. O som do impacto chamou a atenção deles para onde eu estava e eles me olharam com os olhos arregalados de susto.

Tenho certeza que parecia uma idiota parada em frente a porta com a boca aberta. Mas eu não pude evitar. Que outra reação uma garota deveria ter ao descobrir uma traição? Sair quebrando tudo como uma louca e pedir para alguém filmar e postar no Facebook? Certo, é uma boa ideia. Eu faria isso, mas ninguém me daria razão, porque Ashido não era meu namorado, nunca tinha sido. Então, tecnicamente, pegar ele beijando a Riruka na casa dela não era traição se você pensasse nas classificações de traições existentes. Mas ela era minha amiga e ele era meu amigo. Ela sabia que eu gostava dele e mesmo assim não me disse nada. Eu tinha o direito de me sentir traída? Não. Eu não tinha. Ashido e eu estávamos afastados e Riruka não tinha encontrado a oportunidade para me contar. Era isso, não era?

Tentei sorrir para não parecer tão patética quanto já parecia, mas não consegui.

— Rukia eu, nós-

— Há quanto tempo? — Eu queria dizer para ele "tudo bem, somos amigos", "não se preocupe", mas minha mente falou por mim ao invés disso.

Ashido olhou para Riruka deitada na cama também surpresa como se pedisse coragem para falar.

— Há quanto tempo?! — gritei olhando para os dois. — Faz tanto tempo assim?

— Dois meses

— Meses?

Uma única lágrima desceu do meu olho direito e comecei a chorar.

Chorar de verdade explodindo toda a mágoa contida dentro de mim, lágrimas deslizaram incontroláveis dos meus olhos molhando todo o meu rosto. Patético. Eu sabia que era uma cena horrível de se ver. Não queria expor tanto os meus sentimentos, mas o que eu podia fazer?

Ashido se aproximou tentando me segurar e eu me afastei.

— Nós íamos te contar. Na noite do seu acidente. Mas você se declarou pra mim aquele dia. Você fugiu.

— Por isso você disse aquilo na frente de todo mundo, por que sua namorada estava na platéia? Se você tivesse me contado eu nunca… Tudo bem. Você não tem culpa disso. — limpei as lágrimas com as costas da mão engolindo o choro e olhei para Riruka. — Mas você tem. Eu falei com você muitas vezes sobre o que eu pretendia fazer aquela noite. Eu pedi conselhos sobre o Ashido e você me deu conselhos como se não fosse do seu namorado que estávamos falando. Você disse pra eu insistir nele.

— Não foi a minha intenção. Eu não queria magoar você e o Ashido, ele… Estava esperando o melhor momento e me pediu pra esperar.

— Ah, claro. Enquanto a idiota era enganada por vocês dois! Dois meses, Ashido. Você era o meu melhor amigo naquele tempo, por que não me disse? Eu teria te apoiado de verdade. Juro que teria.

— Eu sei que teria, mas eu sabia como você se sentia por mim.

— Sabia? — sorri me sentindo a maior idiota de todos os tempos. — Isso deve ser engraçado pra vocês dois.

— Não, não é engraçado. Mas você é tão sensível a esse tipo de coisa. Eu tive medo de perder você, a nossa amizade. Nós tivemos.

— Que amizade? — me aproximei olhando friamente nos olhos dele — Falsidade e amizade são conceitos diferentes. Eu fui sua amiga. — Olhei rapidamente para Riruka — de vocês dois. E você sabia que eu gostava de você e não me disse nada. Ela sabia que eu gostava de você e não me disse nada. Porque não confiaram em mim. Isso não é amizade. Se for para vocês, então eu tenho pena dos seus amigos.

— Rukia-

— Sabe o que me deixa realmente triste? É que quando eu tentar lembrar dos momentos bons que passamos, eles serão ofuscados por este momento em que eu descobri que nosso tempo juntos não significou nada pra nenhum de vocês.

Eles tentaram falar mais alguma coisa, mas não dei ouvidos. Saí pela porta quase correndo sem olhar para trás. Eu não sabia se estava certa em tudo, mas me sentia traída. Se fossem semanas, tudo bem, eu aceitaria que não houve oportunidade de conversar comigo esse último mês. Tanta coisa aconteceu, eu teria compreendido isso. Mas dois meses era tempo demais. Há dois meses atrás Ashido e eu saímos juntos todo fim de semana com algum grupo de "amigos" mais velhos dele. Éramos unha e carne. E Riruka, eu falava tudo pra ela sobre ele, como me sentia, as coisas que tinha feito pra tentar me aproximar e como ele parecia corresponder algumas investidas. Então, como eu poderia me sentir bem diante dessa união?

Eu estava tão cansada e deprimida ultimamente, agora meu humor parecia piorar. O mais revelador de tudo isso era que eu não me importava que Ashido estava namorando. Meus sentimentos por ele pareciam ter desaparecido. Antes acreditei que não podia viver sem ele, mas estávamos separados a tanto tempo que dizer adeus agora só me deixava triste pela forma como aconteceu e não porque tinha acontecido.

Ichigo estava parado no fim da escada com os braços cruzados. Pela expressão em seu rosto, sabia que tinha ouvido tudo. Ele estava preocupado comigo? Eu sorri. Há trinta minutos atrás achava que ele não tinha sentimentos. Agora ver seus olhos brilharem de preocupação era fofo.

Quando o alcancei alguns degraus próximo a ele, ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas antes que algum som saísse, eu o beijei.

Ele estava um pouco tenso no início, seu corpo parado enquanto as minhas mãos estavam ao redor do pescoço dele. Felizmente ele abriu os lábios um pouco depois permitindo que eu continuasse. A boca dele era macia, ele se movia sobre mim com uma precisão excitante enquanto eu apenas copiava os seus movimentos. Honestamente não imaginei que ele fosse corresponder a minha investida, agora suas mãos estavam uma em cada lado do meu rosto, enquanto seu polegar direito roçava na minha bochecha. 

— Eu sinto muito, eu- 

Eu não sabia o que dizer quando nos separamos. Eu estava um pouco confusa, na verdade, sem saber o porque tinha feito o que fiz. Talvez num âmago de desespero enquanto me sentia um completo lixo indesejável, ver o Ichigo preocupado comigo de repente me fez querer beijá-lo. Era isso, não era? Não tinha nenhuma outra motivação além dessa.

Eu só queria esquecer esse dia, eu só queria esquecer o Ashido e a Riruka, eu me entregaria completamente ao Ichigo se isso me fizesse esquecê-los. 

Eu me aproximei novamente dele, minha mão esquerda ainda presa em sua nuca, nossos lábios próximos de um ósculo, quando ele resolveu dizer a primeira palavras em minutos. 

— Você tem certeza disso? 

Qual era a implicação daquelas palavras, afinal? Certeza de que? De que eu queria beijá-lo? De que eu queria usá-lo para esquecer toda a angústia que começou quando Hisana morreu? Existe um risco em ficar beijando um monstro. Você pode acabar se apaixonando por ele, era isso o que ele queria dizer? Ou talvez ele implicasse que era isso o que eu tinha feito com Ashido. Feito dele a minha válvula de escape, como estava fazendo com ele agora, e tinha confundido isso com amor e não conseguia mais voltar atrás. Se eu usasse o Ichigo demais, no futuro ele se tornaria um elemento do qual eu não saberia viver sem, como o Ashido era?

Eu sabia que Ichigo estava dentro da minha mente nesse momento, porque ele me beijou, como se dissesse que me daria tudo o que eu pedisse, portanto que eu assumisse os riscos. E eu me afastei dele ao perceber o que ele estava fazendo. Ele tinha uma forma nada convencional de me mostrar que eu estava sendo uma idiota. 

Ele era um monstro imortal. Ele não tinha sentimentos. E eu estava cheia de mágoas para distinguir entre o que eu queria realmente fazer e o que eu estava fazendo para me desligar do mundo.

— Parece que você não tem certeza. 

— Honestamente, você já amou alguém alguma vez na vida?

As sobrancelhas dele se arquearam

Nós ainda estávamos muito próximos, como eu estava alguns degraus acima, eu estava um centímetro mais alta do que ele. De onde eu estava de pé, com as mãos envolta do pescoço dele, eu podia ver o meu reflexo em seus olhos castanhos, nossos narizes estavam quase encostados um no outro e eu podia sentir a respiração dele na minha boca. 

— Você já? 

Deixei as minhas mãos caírem do pescoço dele ao mesmo tempo que a mão direita que segurava a minha cintura deslizou para longe do meu alcance. Nós acabamos por nos afastar gradualmente.

— A minha irmã. 

Ele sorriu para mim enquanto começamos a caminhar.

— Boa resposta
 


Notas Finais


Esse capítulo foi editado. Toda a parte shit de antes foi retirada, sinceramente eu senti que aquela cena estragou toda a história para mim. Agora eu pretendo continuar essa fanfic tendo em mente que aquela cena nunca aconteceu.


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