História Meu querido chefe (Jikook) - Nada será como antes

PARK JIMIN

Depois de um dia exaustivo com várias reuniões, vídeo conferências, análises de investimentos e ter que olhar para a cara do meu assistente sempre lembrando do que fizemos noite passada finalmente vou para casa tentar descansar, mas ao invés disso decidi passar na casa do meu pai. Afinal ele foi o causador de tudo isso. Bati na em sua porta, o mesmo estava de roupão, chinelos e um copo de whisky nas mãos. Entrei e  me sentei no sofá. Ele parecia preocupado.

Pai: E então filho? O que aconteceu?

Jm: Não se preocupa, o Jeon não vai te denunciar.

Pai: Então você e ele…?

Jm: É pai, a gente transou, satisfeito? Tive que fazer isso por você, só de me lembrar tenho vontade de me matar, melhor matar o senhor e aquele desgraçado do Jeon.

Pai: Não deve ter sido tão ruim assim.- fala sério, meu pai é louco e eu não sabia.- Obrigado meu filho.

Jm: Não vou nem falar nada. Eu repus o dinheiro que você desviou, por isso nem pense em tirar dinheiro da empresa.- o alertei.

Pai: Claro, eu não vou fazer, mas esse tal assistente, ele gosta de você ou o que?

Jm: Claro que não, ele é só um pervertido que quis se aproveitar.  Aposto que deve estar rindo da minha cara nesse momento.

Pai: E você gosta dele?- sério, qual o problema do meu pai?

Jm: NÃO. Eu não gosto de homens e sou casado.

Pai: Filho, você e eu sabemos que não ama a Seulgi. Os dois foram forçados a casar muito jovens e eu me arrependo por ter feito isso.

Jm: Você vem me falar isso agora? Tarde demais. Nós já estamos casados não dá para voltar atrás.

Pai: Jimin, o divórcio é uma opção.

Jm: Não posso fazer isso com a Seulgi, mesmo não amando, eu gosto dela como uma amiga, não quero que ela sofra.

Pai: Você que sabe. É minha culpa você estar casado sem amor. Perdão, meu filho.

Jm: Não tenho mágoas. Você fez o que achou que era melhor pra mim.- Não queria que ele se sentisse culpado.

Pai: Posso perguntar uma coisa?

Jm: Claro, pai.

Pai: Seja sincero.- ele engoliu em seco e me olhou por alguns segundos tão sério.- Você foi o ativo ou passivo?

Jm: Que merda, pai! Qual o teu problema? A velhice está te fazendo mal.

Pai: Foi o passivo, sabia. Mas uma dica… o melhor jeito é das duas formas. O prazer é em dobro. Da próxima tenta ser o ativo.

Aquilo era tão ridículo que eu estava sem palavras.

Jm: Onde ser passivo é bom?- ele me olhou pervertido.- Ter um cara… outro homem te fodendo até dizer chega. Isso é uma merda.

Pai: Você não sabe mentir, Jimin. Sempre foi sincero demais. Você gostou, não é?- eu fiquei mudo.

Jm: E você? Como pode afirmar com todas as letras que transar com outro homem  é prazeroso?- desviei da pergunta dele, não queria admitir que gostei de ir pra cama com o Jeon.

Pai: Simplesmente porque eu já experimentei.

Jm: COMO É QUE É?- arregalei os olhos.

Pai: Eu sou bissexual, Jimin.

Jm: Sério que só me contou isso agora? Com cinquenta e oito anos?- ele deu de ombros.- Isso é demais pra mim. Eu vou pra casa. Minha esposa deve estar me esperando.
 

[...]

Cheguei em casa cansado. Encontrei Seulgi deitada na cama, vestindo uma camisola preta e lendo um livro.

Jm: Estava me esperando?- disse tirando meu terno e gravata.

SL: Sim, querido.- ela veio até mim me beijando, foi impossível não comparar com o beijo do Jeon, são tão diferentes.- Está cansado?

Jm: Não. Só quero ficar com você.

Preciso fazer o teste, preciso confirmar que a noite com Jeon não teve importância nenhuma. Começamos a nos beijar, ela tirou a minha roupa e eu tirei sua camisola. Em geral nós dois nunca tivemos a vida sexual ativa, mas eu tinha que tentar e comprovar que eu sou hétero. Nós transamos, não senti absolutamente nada, também acho que ela fica comigo apenas por ser minha esposa e se sentir obrigada pelo casamento, aquilo foi a prova que não sentimos atração um pelo outro, mas e se for só com ela, eu posso muito bem me satisfazer com outras mulheres, não é? 

Enquanto ela dormia comecei a pensar no Jeon, seu toque, seus beijos, sua pele, como ele me fez sentir desejado. Como sua pegada era forte, como eu fiquei derretido em seus braços ontem à noite. Pela primeira vez comecei a duvidar sobre minha sexualidade, eu posso mesmo gostar de homens e isso está me apavorando, não pelo fato de ser gay, se for mesmo isso, tudo bem. Apesar de ser estranho descobrir sua própria sexualidade com vinte e quatro anos.

O que tenho medo é de estar sentindo algo à mais pelo Jungkook. Até ontem ele era insignificante na minha vida e agora não paro de pensar nele. Percebo que estou duro, apenas em lembrar do seu corpo. Me levanto cautelosamente até o banheiro do andar de baixo, me tranco lá. Minha mão entra dentro do meu short, começo a tocar meu pau, fecho os olhos e penso que é o Jungkook que está me punhetando. Alguns momentos gemia pra mim mesmo.

Jm: Jeon… aah…- então enfim sinto minha porra em minha mão. Respiro ofegante. Tomo um banho gelado para pensar mais sobre minha vida.

Normalmente a gente descobre a sexualidade na adolescência, mas eu era tão apaixonado por dança e focado nos estudos que não me interessava por ninguém. Depois com 18 anos, meu pai me casou com a Seulgi. Nunca senti nada por ela. Talvez eu seja mesmo gay.

Fui para a sala. Pesquisei fotos de homens, não vou mentir achei eles bonitos, mas que droga… Nenhum parecia tão atraente quanto o Jungkook. Olhando minha galeria, encontrei uma foto minha com dois investidores chineses e por coincidência o Jeon estava nela. Como nunca percebi o quanto ele é bonito? Talvez o estresse ou minha frieza… mas olhando assim ele é mais que lindo. Sem falar naquele corpo… mordi os lábios ao lembrar dele se pressionando contra mim, deslizando suas mãos por meu corpo e…

Chega, Jimin! Que merda! Eu estou excitado por causa de alguém como ele. O Jungkook conseguiu o que queria, me humilhar. Porque era só isso que o mesmo queria o tempo todo.

Fui para o quarto e dormi tentando esquecer da noite passada.