História Meu Primo -Jeon Jungkook - Beijo

Passaram-se alguns longos minutos, e depois do nosso beijo e da pequena despedida, Jeon não apareceu mais no primeiro andar. Ele ficou o tempo todo lá em cima. Eu também não ousei subir. Min quem subiu para pegar algumas coisas que ficaram lá em cima e já se despediu de Jeon, assim descendo.

Eu e meu irmão nos despedimos de nossos tios e fomos em direção da porta da frente, indo para o nosso carro e assim partindo rumo a nossa casa.

Eu estava triste, mas ao mesmo tempo feliz.

Jeon finalmente me beijou, finalmente eu pude sentir aqueles lábios que eu tanto amo. Finalmente eu posso dizer que Jeon é meu.

Bom... Literalmente falando, ele é meu. Ainda não temos nada concreto, é apenas um começo que estamos tendo.

Eu diria que nós estamos nos conhecendo...

Se bem que a gente já se conhece, e muito! Vivemos juntos a vida toda, sempre soube dos gostos dele e ele dos meus, mas uma parte do relacionamento se consiste em entender e conhecer os gostos um do outro, então eu diria que eu e Jeon estamos nessa parte, na parte de nos conhecermos melhor, mesmo já nos conhecendo o bastante.

Respiro fundo inalando o cheiro do carro e assim dando um último tchau para casa de meus tios e logo assim eu e meu irmão seguimos rumo a nossa casa, de volta a nossa vida.

[...]

Dois meses depois

-Vamos S/n! –Ouço meu irmão me gritar da escada e eu apenas bufo irritada ainda procurando pelo meu celular.

-Calma! Eu preciso achar meu celular! –Eu grito para ele e logo eu sorrio ao encarar meu celular dentro do armário do banheiro de meu quarto.

Eu o pego e volto para o quarto, calçando meu salto preto que estava ao lado da cama. Eu estava vestindo uma calça jeans preta e um bory preto com renda e detalhes em transparência. Assim que eu me vejo pronta, me levanto e vou em direção das escadas, rumando para a sala onde meu irmão se encontrava a minha espera.

-Finalmente! –Ele diz assim que eu o encaro.

Min segura em minha mão e assim eu e ele rumamos até a garagem, adentrando ao nosso carro e indo em direção da estrada, rumo à casa de nossa tia.

Bom... Nesse meio tempo eu posso dizer que houve novidades.

Minha mãe conseguiu fazer o projeto em Vancouver e voltou para casa algumas semanas atrás. Ela ganhou aumento no salário pelo bom desempenho do trabalho e ficou feliz com isso. Ela deu o melhor de si para desenvolver aquilo.

Min. Meu irmão não mudou nada, exceto pela cor de seu cabelo. Ele havia pintado de preto. Estava muito bonito. O loiro que era antes já estava desbotado e então ele decidiu trocar de cor. Ele queria pintar de verde ou algo desse tom, mas mamãe não deixou então ele se contentou com o preto, e curtiu o resultado.

Jungkook eu acho que não mudou muita coisa. Eu não sei ao certo o que ele fez, pois não nos víamos a um bom tempo, mas uma coisa que eu sabia e que estava louca para ver eram as tatuagens que ele havia feito. Ele me disse que tinha feito no braço e na mão, mas quando eu havia pedido foto ele negou dizendo que era para eu ver apenas pessoalmente. Assim eu concordei.

Já comigo eu não mudei muita coisa. Meu cabelo cresceu nesse meio tempo e eu acho que eu continuo a mesma. No físico, eu não mudei nada, resumindo.

Já eu e Jeon estávamos indo bem. Não havíamos contado nada a ninguém. Nós queríamos contar pessoalmente e todos juntos, só que não queremos apressar as coisas. Ele estava muito fofo. Sempre me ligava ou mandava mensagem para saber se eu estava bem, como estava sendo meu dia ou o que eu estava fazendo de bom, e isso me deixava cada vez mais boba por ele.

E agora eu confesso que eu estava feliz em ver que finalmente poderei o rever depois de tanto tempo, e eu estava morrendo de saudades.

Finalmente poderei ficar cara a cara com ele, ver e sentir meu Jeon.

Min já sabia de tudo, eu havia o contado. Apenas ele sabia desse “segredo” que eu e Jeon carregávamos. Jeon disse que gostaria de contar a nossa família quando todos nós estivéssemos reunidos, mas eu não estava pronta, caso esse dia fosse hoje. Por isso, eu queria conversar com ele, para bolarmos um dia mais para frente de nos abrir a nossa família. Por agora eu apenas o queria comigo.

Ah, e sobre o pé, ele está melhor. Ele diz que sente um pouco quando força muito, mas não é incômodo. Ele apenas está tomando cuidado e se precavendo. A costela também melhorou, ele já não sente mais dor e já consegue fazer tudo que fazia antes.

-S/n, dá pra mim!

-Eu já vou dar!

-Eu preciso agora, eu estou com fome!

-Calma merda! Eu já vou dar!

Estico o pedaço de sanduíche que eu estava comendo na boca de Min, que estava no volante. Ele morde um pedaço consideravelmente grande, arrancando metade do meu lanche.

-Ah não! –Eu falo fazendo bico ao ver meu lanche “grande” se tornar um “mini lanche” pelo tamanho da bocada que ele deu no mesmo.

-Isso é pra aprender a me entregar na hora que eu peço. –Ele diz e eu bufo revirando os olhos e mostrando a língua na direção dele.

-Não sou sua empregada! –Eu grito batendo em seu ombro, o fazendo rir.

[...]

-Finalmente. –Eu falo assim que percebo chegarmos à frente da casa de nossa tia.

O Trânsito hoje decidiu não colaborar com a nossa vinda até aqui, mas felizmente chegamos depois de algum tempo.

Eu desço do carro e estico minhas pernas, sentindo elas doloridas pelo tanto de tempo sentada no banco do carro. Sorrio ao finalmente perceber a casa de minha tia. Estava pintada de branco com um tom marrom acompanhando. Antes ela era um pouco desbotada, e eles pintaram, colocando mais cor na residência.

Eu espero Min descer do carro e assim eu e ele seguimos caminho até a porta da frente. Tocando a campainha e esperando sermos atendidos.

-Meu deus, Min! –Minha tia toma um leve susto ao encarar Min, com os cabelos pretos.

-Surpresa. –Ele diz sorrindo e minha tia ri o abraçando.

-Quanto tempo! –Ela fala e me abraça logo em seguida, assim liberando passagem para nós entrarmos.

Eu encaro a sala, percebendo que tudo estava igual, exceto alguns quadros diferentes. Aceno para meu tio que estava descendo as escadas e assim ele se aproxima de mim e de meu irmão, abraçando ambos sorridentes.

-Que bom que chegaram! –Ele diz sorrindo empolgado. –Vamos, estão todos no jardim. –Ele diz e assim minha tia vai à frente, sendo seguida por eu e meu irmão logo atrás.

Chego rente a porta da cozinha e encaro duas pessoas no jardim, reconhecendo ambas. Jeon e minha mãe.

-S/n querida! –Minha mãe diz me lançando um sorriso e eu retribuo, me aproximando e a abraçando.

-Mãe. –Eu falo sorrindo com ela em meus braços.

Ela havia chegado fazia uma semana de Busan, mas não foi pra casa. Ela ficou essas uma semana aqui na casa de minha tia, por isso eu estava com saudades.  

Logo eu me separo de minha mãe, encarando o homem que estava atrás dela. Ele estava sorrindo em minha direção e eu logo abro o maior sorriso que eu poderia dar.

Finalmente eu posso estar junto dele, depois de um tempo. Ele está aqui, na minha frente.

Jeon Jungkook conseguia superar minhas expectativas. Ele estava mais gostoso que o normal. Sua calça jeans preta, deixando visível o volume natural de seu membro e suas coxas torneadas, a camiseta branca visivelmente transparente deixando seus músculos e físico a amostra, as tatuagens, o que dizer das tatuagens? Ele é perfeito. E por último, que me fez rir, o encarando.

Ele estava loiro.  

Eu me aproximo do mesmo e o abraço, sentindo depois de tempos seu cheiro delicioso. Passo minhas mãos em seu cabelo, percebendo a maciez do mesmo e logo inalo mais fundo seu pescoço, sentindo o melhor cheiro do mundo. O cheiro natural de Jungkook.

-Como você fez falta. –Ele diz depois de um silêncio confortável entre nós, e eu sorrio.

-Você está perfeito. –Eu digo encarando cada canto de seu rosto. –Eu senti saudades. –Eu digo sorrindo para ele, que me acompanha no mesmo ato.

-Você está linda. –Ele diz me encarando dos pés a cabeça, sem disfarçar os olhares, e sorri com as mãos em minha cintura e me abraça novamente. –Muito linda.

-Obrigada. –Eu digo timidamente e sorrio ainda mais.

Eu não conseguia tirar o sorriso do rosto. Ele está na minha frente!

-Vejo que estavam com saudades um do outro. –Ouço uma voz e me viro, encarando meu tio sorrindo para eu e Jeon.

-Claro que eu estava com saudades pai. Ela quem cuidou de mim depois do acidente, estou agradecendo e mostrando que eu já consigo carregar ela no colo. –Jeon diz diretamente ao seu pai sorrindo, e eu faço o mesmo, achando a situação engraçada.

Ele não estava me agradecendo, ele estava me elogiando.

-Vamos comer, a comida está pronta e eu estou curioso com a novidade que Jeon tem a contar. –Meu tio diz se afastando e assim que volto a encarar Jeon, pegando em sua mão e o puxando para dentro de casa, subindo as escadas e indo em direção do mesmo quartinho que estávamos aquele dia.

-Quer repetir o momento? –Ele diz esfregando suas mãos em animação ao entrar no quartinho que parecia ainda menor. –Dessa vez eu prometo te beijar. –Ele lambe os lábios e se aproxima, agarrando minha cintura e eu apenas coloco minhas mãos ao seu peito, e ele me encara.

-Eu quero conversar. –Eu digo e ele assente, mas não retira as mãos de minha cintura. –A novidade que vai contar não tem nada haver com o nosso relacionamento, não é? –Eu pergunto encarando Jeon a minha frente.

-Não, relaxa. Eu não vou contar nada a ninguém enquanto você não se sentir confortável, é outra coisa. –Ele diz e eu suspiro em alivio.

-Então o que é? –Eu pergunto apoiando meus braços nos ombros de Jeon, sorrindo. Ele ri.

-Não vai me convencer a falar! Saberá na hora certa, junto de todos. –Ele diz e eu faço um bico, que logo é selado pelos lábios de Jeon.

-Ainda estou brava. –Falo e ele sela novamente. –Brava. –Repito e ele sela novamente. –Não. –Mais um selar. –Nadinha. –Repito rindo, mas fecho a cara em seguida e ele ri.

-Então vê se passa agora. –Ele diz e me puxa para perto de seu corpo.

Ele aperta minha cintura com calma, se aproximando cada vez mais, e sopra em meus lábios, logo os selando e pedindo passagem com a língua. Eu cedo à passagem e o acompanho no beijo delicado e cheio de saudades, subindo minhas mãos pelas costas de Jeon e raspando as minhas unhas pelas mesmas, sigo o caminho até os fios ralos de sua nuca acariciando a mesma. Ele aperta a minha cintura e eu chupo a sua língua, o trazendo para mais perto de mim. O beijo tinha sincronia, era gostoso.

Eu termino com alguns selinhos pela falta de ar que se fez presente, mas assim que ambos recuperamos o ar, nós voltamos aos beijos. Eu o sinto lamber meus lábios lentamente e adentrar sua língua devagar em minha boca, assim eu desço devagar os meus braços pelos seus ombros, chegando a sua fina cintura, os deixando ali. Ele sobe uma mão para minha nuca, adentrando seus dedos pelos meus fios e fazendo um carinho naquela região. Eu aperto a barra da camiseta, sentindo meu estômago borbulhar em uma sensação gostosa.

Continuamos com a harmonia e sincronização; não queríamos que aquilo acabasse, mas o ar se fez presente depois de algum tempo e então fomos cessando o beijo aos poucos.

-E agora? Continua brava? –Ele diz assim que nós nos afastamos e eu sorrio em sua direção pela pergunta.

-Se eu disser que não, você me beija de novo? –Eu falo e ele ri, me puxando pela cintura para mais perto de seu corpo e colocando uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha.

Eu pouso minhas mãos em seus fios, agora loiros, e acaricio os mesmos, sentindo a maciez.

-Como eu senti saudade disso. –Ele diz e eu apóio minha cabeça em seu peito, aproveitando o momento e o clima que reinou ali.

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