Caitlyn destrancou a porta de seu apartamento e entrou, sentindo o peso do dia pesar em seus ombros. O ambiente estava silencioso, exceto pelo som distante das viaturas das polícias da cidade. Ela caminhou pelo corredor até a sala de estar, onde encontrou Vi sentada no sofá, claramente desconfortável.
— Voltei.— Disse Caitlyn sua voz carregada de cansaço, Vi não respondeu, apenas observou enquanto a dominadora jogava sua bolsa em uma cadeira e começava a desfazer os botões do terno.
Caitlyn percebeu o olhar dela seguir cada um de seus movimentos.
— Alguma novidade enquanto eu estava fora? — Perguntou com sarcasmo.
Vi balançou a cabeça. — Não. Estava só esperando... sua permissão para qualquer coisa, imagino.
Caitlyn ergueu uma sobrancelha, irritada com o tom de desafio na voz de Vi. Ela caminhou até a cozinha, pegou uma garrafa de água da geladeira e voltou para a sala, parando na frente dela.
— Sabe, você não precisa agir como se estivesse aqui contra sua vontade. — Tomou um gole de água, seus olhos fixos nos da garota. — Poderia ser muito pior, acredite.
Vi cruzou os braços, tentando conter a raiva que borbulhava dentro dela. — Como se isso fosse alguma escolha minha.
Caitlyn riu, mas o som não tinha humor. — Escolhas, Vi. Todos temos que fazer escolhas. Algumas são boas, outras ruins. Você ainda não me mostrou nenhuma razão para acreditar que você vale a pena.
Vi ficou em silêncio, sua mandíbula travada. Caitlyn se aproximou, seus olhos estreitando enquanto observava a expressão da garota.
— Tenho que continuar com as investigações. Hoje, mais um crime aconteceu contra dominadores. A polícia fechou o local, e eu passei horas lidando com incompetentes. — Irritada ela começou a andar em direção ao seu escritório para analisar os relatórios dos crimes quando ouviu:
— Talvez seu problema seja que você está frustrada. — Disse Vi, sua voz carregada de sarcasmo. — Faz tempo que não sente o corpo de um submisso contra o seu, não é?
Caitlyn parou no meio do caminho, a expressão ficando imediatamente mais perigosa. Ela virou-se lentamente, os olhos brilhando com uma mistura de raiva e interesse. Vi se arrependeu instantaneamente de ter falado, mas manteve o queixo erguido, tentando não demonstrar medo.
— O que você disse? — Caitlyn perguntou, a voz baixa e carregada de ameaça.
Vi engoliu em seco, mas manteve o sorriso. — Talvez seja isso que te deixa tão irritada, senhora...
Caitlyn avançou em passos rápidos, fechando a distância entre elas em um instante. Vi se viu presa contra a parede, o corpo de Caitlyn pressionando o dela com uma força inesperada.— Você acha que me conhece, ratinha? — Sussurrou, seu rosto tão próximo que Vi podia sentir a respiração quente dela. — Acha que pode falar comigo desse jeito e sair impune?
Vi tentou manter o olhar firme, mas a proximidade e a intensidade de Caitlyn faziam seu coração bater acelerado. — Talvez você precise de alguém que te desafie de vez em quando.
Caitlyn sorriu, mas não era um sorriso amigável. — Cuidado com o que deseja. — Ela deixou a mão deslizar pelo pescoço de Vi, os dedos traçando uma linha que fazia a pele dela se arrepiar. — Eu posso ser muito mais do que você imagina.
Vi sentiu uma onda de calor misturada com medo percorrer seu corpo. A atitude de Caitlyn, embora fria e dominadora, tinha um estranho efeito sobre ela. Ela odiava a maneira como seu corpo respondia àquelas provocações.
— Você gosta de me desafiar e de quebrar as regras não é? — Caitlyn perguntou com a voz rouca. — Você não vai aprender enquanto eu não ensinar onde é o seu lugar.
Então, Caitlyn a beijou agarrou os cabelos de Vi com força e a prendeu contra a parede, com a mão livre agarrou seu pescoço e aprofundou o beijo de forma possessiva.
Vi, com o corpo pressionado contra a parede, lutava para manter o equilíbrio. A altura da parede fazia com que ela se esforçasse para ficar na ponta dos pés, esticando-se para alcançar a boca de Caitlyn, seu corpo estava quente as pernas tremendo e sua respiração descontrolada. Caitlyn parou o beijo e sorriu baixinho, Vi tentou se aproximar novamente, possuída pelas sensações que a dominadora causou com apenas um beijo.
Caitlyn, ainda com um tom de diversão em seus olhos, puxou o queixo de Vi para cima, forçando-a a olhar diretamente para ela. Sua voz era um sussurro carregado de um misto de malícia e prazer. — Acha que se oferecer como uma puta vai conseguir uma noite comigo? Está enganada, ratinha. — Enquanto falava, Caitlyn acariciava levemente o rosto dela seus dedos se movendo com uma intenção quase cruel. — Eu já disse, vai ter que se esforçar muito para me fazer querer você. — Sorriu. — Agora me deixe trabalhar sim? Quer ser útil de alguma forma? — Sussurou em seu ouvido. — Fique em silêncio e longe da minha visão, não quero te ver pelo resto da noite.
E se afastou, indo em direção ao seu escritório com um sorriso maldoso nos lábios.
***
Alguns metros dali no alto de um prédio em construção
Jinx observava a cidade silenciosa de Piltover, uma cidade que costumava ser repleta de alegria e festividades. Agora, o medo pairava no ar, e o silêncio substituía as risadas e a agitação que antes preenchiam as ruas. Enquanto muitos poderiam sentir medo e preocupação, Jinx encontrava prazer nessa atmosfera tensa. Ela sorria, sentindo a euforia percorrer cada parte de seu ser. Para ela, a monotonia e a tranquilidade eram entediantes. Era nos momentos de caos e desordem que Jinx se sentia viva.
Com um brilho travesso nos olhos, Jinx começou a pensar em maneiras de causar mais mortes e agitar as coisas ainda mais. Seu desejo por caos e assassinatos contra dominadores era sua marca registrada, e Piltover estava prestes a se tornar sua deixa novamente.
— Qual é o próximo passo? — Sentiu a outra submissa se aproximar. Estavam na beirada do prédio, a quilômetros do chão as luzes da cidade não chegava aquela altura, deixando o pesadelo de Piltover oculto pela escuridão.
Jinx virou-se para encarar a outra submissa, um brilho malicioso em seus olhos. Ela gostava da companhia, sabendo que tinha alguém que compartilhava seu desejo por caos. Juntas, estavam espalhando o medo pela cidade.
— O próximo passo? — Jinx conduziu ela para trás até a garota tombar as costas na parede, se aproximou a centímetros do rosto dela, sentindo a respiração calma. Sorriu a centímetros da boca dela. — Eliminar a chefe de polícia que mantém minha irmã presa.
A atmosfera ficou carregada de tensão entre elas pois se encontravam tão próximas, seus corpos colados contra a parede. A proposta de matar a chefe de polícia era audaciosa e arriscada, mas Jinx estava determinada a libertar sua irmã e fazer a dominadora pagar por suas ações.
A submissa encarou Jinx, seus olhos refletindo uma mistura de medo e empolgação. Ela sabia que se envolver nesse plano significava desafiar as autoridades e se arriscar em um território ainda mais perigoso, mas algo dentro dela ansiava por essa aventura.
— E como faremos isso? — ela sussurrou, sua voz trêmula, mas cheia de determinação.
Jinx sorriu, satisfeita com a pergunta. Ela então começou a descrever seu plano elaborado, detalhando os pontos fracos da segurança da chefe de polícia, os pontos de entrada e os meios de evasão. Cada passo do plano foi calculado, levando em consideração todos os possíveis obstáculos.
— Como você sabe que Vi esta com ela? Não vemos ela a semanas.
— Como eu sei? — Jinx perguntou distraida tocando os cabelos dela. — O dono daquela boate me contou antes de eu explodir a cabeça dele.
— E como se sente sabendo que sua irmã esta sendo forçada a se submeter com uma estranha?— Zeri comentou esboçando um sorriso irônico.
— Logo ela vai saber como eu me sinto. — Sorriu inocente.
— Você é louca. — Zeri comentou enquanto Jinx abria os primeiros botões de sua blusa.
— E você gosta disso.
Com o plano traçado, o destino da chefe de polícia e a liberdade de sua irmã estavam agora em suas mãos e nada poderia detê-la.
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