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História Meu vizinho Chanyeol - Quatorze - História escrita por kroth - Spirit Fanfics e Histórias
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História Meu vizinho Chanyeol - Quatorze


Escrita por: kroth

Notas do Autor


Horário certo, YAY! Gostaria de agradecer imensamente a minha nova beta pela ajuda e também por ter atualizado The Moonstone (inclusive gostaria de recomendar, fiquei viciada e li tudo de uma vez hoje! ). ~_Avallon, você é um amor de pessoa. <3
Boa leitura!

Capítulo 15 - Quatorze


Quando Kai pediu para que eu sentasse enquanto me explicava tudo, acreditei que ele diria algo realmente chocante, que eu não tivesse conhecimento, que fosse mudar o destino da terra e valesse a pena por eu ter sentado, porque estava com uma puta dor e sentar só fazia piorar, mas tudo que aconteceu foi um suspiro longo, seguido de um risinho de canto.

 

- Eu gosto do Kyungsoo.

 

Encarei Jongin sério e permaneci sem dizer uma palavra porque, sinceramente, se abrisse a minha boca não iria sair nada bonito.

 

- Não vai dizer nada? — Perguntou, enquanto fingia roer a unha do indicador.

- Não sei o que dizer.

- Ah Baek, por favor! Está sendo difícil dizer isso a alguém, e se você não colaborar eu não sei mais o que eu faço.

- Ok – respirei fundo e enchi as bochechas de ar por um minuto, pensando no que poderia falar – Como sabe se realmente gosta dele?

- Sempre gostei dele, desde que o vi. — Jongin sorria de uma forma ridiculamente irritante, olhando pro além, então mordeu o lábio inferior — Eu meio que... Seguia ele depois da aula até em casa e observo ele no colégio. Eu sei quase tudo sobre o Kyungsoo! O que assiste, o que come, o...

- ESPERA, ESPERA, PARA TUDO. VOCÊ SEGUIU ELE ATÉ EM CASA?!

- Eu só queria ter certeza de que ele iria chegar bem!  – levantou nervoso enquanto coçava a nuca.

- Isso não é amor, é doidice! Você é algum tipo de psicopata ou o quê?

- Claro que não sou, não seja ridículo.

- Não sou eu quem está seguindo ninguém até em casa — provoquei. — Mas enfim, não entendo no que posso ajudar.

 

Eu esperava algo mais... Chocante, sabe? Então realmente não sabia como reagir além de olhar para ele arqueando uma sobrancelha. Sei lá, achei meio estranho um cara daqueles vir falar comigo, ainda mais para pedir ajuda. Jongin sentou novamente, respirando fundo e me olhando sério.

 

- Bem, é complicado. Eu gosto do Kyungsoo, e ele vem retribuindo tão bem que... Eu sei que pode parecer precipitado, mas eu realmente quero um compromisso sério com ele. Quero que ele seja meu, só meu. 

 

- Que emocionante.  – disse baixo, interferindo e começando a sentir sono. – Se comam.

- Pera, escuta – Jongin me segurou pelos ombros, fazendo com que olhasse dentro dos orbes castanhos, acho que estava boquiaberto – Eu quero o Kyungsoo, mas algo me impede.

- O quê? – afastei suas mãos dos meus ombros e me afastei um pouco enquanto ele passava a língua nos lábios.

- Sehun.

- Ah,  já entendi tudo. Mas não seria mais fácil você conversar com ele?

- Não, Sehun não me escuta, insiste em algo que sabe que não vai acontecer. Eu preciso que você dê um jeito no Sehun.

 

Jongin parecia estar brincando comigo, não evitei a gargalhada imensa que dei naquele momento. Mas sua expressão não mudou em momento algum até eu parar de rir e perceber que a coisa era séria mesmo.

 

- Kai, você já deu uma olhada no Sehun? Como você acha que vai ser? Você segura a escada e eu subo?

- Não é isso. – se aproximou e sussurrou no meu ouvido – Eu tenho um plano.

 

- Você é atrapalhado. – o empurrei novamente.

 

- Eu sei, mas presta atenção. — Kai sorriu abertamente enquanto puxou a mochila azul que trouxe consigo, tirou um canudo* e destampou, fazendo três folhas azuladas saírem de dentro. — Conheça a operação HunHan!

- HunHan? – arqueei uma sobrancelha – Que diabo é isso?

- Sehun e Luhan, tartaruga. Agora só olha.

 

Quando Jongin desenrolou as folhas eu simplesmente tive que me controlar antes dos olhos saltarem para fora de tanta surpresa. Naqueles papéis haviam uma série de esboços de desenhos, em uma sequência engraçada que levava os dois a se encontrarem no final, o último desenho eram dois bonecos-palito de mãos dadas e a única coisa escrita era "Operação HunHan". Na outra folha de papel havia algumas anotações, como os costumes de Luhan e a rotina de Sehun estava escrita detalhadamente. Havia também uma coluna de "HunHan deslikes" e "HunHan loves", a segunda tendo no topo, escrito em letras fortes, "bubble tea".

 

- Como você sabe tudo isso? – perguntei enquanto tentava conter o riso nervoso.

 

- Digamos que eu não sigo só o Kyungsoo. — Jongin riu baixo enquanto guardou os papéis no canudo novamente e o tampou. — Agora, você pode me ajudar? Olha, o Kyungsoo é próximo do Minseok e do Luhan, mas eu sei que ele jamais ajudaria nisso. Pede ajuda do Minseok... Talvez ele colabore. Você topa? 

 

- Não sei. Isso parece um pouco complicado... — respirei fundo enquanto Kai abaixou o rosto igual um cachorrinho.  Pensei... O destino dos dois estava nas minhas mãos, além de que se Jongin namorasse o Kyungsoo, provavelmente iria me deixar em paz. E Sehun namorando seria igual colocar o diabo numa gaiola. — Quer saber, eu aceito! 

 

Jongin deu um sorriso de orelha a orelha enquanto tirou um papel dobrado do bolso do casaco.

 

- Que bom! Olha, essa aqui é a principal. 

 

Desdobrei e percebi que aquilo era a forma teórica do plano desenhado. Uma lista com seis passos que a princípio pareceram simples, então relaxei, enrolei e guardei no bolso. Estendi a mão para o moreno. 

- Pode contar comigo. 

Jongin apertou minha mão, sorrindo abertamente e logo me puxou, dando um abraço apertado enquanto agradecia euforicamente pela ajuda. É... Talvez fosse bom ajudar no final das contas, a criatura realmente parecia aliviada por eu ter aceito aquilo. Ficamos abraçados ali e eu acabei sorrindo também, afinal seria bom para ambas as partes, mas logo escutei alguém pigarrear e bater na porta aberta. Advinha quem.

 

- Atrapalho? — Sunny nos observava enquanto chupava um pirulito, meu rosto queimou e me afastei de Kai o mais rápido que pude.

 

- N-não!  Err... A gente já estava subindo! – evitei olhar para a escada, Sunny deveria estar me lançando o olhar desconfiado de sempre.

 

- Chan pediu para chamar vocês.

 

- Obrigado, vamos Baek? – Kai saiu apressado e passou nervoso por Sunny, que não tirou os olhos de mim em momento algum. Subi as escadas devagar na esperança de que ela não comentasse nada, mas ai veio àquela voz no meu ouvido.

 

- Você é meio guloso, né?

 

Não respondi nada, saí correndo apressado enquanto a risada estranha ia desaparecendo. 

 

 

---///----///----///

 

Geralmente quando você vai à casa de alguém evita comer muito, por educação ou porque a comida parece tão ruim que você vomita só por olhar. Mas se você levar em conta o tamanho da fome que eu estava sentindo vai compreender porquê eu destruí o café da manhã da família mais queridinha da história. Chanyeol e Kai me olhavam espantados enquanto eu devorava tudo que via pela frente como se não houvesse amanhã e depois que o café terminou me ofereci a ajudar a mãe de Chanyeol a fazer um bolo, que comi quase inteiro também. Fazer o quê, né? A fome é maior que a bad.

 

A mãe de Chanyeol realmente gostava de mim. Não sei como, não sei porquê, mas ela adorava contar sobre a vida dele para mim. Acho que meu rosto esquentou mais do que o forno com as histórias da infância do menino de orelhas nada chamativas (só que ao contrário), mas escutei tudo atenciosamente enquanto a mulher ria. Ela era realmente bonita, tinha os cabelos negros e compridos com as pontas em californiana, parecia uma artista de verdade. Depois que o assunto pareceu morrer, ela mordeu um pedaço de bolo e sentou à mesa comigo, servindo um pouco de café para si. Apenas nós dois ainda estávamos ali.

 

- O que foi?

- Você... Faz muito bem ao meu filho. 

- A-ah que ótimo, ótimo.  – ri nervoso – Chanyeol é um ótimo amigo.

- Sim, Chan é uma pessoa maravilhosa! Mas me diga, você o acha inteligente?

- s-sim...

- Bonito?

- T-também. – cocei a nuca, por que todo mundo fica fazendo essas perguntas vergonhosas? – Podemos mudar de assunto? 

- Hmm...  – riu enquanto deslizava o indicador pela borda da xícara – Está apaixonado.

- O QUÊ?!

- Chanyeol... Ele está apaixonado por você. – senti minhas bochechas queimando com cada palavra e abaixei o rosto, ela deveria estar me encarando. 

- Como sabe disso? 

- Sou mãe, Baek. Eu vejo como ele lhe olha, é da mesma forma que olhava para Yifan. Mas com Yifan não era para acontecer, porque ele não retribuía esse brilho... Que você retribui.

 

Senti minhas mãos suarem e engasguei com o bolo, mas a mais velha estava tão imersa na situação que não notou meus pedidos de socorro quase mudos. 

 

- Não é necessário mais do que alguns minutos com vocês dois para perceber que gostam um do outro. Chanyeol sempre foi aberto comigo, eu o incentivei quando disse que gostava de Yifan. Ajudei com tudo, mas depois que aconteceu da forma errada ele insistiu que só "pegaria mulher" – fez aspas com os dedos enquanto ria, bebendo o café em seguida.

- Se... nho... ra... Par... k... - sufoquei, mas ela não pareceu perceber. Senti meu corpo escorregando para o chão devagar e a visão escurecer enquanto ela bebericava o café outra vez, tranquilamente. 

- Mas eu sei que não é algo que se altera, amar não tem limites e orientação sexual é o de menos! Vendo meus filhos felizes eu aceitaria até que se casassem com dinossauros. Quer dizer, não que seja ruim, mas... Baek? Baek, meu amor, cadê você? 

 

 

 

RIP Baekhyun.

---///----///----///

 

 

Foi uma questão de gritos, água, taponagens* e compressões abdominais de Chanyeol em mim para o bolo entalado na garganta sair voando. Senti tanta vergonha que quis ir embora para casa, mas fui obrigado a ficar sentado no sofá até decidirem que eu realmente estava bem. Meio exagerado, mas fiquei pelo suco e acabei almoçando lá também.

 

Acho que eram umas 13:00hrs quando consegui voltar para casa, acompanhado por Chanyeol, que fez questão de me levar até minha porta, entrar, fazer um suco,  tomar, assistir TV e me fazer cantar mais uma vez para ele. Não que eu achasse ruim, não, mas acho que não era necessário todo esse apego pela minha pessoa.

 

Depois de algum tempo, Chanyeol acabou deitando no sofá e deitei junto, sentindo os braços envolverem meu corpo enquanto descansava a cabeça no peito dele. Ainda estava um pouco tonto de sono, mas pelo menos o galo estava sumindo, e Chanyeol,  bem... Eu não saberia dizer, ele estava usando uma bandana* amarrada na testa desde a hora em que fui para a casa dele. Estava ensolarado e um pouquinho de luz entrava pela janela, que pela primeira vez eu havia deixado aberta. Chanyeol apertou o abraço em mim.

- Baekhyun...? – disse com a voz rouca, tão baixo que até fiquei confuso se havia realmente chamado ou era coisa da minha cabeça.

-Chanyeol, você chamou?

- Sim. E-eu... Queria te perguntar uma coisa.

- Hmmm...  – me aconcheguei mais, sentindo o calor de Chanyeol misturar ao meu – Pergunta.

- Você... Gosta de mim? – levantei imediatamente, fitando os orbes castanhos de Chanyeol. Deveria ter mantido o olhar ali porque depois disso ele umedeceu os lábios. Af, af

- C-laro, claro que eu gosto de você. Por que a pergunta?

- Eu quero saber se você me ama, Baekhyun.

 

Senti um frio percorrer meu corpo inteiro, eu ainda não tinha pensado naquilo. Antes de Chanyeol,  nunca havia beijado ninguém, nem nada do tipo, as coisas foram acontecendo tão inesperadamente... então não sabia bem como expressar se gostava ou não de Chanyeol ou se eu... O amava. Amor, tá aí uma coisa que não dá para deixar engraçada. 

 

Tentei pensar em milhares de coisas que poderiam desconversar aquele assunto, mas o olhar curioso de Chanyeol sobre mim não me deixava fugir de forma alguma, aquele olhar me prendia de uma forma única. Seus toques, seu calor, até as conversas estranhas e perguntas de Chanyeol me faziam um bem imensurável, me deixavam bem de uma forma a qual gostaria que todos sentissem porque era um sentimento bom, que me fazia sentir que apesar de tudo, de encher um saco e ser um mentiroso, Chanyeol era, de fato, um idiota. E talvez fosse o meu idiota. Pensei bastante e sorri de canto, vendo que Chanyeol também o fazia para mim.

- É claro que sim. – respondi receoso, vendo Chanyeol franzir o cenho.

- Claro o quê?

- O que você falou, é claro que sim.

- O que eu falei? – Channie me segurou pelas coxas, fazendo com que ficasse sobre si perfeitamente. Segurei as orelhas dele e puxei enquanto encostei meu nariz no seu.

- Aquilo lá.

- Eu te amo? – Disse rindo. 

- Eu também. – dei um selinho nele, sentindo seu corpo estremecer embaixo do meu enquanto as mãos subiam até a minha bunda.

- Fica comigo? – Chanyeol falava rindo, mais idiota que o normal.

- Uhum, agora vem.

- Não escutei, fala mais perto da minha boca.

 

Chanyeol me puxou pela nuca enquanto a outra mão subia da minha bunda até a cintura, iniciando um dos melhores beijos que já ganhei em toda a minha vida. Sua língua me trazia um sabor viciante, sempre sentia vontade de tê-lo mais e mais e o perfume que seu corpo exalava era a melhor essência que poderia existir. Assim que o beijo terminou, eu o encarei antes de fecharmos os olhos novamente, estávamos ambos envergonhados por tudo e era engraçado como conseguíamos ser assim um com o outro. Fiquei parado, recebendo um beijo estalado nos lábios antes de correr minhas mãos por seu corpo, apenas sentindo sua pele contra meus palmos, lhe acariciando por cima do tecido leve de algodão. Sorri, em uma tentativa de ser sexy (mas acho que não deu certo) e passei a língua em seus lábios, logo avançando no pescoço branquinho dele e marcando sua pele docemente com chupões e mordidas. Channie adorava o toque, seu corpo arrepiava por inteiro e me puxava cada vez mais, fazendo a área sensível de seu corpo esfregar contra a minha, e ainda que por cima das roupas,  me causava gemidos abafados. Percorri a destra por baixo da roupa e deslizei o palmo por seu abdômen, arranhando sua pele levemente enquanto traçava um caminho até seus mamilos,  que ao serem acariciados fizeram com que Chanyeol amolecesse ao toque. 

 

Estávamos em um ritmo bom quando a campainha decidiu levar dedada.

 

Levantei rapidamente e Chanyeol sentou no sofá, me puxando pela cintura antes que me afastasse, levantou a barra da minha camisa e beijou minha barriga, me causando arrepios e vontade de rir. Não existe gente mais grudenta que Park Chanyeol, se você der corda, ele nunca mais larga.

- Chan, espera, fica aí! – tentei me afastar até que ele me soltou, formando um bico nos lábios que apertei antes de morder – fica bem aí. 

 

Saí correndo até a porta e abri devagar, dando de cara com Jongin e seu canudo em mãos, com um sorriso gigante.

 

- Você esqueceu-se de trazer! – entregou o canudo, que recebi constrangido – Você tava dormindo?

- Na verdade eu... – olhei para o sofá – É, é isso ai, eu estava dormindo. Eu vou dar uma olhada mais tarde.

- Ok, obrigado mesmo, Baek! 

 

Jongin saiu correndo antes que eu pudesse lhe responder mais qualquer coisa e fui surpreendido pelo toque de Chanyeol na minha cintura e sua respiração no meu pescoço. Aquilo era tão  gostoso... 

 

- Eu tenho que ir embora. 

 

 

 

 

 

Isso nunca doeu tanto. 

 

---//---//---//----//

 

 

Anoiteceu e mais uma vez a bad derrubou a porta, acompanhada das suas amigas estou com fome e queria estar morta. Saí de casa e fui até o mercado que Kyungsoo havia me levado no outro dia porque fome é algo bem tenso e senti vontade de comer salgadinho de pimenta às 22:00hrs.

 Estava quase vazio, se não fossem as músicas que tocavam lá dentro eu diria que estava sozinho. Cheguei até a prateleira que me interessava e peguei meus salgadinhos feliz da vida.

 

- Isso vai te deixar gordo. – Virei e percebi que era Minseok, com uma cesta cheia de bolinhos.

- Eu não sou do tipo que engorda.

- Que seja então. Você foi para aula sexta-feira?

 

Pensei em contar por um minuto o que havia acontecido, até me lembrar de como minha sexta-feira havia terminado.

 

- Não, não fui. Eu tive uns...Compromissos. E você?

- Bem, eu não fui também, estava com dor no corpo. –Minseok ria nervoso enquanto suas bochechas coravam,  logo virando de frente para a prateleira.

 

Caminhamos juntos até a atendente  e pagamos as compras juntos. Quando eu estava quase pedindo ajuda ao Minseok com o plano de Jongin, escutei a voz de Kris.

 

- ESPERA!

 

Olhamos para trás, vendo Kris em nossa direção com duas sacolas cheias. Meu rosto corou por lembrar da última vez que o vi apressado, senti vontade de enterrar a cara no asfalto e nunca mais olhar para alguém. 

 

- Alguém pode me ajudar aqui?

 

Olhei para Minseok, que devorava um dos bolinhos sem dizer uma palavra sequer e entendi o sinal mudo de que EU teria que ajudar. Peguei uma das sacolas e carreguei enquanto Minseok sorria e apontava para o lado oposto ao que estávamos. 

 

- Ah, vocês moram daquele lado?

- Sim, o Baek mora na rua que cruza com a minha. — Kris sorriu.

- Então a gente se separa aqui. Kris, relaxa, vai dar tudo certo. – Minseok piscou e se afastou, gritando ao longe – Tchau Baekhyun! 

 

Tentei acenar com a mão enquanto Kris sorria. Caminhamos pelas ruas góticas naturalmente, mas a noite estava quente, estranhei um pouco a ausência da chuva e tudo o que estava acostumado. Kris parecia nervoso. E o que ele possuía de nervosismo eu tinha em curiosidade. 

 

- O que tem amanhã? – perguntei baixo enquanto Kris deixou a sacola de compra no chão para abrir a porta de sua casa, entramos.

- Amanhã Zitao irá sair comigo. – sorriu, enquanto lhe passava as compras para que guardasse – Nunca fiquei tão nervoso na minha vida, acho que nem vou dormir direito! 

 

Tentei disfarçar meu sorriso amarelo para com Zitao. Claro, eles iriam se casar e serem felizes para sempre porque Canadá e flango se completam, claro. Peguei meu salgadinho de pimenta e comi.

- Boa sorte. 

- Obrigado!

Kris se aproximou e me deu um abraço apertado, senti o nariz dele encostando no meu pescoço e me arrepiei. Ri baixo e empurrei Kris.

 

- Só não me beije de novo, Ok? – Senti minhas bochechas quentes quando terminei de falar e Yifan se afastou, seu rosto também estava extremamente rubro.

- Olha, Baek, sobre aquilo, eu posso te assegurar que...

- Tudo bem, só... Vamos fingir que nada aconteceu, Ok? –estendi uma mão, Yifan apertou freneticamente enquanto sorria nervoso. Acho que demorou um pouco para ele perceber que se sujou com o salgadinho.

 

- Está meio tarde, eu te acompanho até em casa.

 

 

---//----//----//---//

 

 

 

Caminhar com Yifan era bastante diferente da habitual sensação de estar preso que Chanyeol dava, sempre tocando, sempre falando. Kris era mais calado e só falava quando realmente precisava, não era do tipo de forçar assunto e isso era bastante confortável. Chegamos em frente a minha casa e Kris me abraçou e deu um beijo no rosto.

 

- Desculpe por isso, eu acho que estou bem nervoso para amanhã – Yifan tentou se afastar, mas espalmei as mãos nas suas costas e fiz carinho sobre a roupa.

- Kris, você precisa de ajuda? Eu te acompanho até lá. – perguntei relaxado, acreditando que ele negaria, mas Yifan apertou o abraço e me levantou, girando no ar como um brinquedo. Me senti desnutrido.

- Claro, Você faria isso por mim? Sério, mesmo?

 

Assenti com a cabeça enquanto Kris ria, acabei rindo junto, acho que me tornei meio idiota com a convivência. Kris acenou com a mão enquanto se afastava e acenei também, entrando em casa e trancando a porta. Precisei correr até a sala para desligar a TV,  fechar a janela e acabei encontrando o canudo que Jongin havia me dado largado em cima da mesa.

 

 Subi as escadas depressa e fui para o meu quarto, joguei o canudo em cima da cama e fui para o banheiro. Terminei meu saco de salgadinhos no caminho e coloquei na lixeira perto da porta, tirei as roupas e fui tomar meu banho tranquilamente. Estava  escovando em baixo do chuveiro (porque é um hábito estranho, mas é um hábito), quando um som abafado de música começou a entrar no box. Durou uns quinze minutos até a musica sumir e eu pude sair e vestir meu pijama da Marvel antes de deitar. 

 

Não estava com sono, peguei o canudo e fiquei observando, tentando imaginar em como eu poderia por em prática uma coisa daquelas. Peguei o celular esquecido, cheio de teias de aranhas e poeira virtual (Ok, não é para tanto) e cliquei no Kakao, abrindo a conversa com Kyungsoo e ignorando a chuva de mensagens do grupinho que ele fez e me enfiou. Vocês podem não acreditar, mas assim que mandei uma mensagem ele surgiu das trevas para responder.

 

 

"Soo, me passa o número do Minseok."

 

"BAEK..?????1????? ."

"COMO É QUE VOCE ME SOME E SÓ APARECE AGORA? "

"AINDA PRA PEDIR O NUMERO DO MINSEOK"

"Se não fosse o Luhan eu teria ficado sozinho sexta"

 

 

Acho que ele esperava várias respostas dramáticas, mas fiquei na minha.

 

 

"Desculpa, Soo <3"

"Tá <3. Espera, já te envio o número dele"

 

 

Operação HunHan? Interessante.


Notas Finais


Repararam que Baekhyun não sabe falar "Eu te amo"? Ahjdhsjsdjhdj até semana que vem, beijinhos!


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