Capítulo 24
Seria bom se alguma ideia para não ir ao encontro de Bethany brilhasse em minha mente. Mas nada me fazia lembrar, eu teria mesmo que ir.
Eu poderia ir até lá, sufoca-lá com uma almofada até desmaiar, prender os pés e as mãos, coloca-lá em uma caixa de madeira e envia-lá para a outra parte do mundo ou leva-lá para algum lugar sem água e comida aonde ninguém a encontrasse e assim ela iria morrer descansada, mas eu não queria ser preso, porque simplesmente seria fácil de encontrar o assassino e a Bea nunca iria me perdoar.
Parei o carro a alguns metros da casa de Bethany, independente do que poderia vir acontecer eu não deveria ir, mas também não queria prejudicar Bea que estava envolvida nisso, se soubessem que ela andava em uma relação com um professor, as pessoas da escola iriam infernizar a vida dela, ela sempre seria a razão de fofocas e críticas.
Prossegui até a casa de Bethany, toquei a campainha e não demorou muito para me atender.
Logo a vadia abriu a porta, olhei-a de cima a baixo, a maquiagem estava bem destacada, baixei meu olhar para o vestido que tinha um enorme decote, para os peitos que não eram grandes, olhei para suas pernas, o vestido chegava até a coxa, e por sinal era bastante chamativo.
E com essa observação que eu me lembrei dos meus ''momentos'' com Bea, e o que eu estava fazendo aqui?
O corpo de Bea não era nada comparado com o de Bethany, o corpo de Bea era único, aqueles lábios grossos que eu era viciado em beijar, aquela bunda grande que eu gostava de dar umas palmadas e aquela perna grossa que dá vontade de apertar.
Já Bethany era de rosto e corpo defeituoso, não era muito alta, cara redonda, os olhos pareciam muito arregalados, quando se está perto dela, dava a sensação que seus olhos estavam mais para fora do que para dentro.
Pensar na Bea roubou por completo toda a minha atenção, só acordei quando senti alguém me puxando pela nuca e tomando meus lábios, demorei alguns segundos para ceder, mas cedi.
Num movimento rápido, ela me puxou rapidamente para dentro e fechou a porta, ela me beijava feito uma esfomeada, até parecia que sugava meus dentes e devorava minha lingua, eu me sentia sufocado, tentava afastar-me um pouco mas ela me agarrou com força no meu casaco.
Senti ser empurrado contra algo que não consegui o que era, mas logo conclui que deveria ser um sofá.
A vadia caiu em cima de mim, me beijando, suas mãos tiraram meu casaco e logo desbotar minha camisa de xadrez.
A cada momento que passava e quanto mais sentia suborno, eu apetecia em desistir desse contrato feito por chantagem.
- Eu sempre quis ter você assim. – ela disse respirando forte, me beijando o pescoço.
[...]
- Bea! - sussurrei.
- BEA?! – Bethania deu um grito de espanto me olhando severa.- Você está comigo como é possível que você esteja pensando nela? – ela disse.- Você deve querer que eu fale para todo mundo do seu caso com uma aluna.-ameaçou.
- Não faz isso eu me deixei levar, acho que algo em você me fez lembrar ela. – tentei acalma-la.
- Então me beija, faz tudo o que faz nela para me deixar mais louca do que me deixa.– ela disse voltando a passar sua boca que estavam em minha boca para meu peito.
Simplesmente eu não conseguia me mexer.
[...]
Corri para meu carro me sentindo nojento por ter o sebo daquela besta da Bethany.
Entrei no carro, dirigi em alta velocidade e tomei um banho demorado quando cheguei em casa...
Precisava tirar toda aquela saliva peganhenta do meu corpo, vesti apenas uma boxer cai na cama adormecendo a vadia tinha me deixado cansado de tanto que ela se mexia em cima de mim.
[...]
Desta vez o que me acordou foi o toque do celular.
Olhei a tela e eram os "detetives", atendi:
- Bom dia. – falei. - Já tem notícias da minha aluna Bea? – perguntei.
- Bom dia Sr.Malik, infelizmente não.- falou.
Senti-me triste, senti-me enraivecido, senti todos os sentimentos piores ao mesmo tempo.
Precisava de encontrar Bea,mesmo sozinho.
Senti-me determinado a fazê-lo, sentia toda a força sobre mim para o fazer.
-Tem alguma pista pelo menos? – perguntei com esperança.
- Não. - mais uma resposta negativa, esses peritos não prestam para nada.
Desliguei na cara dos detectives, e atirei com o celular para cima da cama.
Fiz minha higiene matinal, vesti-me,desci para a cozinha fiz meu café, com torrada de manteiga.
[...]
Faltavam três minutos para começar a aula teórica.
Fiquei pensado esse tempo onde Louis poderia ter levado Bea.
Tocou o sinal, peguei um maço de folhas que seria para entregar aos alunos e fui para aula. Andrew estava já a porta junto com os outros colegas.
Eu me iria mostrar preocupado perante ele por Louis estar faltando, talvez ele soubesse algo e se deixasse descair e me falasse.
Eles entraram, se sentaram, fizeram o barulho infernal de sempre, mas bati com as folhas na mesa e eles colocaram uma postura educada e o barulho desapareceu.
Comecei escrevendo um tipo de sumário de alguns itens que iríamos falar na aula.
- Amanhã iremos fazer aula prática, não se esqueçam de trazer o que é necessário. – alertei-os.
Todos começaram a copiar, logo depois comecei dando matéria.
A aula acabou, fiz sinal para Andrew vir até mim.
- Andrew, Louis está bem? – questionei. - Reparei que ele tem faltado as aulas.
- Eu não sei professor Malik, mas hoje nós vamos nos encontrar.
- Está bem... – disse.
Ele saiu da sala e eu fiz o mesmo.
Fui para a sala de professores largar umas folha que tinham sobrado e dirigi me a secretaria.
- Olá! – saudei a mulher que estava na secretária trabalhando no computador. - Eu gostaria de ver o horário do curso de massagens da turma B. – fiz o pedido e ela assentiu, pegou numa capa grande que era azul escuro e procurou, e nem demorou muito para encontrar.
Observei com atenção, a turma B só teria aulas até meio da tarde, ótimo para mim que tinha a tarde toda livre sem aulas e reuniões.
Eu irei seguir Andrew, sem ele perceber, até ele se encontrar com Louis e aí eu seguiria Louis e ele me levaria até Bea.
Ótimo plano não é?
(Ah ha) What's wrong with being, what's wrong with being
What's wrong with being confident? (Ah ha)
What's wrong with being, what's wrong with being
What's wrong with being confident? (Ah ha)
Confident - Demi Lovato