Catherine De Médici
- Francis não me escuta! Ele vai acabar fazendo alguma loucura pra fazer Mary ser liberada da aliança espanhola, não podemos permitir isso Henry. -
- A Escócia faz fronteira com a Inglaterra, Francis não só teria uma esposa, teria uma Rainha que possui o direito a coroa inglesa, não entendo o porquê disso ser tão ruim pra você, Catherine. -
- Ela constantemente sofre tentivas de assassinato, não ficou em um convento desde que nasceu atoa, os ingleses não deixarão que ela reine tão facilmente, haverá guerra. -
- E por isso uma união com nosso filho seria benéfica, fortaleceria a pretensão dela ao trono inglês. -
- E incitaria uma guerra com a Espanha! Dom Carlos é noivo dela! Isso não pode ser motivado por anseio ao poder ou por causa de um amor ingênuo, não pode acabar com a aliança espanhola sem que haja consequências! -
- Eu me entenderei com a Espanha. - Henry diz por fim e fico sem argumentos, se ele quer essa união, terei mais dificuldades para tornar isso impossível.
Retornando aos meus aposentos, peço a um servos da cozinha, um jovem rapaz de muito boa aparência para vir até meus aposentos, pra que possamos ter uma conversa em particular.
- Eu tenho um serviço pra você, um serviço que acho que irá gostar. -
- Sim, Majestade. -
- Preciso que tire a virgindade de Mary, Rainha dos Escoceses. - Digo já sem rodeios, com receio do jovem ter dificuldades em entender o que deve ser feito de fato.
- Majestade? - Ele me olha com expressão de espanto.
- Claro, você será muito bem recompensado quando o trabalho estiver feito. E para que não haja obstáculos, eu mesma entregarei uma taça de vinho com uma poção que a fará dormir profundamente, e assim, você terá a oportunidade de concluir o trabalho. -
- Como desejar, Majestade. - Ainda tenho dúvidas se o jovem conseguirá concluir tal tarefa, mas mandar um homem mais velho seria cruel demais, até mesmo pra mim. Mary é uma menina ainda, e por mais que seja uma ameaça, merece o mínimo de respeito.
Mary Stuart
- Você veio... - Francis diz ao me ver na beira do lago, e quando o vejo deitado em uma toalha na base de uma árvore, fico deslumbrada. Não sei se é intencional, mas nossos encontros costumam serem os mais românticos possíveis, o que só me faz desejar mais, arriscar mais.
- Disse que era importante. - Digo ao me aproximar.
- Sim, é. Conversei com minha mãe, ela não lhe fará mal, tem a minha palavra. - Ouço ele enquanto me sento ao seu lado, na toalha sobre a grama de verde intenso.
- E por acaso mencionou que me pediu em casamento? - Digo em meio a um sorriso, como se o estivesse desafiando, afinal, a última coisa que quero é desperdiçar esse pôr do sol e esse encontro, relembrando as ameaças de Catherine.
- Não com essas palavras, mas ela sabe o que pretendo. Sabe que irei tentar de tudo para que você seja minha. -
Francis ainda insiste nisso, como se fosse realmente possível acabar com a aliança espanhola.
- Não há nada que possamos fazer, Francis. Dom Carlos chega em alguns dias, e seu plano de humilhá-lo não é nem de longe uma opção, não participarei disso. -
- Será bem mais simples do que isso. Mandaremos uma carta anônima a Dom Carlos, relatando nosso envolvimento, e você terá que confirmar quando ele perguntar. Não se preocupe, não deixarei que ele lhe faça mal, mas se ele se quer tentar fazer algo, já estará acabado, perderá o trono espanhol. -
- Parece que não temos opções que não sejam arriscadas... Se seu nome for mencionado nesta carta, ele tentará algo contra você, Francis. Não podemos deixar que isso envolva você. -
- Como assim, Mary? Quer colocar o nome de quem? -
- De ninguém. A carta é anônima, podemos somente mencionar a perda da minha virgindade, sei que o Rei Filipe não casará o filho com uma mulher sem a certeza de sua pureza, e como Rainha, não tenho a obrigação de me submeter a nenhum exame. -
- Mas, ele pode humilhá-la antes de deixar a corte francesa, Mary. Pode dizer a todos sobre a carta, difamá-la e eu não poderei intervir, porque você nunca admitirá que sou eu, sei que você se preocupa demais comigo, mas eu me preocupo mais com você e por mais que desejemos o fim da aliança, nunca lhe colocarei em perigo. -
Sou literalmente obrigada a interrompê-lo, a beijá-lo em meio a sua palavras, não consigo me conter... Eu o amo. Não deveria e não sei se serei capaz de dizer isso a ele, mas eu o amo, mesmo que não nos casemos, nunca o esquecerei.
Ele dá prosseguimento ao beijo que iniciei e logo sinto uma de suas mãos na minha nuca, me puxando pra mais perto... - Francis... - Digo seu nome com a respiração já ofegante, até que me deito com ele sobre mim.
- Mary... - Ouví-lo dizer meu nome me faz delirar de desejo.
Sentindo distribuir chupões lentos pelo meu pescoço, fazendo com que gemidos baixinhos escapem dentre os meus lábios e fazendo com que eu diga algo que nunca imaginei dizer a um homem que não fosse o meu noivo.
- Se eu me casar com Dom Carlos, nunca mais nos veremos, e não quero viver me lembrando do arrependimento de não ter me entregado a você... Eu quero isso, Francis... Por favor, não pare... - Minha voz é manhosa, não é algo planejado, eu nunca senti tal desejo antes e acho que nunca mais sentirei com tal intensidade, não por outro homem que não seja Francis.
Francis Valois
Nunca imaginei que ela tomaria o controle da situação, não em tão pouco tempo, mas cá estava ela, suplicando por um beijo meu... Literalmente roubando um beijo por não conseguir mais conter o desejo, assim como eu.
Fazendo com que se deite lentamente, não era minha intenção que fizéssemos isso hoje, agora, ela merece mais do que isso, merece velas por todo o quarto e pétalas de rosas na cama, mas não consigo me controlar, não quando é ela quem pede com tanta certeza do que quer.
Uma de minhas mãos desliza pelo corpo dela, por cima de seu vestido, desejando arrancá-lo de vez, rasgá-lo, sem ter que esperar pra abrir seu espartilho. Mas, não posso, não posso fazer isso, por mais que eu vá me odiar depois por tê-la negado.
Sentindo seu seio farto em uma das minhas mãos por cima do tecido do vestido, as pernas dela já estão em volta da minha cintura, só precisava levantar um pouco a saia de seu vestido e... Não, ela é noiva de outro, eu a desviei de seu propósito, do que é certo para seu país, mas não posso tirar sua virgindade, não posso ser tão egoísta a tal ponto, arriscar engravidá-la e fazer com que ela passe por humilhações ainda piores.
- Francis? O que houve? - Ela diz com uma expressão confusa e já me odeio por ter parado.
- Não é assim que quero que aconteça, não é assim que deve ser, Mary... Nossa primeira vez. - Digo enquanto acaricio seu belo rosto, olhando fixamente em seus olhos.
Ela merece mais que o ápice de um momento prazeroso, merece tudo que tenho para lhe oferecer e a certeza de que será a primeira vez de muitas.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.