O acrobata era como um bailarino do ar. Dava giros, fazia curvas e era mestre de uma dança magnífica e delicada através do bambolê e das fitas. Era dançar e voar ao mesmo tempo. Era flutuar.
Os olhos do garotinho, Felix, brilhavam, em êxtase, a cada movimento da garota pendurada no bambolê flutuante. Ela era linda. Felix jurava que ela era um anjo vindo diretamente do céu. Mas nada se comparava ao garoto.
O garoto, que surgiu pelas fitas de cor vermelha, era majestoso, como um príncipe nos ares. Ele segurou a mão da acrobata e juntos, eles sobrevoaram as arquibancadas, acima das cabeças do público, jogando pétalas de rosas sobre. Os acrobatas sorriam e acenavam para a plateia, tão gentis e gloriosos enquanto flutuavam. Então, o acrobata passou pertinho de Felix e a mão grande encostou na pequena de Lix, que estava acenando para eles até então. O homem sorriu para ele e o acenou, exclusivamente para ele. O menino arregalou os olhos, mas não deixou de sorrir.
Foi naquele momento que Felix percebeu que gostava de garotos.
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