"Me odeiem a vontade, seus merdas"
— A gente já chegou?
Genos recebeu uma ligação da Associação de Herói que chamou ele pra ir atrás de uns monstro do mar.
— Chegaremos em breve. Mas não estou conseguindo captar a localização. Irei na frente para descobrir onde é e depois entro em contato com o senhor.
— Ei, 'pera'! — ele já tinha ido. Maldito lata-velha nunca me espera!
Vaguei pela cidade por um bom tempo. Sinceramente, eu estava perdido. Eu só queria achar o robocop e voltar pra casa.
"Está chovendo... Será que o Genos vai ficar bem?"
No caminho, acabei achando um herói de bicicleta. Ele me disse que estava indo pro lugar onde estava o bixo do mar e me ofereceu carona. Conversamos um pouco e um cara peladão apareceu. Procurei por ele, mas nada. No fim, o ciclista se mandou e esqueceu o celular na chuva. Estava tocando, então não pifou com a água.
— Alô, é você, Mumen Rider? Onde você está? — o cara do outro lado da linha fala — Você não é páreo para ele. Ele derrotou um Classe S !
" O quê? Classe S?"
[ . . . ]
— Você lutou 'benzão', carinha — falo baixo pro ciclista em meus braços, sabendo que ele não estava me ouvindo.
— Ah, não. Mais lixo pra me irritar! — ignorei o que o peixe mal-encarado disse e me abaixei pra colocar o ciclista no chão.
Ao olhar pra frente, vejo Genos. Ele não parecia bem. Por um momento cheguei até a pensar que estava morto.
— Caralho, Genos! Você ainda tá vivo, cara???
— Sen... Sei... — ele fala com a voz rouca, mas eu me senti aliviado.
— Fica 'de boas' aí, rapidão. Vou dar uma surra nessa sushi feio primeiro.
— Eu ouvi isso!!! — o sushi feioso me bateu na cabeça. Eu o encaro irritado.
"Como você ousa fazer isso com o Genos?"
— Você parece ser diferente dos outros lixos que lutei até agora. Nada mal em suportar o meu soco.
— Não, man. Seu soco que foi muito fraco.
— Eu sou o Rei do Povo do Mar. O Rei do Oceano! A fonte da vida, a mãe de todo esse mundo ingrato. Então, já que eu sou o rei supremo do oceano, isso significa que eu sou o supremo rei do mundo! É isso que vo-
— Tá, tá. Meus belos foda-ses. Bora acabar com isso logo — coço minha orelha, desinteressado.
Então o bixo vem me dar um soco direto na cara. Mas antes de me atingir, eu o lhe dei um soco que atravessou seu corpo. E o bixo derrete no chão.
[ . . . ]
— Seu muleque idiota. Você só me trás preocupação! — falei pro Genos enquanto eu o carregava de baixo do braço.
— Sinto muitíssimo... Sensei — Genos responde praticamente em um suspiro — O senhor... se preocupa comigo? — falava em pausas, baixo, em um tom cansado.
— Que pergunta idiota. Por que você tá me perguntando isso?
— Sempre pensei... que eu era insignificante... ao senhor... — ele falou meio... Triste?
"No começo, era isso mesmo. Você era insignificante para mim... Mas agora..."
— ... Você é meu amigo, Genos. É claro que eu me preocupo com você.
— E-então... Pode me dar um abraço?
Eu parei de andar por um instante.
— Pra quê um abraço?
— Sensei é.. a primeira pessoa que diz ser minha... amiga há muito tempo... — eu senti um tom de constrangimento na sua voz.
"Genos... Você não é só meu amigo..."
"É o melhor amigo que eu já tive".
Então eu o levanto e o junto ao meu corpo. Seu corpo estava tão frágil, então só o "escorava" em mim, com uma mão segurando em suas costelas e outra na sua nuca. Ele estava sem os braços, então não podia "retribuir" o abraço, mas seu rosto se afundou em meu pescoço, dando a entender que ele também me abraçava.
— Obrigado, Sensei.
— Não tem o que agradecer.
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