xxx Segunda Feira xxxx
Hinata Shoyou
Talvez tudo tenha acontecido muito rápido entre mim e Kageyama, sua mãe não reagiu nada bem ao relacionamento homossexual que temos, realmente me senti desconfortável em meio a discussão deles, eu comentei para minha uma vez que estava saindo com um cara, ela não desaprovou, mas também não aprovou.
No Colégio não vi Kageyama, nem no treino, ele havia faltado em ambos. Mandei mensagens perguntando sobre a discussão com sua mãe, se ele estava bem e porquê não foi para a escola no entanto a mensagem não foi entregue.
No dia seguinte Kageyama não foi para a escola também, eu esperei, quarta, quinta e nada de Tobio aparecer e nem responder as minhas mensagens. Decidi ir na casa dele mesmo sua mãe podendo me expulsar da porta de sua casa.
Peguei minha bicicleta e fui até a casa de Kageyama, respirei fundo e toquei a campainha.
-Pois não? Ah é você pequeno Hinata!- Atendeu o pai de Kageyama, dei graças de não ser sua mãe, ao contrário dela, ele não parecia me odiar e até parecia dar apoio as escolhas do filho.
-E-Eu queria falar com o Kageyama se possível..
-Ele saiu viajar com a mãe, não sei quando volta pequeno... minha mulher ficou de ligar.
-Oh! compreendo... obrigado! -. Disse sorrindo e me despendindo.
"Viajou? Como assim? Pra onde? Porquê? Quando ele volta? Porque não responde minhas mensagens? ". Pensei.
A verdade é q fiquei 3 semanas tentando ter algum contato com Kageyama e nada... O motivo dele ir embora era... eu?
Eu não tinha respostas. Eu não sabia oque fazer. Eu ja estava sem forças para procurar qualquer resposta, como ninguém tem contato com ele? Nem o próprio pai? Algo não está certo nessa história.
O tempo passou, e eu estava nas ferias do Colégio. Exatamente um mês que eu não o via, eu amava Tobio, mas não estávamos namorando.. ele era livre para fazer oque quiser sem precisar me dar satisfações... Tobio? Eu não tenho mais intimidade nenhuma para chama-lo pelo nome.
Tinham muitos olheiros em cima de mim, já que eu continuava a jogar pelo Karasuno, mas eu não queria deixar a cidade e correr o risco de Kageyama votar. "Por que ainda me importo se ele irá voltar?". Pensei.
Logo as férias se foram, eu arranjei um trabalhinho de meio período em uma lojinha, a dona era amiga de minha mãe.
As aulas ja tinham inciado a uma semana, na sala eu basicamente ficava encrando a janela e os pássaros que voavam no céu, eu estava distraído o tempo todo. No treino durante a tarde notei que os garotos evitavam falar sobre o Kageyama a qualquer custo perto de mim.
Meu treino acabou as 17horas, a lojinha era perto, 15 minutinhos caminhando e eu chegava. Não teve nada de interessante no trabalho também. "PUXA VIXA QUE DIA HORRÍVEL". Pensei.
Sempre após meu trabalho que acabava as 21 horas eu pegava o trem para voltar para casa, por ser mais rápido e também por eu estar cansado para voltar de bicicleta. Eu não sabia, mas mesmo eu sendo tão enérgico estudar, trabalhar e treinar cansam muito. As dores no corpo aumentaram, porém eu não cresci quase nada, se cheguei a 1,66 foi muito.
Como de costume estava na estação esperando meu trem, quando vi um rapaz alto vindo em minha direção... Ele tinha cabelos negros... Olhos azuis.. escuros? Meus olhos se arregalaram na mesma hora. Meu corpo tremeu.
-Não pode ser... é você? -. Disse em um tom sussurro enquanto o jovem se aproximava. Eu estava boquiaberto.
Eu tinha certeza, aquele homem era Kageyama Tobio.
-Ka-Ka-Kageyama é você mesmo!-. Disse enquanto escondia minhas mãos trêmulas.
-Sou eu mesmo, Hinata-. Disse normalmente.
-Vo-Você cresceu mais um pouquinho vejo.
-Você continua o mesmo tampinha- Disse afagando meus cabelos e sorrindo.
Eu olhava para o chão, após tanto tempo o toque de Kageyama era o mesmo. Eu estava quase chorando, não sabia se era felcididade ou raiva. "Como ele pode me deixar por tanto tempo? Como pode voltar como se nada tivesse acontecido? Como ele pode agir de uma forma tão natural? Nem parece que ele sumiu sem me dar qualquer notícia por quase 3 meses! ". Pensei. E então minha cara fechou eu estava puto.
-Vamos voltar juntos hoje,eu pegarei o mesmo trem-. Disse ele apontando para o trem que vinha
-Certo, certo-. Disse bravo e nervoso.
Quando as portas do trem se abriram estava com os assentos lotados, ficamos próximos a porta que entramos, já que desceriamos a duas estações daqui não demorava muito.
A situação estava estranha, fazia tempo que não voltavamos juntos, passaram-se mais de 2 meses, eu avancei na escola, jogava vôlei e trabalhava, mas devo admitir que meus treinos foram difíceis sem ele; Sugawara é um levantador incrível, ele tem a confiança de todos os demais, porém era difícil fazer jogadas super ágeis como eu era acostumado com Kageyama.
"Depois de todo esse tempo ele volta normalmente? Como se a nossa amizade não significasse nada? Parece que aquelas noites antes que ele simplesmente sumisse não significaram nada para ele e nem mesmo meu amor" pensei olhando para o chão, eu estava muito furioso mesmo.
Estavamos lado a lado e senti que ele me encarava de forma fixa com aqueles olhos azuis escuros que eram frios e sérios, corei um pouco.
-Po-poderia parar de me encarar assim?
-Hinata, não seja tão chato..-. E então o trem sacudiu inesperadamente e eu acabei caindo em cima do mesmo. -Finalmente me abraçou baixinho...
-Cale a boca! Foi sem querer, me desculpe.
"Desculpe-nos o infortúnio queridos passageiros, houve uma freaida brusca perante os trilhos "
Seria bom se tivessem avisado antes.
"Droga oque há de errado com minhas pernas! Fiquem firmes! Oque eu estou fazendo tão nervoso assim afinal? Até parece que Kageyama ainda me intimida! Parece que ainda gosto dele... SEM CHANCES! ISSO NÃO É MAIS AMOR!"
Eu estava perdido em meus pensamentos que nem o ouvi me chamar.
-Nata.. Hinata... HINATA!
-OQUE FOI?!
- Nosso ponto ja está perto, pare de pensar tanto ou ficará sozinho no trem.
- Okay, okay...
Odeio admitir mas sua fala calma e séria me incomodam e muito. A maneira como ele sempre foi frio não importa quem e sobre oque, até o invejo um pouco. Já aceitei que eu fui apenas mais um com quem ele já dormiu, mas fala sério, eu cai como um patinho em sua fala.
Ele subiu comigo até uma parte do caminho de minha casa, isso era realmente necessário? Não tínhamos assunto, então voltamos em silêncio.
-Agora vou voltar para minha casa Hinata até amanhã...-. Disse se virando de costas.
-Como você pode?
Ele se manteve em silêncio e de costas.
-KAGEYAMA COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO?
-Hinata eu.. -. Disse se virando.
-CALE A BOCA! COMO VOCÊ PODE VOLTAR A AGIR TÃO NORMALMENTE? OQUE VOCÊ ACHA QUE EU SOU? SEU BRINQUEDO? NÃO PODE VOLTAR MESES DEPOIS COMO SE ESTIVESSE TUDO BEM! SABE QUANTO TEMPO EU PROCUREI POR VOCÊ? SABE QUANTAS VEZES EU FUI NA SUA CASA? SABE O QUANTO ME PREOCUPEI COM VOCÊ?
-Hinata me perdoe eu não pude...
-NÃO! CHEGA KAGEYAMA CHEGA! EU NÃO QUERO OUVIR MAIS NADA DE VOCÊ, EU NÃO QUERO VÊ-LO EM MINHA FRENTE! EU NÃO QUERO VOCÊ PERTO DE MIM!
-HINATA ME ESCUTE POR FAVOR!
Eu me virei para continuar o caminho para casa e ele segurou minha mão porém eu não me virei.
-Me solte, por favor-. Não aguentei e deixei que as lágrimas rolassem pelo rosto. -Kageyama me solte!-. Ele me segurou com as duas mãos.
Me virei para dar um tapa em seu rosto com a mão que estava livre quando notei que caiam algumas lágrimas em seu rosto.
-Eu não posso deixa-lo ir-. Disse ele em um tom rouco.
-Não tem como me impedir de ir... Se quem for embora primeiro é você. Podemos continuar somente amigos se quiser nada além disso. -. Soltei minha mão e caminhei para casa. Evitei olhar para trás, não queria que me visse soluçar ao chorar.
"Kageyama estava chorando e isso me deixou abalado ao ver, na verdade ainda estou, nunca o vi chorar por nada. Mas minha atitude não foi de compaixão com ele, me pergunto o porquê de ele me acompanhar aqui, foi só para discutirmos mais? Seus olhos nunca foram oblíquos como estavam, ele sempre me encaravam fixamente, mas agora a pouco ele olhava para baixo desviando os olhos de mim, seria culpa pelo ato de sumir? ". Pensei já próximo de casa.
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