- Olha Kah, eu sinceramente achei que você não ia querer fazer uma coisa dessas. – Disse levantando-se e conduzindo a Miko a sentar-se novamente.
- Ora, mas a ideia é ótima. – Não ouviu nem uma palavra. – Agora, nós precisamos falar com o Shippou, por que o restante irá com certeza, até mesmo Sesshoumaru vai!
- O que faz você pensar um absurdo desses? – Ergueu as sobrancelhas.
- Você vai estar lá de biquíni, com essas depilações loucas que você me ensinou a gostar lembra?
- Nossa, verdade... Faz anos né? – Deu uma risadinha. – Você morria de medo de tirar tudo lembra?
- Lembro... – Abriu um sorriso. – Depois daquilo fiquei com o Kouga.
- E olha só, 500 anos depois vai casar com ele, e esperando seu primeiro filho! – Dançou sentada na poltrona, festejando durante a conversa. – Falando nisso, como pretende convencer Kouga a aceitar uma coisa dessas?
- Eu tenho um plano. – Sorriu confiante. – E eu vou adorar exibir minha barriguinha de três meses, olha só. – Ergueu a blusa, e quando Yuka se aproximou para tocar o ventre, ambas começaram a chorar.
- Eu nem acredito que, você vai ser mãe... – A jovem tinha algumas lágrimas escorrendo dos olhos. – Você está linda.
- Arigato. Agora vamos pensar em uma maneira de você e Shippou se acertarem, como amigos.
- Tá aí uma missão que vou deixar nas suas mãos doidinhas!
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Inuyasha subiu as escadas, passou pelo quarto de Sesshoumaru e o viu sentado na cama falando ao telefone, olhando pela janela muito concentrado e parecia aborrecido. O hanyou não tinha medo de morrer, e decidiu entrar olhando sobre uma mesinha redonda, uns 5 catálogos de joias de diferentes lojas. Deu um sorriso, ele ouviu o que Yuka disse e provavelmente daria a ela uma joia, ele sentou em uma poltrona na frente do irmão, que o olhou dos pés à cabeça pelo menos duas vezes, revirando os olhos vendo que o mais jovem não sairia dali. Desligou o aparelho, respirando profundamente antes de voltar a encarar ao hanyou.
- O que quer? – Falou impaciente.
- Saber por que não fala com ela de uma vez. – juntou as mãos, brincando com os polegares.
- Ela quem?
- Ah pare Sesshoumaru! – O hanyou falou, inclinando o corpo para frente. – Aquela morena gostosa que tem um cheiro gostoso de...
- Saia daqui. – Bradou irritado, levantando-se da cama.
- Calma, eu não falei por mal. Desculpe. – Ergueu as mãos. – Eu não tenho interesse nela, somos amigos, eu acho ela muito gostosa mas só tiro casquinha, não faço nada não.
- Aconteceu outra vez.
- O quê?
- Você entendeu Inuyasha. – Respondeu friamente.
- Mas onde ela está? – Perguntou enquanto o Lorde caminhava até a janela. – Não... por favor não faça isso. – Levantou-se aproximando-se do mais velho que olhava pela vidraça. – Por duas vezes em 500 anos ela reencarnou e você ficou com ela, deixou-a morrer sem marcá-la e vai fazer isso de novo por nada?
- Existem sentimentos que não podemos controlar.
- Não, você pode. – O hanyou disse desanimado. – A Rin morreu há muito tempo, siga em frente. Nem mesmo ela foi marcada, e agora você vai perder a mulher mais louca e maravilhosa que já conheceu, por trama de destino. – Pousou a mão no ombro do mais velho. – Eu deveria estar com a Kagome sabe, mas ela mudou o destino dela e por consequência o meu. Ela está feliz, começando uma família, prenha do lobo fedido.
- Não é a mesma coisa.
- É sim, pare com isso.
- São instintos, não posso lutar contra isso.
O hanyou foi até a mesinha e pegou as revistas de joias, voltou e mostrou-as ao irmão.
- Isso é instinto! Quando você quer agradar uma fêmea, quando você pulsa pra marcar uma fêmea, quando você tem o dever de proteger a mesma fêmea! – Jogou as revistas na cama. – Como eu queria que essa gata, tivesse me conhecido antes e de um outro jeito. – Saiu indo em direção da porta, mas antes de sair falou mais uma vez. – Eu não pensaria duas vezes em ter ela pra mim, eu perdi a Kagome e o amor verdadeiro dela por causa de uma maldade do destino, fiquei de olho em outra e deixei outro macho ficar com ela, vai fazer igual a mim? – Bateu a porta ao sair.
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Yuka foi para casa e a Miko ficou sentada esperando Kouga chegar, teria que convencê-lo a aceitar a ideia de Inuyasha e também pediria a ele que convencesse Shippou. Ela tomou um banho demorado, lavando os cabelos e deixando-os secar naturalmente, para que ficassem revoltos e com volume. Passou hidratante e escolheu uma lingerie bonita, branca com rendas no bojo e na parte frontal da calcinha.
As mamas saltavam para fora da lingerie, o que a deixava mais bonita ainda, mesmo que isso nem fosse necessário. O fato de ela estar grávida a deixava muito mais atraente aos olhos de Kouga, o cheiro dos hormônios o faziam ficar muito mas atraído por ela, e o impeliam a agradá-la para vê-la feliz. A Miko vestiu um lindo vestidinho cor de rosa, com alcinhas finas, ele tinha alguns detalhes em renda, muito delicado e bem curto.
Olhou-se no espelho aproveitando para passar um pouco de maquiagem, depois pegou o telefone e ligou para o youkai.
“- Oi meu querido!
- Oi... – Respondeu desconfiado. – Está tudo bem com você?
- Hai, só estou com vontade de comer Gyudon... mas não aqui em casa... – Franziu o cenho esperando a resposta.
- Quer sair jantar fora meu amor?
- Não.
- Ah não?
- Não. – Repetiu, depois adocicou a voz. – Quero que compre e leve para o nosso apartamento, preciso ficar com você...
- Que horas?
- Eu posso ficar pronta em 15 minutos, pode vir...
- Ok.” – Assim que encerrou a ligação deu um sorriso, seria mais fácil do que imaginava, e nem doía a consciência em usar seus dotes femininos para convencê-lo.
Passados lacrados 15 minutos, ele estacionava o carro em frente ao templo, e sorriu quando a viu se aproximando do carro com aquele vestido curto, deu um aceno para o avô, mãe e irmão dela. Ela abriu a porta e entrou delicadamente, o olhando de um jeito meigo que ali já o deixou “derretido”.
- Você está linda. – Falou a olhando com mais calma, parando as vistas nas coxas. Foi levar a mão para tocá-las, mas a Miko afastou-a com um tapa.
- Vamos querido, estou com fome. – Sorriu de forma a desmanchar a cara fechada que ele fez.
Foram diretamente para o apartamento, ele pediu a comida pelo celular assim que chegaram, depois de entrar e sentar com ela no sofá. Ligaram a televisão e assistiam a um filme, quando chegou o entregador. Kagome pôs a mesa e os serviu, então começaram a comer ouvindo uma música ambiente.
- Kouga... – Ela o chamou durante a refeição.
- Hum? – Olhou para ela mas continuou a comer.
- Então, lembra que você disse, que eu poderia arranjar um jeito para me divertir, que não nos colocasse em perigo? - Perguntou apontando para o próprio ventre.
- Lembro. – Ele descansou os hashis no prato, olhando-a desconfiado.
- Então, eu encontrei uma maneira. – E sorriu acariciando a mão dele, que estava sobre a mesa. - Olhe que bacana, para não termos mais brigas em nosso círculo de amizade, que tal comemorarmos juntos o ano novo? E por que não em um iate? – Falou com tanta naturalidade que parecia ensaiado.
- Juntos quem? – Ele juntou as mãos entrelaçando os dedos.
- Eu, você, Ginta, Hagaku, Yuka, Koji e Riki, Shippou... – Ele suavizou a feição e sorriu. – Inuyasha e Sesshoumaru. – Falou de uma vez, vendo-o engolir em seco e limpar a garganta.
- Olhe Kagome, estou inclinado a acreditar que você está tentando me seduzir... – Disse fechando os olhos por um instante, depois levando os dedos a junção dos olhos com o nariz.
- Eu? – Ela levou uma mão ao peito, e fez uma expressão de ofendida.
- Hai. – Ele abriu os olhos e a encarou profundamente, porém, ela sustentou o olhar. – Por que os cães serão convidados?
- Porque os lobos são educados. – Sorriu novamente, fechando os olhos, e os abrindo em várias piscadinhas.
- Shippou não vai aceitar isso...
- Aí você entra na história, para convencê-lo! – Bateu palminhas.
- Por Kami mulher... – Ele balançava a cabeça negativamente. – Isso será uma loucura. – Ela levantou-se e o puxou para o quarto, olhando para ele vez ou outra com um risinho sensual nos lábios.
- Ora, agrade sua noiva e futura mãe do seu filhote. – Chegou ao cômodo despindo-o do terno e da gravata, depois desabotoou a camisa dele, tirando a peça e a jogando no chão, empurrando-o suavemente até a cama.
- Não é que eu não queira te agradar, é que isso é realmente absurdo. – Ela tirou-lhe os sapatos e as meias, depois ela abriu o cinto e os botões da calça, tirando-as sem pressa com um sorriso travesso nos lábios. – Como espera que Shippou e Sesshou...
Parou ao vê-la baixar a calcinha até os tornozelos, abaixando-se e a tirando. Depois, de um jeito ágil ela tirou o vestido de uma vez, ficando totalmente nua. Se aproximou da cama umedecendo os lábios, puxando a barra da cueca dele, até expor o falo rijo, e sem perder o contato visual o estimulou com as mãos por um tempo, ajoelhando-se lentamente.
- Ah meu amor, você é um advogado de sucesso... – Continuava o estimulando, ele arfava e fechava os olhos. – Pode convencer a qualquer um. – O órgão estava cada vez mais úmido de excitação, duro como uma pedra.
- Kagome... isso... não... é justo... – Murmurou aturdido, e soltou um gemido rouco quando ela deslizou a língua pelo membro, abocanhando-o em seguida praticando felação.
Ela parou com o contato, levantando-se e empurrando o corpo dele contra o colchão delicadamente.
- Kouga querido, vamos deixar uma coisa bem clara entre nós está bem? – Falou posicionando-se sobre o órgão latejante, mas sem permitir a penetração. – Em nossa relação, quem sempre mandou e manda, sou eu! – Sentou de uma vez, de modo a acomodá-lo totalmente em seu interior. – Concorda?
Ele a encarou por um instante, estava totalmente vulnerável. Por mais másculo, forte, imortal, rico e macho que fosse, no final ela sempre teria o que quisesse dele, bastava muito pouco para convencê-lo a fazer o que desejasse, e desse jeito então nem se comparava.
- Eu não ouvi ainda... Promete que vai fazer esse agrado pra mim? – Perguntou se mexendo um pouco, mas como ele não respondia, ela começou a levantar, então ele segurou com força os quadris dela.
- Eu posso tentar. – Ela sorriu movendo os quadris de repente, levando-o à loucura.
O contato era sutil, ela controlava a profundidade e faziam amor carinhosamente, porém, era muito prazeroso e satisfatório. Mais um tempo de coito e ela alcançou seu clímax, movendo-se mais rapidamente em seguida para que ele alcançasse o próprio alivio, que veio como um orgasmo violento devido a toda a excitação que ela causara no corpo masculino.
Ela desceu dos quadris dele, deitando ao seu lado em seguida apoiando a cabeça no peito moreno. Sorria abertamente, deixaram as mesquinharias de lado e finalmente teriam um pouco de diversão.
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Koji pegou sua chave e abriu ao portão da casa da prima, trancou-o novamente assoviando para um rapaz que passou de bicicleta na calçada, virando as costas e subindo os poucos lances de escada. Quando ia entrar um carro preto estacionou no portão, ele voltou para atender ao rapaz de terno que saiu do carro.
- Posso te ajudar?
- A Senhoria Yuka Takeda por favor.
- Eu vou chamá-la, aguarde um minutinho meu doce. – O rapaz delicado correu, ao entrar na casa encontrou Yuka dormindo com uma camisola transparente.
- Sua vaca, acorde! O cara do MIB tá aqui pra te levar pra Marte! – A sacudiu até vê-la abrir os olhos e resmungar, mas depois ela levantou da cama sem nada dizer, indo ao banheiro e lavando o rosto, escovando os dentes e ajeitando os cabelos com as mãos.
- Agora pode falar comigo, estou deliciosamente bela. O que quer bicha? – Disse sentando-se na cama e cruzando as pernas.
- Tem um cara lá embaixo.
- Ai biba burra! Falasse logo.
Yuka desceu as escadas correndo e só lembrou que estava seminua quando chegou no portão, mas era tarde. Sorriu discretamente, abriu ao portão agradecendo pelo rapaz estar de óculos escuros, assim pelo menos ela não saberia as reações dele.
- Senhorita Takeda, sou o gerente da Ginza Tanaka. – Sorriu moderadamente, e para o desespero dela, tirando os óculos escuros. – O Senhor Thaishou mandou lhe um mimo. – Abriu uma caixa forrada em veludo vermelho, onde ele abriu expondo uma magnífica tornozeleira de ouro branco, com graciosos pingentes de meia lua cravejados com pequenos brilhantes, uma joia estupenda.
- Por Kami... é linda. – Tocou com a ponta dos dedos.
Por um momento pensou em não aceitar, mas lembrou que poderia ser um presente de Inuyasha, afinal, ela disse para ele o que joias representavam para ela, e ele quis dar lhe um presente para provocá-la, e ele também era um Thaishou.
- Muito Obrigada. – Disse enquanto o rapaz fechava a caixinha, colocando o porta joias em uma sacola da joalheria, e assim que ela entrou portão adentro, ele arrancou com o carro.
A jovem de cabelos cacheados subiu os lances de escada rapidamente, encontrando com Koji na sala, que tinha um robe de cetim nas mãos.
- Vista-se imoral perversa. – Disse com um risinho de canto.
- Ok, bicha devassa! – Pegou a peça de roupa e começou a vestir, quando Koji deu um grito.
- Ai! Isso é uma sacola de joalheria! Me dá. – Tomou lhe das mãos o embrulho abrindo-o, e em seguida ao porta joias. – Isso é lindo! Quem te deu?
- Acho que foi i Inu. – Sorriu.
- Inu? – Piscou confuso.
- Ah, verdade você ainda não o conhece. Vai conhecê-lo no ano novo. – Sorriu carinhosamente. – Ele é ex da Kagome.
- Você saiu com ele, tipo pra transar? – Ergueu uma sobrancelha.
- Lógico que não! Somos amigos e só, eu falei com ele sobre joias e eu acho que ele sei lá, ficou afim de me dar um presente.
- Quero que ele seja meu amigo, AGORA! – Fez um biquinho.
- Bicha invejosa mesmo, credo hein. Jogar sal em você... – Começaram a rir.
- Tá, faltam 15 dias para o ano novo. Você disse que vou conhecê-lo, vai ser em alguma festa? – Ele perguntou guardando a joia novamente na caixinha.
- Hai. Uma festa em um iate.
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Kouga pegou o celular e a contragosto ligaria pra Shippou, prometeu a Kagome que o convidaria para passar o ano novo, com os desafetos em um iate. Respirou fundo, mas ao olhar mais uma vez para a silhueta adormecida na cama, sorriu. Valeu a pena, passou uma tarde deliciosa com sua noiva, do chuveiro para a cama e vice versa. Levantou do leito, deixando-a dormindo, indo até a sala e procurando um número na agenda.
“- Hai?
- Olá Shippou, é o Kouga. Tudo bem com você?
- Estou melhor, depois do choque que passei... tá louco.
- Fico muito feliz.
- Tá enrolando por quê?
- Eu não estou enrolando, só estou à procura das palavras certas.
- Fala Kouga, o que você quer pedir?
- É pela Kagome! – Falou em tom suplicante. – Ela me fez prometer que o convenceria a passar o ano novo com a gente.
- Hum, mas isso é bom. – O Youkai-raposa respondeu.
- Mas não é só isso... – Puxou o ar, reunindo coragem. – Yuka, Inuyasha e Sesshoumaru também vão”. – Falou de uma vez, e o telefone ficou mudo. O ruivo havia desligado em sua cara.
Ele ligou novamente, pelo menos três vezes até o mais jovem resolver atender a ligação.
“– Não faz isso Shippou, a Kagome pediu. Por Kami, pelo meu noivado e pelo meu filhote, tenha piedade e vá!
- Ah... essas humanas, essas humanas! Posso levar Soutem comigo?
- Acho que pode, o espirito da coisa é nos reaproximarmos e retomar as amizades.
- Hum...
- Você e Soutem estão namorando é? – Kouga perguntou com certa malícia na voz.
- Não... somos amigos, mas eu não quero chegar lá sozinho...
- Shippou, Arigato.
- Não por isso. Ligue depois combinando Ok?
- Ok. Até logo.
- Até.”
Kouga soltou o ar dos pulmões, a parte mais difícil fora resolvida. Agora bastava discutir sobre os preparativos.
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Um tempo depois...
Faltava apenas um dia para o ano novo, e Kouga já havia ligado para o responsável da marina, para que fosse providenciada a preparação do iate, para a comemoração da virada do ano, preocupado com Kagome, contratou um barman que fazia drinks deliciosos sem álcool, e também quis uma enfermeira a bordo, não vacilaria da saúde de sua noiva, ainda mais depois do susto que tiveram. Todos os preparativos haviam sido feitos, bebidas, alimentos, primeiros socorros, coisas divertidas como perucas coloridas e acessórios engraçados, seria uma verdadeira bagunça. Roupas de banho e toalhas também foram organizadas nos armários, assim como as roupas de cama nas cabines, era um iate imenso e luxuoso.
“- Sr. Matsunaga, os preparativos são para o ano novo, abasteça os freezers, e deixe tudo como pedido. – Kouga disse ao fone do celular. – Mais uma coisa, um equipamento de som será levado por um... - suspiro. – Colega, o nome dele é Inuyasha por gentileza conduza-o Ok?
- Sim Sr. Otsuka, tudo sairá como planejado.
- Ótimo, Arigato.”
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“– Olá querida!
- O que quer? – Ayame suspirou, geralmente quando recebia ligações dessa mulher, eram fofocas desagradáveis.
- Não deveria tratar-me assim, tenho notícias importantes para lhe contar.
- Fale de uma vez, antes que eu perca a pouquíssima paciência que tenho.
- Seu ‘ex’ vai dar uma festa no iate, aquele iate que você dizia querer se casar dentro dele, lembra?
- ... –
- Hahaha, claro que lembra... Enfim, será a virada do ano com alguns convidados, mas você não deve estar na list...” – Ayame interrompeu a chamada.
Estava possessa de ódio, e seu plano deveria ser colocado em prática antes do previsto, ainda tinha uma carta na manga e não pensaria duas vezes em usá-la. Levantou-se do sofá de sua sala de negócios, estava no seu escritório de arquitetura, andou de um lado para o outro olhando para o prédio da Otsuka associados por sua vidraça, teria que desestabilizar a Miko de alguma maneira e no momento, somente poderia fazer a amiga dela sofrer.
As reencarnações de Rin caíram na sua vida, uma vez como sua amiga há 200 anos atrás, a jovem Aiko, e agora como sua empregada Camila. A família trabalhava há anos para ela, aliás, por gerações. Cuidou pessoalmente para que a jovem renascesse próxima à ela, com as práticas budistas em relação ao Karma, o da jovem era estar próxima a Sesshoumaru e a youkais-lobo, o segundo de maneiras trágicas, como agora.
Ela já havia avisado para Sesshoumaru deixando-o perturbado, ele não sabia lidar com isso, sua relação com a menina era mal resolvida, sentia-se estranho por desejar uma mulher que vira crescer, por isso nunca a marcou, consciência pesada pelo sentimento de posse. E Ayame usaria isso para recuperar o alvo de seu amor doentio, ela não entendia que suas investidas eram vazias, e por motivos torpes, trazendo sofrimento para muitos à sua volta, e também para ela mesma.
Voltou para seu apartamento, gritando assim que abriu a porta.
- Camila! Camila, inútil!
- Oi dona Ayame-Sama. – A jovem de cabelos castanhos se aproximou, secando as mãos em um pano de prato.
- Querida Camila, você é leal a mim?
- Nossa dona Ayame, devo minha vida e de minha avozinha doente. – Sorriu agradecida, apesar de tudo, a youkai-lobo sempre pagou as despesas hospitalares dos familiares de Camila, e mandava uma quantia em dinheiro para o Brasil.
- Quero que fique muito bonita, e que conheça uma pessoa especial.
- Uma pessoa especial? – A jovem ficou com os olhos brilhando. – Quem?
- Alguém que está escrito no seu destino, meu bem.
- Eu não acredito nisso dona Ayame. – A jovem falou, enquanto a youkai arregalava os olhos. – Eu acho que destino, é a gente que faz.
- Que bobagem, não pode fugir disso! – A ruiva irritou-se, pegando a bolsa e indo para o quarto. – O seu ano novo, será inesquecível. – Parou por um instante. – Você vai facilitar uma coisa pra mim.
- O que dona Ayame?
- Você vai para o iate do Kouga, trabalhar lá.
- No ano novo? – A jovem fez uma careta.
- Hai! – Ralhou entre dentes. – E vai estar simplesmente linda, e quando vir o homem mais bonito depois de Kouga lá, beije-o na boca. O resto é comigo.
- O quê? – A jovem ficou indignada. – Beijar?
- Hai! Vai beijar sim, porque eu sei que será o homem de sua vida!!! Ele é muito, gostoso...
- Hum... sei lá, não sei se devo. Eu sou muito tímida...
- Você confia em mim? – Ayame perguntou olhando-a seriamente, e a jovem assentiu. – Então quando ver o homem mais bonito, depois do Kouga claro, você vai beijá-lo.
- O mais bonito né, dispensa outras descrições?
- Claro, não tem como errar. Alto, com caninos pontiagudos e... – O celular da youkai tocou, e ela virou as costas deixando a jovem sozinha.
- O mais bonito, na minha opinião ou na opinião da dona Ayame?
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- Ah Sesshoumaru! – Inuyasha falava enquanto o irmão revirava os olhos. – Se anima vai, é uma festinha de ano novo!!! EEEEE!
- Me arrependo amargamente de ter dito que ia. – O mais velho fechou os olhos. – Mas minha palavra é válida como um decreto.
- Sim, o fato de saber que Yuka vai estar lá, e provavelmente bêbada e seminua, fogosa e tal... – Falou vendo o Lorde franzir o cenho e encará-lo. – Não tem nada a ver, eu sei que não.
O Dai-Youkai levantou-se indo ao seu quarto para tomar um banho, e arrumar-se para o réveillon inusitado. Dentro de exatamente 30 minutos, estavam prontos à caminho da marina.
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Koji, Riki, Yuka, Kagome e Kouga já estavam no iate, quando a jovem Camila chegou à marina dizendo que trabalharia para eles a pedido do Sr Matsunaga, já que a moça que ele tinha chamado passou mal. Ele estranhou um pouco, ainda mais pela moça estar tão arrumada e maquiada, mas ele permitiu, Camila não era má pessoa, e ela trabalhava nos fins de semana na casa do Sr. Matsunaga cuidando das crianças, e mesmo sendo empregada de Ayame, ele não desconfiou dela.
- Meu doce? – Koji chamou Yuka. – Você colocou o presente do tal Inu?
- Hai. – Ela disse olhando-se no espelho da cabine, estava lindíssima com um vestido longo, branco e drapeado. – Está aqui. – Mostrou a canela, levantando um pouco a barra do vestido.
- Vou conhece-lo, finalmente só fala dele....
- Você se aquiete, porque você tem dono! É todinho meu!!! – Riki disse abraçando Koji por trás.
- Claro que é! – Yuka disse, beijando-o na testa, e repetindo o ato com o primo. – Vamos com eles lá fora?
- Hai! – Responderam em um uníssono.
Saíram da cabine, e Yuka fechou a cara ao ver Camila ali, não sabia o motivo, mas tinha uma sensação estranha em relação à garota. Ignorou o que sentia, mas ficou desconfortável ao ver Shippou embarcar com Soutem a tira colo, não por eles, mas por medo de alguma situação desagradável. Apenas manteve-se séria, próxima aos amigos.
- Olá! – O ruivo saudou.
- Olá Shippou-chan! – A Miko o abraçou, em seguida abraçou Soutem. – Como vai?
- Muito bem. – A morena sorriu, e também dirigiu um sorriso sincero para Yuka, que suspirou de alivio retribuindo o cumprimento silencioso. Mas Shippou manteve-se neutro, não se manifestando de maneira alguma, porém, não se aguentou e acabou se expressando.
- Ainda sozinha Yuka? – Ela o olhou e sorriu.
- Hai. – Passou os dedos pelos cabelos, nervosa.
- Cachorros! – Kouga e Shippou falaram ao mesmo tempo, olhando para a marina.
Kagome se aproximou de Yuka, abraçando-a pelos ombros.
- Eles chegaram, está preparada? – A Miko sussurrou, rente ao ouvido da jovem, que apenas assentiu.
Depois de pelo menos 5 minutos, surgiam os irmãos Thaishou e por algum motivo Yuka relaxou vendo ao hanyou, que sorria abertamente para ela, abraçando-a com força assim que embarcou.
- Minha Yukita linda e cheirosa. – Colocou-a no chão, fazendo-a dar uma voltinha. –Mas é gostosa, eu hein! Você também Kagome não se ofenda, mas não posso falar essas coisas na frente daquele maldito. – Apontou para Kouga, que arqueou uma sobrancelha e rosnou. – Vou pôr um “som” nisso aqui.
Sesshoumaru ficou impassível, com as mãos nos bolsos, aproximando-se de Kouga que conversava com Shippou, porém apenas olhou para os lados antes de olhar para Yuka fixamente, por pelo menos 15 segundos.
- Não estão juntos? – O ruivo questionou olhando na direção que o Inu-Youkai olhava.
- Não interessa.
- Então, o papo tá muito bom e animado, mas vamos beber? – Kouga quebrou a tensão, indo ao bar e pedindo ao barman três uísques, servindo aos dois e tilintando os copos em brindes, fingindo que nada acontecia.
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Logo o hanyou começou a festa, e realmente estava bom.
- Uhhhhh! – Kagome gritou, erguendo os braços animada. – Vamos nos divertir, vem Yukita!
- Ah você também não... – A jovem gemeu desanimada.
- Ah, se ele pode te chamar assim, eu também posso. – Deu de ombros. – Venha Soutem, vamos curtir nossa noite.
- Koji! – Yuka chamou-o. – Largue da boca do seu namorado, e venha dançar!
- Claro meu doce, largo da boca e vou pra outro lugar. – Sorriu malicioso, indo para onde as garotas estavam.
Riki foi até Inuyasha, e começaram a conversar enquanto o hanyou cuidava das músicas, Shippou sentou em uma das confortáveis cadeiras, bebendo e apreciado a festa, que não estava ruim apesar de tudo.
Kagome era pura euforia, dançava contida para não se machucar, bebendo bastante água e sentando vez ou outra para descansar, já os outros estavam suados e “possuídos” no iate, e piorou quando Ginta e Hagaku chegaram, fazendo fervo e dando um “pezaço” nas costas de Kouga, que caiu no chão. Os youkais-lobo foram pulando e erguendo os braços com a música. Logo o iate zarpava da marina, em direção ao mar aberto.
Inuyasha veio até eles, para rir do Youkai-lobo, dizendo que ele era muito burro.
- Ah Inu! – Yuka tomou da mão dele a garrafa de Smirnoff. – Não, senão vai querer fumar...
Ele olhou para ela por alguns segundos, a abraçando em seguida e sussurrando um “obrigado”, no ouvido dela. Mas ele estreitou os olhos ao vê-la abrir a garrafa e sorver a bebida, na frente dele enquanto ria.
- Eu posso Inu.
- Verdade ela pode, e por isso nos tortura. – Kagome disse, tomando água.
- Dá aqui meu doce, tô com sede! – Koji pegou a garrafa da mão de Yuka, e bebeu todo o conteúdo de uma vez, sentando no colo de Riki e o beijando.
- Ei Ginta! – Hagaku falou. – Entra ali no meio pra ficar mais à vontade! – Apontou para o casal homo afetivo em sua frente.
- Tá falando porque pensou nisso!!! – Respondeu correndo do outro youkai-lobo. Kouga alcançou aos dois, e deu cascudos nos dois, mostrando para Kagome a marca do calçado em seu casaco branco.
- Ai Kami... – Ela tentou conter o riso, mas não pôde.
Nesse interim Camila apareceu na proa da embarcação, e assim que a viu Sesshoumaru estacou olhando-a como se olha para um dos seus maiores medos, o que de fato o era, tentou evitar deixar transparecer, mas ficou obviamente estampado em sua face a perturbação que estava sentindo. Yuka notou o interesse do youkai, aliás, não apenas ela, mas os demais presentes. No fundo ela não estava tão abalada, então apenas pegou mais uma garrafa de bebida, abrindo-a e dando um gole generoso.
Shippou viu toda a cena, e por uma fraqueza acabou soltando uma ofensa. Sutem e Inuyasha não estavam tão próximos, mas puderam ouvir.
- Olhe só, parece que você vai acabar sozinha. – O ruivo disse, olhando na direção do Dai-Youkai que olhava para a jovem Camila, mas ela estava de costas para eles.
- Ei Yukita. – Inuyasha estava atento e não deixaria sua amiga passar por isso sozinha. – Vai deixar rolar? – Abraçou-a pelos ombros. – Sabe essa jóia que você está usando?
- Hai. – Ela o olhava nos olhos.
- Foi aquele cara ali quem a deu. – Apontou para Sesshoumaru. – Ele tem um karma, difícil de quebrar. – Virou-a de frente segurando-a pelos ombros. – Mas, se você quiser pode quebrar esse círculo, a decisão é sua.
- Pela primeira vez na vida, eu concordo com o teimoso do Inuyasha. – Kagome disse se aproximando e sussurrando ao ouvido da jovem. – Vai perder pra ela?
- Ela não tá nem aí pra ele. – Yuka disse bebendo novamente. – E eu também não.
- Mas ele vai fazer ela estar. – A Miko disse, olhando rapidamente na direção deles.
- Ah ela não é de nada. – Shippou a provocou levando o copo de bebida aos lábios, e um sorriso matreiro nos lábios. Aquilo a deixou irritada, então ela olhou para Koji, que deu de ombros.
- Mostra pra eles meu doce. – Sorriu dando uma piscadinha.
A jovem respirou fundo, praticamente jogando a garrafa de Smirnoff no youkai-raposa, então soltou o coque dos cabelos, e caminhou decidida até o Dai-Youkai, que a sentiu se aproximando, trocava o olhar dela para Camila algumas vezes, até olhar só para ela, quando ela finalmente o alcançou beijando-o sem aviso prévio.
- Nossa... – Kagome ergueu as sobrancelhas quando viu Sesshoumaru, agarrar Yuka pela cintura apertando-a contra o corpo, de forma possessiva e dominadora. – Eles estavam se segurando mesmo.
- Não sei quem engole quem. – Koji disse com um risinho.
- Ali eu não sei, mas entre nós quem engole é você. – Riki se aproximou, abraçando ao jovem de óculos por trás, beijando seu pescoço.
- É... – Kouga arqueou uma sobrancelha, se afastando do casal que se amassava agora, sem o menor pudor. – Venha Kagome, vamos nos beijar também. – Ela deu uma risadinha, o enlaçando pelo pescoço e ficando na pontinha dos pés, beijando-o carinhosamente.
- Sobrei porra! – O hanyou disse, subindo uma pequena escada que o levava até o equipamento de som, onde estava Soutem apoiada em uma das grades de proteção, com expressão aborrecida. – Daí gata, vamos trocar umas carícias? – Falou mais para si mesmo, rindo de sua piada sem graça quando foi surpreendido pelo “ataque” da psicóloga, que o beijou de imediato.
- Mas que caralho! – Shippou praguejou, olhando em volta e vendo casais em amassos, e viu que sobraram Ginta e Hagaku, fazendo uma careta de nojo. – Credo, melhor ficar sozinho.
De dentro da cabine onde Camila preparava mais uma bandeja de guloseimas, ela lembrava do que sua patroa havia lhe dito, então olhou para fora novamente, depois do primeiro casal começar com um beijo, agora Kouga e Kagome, Koji e Riki trocavam caricias também, de onde ela estava não conseguia ver que o hanyou e a youkai-trovão estavam em um momento “daqueles”, na opinião dela o homem mais bonito era um ruivo de olhos verdes, que estava encostado em umas das grades bebendo uísque sozinho, agora faltava a coragem para terminar com o plano.
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Ayame estava em um clube, com algumas amigas youkais esperando o ano novo, pensou em ligar para Camila para saber como iam as coisas, mas achou melhor esperar até que a jovem ligasse avisando que conseguira seduzir Sesshoumaru. Depois seria a hora de pegar a Miko sozinha, e lidar com o pequeno “entrave” que era sua gravidez.
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Continuaremos a festa...
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