Madri, Espanha.
O sol da manhã brilhava intensamente. Penetrava as finas cortinas, iluminando todo o cômodo. Despertei com um delicioso aroma de fragrância de rosas. Estiquei os braços, tateei o colchão que estava vazio. Abri os olhos lentamente e vi Marcelo se arrumando em frente ao espelho. Um sorrisinho surgiu em meus lábios quando lembrei que fizemos amor por horas.
— Bom dia, dorminhoco! — ele sorriu.
— Bom dia, meu amor. Dormiu bem? — bocejei e cocei a área dos olhos.
— Foi a melhor noite da minha vida, adormecemos agarradinhos.
— Eu não sabia que você é vaidoso — falei em voz rouca, ainda entrelaçado ao cobertor macio e perfumado.
— Não conhece mais o seu namo... — ele cortou a frase, abaixou a cabeça. Foi até uma mesinha onde estava o celular.
— Meu Deus, são várias ligações perdidas de Clarice. Depois que arrumar toda essa bagunça tenho que voltar para casa às pressas — disse juntando embalagens de guloseimas e roupas pelo quarto.
Relutante, levantei da cama, vesti minhas roupas que estavam espalhadas pelo chão. Caminhei lentamente até Marcelo e abracei ele por trás.
— Não tem problema se você me chamar de namorado. Agora somos um casal, não é mesmo?
— Não sei, Cristiano! Você é casado e eu também, temos que resolver isso com cautela — Marcelo se afastou. Sentou-se à beira da cama enquanto coçava os cabelos sedosos demonstrando insegurança e fúria.
— Você ama ela, certo? Se sente inseguro em relação ao no romance? — fitei os olhos dele. Fiz expressão séria.
— Tento, mas eu sou louco por você — sorriu fraco mexendo a aliança no dedo. Ficamos nos encarando por alguns segundos. Dei um beijo rápido e simbólico.
— Bom, agora vou preparar algo para você comer. Não vá sair daqui de estômago vazio — levantou e foi até a cozinha americana.
— Você parece minha mãe falando! — comentei e ele revirou os olhos.
Me sentei ao balcão. observava ele se mover de um lado para o outro, procurando por ingredientes no armário.
— Que tal marcarmos um encontro, tudo bem romântico, com direito à flores e bombons? — Marcelo suspirou e se moveu até a geladeira para pegar ovos e leite.
— Hmm, eu também não sabia que você gosta de receber flores e chocolates.
O jeito delicado de Marcelo me fascinava. Ele possuía atitudes meigas capaz de conquistar a qualquer um.
— Agora você é o meu homem, deveria saber de tudo que gosto — lançou um sorrisinho provocativo.
— Quero fazer algo especial, tudo dedicado à você, meu moreno, mas só quando eu voltar aqui.
— Não vejo a hora de me tornar inteiramente seu — Marcelo selou meus lábios e serviu o café da manhã.
Como eu poderia negar um pedido desses? Um encontro romântico seria um momento ideal para pedir ele em namoro. Cogitei passar um tempo em uma praia ou até mesmo em um sítio. Queria ficar ao lado dele, observando as estrelas até o amanhecer.
— São onze horas, Cristiano! Sua esposa vai lhe matar! — ele disse.
Bebi o restante do leite, corri até o espelho para ajeitar o cabeloe me perfumei - costumava sair com um pequeno frasco no bolso da calça. Afinal, ele adorava o meu cheiro.
— Não acredito!
— O que foi, Cris? — perguntou erguendo uma das sobrancelhas.
— Como um aroma delicado das rosas pode tão poderoso quanto a um perfume amadeirado e forte como o meu? — falei esfregando as mãos no pescoço.
— Não subestime o poder das flores — Marcelo ria do meu desespero. Não pude deixar de rir do jeito gracioso dele.
— Vá logo, você vai se atrasar. Mas antes, só deixo você ir se me beijar — entrelaçou minha cintura e beijou meu pescoço.
— Acha mesmo que vou sair sem provar o gosto doce de sua boca? — beijei os lábios dele suavemente.
— Te encontro no aeroporto?
— Sim, mas não se atrase. Agora tenho que ir, tchau pequeno! — fechei a porta e ouvi inaudível um "tchau".
[♥]
Apressado, retornei à mansão pela porta dos fundos e dei de cara com minha mãe fazendo um chá com um odor terrível.
— Cristiano, onde você estava? Sua esposa ficou muito preocupada com você! — ela falou.
— Eu estava na casa de um amigo e... — Georgina entrou na cozinha e interrompeu.
— Posso saber o por quê que você demorou tanto na casa desse amigo? Bastava um telefonema e pronto! — vociferou a Georgina.
— Bebemos muito e decidi dormir na casa dele, me perdoe por não ter te avisado.
Se ela soubesse que eu estava na cama satisfazendo um homem, me mataria.
— Você está com aroma de perfume feminino — ela me encarou com olhos semicerrados.
— Calma, é o perfume do Marcelo. Ele costuma usar fragrâncias adocicadas — ri baixinho.
— Ah, é o Marcelo — ela revirou os olhos.
— Onde estão as crianças?
— Cristiano Júnior está se arrumando e os bebês estão na sala de brinquedos — disse a Georgina.
Fui até a sala de brinquedos com Georgina e minha mãe. Quando cheguei, dei de cara com os bebês completamente sujos de tinta e com canetas nas mãos.
— O que é isso? — pergunto. Minha esposa e minha mãe caem na gargalhada. Elas ficavam lindas quando estavam sorridentes, mas não se comparavam ao sorriso do Marcelo.
Minha família unida, feliz e se divertindo. O meu maior pesado era que alguma delas soubessem que me relacionava às escondidas com meu melhor amigo?
[♥]
Cheguei ao aeroporto, fiz check-in e entreguei as bagagens ao despachante. Prossegui até a sala de embarque junto à minha esposa e filhos. Olhei de um lado para o outro e avistei Marcelo chegar apressado.
— Pensei que não viesse se despedir — abracei ele fortemente.
— Vou sentir muitas saudades de você, meu amor! — ele falou baixinho em meu ouvido.
— Eu também, moreno. Mas eu volto para cumprir aquilo que te prometi, fique sossegado! — sorri e ele também.
Ele cumprimentou minha esposa e meus filhos e abaixou a cabeça, fitando o chão com as mãos no bolso. Fiquei de coração partido ao perceber que o Marcelo estava triste por eu ter retornado à Itália.
— Boa viagem à todos. Me dê notícias quando chegar, Cris — Marcelo se despediu e caminhou lentamente até a saída.
— Muito Obrigado. Em breve estarei de volta — agradeci e fiquei observando ele se distanciar a cada passo. Seguimos até o portão de embarque.
Sentei na poltrona macia do avião. O comissário de voo indicava procedimentos de segurança e anunciou a decolagem. A aeronave levantou voo. Eu observava o pôr do sol pela janela e lágrimas dos meus olhos começaram a cair. Nunca deveria ter fechado negócio com a Juventus, fui um completo idiota!
— Cristiano, você está chorando? — Georgina perguntou.
— Não é nada demais. Só estou um pouco emocionado — sequei as lágrimas e disfarcei.
— Você tem andando tão pensativo. Se sente triste com algo? Está insatisfeito com o trabalho?
— Eu estou bem, não se preocupe! — sorri fraco.
Ela me abraçou e encostou a cabeça em meu ombro.
[♥]
Turim, Itália.
Três dias depois...
Cheguei em casa depois de um longo e estressante dia de treino na Juventus. Entrei, fechei a porta e joguei a mochila no sofá. Olhava para os lados estranhando o silêncio - aparentemente, não havia ninguém em cada.
— Georgina? Crianças? — ninguém respondeu.
Subi as escadas, passei pelo corredor olhando cada cômodo - todos estavam vazios. Adentrei meu quarto e encontrei um bilhete debaixo do porta retrato.
" Estou com as crianças na casa da minha irmã. Não se preocupe, volto às seis."
Devolvi o papel ao lugar que estava. Fui até a casa de banho me refrescar. Quando sai, ouvi meu notebook emitir um alerta de chamada de vídeo.
Visualizei e atendi a ligação.
— Veio me atender usando apenas uma toalha de banho? — Marcelo riu do outro lado da tela.
— Palhaço, saí do chuveiro agora.
— Te liguei várias vezes e você não atendeu. Onde estava?
— Eu estava no treino, amor. Já está com saudades? Me ligou doze vezes hoje — falei.
— Estou morrendo de saudades de você. Quero que volte logo! — ele disse fazendo biquinho.
— E onde estão sua esposa e seus filhos? — sorri de lado.
— As crianças estão na escola, minha esposa está na academia e eu estou sozinho.
— Sério? Vamos "brincar" um pouquinho em frente a câmera? — fiz expressão maliciosa.
— O que você está querendo? Quer que eu faça uma dancinha sensual? — Marcelo lançou um olhar sugestivo.
— Adoraria te ver rebolando, mas sem roupa! — mordi os lábios inferiores.
— Português safado! Mas antes, tenho uma coisinha pra você — Marcelo se ausentou e voltou com um objeto rosa na mão.
— Não vai rebolar para o seu macho? Não seja malvado, estou louco pra ver você sem roupas — apertei meu pênis sobre a toalha de banho.
— Farei muito melhor! — ele abaixou a calça moletom. Deitou na cama e levantou as pernas deixando a mostra seu membro enrijecido e entradinha.
Marcelo massageou os testículos, lubrificou os dedos com saliva. Deslizava a mão até as nádegas, introduzindo lentamente o indicador e o médio.
— Aaah, Cris... — gemeu e intensificou as dedadas.
— Quero ouvir seus gemidos, se masturba pra mim — supliquei. Coloquei meu pênis ereto para fora, fiz movimentos de baixo para cima apertando a glande.
— Você me faz ficar todo molhadinho — Marcelo se masturbava e levava os dedos melados até a boca. Saboreou seu próprio fluído.
— Quando eu te encontrar, vou te foder tão gostoso que você jamais vai esquecer.
Ele posicionou a câmera focando em seus fartos glúteos. Pegou o plug anal em cima do criado mudo e umedeceu com lubrificante. Não resisti ao ver Marcelo com os lábios entreabertos e enfiando o consolo naquela bunda redondinha.
— Me sinto tão só, Cris... Agora tenho que me consolar usando brinquedinhos — disse manhoso.
— Meu moreno, eu queria você aqui rebolando no meu colo, bem devagar, até eu gozar feito louco dentro de você — falei entre gemidos e respiração descontrolada.
— Quero sentir
o seu pau dentro do meu cuzinho — Marcelo gemeu delicadamente. Aumentava o ritmo das enterradas.
— M-marcelo, seus gemidos são deliciosos — lancei jatos de gozo melando toda a minha mão.
— Você gostou, amor? Seria muito melhor pessoalmente, mas você está distante — Marcelo disse ofegante.
— Eu não sabia que você guardava um brinquedinho desses em casa. Pode ser perigoso, não? Alguém pode encontrar — me encostei na cabeceira da cama e passei os dedos pelo cabelo.
— Hmm, Clarice nunca vai encontrar, ele está aqui guardado há um tempo, eu usava isso pensando em você — ele riu maliciosamente.
— Você é safado e gostoso! Bom, agora tenho que sair, minha esposa chega daqui a dez minutos.
— Ok, mas não se esqueça de mim. Estou louco para ficar com você novamente. Até depois, amor.
— Até, meu pequeno — encerrei a vídeo chamada e levantei para me vestir.
[♥]
Alguns dias depois...
Finalmente era sábado, meu dia predileto, mas não naquele momento. Pois estava há dias sem notícias do Marcelo. Eu ligava várias vezes, mas ele atendia minhas ligações. Nem sequer respondia minhas mensagens.
Ocioso, levantei da cama e fui até a janela para observar o sol nascer no horizonte - era mais um dia comum. Fiz minha higiene matinal, desci para fazer minha refeição e encontrei Georgina preparando o café.
— Bom dia, papai! — Cristiano Jr. cumprimentou.
— Bom dia, meu herói! — afaguei os cabelos dele.
— Acordou tão cedo, amor! Fiz panquecas, aceita? — Georgina servia o café.
— Sim, meu bem. Farei uma caminhada no quarteirão daqui a meia hora. Eu aceito porque estou morrendo de fome.
Meu celular emitiu um alerta. Abri a rede social e visualizei a notificação.
— Isso não pode ser verdadeiro! — senti um nó no estômago. Soquei a mesa e levantei bruscamente.
James havia postado uma foto intima ao lado do Marcelo com direito à declarações e juras de amor. Imaginei que este estivesse brincando com meus sentimentos me traindo com outro.
[♥]
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.