Minseok's POV on
Eu queria chamar atenção.
Mas é tudo tão complicado, não é? Digo, as coisas que acontecem comigo, com você também. Com o meu irmão, com Luhan e Sehun, com o dia a dia das pessoas. Porque nós tentamos ser diferentes quando não precisamos, mas somos diferentes sem querer.
E é confuso demais, como por exemplo, eu. Eu amo meu irmão, de sangue, de útero. Das brincadeiras inocentes até o nosso primeiro beijo. Eu o amo porque Jongdae me dá atenção e, ah, quem não gosta disso? Quem não gosta das luzes em si, dos elogios, do amor? A gente aprende muito cedo a chamar atenção. Chorar por um brinquedo, fazer manha, ou até mesmo fazer a sua expressão mais fofa em busca de algo. E eu aprendi muito cedo que usando algumas palavras, nós conseguimos de tudo.
Eu posso conquistar um sorriso elogiando seu corte de cabelo novo, assim como eu posso ganhar umas horas legais usando algumas palavras combinadas, meus lábios e minhas mãos. Sendo gostoso, safado, gentil, bonzinho...
Palavras fazem diferença entre fazer amor e foder.
Eu era diferente. Porque as vezes o tempo era curto demais para Jongdae me fazer amor, e se não tinha amor, eu aceitava foder. Porque eu tinha umas horas legais lhe ouvindo gemer manhoso, porque eu tinha seu corpo no meu, mas aquilo nunca parecia o suficiente. Eu queria atenção, mesmo que da pior forma possível. Eu queria ser notado.
Pelos meus pais que passavam horas fora de casa, pelo meu irmão, que chegava tarde da biblioteca e até por Luhan, que ficava horas e horas comigo mas nunca abria os olhos. Porque eu era um adolescente metafórico, e ninguém sabia ler as minhas entrelinhas.
Ah, e eu tinha bastante fetiches. De estranhos no metrô a dendrofilia experimental. Trisal foi um deles, e me complicou de cima a baixo.
É compreensivel agora? Não.
Porque ecstasy não foi uma boa idéia, transar sem camisinha, foder ou fazer amor sem uma delas. Mas eu o fazia, eu sempre fiz. Porque na minha mente camisinha era sinal de desconfiança. Porque eu não conseguia ser diferente quando tentava, mas era diferente sem querer. Porque eu não conhecia o corpo de Luhan e Sehun quando deixei que me dessem atenção, e agora eu me sentia sujo, imundo, nojento. E talvez fosse apenas coisa da minha cabeça, mas eu era quase um peso morto que fazia piadas sem graça, sem senso, sem chão.
Não que eu esteja reclamando, mas é que... as vezes você quer mudar e voltar a ser você. Xiumin precisava ir embora para que Minseok aparecesse, palavras do meu psicólogo. E resumindo, seria mais ou menos como: ''Kim Minseok, você está ficando maluco!!''. Mas eu sempre achei que o problema fosse outro além de eu ter espírito de doido e ser duas pessoas em uma.
O problema é que eu tinha muitos fetiches MESMO.
Naquela fatídica, quente e terrível sexta-feira eu acordei cedo, sentindo o perfume de Jongdae na camisa que eu havia pego escondido. Eu tenho alergia a muitos perfumes, mas o de Jongdae sempre me fez bem, e eu fazia questão de lhe lembrar sempre o quanto gostava. Ah, Dae, o seu cheiro é tão gostoso. Cheirei a camisa mais uma vez antes de abrir os olhos e sentar na cama, imaginando que o hyung havia ido até o hospital outra vez por causa da perna, e meus pais tentavam resolver um pequeno problema há alguns dias. Um pequeno monstro que insistiam em por um diminutivo na frente, mesmo sabendo a verdade.
Porque se ser de classe média e ter um filho com ficha na delegacia é ruim, imagine ser de classe alta e ter um boletim de ocorrência registrado para o seu filho mais novo.
Eu sabia que eles nao me deixariam em paz tão facil, pagar a eles por sigilo estava fora de cogitação. Então eu respirei fundo quando ligaram para a minha casa, quando minha mãe foi me buscar, quando disse que resolveria tudo.
Jongdae era a ultima pessoa que deveria saber da detenção, mas foi a primeira a atender o telefone, porque eu tenho um azar desgraçado. E tive que implorar muito para que não lhe contassem o motivo de eu ter ido parar naquele lugar, com dor de cabeça, roupas molhadas e Sehun vomitando e engasgando enquanto dormia.
E ali, em cima da cama, eu decidi que faria tudo diferente no meu último dia de aula. Que eu seria honesto com Jongdae quando chegasse em casa e daria a cara a tapa ao meu pai quando explicasse o que havia feito com a minha parte do dinheiro que foi parar nas mãos de outra pessoa. Mas claro, eu pretendia usar um método discreto, o que não aconteceu como eu planejava.
Xiumin permaneceu dormindo na cama enquanto eu me arrastei pelo quarto, peguei minha escova de dentes e uma toalha, então fui para o banheiro. Era sexta feira, último dia de aulas, e tudo o que eu passei ao longo do ano me fez ficar de olhos fechados embaixo do chuveiro, sentindo o contato da água fria contra a minha pele. Logo terminei o banho, fui para o quarto para me vestir, e enquanto Xiumin se embrulhava nas cobertas, murmurando sobre a claridade da janela aberta, eu peguei a mochila e desci, dando de cara com a empregada terminando de recolher a louça, meu sanduíche natural e suco sobre a mesa.
Ah, meus pais adoravam aquelas mesas ocidentais, sabe? Com pesos leves e nenhuma pasta, torradas e geléia, fruta. E tudo passava em borrões diante ao meu nervismo. Comi o mais rápido que consegui e me respirei fundo antes de sair de casa apressado quando escutei a buzina.
Naquele dia, Lay e o irmão dele me ofereceram carona, e eu vi Xiumin embrulhado em um cobertor, acenando para mim, da janela.
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Geralmente a gente passa a vida inteira reclamando sobre ir para aula, que não aguentamos mais o Colégio e que não vamos sentir falta quando acabar, mas a realidade é outra. Porque vocâ pode passar quantos anos quiser fazendo faculdade, mas nem o primeiro período será tão bom e limpo quanto o seu colegial inteiro, fato. Estava chuviscando um pouco quando chegamos ao colégio, e ao descer do carro já fui surpreendido com a imagem dos garotos do time chorando abraçados, e entre eles, Jongin e Sehun. Mas Sehun estava com a cara fechada de sempre.
Eu o encarei involuntariamente, porque depois do que passamos eu não conseguia mais evitar fazer isso, era como se nós tivéssemos matado alguém e escondido o corpo, uma espécie de culpa me possuía. Yixing agarrou meu braço e fomos para a nossa turma, ignorando aquela mesma imagem de choro coletivo por todo o prédio. Eu também queria chorar, queria muito, mas eu (fico feio quando choro) nunca fui muito bom em demonstrar o que eu sinto da forma correta. Um grande exemplo foi quando me arrependi do que havia feito com Jongdae hyung, mas simplesmente passei a lhe ignorar, achando que ele viria atrás e resolveria tudo.
Porque amor passou a ser uma coisa estranha hoje em dia, sabe? As pessoas entram em uma disputa por quem ignora mais. E isso, na mente delas, é se dar valor.
"Se dar valor" é correr atras do que faz você se sentir bem, demonstrar amor é demonstrar valor.
Mas quem sou eu para dar lições, Xiumin ou Minseok? No momento, acho que Xiumin ainda estava correndo para o Colégio, com o cabelo despenteado e uma calça tão colada que prendia a passagem de sangue em suas veias.
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Durante aquele último dia ficamos na sala de aula, nos despedindo de quem vinha falar conosco, e por um lado eu me arrependi amargamente de ter saído da minha cama com cheiro de Kim Jongdae. Mas conheci dois fãs do Crown the empire no meio das despedidas, e me arrependi amargamente, também, de não ter conversado com eles antes. A gente perde muitas oportunidades com essa visão torta de ''se dar valor''. Dê amor apenas a você mesmo e nunca ira recebê-lo, Xiumin costumava falar ao pé do meu ouvido durante a noite, enquanto seus dígitos dedilhavam pelas minhas coxas. E realmente fazia sentido. Porque eu poderia ter cantado Machines durante três anos com aqueles tipos, mas escolhi empinar o nariz.
E às 09:00 da manhã eu já estava cansado de tanto ver pessoas repetindo as mesmas palavras de arrependimento, os mesmos sorrisos. Eu estava exausto e com sono e ainda teria que ficar ali até o fim do dia. E foi no momento em que eu peguei o celular do bolso que Kyungsoo apareceu na porta, segurando as alças da mochila negra e caminhando até mim.
- Baekhyun não vem? - Perguntei, guardando o celular no bolso depois de apenas conferir as horas. Kyungsoo encheu as bochechas de ar antes de repetir, em resposta.
- Baekhyun não vem.
-Ah...
Silêncio. Minha relação com Kyungsoo sempre fora desse jeito, nós não nos dávamos muito bem a sós. Depois que fiz meu mapa astral eu comecei a achar que tinha algo a ver com essa parada toda. Sabe, dizem que isso realmente afeta as pessoas. Eu não entendo nada mas me esforço, embora não me veja como um ariano violento, espartano e amante das artes das trevas igual descrevem numa conta famosinha que vi no twitter. É questão de público; fale aquilo que a maioria acredita e será real, mesmo que um pisciano seja sociopata, um ariano chore horrores e um virginiano seja desleixado.
E enquanto eu estava ali, refletindo em silêncio em frente a Kyungsoo, Yixing deu de ombros e se juntou com o Sehun. Fiquei bem surpreso ao ver os dois conversando, mas eles realmente pareciam se entender no assunto que adentraram porque Yixing pegou a mochila ao meu lado, sorriu e acompanhou Sehun e seus cabelos coloridos até a porta. Quando saíram da sala, Kyungsoo chutou meu joelho, chamando atenção.
- Bem, - Ele começou. - Já que não temos mais nada a fazer aqui, vem comigo.
- Para onde? - Perguntei, massageando meu joelho enquanto ele ria.
- Pra qualquer lugar longe daqui. - Ele deu de ombros, apontando para as pessoas ao fundo da sala. - Ou você quer ficar vendo esse povo todo chorar?
- Mas, cara, isso... é... - gaguejei, muito. - É tipo... cabular aula!
Eu estava ficando nervoso com a proposta, e Kyungsoo me deixou ainda mais nervoso quando aproximou o rosto do meu, seus lábios tão rente à minha orelha quando falou que eu senti sua respiração quente bater na minha pele.
- Mas porque não cabular aula, irmão, se vamos todos morrer?
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Não demorou mais do que 20 minutos para eu me surpreender ainda mais com as mil facetas de Do Kyungsoo. Como eu as descobri? Quando sentamos no parapeito da escada do terceiro andar e ficamos destilando nosso estoque de veneno em quem passava lá embaixo. O nerdzinho tímido e respeitoso que havia estudado comigo deveria estar descansando no submundo, ao lado de muitas cópias do artpop. Xiumin gostava disso, do ar misterioso e imprevisível. Fetiche detected.
- Nossa, que pele linda você tem. - Kyungsoo gritou para uma das meninas que passava. Quando olhou em nossa direção, pronta para se sentir "A" desejada, eu atirei.
- Deixa eu fazer um casaco com ela!
Kyungsoo começou a rir enquanto ela revirou os olhos e foi embora. Era a terceira vítima da mesma piada.
- Nossa, Minseok, seu venenoso!
- Eu? Mas você quem inventou a piada!
Ele piscou para mim, saindo do parapeito.
- Mas você a aperfeiçoou.
Quase tive um ataque com aquilo. Um elogio do mal sempre foi um dos meus maiores sonhos. Saí do parapeito também e comecei a rir, até que pegamos o elevador. Ah, minhas mãos esfriaram quando entrei naquele elevador maldito, projetado por Satanás e Cia. Eu encarava o reflexo de Kyungsoo na parede de metal e me questionava internamente por quê diabos nós não haviamos saído mais vezes, apenas eu e ele.
Se bem que no dia em que fomos ao boliche, Luhan, Kyung e eu, não nos demos muito bem. Ainda assim, Xiumin respirou fundo, inconsolável.
- Por que eu não falei com você antes?!
- Porque você não sabe aproveitar a vida. - Ele falou, todo orgulhoso. Dei um soco m seu ombro e viramos de frente um para o outro. - Brincadeira. Eu também queria ter falado mais com você antes, Minseok. - As portas abriram, quase infartei. - Você é muito legal.
- Você também é muito legal, cara. - Respondi, saindo do elevador junto com ele e passando rapido pelo pátio, antes que alguém nos visse. - Se eu fosse gay, beijava a sua boca!
Ah, mas eu não deveria ter dito aquilo. Kyungsoo parou por alguns instantes e ficou me encarando ali, a cabeça inclinada para o lado e o cenho franzido, como se eu tivesse dito uma barbaridade absurda.
- Você é hétero?! Estou perguntando, não julgando, não tenho nada contra.
- Na verdade, não. - Ri para ele, sussurrando. - I'm jongdaesexual.
Não sei se ele entendeu, provavelmente não, já que não conhecia meu irmão e eu era fluente in englishsês, mas nem me importei. Tudo que ele precisava saber é que o Dae era meu e eu era do Dae. Fim. Mas isso não me impedia de tirar brincadeirinhas com o Soo, a fim de conseguir minha cota de atenção barra fetiches diária. Estávamos caminhando em direção aos portões do Colégio, que estavam abertos, quando Xiumin agarrou Kyungsoo por trás e beijou seu pescoço, na brincadeira. E tudo seguiria normalmente se ele não tivesse ficado arrepiado e rindo no mesmo instante. Então eu saquei uma coisa...
- Ah, você é virgem! - Infelizmente, demorei a perceber que eu havia gritado. Xiumin riu. - Desculpe.... mas você é, né?
- C-como você sabe? - Ele perguntou, estava tremulando os lábios, em um misto de surpresa e vergonha típico de quem via a minha pessoa. Olhei em volta, vendo algumas garotas que, assim como nós, estavam tentando fugir do colégio no ultimo dia de aulas. Repare na rebeldia, apenas ousados e ousadas. Assenti para que elas soubessem que não havia ninguém, e uma delas murmurou um "obrigado" quando passou por nós. Deveriam ser umas onze da manhã, quase o horário do almoço, e eu consegui pensar em uma ótima atividade para mim e meu querido colega de classe. Agarrei a mão de Kyungsoo com firmeza e o puxei de volta, em direção ao outro lado do pátio, e logo fomos para a primeira sala que encontrei aberta, a de música.
Larguei seu pulso e olhei em volta antes de encostar a porta.
- Ah, porque virgens são sensíveis. - Respondi tranquilamente enquanto Kyungsoo se acomodava em um assento próximo ao painel de controle, entretido com o mini estúdio e jogando nossas mochilas no chão mesmo, perto de seus pés. Eu já havia entrado ali outras duas vezes graças a Chanyeol, então não estava tão surpreso com as parafernálias por todos os cantos, paredes com partituras ou um vidro repartindo a um estúdio com microfone condensado. Aproveitei a distração de Kyung para me aproximar por trás e abraçá-lo, as mãos de Xiumin apertavam levemente a área sobre sua barriga. E sabe o quão surpreso eu fiquei quando senti firmeza na área? Muito surpreso. Por quê? porque, senhoras, senhores e chineses, Do Kyungsoo tinha abs.
Pude notar seus ombros tensos ao meu toque.
- O que você tá fazendo, cara? - Ele perguntou, a voz falhando ao fim da frase, quando deixei que a minha respiração batesse rente à sua nuca, o deixando arrepiado.
- Voce é sensível igual ao Dae. - Xiumin murmurou, dando um pequeno selar atrás de sua orelha ao que Kyungsoo se encolheu todo, rindo fraco e girando o assento para me empurrar. Me afastei de si, rindo e o analisando, coisa que eu nunca havia feito antes. Ele era realmente fascinante, seus olhos brilhavam em curiosidade ao mesmo tempo em que mantinha-se na defensiva, pois sabia o quanto respeitava Jongin, seu namorado, e mesmo que quisesse muito experimentar novas sensações, ele não me permitiria tirar essa honra de Jongin. Era algo que me fazia admirar Kyungsoo muito além do típico e ver o quanto era diferente de mim, de nós. O quanto sabia regrar os toques em seu corpo, as coisas que lhe aconteciam. Kyungsoo também queria amor, mas não de qualquer um. O que era uma pena... para ele, né, que ia me perder. E não havia passado pela minha cabeça antes a possibilidade de ele ser virgem. Até a poucas horas atrás ele fazia brincadeiras com teor erótico, falara diversas vezes no grupo que tinha namorado e ele quase havia me beijado mais cedo, virgindade era a última coisa que eu achava que ele ainda poderia manter. Mas mantinha. Filho de uma taiwanesa.
A minha parte santa estava indignada com aquilo, mas a parte incontrolável em mim tinha vontade de lhe contar tudo o que sabia, de lhe fazer os primeiros toques, de lhe enlouquecer. Mordi a língua sem força enquanto o observava passar a sua sobre os lábios cheinhos, um ato que deveria ser tão natural mas que tamém poderia ser extremamente sexy, dependendo do momento. E Jongin realmente teria sorte quando esse momento chegasse.
Balancei a cabeça e ri fraco enquanto me aproximei de Kyungsoo, encaixando meu corpo entre suas pernas abertas e o abraçando com força, logo sentindo suas mãos quentes afagarem as minhas costas e sua bochecha debruçada sobre meu ombro esquerdo, totalmente relaxado. Naquele momento eu senti que não precisávamos nos explicar sobre o abraço, não precisávamos de um motivo porque éramos loucos, nós dois éramos as pessoas mais estranhas que eu já havia visto em toda a minha fucking vida. E escutar a risada gostosa de Kyungsoo apenas confirmou aquilo. Nós éramos jovens e loucos, era o que nos tornava tão diferentes e tão especiais, mesmo sem querer. Mas ele tinha um perfume que, menino, me segura.
Afaguei seus cabelos e fechei os olhos quando Kyungsoo começou a descer as mãos pelas laterais do meu corpo, logo adentrando os dedos nos bolsos traseiros da minha calça. Tudo bem, ele estava curioso. E eu não podia deixar a minha última oportunidade fugir, hehe.
- Minseok, - ele me chamou em um fio de voz, logo pigarreando. - Bem, alguem já tocou você, sim?
- Sim, Soo... alguém já me tocou. - Respondi, fazendo a voz mais suave que consegui para que não transparecesse o quão desconfortável eu havia ficado com o assunto. Kyungsoo estava curioso. e se eu não usasse as palavras certas ele poderia levar aquela experiência e baseá-la em Kai. Eu não queria que ele se privasse de soltar suas curiosidades com seu namorado, e sabia o quão estranho deveria ser, para ele, perguntar algo a mim.
- Muitas vezes?
- Sim, muitas. - Senti meu corpo vibrar, lembrando da última vez que havia sido tocado por aquele alguém. Fazia um bom tempo.
- Hm... e.... como... é?
Contive uma risada quando ele me olhou, curioso.
- Como assim?
- Não sei. - Ele respondeu, abaixando o rosto enquanto suas mãos se desfaziam do meu corpo rapidamente. Imaginei que seu interior deveria estar queimando em vegonha pela pergunta, e usei toda a falta de vergonha na cara que tinha em mim para levantar seu rosto e acariciar sua bochecha com o polegar.
- Kyungsoo, você já se masturbou?
Os olhos dele dobraram de tamanho.
- B-bem...
- Você não precisa ter vergonha de mim, eu não vou espalhar pro mundo todo, cara. Relaxa.
Tentei passar segurança a ele, era um processo totalmente normal e eu apenas estava confirmando. Não é como se você ter dezessete anos e se masturbar uma vez ao dia fosse algo raro. As vezes, eu deixava um vídeo pausado na parte certa e usávamos duas, três vezes por dia. Talvez mais.
Kyungsoo pareceu hesitante e pouco seguro com a própria resposta formulada na ponta da língua. Movi meu polegar por sua bochecha, escorrendo até seu queixo e sorri, vendo seus olhos fecharem para finalmente responder.
- Eu já me masturbei varias vezes.
Um adolescente que se masturba, hoje, no Discovery Channel.
- Hm. - Murmurei, esperando que abrisse os olhos e me encarasse. - E foi bom?você sabe...
-Sim. - ele sorriu, esfregando a mão contra sua coxa, entao sacudiu a cabeça. - Mas... eu quero saber como é, sabe, com outra pessoa. É bom?
- Ah, compreendo. - Deixei minha voz em um tom mais grave e comecei a mover meu quadril, levando-o de encontro ao corpo de Kyungsoo, simulando um vai e vem lento que o fez arrepiar de imediato. - Não sei. O que acha?
Ele entreabriu os lábios e me encarou, as mãos voltaram para dentro dos meus bolsos e logo me puxavam ainda mais contra seu corpo, ele havia aprovado a sensação a ponto de não querer se desfazer dela, o que me deixou com medo. Medo de mim mesmo e dos meus impulsos. Porque Xiumin achava que amor era interessante, mas na falta dele vinha o fetiche por garotos com as exatas características de Kyungsoo. Aí pronto, fiquei no cio.
- É gostoso, não é? Imagine dentro de você, entrando e saindo devagar. - Murmurei assim que ele apoiou a bochecha no meu ombro outra vez e deu um pequeno gemido. - Mas vamos parar bem aqui, ok?
Quando quiser que implorem por você, ameace parar tudo.
- Não, minnie. .. por favor, não para ainda.
Nem vem com essa de Minnie, parceiro.
Senti um arrepio passar pela minha base quando as mãos de Kyungsoo rodearam meu tronco, arranhando as minhas costas e arfando baixinho. A voz arrastada ecoava na minha cabeça, me fazendo imaginar uma cena que, caso acontecesse, me faria sentir imensa vergonha no futuro. Eu precisava controlar tanto aos meus impulsos quanto aos de Kyungsoo, e os dele pareciam ainda mais fortes que os meus. Decidi que lhe daria um pouco do que queria, apenas para que sentisse um desejo quase incontrolável, a ponto de procurar por Jongin quando eu me afastasse. Ah, Jongin ia ficar me devendo uma.
Deslizei as mãos pelas pernas dele, as rodeando na minha cintura e o guiei ate o chão, ficando sobre seu corpo e ainda simulando os movimentos de penetração, tendo suas pernas em volta da minha cintura até o momento em que me desvencilhei delas. Kyungsoo se remexia no chão, guiando as mãos nervosas ate o próprio zíper e abrindo o jeans, ao que pude ver seu membro dando sinais debaixo na roupa. GRITO.
Imaginei o calor que ele sentia, o desejo, a tentação. A vontade de se tocar ali mesmo, na minha presença, batia de frente com a vergonha em fazê-lo. Aquilo me fez ter uma ideia brilhante e descontraída, que tanto poderia quebrar aquele clima estranho quando servir de experiência de uma forma engraçada no meu nível sem graça.
- Voce é virgem. - Apontei outra vez, sentando ao lado das mochilas enquanto Kyungsoo se acariciava com a ponta dos dedos, timidamente.
- E daí? - Perguntou. Nem naqueles momentos ele deixava a pose. Fiquei confuso sobre a posição que ele iria preferir, Kyungsoo tinha jeito de ativo. Eu gosto de ser passivo, ser ativo é muito chato você se mexe demais. Minha religião, o sedentarismo, proíbe isso. Foquei em sua pergunta.
- Voce quer perder? - Perguntei com um ar eufórico, e Kyungsoo deslizou para longe de mim no mesmo instante. Não aguentei e comecei a rir. - Eu tava brincando, idiota.
É. Talvez fosse passivo.
- Eu tenho namorado.
- Eu sei, cara.
Dei um chute na coxa dele, ao que seus olhos vieram de encontro aos meus.
- Mas você bem que podia dar uma chupada.
Ah, no céu tem pão de queijo.
- Eu bem podia o quê? relaxa na bíblia, Do Kyungsoo.
Eu achei que aquilo seria o suficiente para cortar aquele assunto, mas não foi. Comecei a ficar desesperado quando ele começou a engatinhar na minha direção, passando a língua nos lábios. Pra um virgem, até que ele já era bem safadinho. Cara de quem já assistiu pornô gangbang. Não que eu tenha assistido.
- Dar uma chupadinha, ué. - Ele repetiu, a voz entediada contrastava com o bico formado nos lábios, pura manha. - Vai, eu não posso ir pra casa de pau duro!
Outra coisa que nós tínhamos em comum, não fazíamos muita cerimônia na hora de falar. Pau, pinto, penis. Eu adorava isso, até cogitei sobre um Kyungsoo amante de dirty talk. Esperei que seu rosto estivesse próximo ao meu e dei um peteleco na ponta do nariz dele.
- Pede pro seu namorado então. - Xiumin, minha parte safada e do mal, torceu o nariz.
- Kai? - Ele se afastou como se eu tivesse jogado sal grosso e rezado em latim, massageando o nariz vermelho e sentando de pernas cruzadas no chão. - Eu... tenho vergonha...
- Você pediu uma chupada pra quem cabula aula com você e não pede pra quem te namora. Qual o down?
Ele pareceu hesitante outra vez. Vê-lo arrancando a pele fina dos próprios lábios me dava uma agonia imensa.
- É que o Jongin nunca tocou em mim, igual você tocou.
- Nunca? - arqueei uma sobrancelha, há falsas em trenós.
- Nunquinha. - Ele riu fraco, parando de morder os lábios e batendo nos joelhos. - Mas ele dormiu lá em casa outro dia e ele acordou, você sabe...
- Ah, isso é horrível. - E era mesmo, já passei muita vergonha ficando duro aleatoriamente dentro de metrô, pelo menos ele estava em "casa". Respirei fundo e dei de ombros enquanto Xiumin tomava a vez. - Chupa ele. As vezes, quando "isso" acontece, eu acordo o Dae dando mordidas na barriga dele, e conforme vai acordando eu faço.
- Sempre? - ele pareceu mais interesado, encarando meus lábios, provavelmente imaginando a cena. Tive que explorar todo o meu lado humorado (porém, nada engraçado) para ser descontraído e eliminar qualquer resquício de vergonha daquela conversa.
- Não, né. Você não pode chupar ele todo dia. - Estalei a língua. - Ninguém gosta de mesmice, nem de bayblade gulosa.
Sem falar que se você tenta chupar o picolé todo de uma vez, ele derrete e cai.
- Essa conversa é tão obscena. - Kyungsoo fez um "o" perfeito nos lábios, cobrindo-os com a mão. - Eu gosto disso.
- Sim. - sorri. - o universo das bolas de gato é pura cultura. Realmente é bem dificil alguém disposto a contar.
ah, isso é verdade.
Um grande exemplo é que quando eu não sabia direito sobre sexo, ninguém vinha me contar como eram as sensações, e eu tinha vergonha demais para perguntar. Eu não queria saber só o que acontecia, eu queria saber o que as pessoas sentiam. Em uma chupada, em gemidos, um corpo se movendo contra o seu. Eu queria saber, e ninguém nunca chegou para mim como eu cheguei em Kyungsoo, disposto a contar. Então veio Jongdae, o amor, o sexo. Xiumin veio também, esse michê. Ah, e aquela piada horrível das bolas de gato veio junto.
E foi exatamente por isso que Kyungsoo franziu o cenho e riu para mim, sentando e tentando esquecer a ereção entre as pernas.
- ''Bolas de gato''?
Eu esperava que ele perguntasse e ri, minhas bochechas esquentaram quando Xiumin revirou os olhos.
- Ah, é uma piada que eu montei com o Dae. - Cocei a nuca. - Boquete soa igual ball, cat. Bola, gato, e morreu.
Ele abriu a boca, sibilando um "aaahhhh" e fazendo bico no fim. Claro, a piada era horrível, era óbvio que ele não iria rir daquilo. Respirei fundo o ar do vácuo e toquei em seus joelhos.
- Enfim, quer aprender? Te ensino o básico de graça.
Foi o mesmo que oferecer um grammy para a Katy perry.
- Quero!
- Okay!
Xiumin e Kyungsoo fizeram um H5 e eu fui até a minha mochila em seguida, abri o compartimento de trás e tirei a minha amada e secreta lancheira. Como eu teria que ir para a empresa dos meus pais, levei aquilo caso sentisse fome antes. Tinham duas bananas dentro, tirei uma e descasquei antes de Xiumin entregar a Kyungsoo. Ele riu, balançando a banana no ar.
- Pra quê isso?
Pigarrei, apontando o indicador para cima.
- Lição 1, um pau é um pau, não importa a aparência.
- Desculpe? Vamos tentar de novo. - kyungsoo conteve a vntade de rir, encarando a banana. - Mas é muito fino!
- Entre as suas pernas tambem é. - Xiumin revirou os olhos e bufou. - Você não vai fazer um pornôzão, Kyungsoo.
Ele fez uma careta engraçada em resposta e eu contive o riso para parecer mais profissional. Mas, como diria Xiumin, não existem profissionais quando o assunto é putaria.
- Enfim... O que eu faço com isso, Minseok?
- Põe na boca. - Dissemos juntos, pela primeira vez. Ao que timidamente pude ver Kyungsoo introduzir a banana na boca, seus lábios carnudos e vermelhos pareciam extremamente tentadores.
- Assim?
Assenti, vendo-o retirar a banana e rir.
- Lição dois. Pau é tipo baguete, vai por pedacinho. - Xiumin gesticulou no ar. - Não enfia de uma vez. Você vai por a cabeça, depois desliza.
- Mas vai encher de saliva. - Kyungsoo retrucou, uma expressão de nojo pairava em seu rosto.
- Esse é o foco, criatura. - toquei em seu ombro. - Se você salivar, escorrega melhor. Mas não precisa virar um pit bull. - Fiz uma pequena pausa. - É pra chupar o pau, não dar banho nele.
Kyungsoo assentiu, encostando os lábios na ponta da banana, deslizando para dentro da boca e retirando devagar. Pelo menos ele sabia cobrir os dentes com os lábios, imagina o sofrimento do pobre menino Kim Kai.
- Assim?
- Assim tá bom. Agora mais rápido.
Ele revirou os olhos, frustrado, antes de repetir tudo de novo, movendo a cabeça para frente e para trás com mais velocidade. Ah, se eu filmasse isso e colocasse na internet, seria viral. Fechei os olhos e deixei que Xiumin tomasse a vez, mesmo que soubesse que nada de bom sairia de si.
- Lição 3! - ele começou. - Pau não é gato, mas adora um carinho na cabeça! Rodeia a língua na ponta antes de por tudo na boca.
E não é que ele obedeceu?
- Assim? - Ele falou, lambendo a ponta da banana e enfiando tudo na boca em seguida. Eu apenas observava o rumo da conversa, sendo diferente, sem querer.
- Assim ta ótimo! Lição 3. - Kyungsoo encarou Xiumin atentamente. - Não coma só os bacons, lembre dos ovos no prato. Sacou?
Soltei o famoso grito da pantera.
- Eu gosto de me tocar assim! - Kyungsoo falou, largando a banana. Foi quando eu soube que havia conseguido completar meu serviço super básico.
- ótimo, o Dae também. Já podemos cortar esse final. - Sorri, ao que xiumin se pronunciou. - Seu curso terminou.
Peguei minha lancheira oculta e guardei dentro da mochila, então senti um pé acertar em cheio nas minhas costas.
- Quê? Só isso? - kyungsoo deixou a banana abandonada no chão, encarando seu membro coberto pela boxer. - Você é um idiota.
Nisso eu precisava concordar.
- Falei que te ensinava o básico, não revelo o Kamasutra de graça nem morto.
Xiumin mostrou a língua, e foi a deixa de Kyungsoo para enfiar os dedinhos na boxer e puxar o membro para fora, incitando com a mão de cima a baixo. Virei o rosto e respirei fundo enquanto Xiumin queria ajudá-lo a se arrepiar e gemer conforme entumescia. Kyungsoo deslizava o dedo pela glânde e intensificava os movimentos igual eu fazia com o Dae, e notei que eles pareciam ter as mesmas preferências. Ele apoiava os cotovelos no chão, gemendo baixinho e movendo os quadris contra a mão, tive vontade de rir. Aquele momento foi minha deixa para rodear a mão em seu membro, lhe tocando da forma que o Dae gostava por alguns instantes, e quando notei que estava quase gozando, parei de lhe tocar e levantei.
- Você termina. - Xiumin falou, e ele não esperou por qualquer cerimônia antes de começar a se tocar com velocidade, eu via os filetes de sêmem saindo a cada vez que ele subia a mão. - Mas cá entre nós, se o Jongin também for virgem é melhor guardar a chupada pra outro dia e manter a calma. - Xiumin aconselhou, me fazendo sentir vergonha. - Senão ou ele vai gozar rápido ou vai broxar. Se concentre em se preparar, literalmente, mentalmente... e pelo amor de xiusus, fisicamente.
Quis me enfiar em um buraco quando meus lábios terminaram de se mover e Xiumin riu baixinho, se escondendo atrás de mim enquanto Kyungsoo se jogou no chão, tentando normalizar sua respiração.
- Você parece tão experiente nessas coisas. - Ele falou, ofegante. Enquanto eu saí da sala sem olhar para trás.
Ah, o último dia de aulas, inesquecível.
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Eu nunca pensei que iria cabular aulas , realizar desejos ocultos e criar trauma de bananas no mesmo dia. Kyungsoo acabou me alcançando na fuga do colégio, e disse que iria até a casa de Baekhyun saber porque havia sido largado sozinho. "Sozinho", ok.
Cheguei em casa, joguei minha mochila sobre o sofá e subi para tomar banho, foi quando eu vi uma enfermeira ajudando o Dae a sentar para almoçar. Ele parecia bastante abatido por não ir para a biblioteca, mais abatido ainda porque eu não quis mais nada consigo depois de quebrar a perna. Primeiro, porque ele não me contou como fez aquilo e segundo, ele não estava em condições para isso. Estávamos afastados um do outro e isso afetava aos dois, mas segui firme. Subi e tomei meu banho o mais rápido que consegui, vesti um jeans rasgado, uma camisa de banda, coturnos pretos e desci, pronto para ir conversar com os meus pais e morrer.
E, para a minha surpresa, me deparei com Jongdae também arrumado e me esperando ao fim da escada.
- Ah não, você vai ficar. - Ditei antes que ele se pronunciasse, era a primeira vez que nós iriamos conversar depois de ele ter quebrado a perna. Meu plano era ter voltado a falar com ele com ajuda das balinhas, e Xiumin queria fazer tudo o que tinha direito também, mas, como você deve saber, deu muito errado. Tanto que...
Flashback on
Luhan's POV on
"Luhan, eu tô duro! "
Era a voz de Minseok, distante, mas eu entendi cada palavra. Fechei os olhos quando senti as pálpebras pesadas e senti meus braços ficarem para cima enquanto um frio tomava meu tronco. eu já estava sem camisa?
Logo desci as mãos pelo meu corpo e confirmei a falta do tecido, desci a destra sobre o jeans e senti meu membro apertado, pulsando e chamando a atenção de Minseok.
- Eu também estou. — massageei por cima da roupa, Minseok mordia os lábios. Eu me sentia fraco, tonto, mas com um puta tesão. — Minseok, que diabos está acontecendo?
Ele me encarou silencioso e desceu as mãos pelo meu abdômen, que ficou tenso ao sentir as unhas ligeiramente grandes me arranharem em direcão a roupa. Deixei que ele abrisse minha calça e o ajudei a tirá-la por completo, jogando em um canto qualquer, e logo senti uma mão massageando a parte interior das minhas coxas e o hálito quente batia no meu pescoço, eu estava arrepiado com a sensação. O toque dele subiu ate a virilha, então ele puxou meu membro pelo lado da cueca. Senti vergonha de me exibir para ele mas antes que tentasse recuar minseok iniciou os movimentos. ele me masturbava discaradamente, como se fosse algo comum entre nós dois; movimentava a mão devagar e me levava ao delírio quando ciculava a glande com o indicador. Mas aquela carícia não durou muito, ja que ele pareceu ter pressa em me abocanhar por inteiro. Se ajoelhou e o fez sem pausa, enquanto um gemido esganiçado saira da minha garganta. As mãos ainda o auxiliavam, mas a boca fazia tudo que se possa imaginar, eu estava revirando os olhos de prazer. Logo eu o segurava pelos cabelos e o puxava para mim, fazendo-o engolir toda minha extensão tesa e por vezes se engasgar, eu sentia meu membro pulsar quando ele tossia e causava uma vibração contra a pele.
- lu, eu... não queria.... fazer isso... eu não sabia... — ele dizia entre as chupadas, mas não me largava.Joguei o quadril em seus lábios, era como se alguém manipulasse meu corpo.
- O... quê..? — perguntei, sentindo seus lábios abandonarem meu membro por um instante.- Eu peguei... essa era pro Dae... eu confundi na... hora... de pegar.
Luhan's POV off
Flashback off
Pois é. Vamos voltar para a sala da minha casa antes que eu morra de vergonha. Jongdae me olhou com tristeza depois de dizer para ele ficar.
- Por favor, Min. Eu estou cheio de ficar em casa!
Ele fez uma cara engraçada, tentativa de aegyo, talvez, mas não me seduziu. Acenei negativamente e passei por ele, em direção a porta. Jongdae era um irmão mais velho extremamente chato, mas naquele momento, quando virei para ele e o encontrei parado no mesmo lugar, eu quis me matar por sentir pena. E o desgraçado riu quando abri a porta e o esperei. Mas fiquei feliz por ele conseguir sair sozinho, mesmo que usando as muletas.
- Sua perna. - Apontei quando entrei no carro, após meu irmão. - Como está?
- Está bem... - Ele sorriu para mim, apoiando as muletas de mal jeito e olhando para o motorista. - Vamos?
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As vezes eu olhava para o motorista e pensava em como eu me sairia em seu lugar. Com certeza, eu sairia atropelando todo mundo na rua, igual o carinha do GTA. E percebi que levar Jongdae havia sido uma péssima ideia quando ele deitou a cabeça no meu colo e dormiu. Eu tive medo pela perna dele, porque estava deitado de mal jeito e poderia machucar ainda mais, mas não queria acordá-lo, sabia o quanto ele dormia mal durante a noite. E, ah, eu sentia falta de ter seu calor tao junto ao meu, nao queria que se afastasse. Sem falar no meu fetiche em sexo dentro do carro em movimento, minha imaginação foi ao paraíso tomar chá com Deus.
Estávamos na metade do caminho quando eu senti uma mordida na minha barriga e estremeci. Olhei para baixo, Jongdae ainda ''dormia'', tão tranquilo que me dava vontade de acariciar seu rosto, o que não me privei de fazer. Acariciei sobre seus lábios, seus cabelos e até me esforcei para dar um beijo em si, mas não deu muito certo. Logo que chegamos, Jongdae acordou, pediu desculpas por ter dormido e eu o ajudei com as muletas, mas ele estava com a aura independente, alegando que conseguia ir sozinho até o último andar. Chovia um pouco mais forte do que pela manhã, respirei fundo e fui atrás dele.
Na Pratna, a joalheria dos meus pais, haviam dois andares como parte principal. O primeiro eram alianças baratas, menores e mais comuns - lê-se, nas palavras dos meus pais, "as que pouco nos importavam" -, enquanto o segundo era restrito a compradores mais sofisticados, mantendo alianças de bodas e o mais procurado, nossas jóias únicas. O prédio subia até o decimo segundo andar, onde haviam os escritórios de nossos pais e uma pequena sala, que era para onde nós teríamos de ir. E, sabe, eu sempre odiei elevadores, por isso sempre optava pelos lances enormes de escada, mas naquele dia eu não poderia fazer isso e deixar o Dae para trás. Agarrei seu braço e entramos no cubículo, ele selecionou o andar e riu quando o elevador começou a subir e eu me desequilibrei, apertando as barras na parede como se minha vida estivesse por um fio. Eu não sabia se estava mais nervoso por causa do elevador ou porque Jongdae estava indo comigo até meus pais para falar sobre o meu problema na delegacia e com a familia Zhang.
- Não precisa ter medo, Min.
Aham, vai.
- Ah preciso sim, você nunca assistiu filmes? Esses elevadores travam e as pessoas morrem neles, então surgem muitas baratas carnívoras e devoram os corpos mortos.
Pode parecer drama, mas eu realmente adquiri trauma de elevadores depois de assistir tantos filmes com o mesmo roteiro, isso me afetou em relação a aviões também, metrôs... Ah, e pombos. Pombos assasinos. Filmes me deram muitos traumas.
Jongdae ficou rindo de mim enquanto subimos e quase caiu no chão quando as portas abriram e eu saltei o mais rápido possível para fora. Esperei que ele saísse para irmos até nossos pais, entramos na sala deles e... estava vazia.
Foi quando chegou uma mensagem. Tirei meu celular do bolso e fui conferir. Havia uma mensagem do Baekhyun pedindo o número do Luhan, enviei rápido e depois conferi a outra. Meus pais estavam em reunião, ótimo.
- Eles mandaram a gente vir aqui pra isso? - O Dae falou, indignado, enquando eu mostrava a mensagem para ele. Dei um soco fraco em seu ombro
- Eles mandaram ME chamar, você veio porque quis. - Ri soprado. - Mas vamos embora, não devia ser nada importante.
- Será, Xiumin?
Quase me ajoelhei e agradeci a todas as entidades do candomblé quando Jongdae assentiu. Ele sabia que aquelas reuniões não aconteciam sempre e, quando aconteciam, duravam horas e horas, e ele não poderia passar tanto tempo aguentando o peso sobre as muletas. E dentro da minha mente, eu arquitetava uma forma de fazer Jongdae dormir e voltar para falar com meus pais mais tarde. Saímos da sala e eu me senti um idiota por ter me distraído tanto com aquele plano e fechar a porta rápido demais. O resultado: ela bateu na perna que Jongdae havia quebrado. Me apressei em socorrê-lo, a expressão de dor era impossível de camuflar depois que ele sentou no chão. Mesmo com o gesso, ele deveria estar bastante incomodado.
- Você está bem? - perguntei, ajoelhado na frente dele. Jongdae riu fraco, olhando para a perna.
- Estou, mas se você tomasse mais cuidado eu agradeceria.
- desculpe...
- No prob. Mais tarde você compensa.
Eu sentia minhas bochechas quentes enquanto lhe ajudava a levantar e se apoiar nas muletas. Quente e provavelmente vermelho, o que não acontecia a algum tempo. Respirei fundo e caminhamos em silêncio até o elevador, esperando que voltasse. Assim que a caixa de metal alcançou nosso andar, nós entramos. Respirei fundo quando minhas mãos começaram a esfriar. Apertei o comando do térreo e sorri para o meu irmão quando começamos a descer. Eu o observava pelo reflexo do espelho, tentando me acalmar.
- Eles fizeram de propósito.
- Você acha? - Perguntei, no exato momento em que o elevador fez um estalo, as luzes falharam. - O que foi isso?
- Min, relaxa. - Ele falou, revirando os olhos. - a energia deve estar fraca por causa da chuva lá fora. Tem que ficar preocupado é com o motivo de ter sido chamado aqui.
Ah, claro, eu fiquei bem calmo depois daquilo. Calmo como uma galinha. E Xiumin agarrava meu braço, morrendo de medo enquanto finalmente voltei a sentir o movimento, o painel indicava que passávamos pelo sétimo andar. Respirei fundo.
- Se você quiser, posso te ajudar a ir para o quarto. - Me ofereci, ao que Jongdae me olhou de canto - sabe, quando chegarmos em casa.
- Eu sei me virar sozinho.
Ele falou tão friamente que levei um susto com aquele tom de voz.
- Tudo bem. - Mordi o lábio inferior. - Eu só queria ajudar. Sabe que eu me importo com você.
- Sério que se importa? Você não tem se aproximado esses dias.
- Você estava machucado, eu não queria te encher ainda mais a paciência. - Virei de frente para ele, tenatndo umedecer meus lábios ressecados. - Me desculpe.
Silêncio. Então ambos sorrimos um para o outro, meu coração batia forte.
- Tudo bem. - Ele falou, seus olhos brilhavam encarando os meus, então ele respirou fundo, arranhando a coxa sobre o jeans. - Sabe eu não quis comentar antes, mas você fica extremamente sexy quando usa essas calças.
Senti meu coração falhar uma batida, duas, três. Jongdae me encarava com fome no olhar, secando até a última gota que hidratava minha pele.
- Você fica estremamente sexy com esse gesso também. Nossa, sedutor.
Apontei para a sua perna, tentando fazer com que meu rosto perdesse o tom vermelho que, provavelmente, preenchia minhas bochechas. Jongdae riu, aquela risada de flerte que eu conhecia muito bem. Porque quando não havia amor, havia outra coisa. E, ah, aquele elevador parecia tão quente e apertado quando minhas coxas debaixo da roupa. Senti uma mecha de cabelo cair no rosto, estava na altura do meu nariz, eu realmente precisava cortá-lo. Mas agradeci pelo tamanho quando o Dae se aproximou, tirando meu cabelo do rosto e seu dedo acabou acariciando a minha orelha, o que me rendeu um arrepio maravilhoso.
- Senti falta de falar com você.
- Também senti. - Ignorei as luzes apagando e acendendo outra vez e o chiado do painel. Aproximei meu rosto ao de Jongdae, tentando fazer minha expressão mais sedutora. - Sabe, eu acho que...
De repente, o elevador travou, fazendo um som muito desconfortável e deslizando sem qualquer sutileza alguns centímetros para baixo. As luzes apagaram, e no meio da decida descontrolada acabei caindo por cima do Jongdae, encarando aqueles olhos castanhos e arregalados. Um chiado ecoou, seguido das luzes vermelhas e fracas de emergencia e nos comandos, e eu pude ver Jongdae tirar aquela máscara de indiferença que estava usando e tremer na base, o que raramente acontecia.
- Ah, que ótimo! Como a gente vai sair daqui agora? - Me arrisquei a perguntar, enfiando o rosto na curva do pescoço dele, eu estava quase chorando de tanto nervosismo.
Ele não precisava responder, também sabia o que havia acontecido.
Não escutávamos o som da chuva, mas eu sabia que ainda deveria estar forte lá fora. Eu estava tão concentrado no meu medo de morrer preso no elevador que não prestei atenção no auto falante do interfone, nem no meu celular no bolso, e muito menos ainda nas mãos do Jongdae agarrando a minha bunda, se aproveitando da situação para mentalizar seus fetiches.
E se eu tivesse prestado um pouquinho mais de atenção, tudo teria seguido um rumo diferente. Eu voltaria para casa de cara virada com o Hyung, iria para o meu quarto e dormiria até a próxima encarnação, mas Jongdae tinha que mudar o rumo das coisas, só pra me infernizar.
- Eu não sei, Min, eu não sei....
Ah, foi ali que tudo mudou. A voz dele saiu arrastada, e por um momento, talvez devido à carencia ou apenas falta de coisas para pensar, aquilo me pareceu extremamente sexy. Jongdae sempre falava daquela forma quando me acordava cedinho, há uns anos atrás. Ele era extremamente sedutor quando pedia por mim, baixinho, passando a ponta dos dedos pela minha barriga, me deixando totalmente arrepiado.
E naquele momento eu me controlei para não pensar em mais coisas erradas, sair de cima dele logo e arrumar um jeito de me manter calmo, mas antes que eu fizesse qualquer coisa, prestei atenção no perfume em seu pescoço. O maldito cheiro amadeirado que mais parecia provocação persistia em si, em uma quantidade escassa e que convidava a me aproximar mais de sua pele para sentir melhor.
Respirei fundo e contive um suspiro quando as mãos dele agarraram as minhas coxas, movendo-se em direção à parte interna delas. E por mais que eu tentasse evitar pensar no cheiro dele, o momento não permitia.
Porque Jongdae tinha cheiro de pecado, e eu era um verdadeiro inferno.
Eu sentia uma falta imensa de tocar em si, de beijá-lo e ouvir sua voz, sentir seu perfume. Tudo aquilo me deixava cada vez mais tentado a quebrar aquela barreira que havia se formado entre nós dois e atacar seus lábios sem o menor pudor. Logo, passei a ponta da língua por seu pescoço, rocei os lábios lentamente e o beijei. O hyung tinha uma pele macia, cheirosa e bastante convidativa, e eu tinha vontade de marcá-la toda com os meus dentes. Mas, de repente, quando percebi que ele estava arrepiado, tudo mudou e eu fiquei sem jeito. Parei com o toque e o olhei bem dentro nos olhos, eu sentia meu rosto queimando de vergonha, assim como meu corpo queimava de desejo.
- Desculpa... é que você tem um perfume maravilhoso. - Sorri amarelo, eu estava realmente sem jeito pela situação. Ele riu para mim, mordendo o próprio lábio inferior.
- Sabe o que é maravilhoso também?
- O quê? - Perguntei, ainda que inocentemente, por incrível que pareça. Saltei quando senti as mãos dele me apertando, desferindo um tapa na nádega esquerda.
- Ver você assim, tão nervoso.
Eu não sabia muito bem como reagir, passei uns dois minutos boqueaberto encarando Jongdae, que ainda me apalpava sem a menor vergonha, pasando as mãos por dentro do meu jeans e da boxer, colando o palmo quente à minha pele. Aquilo era bem tentador. Inclinei meu corpo e aproximei meu rosto ao dele, sentindo sua respiração entrelaçar junto a minha, e rocei meus lábios aos seus sem aprofundar o toque, lhe provocando também e, em seguida, descendo meus lábios por seu rosto, mordiscando por seu queixo superficialmente. Jongdae entrabriu os labios, desfrutando dos toques e soltando um pequeno gemido que me fez pulsar entre as pernas. Ele me agarrava com firmeza enquanto eu passava a língua do queixo até seu pomo de Adão. Agarrei seus ombros e me ajeitei sobre seu colo, me esfregando propositalmente enquanto tentava me encaixar bem ao seu corpo. Eu estava sentado, cortando sua vontade de me beijar outra vez e sorrindo para ele. Jongdae era extremamente fascinante visto daquele ângulo, por baixo, simplesmente tudo nele me excitava. Nas mãos do Dae, todo o meu corpo se tornava uma zona erógena.
Sua respiração estava cada vez mais pesada, e eu estava adorando a imagem do meu hyung tão perdido quanto eu. Esperei que me olhasse novamente para morder meus lábios em provocação e atacar seu pescoço, o mordiscando e me deliciando com sua pele macia, marcando com chupões e mordidas leves enquanto seu peito subia e descia rapidamente. Enfiei as unhas por seus ombros, arranhando os antebraços e subindo o toque enquanto trilhava os beijos em direção a sua boca. Eu o desejava tanto, mas minhas mãos temiam que ele tentasse voltar atrás a qualquer momento, afinal, ainda devia estar estranho comigo. Fitei sua boca por alguns segundos antes de selar seus lábios com os meus, aprofundando o beijo o quanto antes. Quando ele retribuiu, movendo sua língua em sincronia com a minha, foi quando finalmente me permiti saborear intensamente daquele beijo. Mordi seu inferior e puxei entredentes, eu sabia o quanto ele adorava aquele toque, e eu o repeti mais duas vezes anquanto sentia suas mãos entrando na minha roupa, puxando a barra da minha boxer e a soltando. Eu tive certeza que aquilo iria deixar minha pele vermelha e dolorida depois...
Mas era exatamente o tipo de coisa que eu esperava de Jongdae, que ele tentasse me provocar com amor e dor, apenas para parar no melhor momento. E quando notou o quão excitado eu estava, o quanto eu lhe desejava em meio ao nosso fetiche quase sendo realizado, Jongdae sorriu e me olhou bem nos olhos.
- Min... a gente não pode...
Mas não conseguiu terminar a frase. Calei-o com meu indicador antes que tentasse concluir.
- Shhh....
Meus lábios rente aos dele, roçando enquanto eu os entreabria, unindo nossas respirações. Ele fechou os olhos quando deslizei a língua por seu inferior, e o gemido baixo que escapou quando o tomei em outro beijo me fez sorrir internamente.
Segurei seus braços, sentindo os pêlos eriçados de Jongdae se fazerem presentes a cada vez que eu sugava seus lábios lentamente, rebolando sobre seu colo. Eu adorava aquilo, adorava mordê-los, deslizar a língua pelo seu lábio inferior, puxá-los até que estivessem vermelhinhos. Eu adorava porque Jongdae gemia contido quando eu fazia isso e, droga, era muito sexy. Terminei de beijá-lo quando o fôlego me faltou, e aproveitei sua empolgação para levantar de seu colo. Fiquei de pé e juntei suas muletas, as encostando a parede espelhada, ele apenas me observava, rindo fraco e perguntando o que eu estava fazendo. Virei de frente para ele, movendo meus quadris lentamente, iniciando uma tentativa de dança enquanto meus dedos percorriam pelas minhas coxas, adentrando a virilha com cautela, e logo subindo em direcao ao zíper, abrindo meu jeans lentamente sobre o olhar faminto do meu hyung.
E eu odiava retardar as coisas, mas poderia passar o resto da minha vida descendo meu jeans naquela velocidade, minhas coxas pouco a pouco aparecendo, um frio deliciosamente intenso correndo ao meu baixo vente ao ver aquela boquinha bem desenhada a sibilar algo para mim após a língua a umedecer. Ali eu me sentia livre para mostrar o meu lado mais impuro e obsceno, onde eu me imaginava fodendo com meu irmão entre quatro paredes metálicas.
Onde o líquido pré-seminal que sujava minha boxer era convidativo e vulgar, exibindo o quanto eu o desejava, como se gritasse ''eu te quero aqui, e agora'' de forma desesperada.
Fechei os olhos e acariciei meu membro sobre o tecido fino, gemendo arrastado com o toque. Eu estava tão sensivel que, por um instante, tive medo de tentar prolongar as coisas e acabar estragando tudo. Os dedos cruzavam pelo elástico, e eu desci a boxer o suficiente para Jongdae vislumbrar a área saliente do meu quadril. O que eu odiava, pelo osso daquela área ser muito marcado, mas Jongdae adorava quadril, clavícula...
Diferente de mim, que gostava de ter onde apertar, onde morder, onde chupar.
A base do meu pênis foi o máximo que exibi antes de subir a boxer outra vez, fazendo-o xingar baixo, mas sem tirar os olhos de mim, admirando a forma que eu me insinuava para si. Eu nunca gostei de fazer tudo devagar na hora H, mas não me apressei a nada ali, eu queria vê-lo sofrer apenas um pouquinho por mim. Queria que ele me desejasse, ao mesmo tempo em que temia ser encontrado comigo ali, no elevador da empresa dos nossos pais.
A tensão de ser encontrado gerava o tesão para tê-lo fundo e forte dentro de mim.
Parei os movimentos e pisei contra a parte de trás do coturnos, soltando-o dos meus pés. Jongdae olhava atentamente cada movimento meu, mas quando lentamente me aproximei de si eu pude ver a surpresa em seus olhos. Passei um dos pés entre suas pernas, pressionando levemente e vendo-o entreabrir os labios, sôfrego. Eu quase pude imaginar o quanto aquilo estava sendo doloroso para ele. Sua ereção presa debaixo do jeans, a pressão que eu acrescentava em uma massagem circular. E eu estava adorando vê-lo se contorcer levemente no chão. Afastei o pé e me ajoelhei, mantendo uma das pernas entre as dele e tomando cuidado para não encostar em sua perna fraturada, mesmo que estivesse com gesso em volta. Jongdae mordeu os lábios, me encarando.
- Diz. - Falei, deixando minha voz um pouco grave e arrastada, roçando meu joelho entre as pernas do meu irmão. O fazendo gemer alto por sentir seu membro crescer. - Diz que você também me quer.
- E-eu... quero... Ah.... - enfiei a mão por baixo da camisa, acariciado seu abdômen, Jongdae revirava os olhos em um misto de dor e desejo. - Eu quero muito...
Aproximei meus lábios de seu ouvido antes de sussurrar.
- Eu não escutei.
- Eu quero... quero você, Seok. - Jongdae estava se contorcendo no chão, ele odiava demorar, e eu estava adorando fazê-lo esperar. Lambi o lóbulo de sua orelha, soprando fraco em seguida, ele estava extremamente sensível a mim. Perfeito.
E não precisei de mais palavra alguma para abrir seu zíper lentamente, logo dando de cara com uma slip* verde, mas vê-la mais escura na área molhada de pré-semen me fez morder a boca. Jongdae rastejou um pouco para trás, apoiou as costas na parede fria e bateu na minha cabeça quando comecei a resmungar. Mas logo tornou a apoiar as mãos no chão quando desci sua calça e a boxer com os dentes. Ele pulsava em uma ereção bem formada e toda minha. E, ah, como eu adorava vê-lo duro, ainda mais por saber que eu o havia provocado aquela reação. Agarrei suas coxas e separei suas pernas um pouco mais, ficando de quatro entre elas e engatinhando para cima de si, conforme abria os botões da camisa com os dentes. Ele mordia os lábios a cada botão, notando que eu me aproximava de seu rosto e, ao fim da camisa, deslizei a língua sobre a tez limpa e subi por seu pescoço, marcando-o enquanto emaranhava seus cabelos entre os meus dedos.
Logo senti suas unhas arranhando as minhas costas com firmeza, fazendo minha pele arder. Ele e Kyungsoo eram realmente eram parecidos naquilo. Abandonei seu pescoço para sugar seus lábios, logo iniciando um beijo intenso, e quando ele finalmente estava acompanhando o meu ritmo, afastei nossas bocas bruscamente. Ele odiava quando eu cortava seus beijos, o que eu apenas fazia para provocá-lo ainda mais. Passei o indicador pela ponta de seu nariz quando me mostrou a língua. O pouco de sanidade que eu tinha foi embora naquele momento. Seus lábios vermelhos, sua pele já levemente marcada... Kim Jongdae era extremamente sensual. E todo meu.
Deslizei minha língua sobre a dele, rindo e descendo selares por seu queixo, pescoço e clavícula, notando o arrepio em seu corpo quando colei meu quadril ao seu, chocando nossas ereções ao simular movimentos de vai e vem. Ele revirava os olhos e mexia os quadris devagar, tornando a fricção era ainda mais intensa e gostosa quando misturava-se a seus gemidos baixinhos.
Estavamos em um ritmo quase perfeito qusndo o elevador subitamente movimentou-se alguns instantes, então tornou a parar, provávelmente entre um andar e outro. E eu senti meu rosto esquentar como o inferno quando o interfone soou algo, provavelmente já estavam sabendo que o elevador havia sido danificado pela falta de energia, e eu congelei de medo, de adrenalina. Assim que o interfone parou, Jongdae estalou a língua e me roubou um selinho, sorrindo em seguida.
- Relaxa, parece que vamos ficar aqui por um tempinho.
O sorriso sacana que ele exibiu fez com que eu perdesse o medo, dei um tapa leve em sua testa e o tomei em outro beijo, passando as mãos em seu peito, sentindo seu corpo estremecer. Ofeguei contra seus lábios quando Jongdae começou a remover minha boxer com o pé, a empurrando até que estivesse nos meus calcanhares, solta. Ele agarrou minhas coxas com força, puxando meu corpo contra o seu e me esfregando sobre sua ereção, ao que sentei sobre si e comecei a me mover lentamente.
O calor nas minhas veias não chegava ao fogo de Jongdae quando gemi alto ao seu toque. Ele fechou os dígitos no meu membro em uma carícia breve, logo deslizando a mão fechada até a glande e voltando à base, lentamente. Com os dedos trêmulos, pus minha mão sobre a dele, o incitando a acelerar os movimentos, Jongdae riu.
- Você não gosta assim? - Ele perguntou, a voz baixa me causou calafrios, a excitação me escorria pelo falo duro.
- Você já fez melhor do que isso... - provoquei.
- Já fiz? - Debochou, abandonando meu pênis e se sentando desajeitado com as costas na parede. As mãos agarravam a minha cintura, seus lábios roçavam o lóbulo da minha orelha. - E assim, você gosta?
Meus lábios formaram um ''o'' perfeito quando ele começou a me pressionar contra seu corpo, eu sentia a ereção dele roçando na minha, quente, e isso me fez revirar os olhos em deleite. Meu membro pulsava forte, os gemidos eram quase incontroláveis.
Jongdae deslizou a língua pelo meu pescoço, me fazendo arrepiar por completo.
-Então você gosta que eu faça bem rápido, huh?
Ele sussurrou enquanto uma mão alcançava minha virilha, a ponta dos dedos dançava lentamente pela pele.
- Sim... - Ofeguei, fechando os olhos e apoiando a testa em um de seus ombros. Ele havia começado a me masturbar outra vez, em uma velocidade moderada, ao que eu também passei a lhe rodear a glande com o indicador antes de agarrá-lo e descer a mão precisamente. Ele riu baixo, mordendo meu ombro.
- Então você também gosta que eu faça bem forte, que eu faça você sentir o quanto me deixa duro, não é? - Mordi os lábios, tentando conter um gemido alto. Ele riu, acariciando e fazendo uma pressão em meu membro que me fez revirar os olhos. - Céus... você sabe o quão provocante consegue ser? - Ele sussurrou, meus pêlos eriçaram com a entonação grave que possuía na voz. - Me faz querer enterrar a cara entre as suas pernas e fazer você gemer meu nome até gozar.
Joguei a cabeça para trás, apertando os olhos. Ele espalhava a lubrificação pela minha glande, a apertando levemente. E, ah, como aquilo era bom. Era fato que eu adorava provocá-lo, fazer com que excitasse nos piores momentos. Eu gostava de saber que ele sentia tanto desejo por mim, que eu o deixava fisicamente louco, faminto. Mas naquele momento tudo parecia mais espontâneo, e melhor. Seus olhos nervosos, seus lábios úmidos pela língua, o nervosismo. O som que seus movimentos rápidos produziam em contato com a pele a cada vez que descia a mão pela extensao, da base à glande. Jongdae conseguia me provocar desde o menor dos toques até a mais obscena palavra que escapava de seus labios bem desenhados. Fechei os olhos e deixei que mordesse minha boca e chupasse meu lábio inferior com vontade, que me tocasse. Eu queria que notasse o quanto eu estava entregue, queria que ele pudesse ouvir meu coração batendo mais forte naquele momento, queria que ele me sentisse como eu o sentia. Agarrei-me em seus ombros e colei meu peito ao dele, eu sentia imensa necessidade de acariciar seu peito nu, e logo eu o tocava de cima a baixo enquanto movia a mão pela base de seu penis em direção aos testículos. Acariciei ali também, sendo agraciado por sua voz gemendo meu nome arrastado. Jongdae desceu a mão que estava na minha cintura, acariciando minhas nádegas e desferindo um tapa forte repentinamente. Olhei para a área, confirmando que havia ficado vermelha pela força usada, e quando ameacei reclamar sobre aquilo meus lábios novamente foram tomados sem aviso, ao que senti seu dedo acariciar a minha entrada lentamente.
Minha vontade era de murmurar um ''desgraçado'', mas cada uma das letras foi abafada e distorcida conforme sua língua movia-se. Ele parou de me masturbar para por ambas mãos na minha nádegas extamente quando comecei a sentir que estava vindo, e é claro que eu quis mata-lo por aquilo. Mas quando você sente uma trilha de beijos em direção a sua orelha você não pensa muito, sim?
- Você realmente achou que só você iria aproveitar, huh? - Ele murmurou, deixando que o hálito quente batesse atrás da minha orelha. - Eu tambem quero você, da mesma forma que você me quer. - Gemi baixo, sentindo sua língua no meu lóbulo,seu dedo entrando em mim com facilidade por eu estar tão relaxado. Foi quando aconteceu. - Da mesma forma que você quis aqueles dois te fodendo ao mesmo tempo.
''Aqueles dois te fodendo ao mesmo tempo.''
Meu corpo congelou diante aquelas palavras, e por um instante eu achei que a brincadeira terminaria. Abri os olhos e encarei seu olhar sério, porem seu dedo permanecia em mim, movendo-se lentamente.
- Jongdae, e-eu...
- Eu sei porquê você foi chamado até aqui. - Ele falou tranquilamente. - Eu sei que você se arrependeu quando viu seu hyung. - Senti seus lábios encostando os meus. - Mas eu não posso permitir que você escape... sem uma punição.
fechei os olhos, entreabrindo os lábios. Ah, outro fetiche.
- Punição? - Perguntei em um fio de voz, e tudo o que obtive em resposta foi seu dedo saindo de dentro de mim e seus palmos apoiando-se bem nas minhas nádegas, me levantando em seu colo. Senti seu membro encaixando entre as minhas nádegas, sua glande inchada encostando na minha entrada. E eu gemi, gemi como o ser atirado que eu era. Porque eu não estava discordando com nada que estava sendo proposto ali. Porque, na verdade, eu sentia a necessidde de ser castigado.
E quando Jongdae se enterrou pela metade em mim, em uma única estocada, eu grunhi e mordi seu ombro, aproveitando o arrepio que cruzava a minha pele e rejeitando o incômodo que a dor que causara. Ele não havia me preparado direito com aquele propósito, de me fazer enlouquecer em seu colo.
- Se você quiser, eu tiro por inteiro. - Ele sussurrou, me fazendo mover os quadris em seu colo. - E se você quiser, eu enfio mais forte, mais rápido. Mas quando terminar, você não vai me ter por um mês inteirinho.
Ah não, aquilo já era demais.
- J-jongdae... - Sussurrei. Se ele queria provocar, eu também tinha o direito, sim? - Eu quero te dar prazer. - Ele gemeu, ao que subi e desci lentamente em seu colo. - Quero deitar você e passar a lingua em cada canto do seu corpo. bem devagarinho, só pra te torturar de saudade de mim.
Escutei sua respiração pesada cruzando com a minha e fechei minhas pernas em torno de sua cintura. Agarrei seus ombros e lentamente me movi, sentindo sua glande roçar contra a minha entrada outra vez e rebolando sobre ela antes de descer. A verdade é que em matéria de sexo Jongdae passava com notas altas, mas esquecia que era eu quem dava as aulas.
Eu o sentia aprofundar-se em mim lentamente, sua cabeça jogada para trás indicava o quanto ainda era domado por mim, o quanto não conseguia resistir as minhas provocações. E eu imaginava seus pensamentos enquanto estava em mim, apertado e quente.
E em um momento inesperado, eu senti suas maãos me puxarem de uma vez para baixo, ao que se seguiram uma série de estocadas mais rápidas. Um gemido abandonava a minha garganta a cada movimento, ao som do toque de nossos corpos se chocando, a nossas respirações ofegantes. eu apertava sua cintura e rebolava em seu colo, tomando ao máximo de si, fazendo-o morder os lábios constantemente.
As luzes de emergência apagaram, mas eu não sentia como se aquilo fosse um problema ou uma solução. Eu poderia morrer ali, com Jongdae sendo o último a me tocar, assim como havia sido o primeiro. Com meu corpo balançando sobre o seu, com suas frases provocantes e seu punho fechado contra os meus cabelos da nuca, ele os puxava.
- Você gosta, não é? - Ele gemeu, ao que acenei positivamente. - Ah, mais do que isso. - ele lambeu meus lábios enquanto puxava meus cabelos com força. Então sua voz vazou em um sussurro contra os meus lábios. - Você ama me provocar.
Senti uma mordida, seguida da sensação de meus lábios sendo puxados e soltos sem qualquer cuidado. Eu subia e descia enquanto ele me estocava rápido e fundo, seu peito colado ao meu, minhas mãos adentrando por suas costas e arranhando seu tronco orvalhado de suor. Eu imaginava o quanto ele deveria estar fantasiando em me levar no colo, me apoiar em uma das barras de apoio para mãos e me estocar de pé, eu imaginava o quanto ele devia estar se odiando por aquela maldita perna fraturada, e aquilo para mim também era tortura. As luzes se acenderam e o elevador despencou junto com as minhas batidas cardíacas, com os meus desejos e sonhos, com o meu maior fetiche sendo realizado com o meu maior sedutor.
E em um impulso louco, agarrei sua nuca e o trouxe para mim, roubando um beijo selvagem e aproveitando para girar nossos corpos, fazendo-o ficar por cima de mim. Minhas costas esfriavam contra o piso, mas Jongdae ganhou mais liberdade para se mover. O que não hesitou em fazer já que investiu seus quadris com força, me preenchendo perfeitamente, me fazendo revirar os olhos. E logo entramos em sincronia com as jogadas que seu quadril fazia contra o meu corpo, seu membro entrando e saindo de mim com força. Sua língua unindo-se a minha lentamente, equilibrado entre um beijo sedutor e suas estocadas brutas que logo me faziam gemer sem controle quando Jongdae passou a investir contra a minha próstata seguidas vezes. Eu o apertava em mim, lhe causando uma pressão tão boa quanto a que sentia naquele momento.
E seus gemidos roucos, seus cabelos grudados à pele molhada e o calor do cubículo de metal foram tão ilusórios que eu apenas percebi que as portas do elevador estavam abertas depois de me desfazer intensamente contra o abdômen de Jongdae e olhar para a luz que entrava em nossa direção, dando de cara com os bombeiros, dois seguranças, um mecânico e o pior, nossos pais.
Jongdae saiu apressadamente de dentro de mim, fechando seu membro desajeitadamente dentro da slip e abotoando a calça. Mas nosso grande problema era eu, que estava sujo de sêmen, mole e nu da cintura para baixo. Nossso pai nos olhava sem ao menos piscar, em um misto de surpresa e nojo que me fez sentir o chão em falso, eu estava desabando. Jongdae entrou em desespero quando o viu dar as costas e sair dali, logo sendo seguido pelos passos da nossa mãe.
- Omma, eu posso explicar. - Jongdae falou, sua voz era apenas um fio diante da situação e do olhares curioso de todos. Vesti minha calça o mais rápido que consegui, puxei a boxer jogada no chão e enfiei no bolso, eu sabia que não seria nada fácil encarar nossos pais. E baseado no olhar que nosso pai deu ao Dae após dizer que poderia explicar, eu apenas tinha uma certeza: estavamos completamente ferrados.
Porque a gente aprende desde pequeno a chamar atenção das mesmas formas. Com choro, com manha, com birra. Qual o problema em inovar? Eu sou diferente quando não quero, e sou normal quando não preciso.
Mas é complicado, sabe? bah, são muitos fetiches para pouca sorte. E foi assim que eu perdi meus coturnos pretos, realizei mais um fetiche e consegui a atenção de três pessoas que eu amava de uma vez.
Minseok's POV off
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