Tudo piora, quando o grupo de residente mais falado desse hospital entra no refeitório, eles acham que Jungkook é algum super star, não pode ser possível uma coisa dessas. Tem uns cinco em volta dele, e ele nem consegue andar direito, bem popular ele, tô num ódio de você Jeon moleque, que se eu tivesse força e coragem, eu te quebrava na porrada.
Sentaram uns cinco metros à minha frente, ele, bem direcionado a mim, agora ele me olhou, um pouco rápido, e desvia o olhar.
— E aí Jimin, nós vamos ou não vamos na festa do Jackson? — Namjoon chegou bebendo um café, e sentou.
— Não sei. Quando vai ser?
— Amanhã, amanhã já é sábado.
— Nem estou prestando atenção no tempo. — Respondi curto.
— O que aconteceu? — Odeio quando me conhecem.
É uma merda a pessoa te conhecer, porque você não pode nem respirar que já sabem que está errado. E Namjoon tinha algo de mim, que ninguém mais tinha. A minha confidencialidade, eu confiava demais nele.
— Eu sai ontem com Jungkook. — Comecei a falar, e olhei em seus olhos, ele assentiu.
— E você ataca novamente, e dessa vez, com nosso melhor residente?
— Ao invés de defender esse cretino, você vai querer saber ou não?
— Saber que hoje você está tratando ele como lixo?
— Humpf, sabe quando você disse que o mundo ia capotar, Namjoon? Ele girou e eu caí de cara. Esse canalha está me tratando como se nada tivesse acontecido.
— Não é assim que você gosta que seja?
— Gosto, eu gosto sim. Mas depois da porra toda, de eu ter dado a bunda pela primeira vez, de ter feito o que fiz, dele ter feito aquele baquete sensacional, ele simplesmente olha na minha cara e diz “ É, foi legal” foi legal o que Namjoon?! — Esfreguei meu rosto, isso me consumindo o dia todo. — O que foi legal? O beijo? O jeito que eu tirei a blusa dele? O jeito que ele me beijou? Porra!
— Uau! Ele mexeu com você.
— Mexeu o caralho, ele foi cruel, me deixou péssimo, esse filho da puta está me deixando péssimo!
O meu amigo só passou os dedos nos lábios, me olhou e bebeu um gole do seu café.
— Não é diferente do que faz, e já fez, não acha? Ano passado, Jung Dae He, pediu demissão porque você fez dele gato e sapato, e quando o menino cedeu, deu no que deu.
— Que se dane Jung Dae He! Jungkook não pode me tratar assim, é a minha reputação, eu quero explicações agora.
— Vai perguntar o que? — Nam riu — Você acha que todo mundo vai cair nos seus pés? Esse jogo é perigoso.
— Não pode me dar lição de moral, você vem fazendo isso com o Seokjin, e tem gostado. Você faz dele de capacho seu, o cara só falta lamber o chão que você pisa e você fica aí, pagando de santo do gral.
— Não estamos falando sobre mim. Eu só não quero me envolver com ninguém.
— O mesmo, só que ao contrário de você, eu viro a página, e você fica brincando com ele, até ele meter o pé na sua cara, e se apaixonar por outro, daí quero ver quem vai estar de mau humor aqui. — Irritabilidade tem nome, e sou eu, Park Jimin.
Me levantei, andei até às mesas, e joguei a bandeja que espalhou água para todo o canto, fui até a mesa dos populares, Jungkook me olhou por cima.
— Na minha sala, agora. — Falei para ele que se levantou na mesma hora, os outros arregalam os olhos, e ele encarou So Jun.
Até se atrapalhou, juntando as pastas que ele tinha levado lá no refeitório porque tem hábito de escrever enquanto come.
— Eu sei que não posso mais comer e escrever, mas eu estou muito atarefado hoje.
— Problema seu. — Falei seguindo pelo corredor.
— Aish … o que aconteceu? Eu fiz as suturas, fiz até os curativos, estou esperando os laudos dos exames, e resolvi adiantar o relatório lá da G.O porque já dei um parecer.
— Cala a boca, não é sobre isso. — Abri a porta da minha sala, ele entrou, deixou as pastas na mesinha de centro, e eu bati trancando a porta.
— Caramba, vai me demitir? — Perguntou e os olhos assustados.
— Que bom saber que eu te assusto, seu grande filho da puta! — Ergui minha mão num tapa que ardeu na cara dele.
Jungkook ficou tão espantado quanto eu, segurou o rosto.
— Você está louco? Se fizer isso de novo, eu vou ser demitido rindo!
— Então revida, revida Jungkook, seu imbecil! Pra quem você contou? — Comecei a dar murro no ombro dele, e braços, ele deu uma encarada feia para mim.
— Contei o que, Dr Park, pare!
— Contou para seus amiguinhos da sua transa ruim?! Todo mundo me olhando e rindo? Contou Jungkook?! Mas lembrou de dizer que você é tão ruim quanto?
— Do que você está falando?! — Ele segurou as minhas mãos, e eu tentando soltar — Eu não conto a minha vida particular para os outros! Você acha que eu sou quem?
— A maior besta da Coreia!
— Se acalme, que eu não disse nada!
— Me solta, me solta se não eu vou gritar! Senhor “é foi legal”, babaca, estúpido! Imbecil! — Eu confesso que nem eu me reconhecia, e não entendi porque agi dessa maneira.
Jungkook juntou meus pulsos, e me virou de costas, abraçando meu corpo, a maneira que fez isso, doeu, mas a sequência não.
— Ah, o problema é esse? — Ele disse no meu ouvido.
— Me solta! — Tentei dar uma cotovelada, mas não resolveu, eu estava imobilizado.
— Então… foi legal mesmo. — Ele disse me provocando, abri a boca para dizer, xingar e gritar ele, mas senti a mão dele cobrir meus lábios, senti as pernas dele contra as minhas, ele andou colado em mim, e eu fui parar na parede próximo da minha mesa. — O meu legal, foi…deveria ter aguentado mais, porque eu queria mais, Jimin… — Seus lábios roçam minha nuca, fiquei um pouco estático por isso. — Sabemos que você não repete, eu só queria mais, mais e mais… assim, aproveitar cada espaço do seu corpo, do seu cheiro….esse seu cheiro! Se eu soubesse que você sairia comigo outra vez, se eu soubesse que você sentaria em mim de novo, eu teria dito que foi o melhor sexo casual que eu já tive com alguém. Isso soa música para seus ouvidos?
Eu estava respirando muito rápido, ele todo quente, a boca muito perto de um ângulo que meus lábios não podem tocar, até porque a mão dele cobria e apertava. Fiz que sim com a cabeça, e ele me soltou.
Fiquei um pouco desconcertado, mordi os meus lábios, e ajeitei os meus fios que caem no meu rosto, ele parado com as mãos atrás do corpo.
— Desculpe pelo tapa. — Falei sem ter vergonha nenhuma na minha cara, e nem consegui dizer coisa melhor, e ele ficou esperando por algo melhor que essa frase tosca.
A boca dele, o olhar dele, o corpo dele em um pijama cirúrgico, eu não consigo não fazer isso. Agarrei a cintura dele, o puxando a um beijo, Jungkook sabia conduzir de forma que me domina, uma mão na minha cintura, outra em minha nuca, que me deixa atraído demais, e ele sabe disso, ele sabe porque me coloca mais próximo do seu corpo. Assim que minha língua deu espaço para deslizar na dele, eu já puxei seu jaleco azul pra cima, deixei ele de peito nu, olhei por breves minutos.
— Jimin…
— Shh! Fica na tua. — Falei o puxando mais para perto, e Jungkook me fez subir em teu colo, as mãos dele embaixo de mim, e eu explorando a sua força, beijando e rebolando ao mesmo tempo em seu colo, ele girou a mim, me fazendo sentar na minha mesa, tirou o meu jaleco azul, e nós tocamos nossos corpos, a pele dele estava bem quente, os braços músculos que ficam macios nas pontas dos meus dedos, entrelaçando as minhas pernas na cintura dele, ele me fez subir de nível em um duelo de língua, onde eu suspirei e gemi baixinho de forma dengosa da minha parte, a dele era mais dominante.
— Tem certeza?
— Caramba eu tenho, eu te quero. — Falei sentindo seu membro pressionar a minha calça, procurando por um contato do meu. — Mas pra isso, você precisa tirar a minha roupa Jungkook, tira a droga da minha roupa!
Ele sorriu beijando minha boca, quando me fez sair da mesa, abaixou minha calça, e eu mesmo terminei de tirar o resto, e fui na dele, o cós de elástico, fez meus dedos sentirem a textura desse tecido, nada era comparável com a textura de sua pele. A pele dele era muito macia, cheirosa, e lisa.
— Quer mais Jeon?
— Quero. — Ele me abraça, fiquei de costas, sentindo o pau dele esfregar na minha bunda, a mão dele descendo e subindo, os braços dele que me envolvem a mim por inteiro, eu me sinto abraçado por um urso gigante. — Eu quero! Quero mais, quero ver você gemer meu nome Jimin-ssh.
Os lábios descem ao meu pescoço, ele deu uma levantadinha na minha bunda, que Deus! Eu estava empinado, louco, louco para ele começar logo, e quando eu senti ele pressionar só a sua glande na minha entrada, eu gemi agarrando no seu pescoço. Gemi mais sentindo ele me abrir e enfiar fundo, e a mão do cara no meu pescoço, me enforcando, eu só gemi por isso.
— Assim não, quando eu fizer isso, você manda parar, entendeu?
— Porque? Porque, Jungkook, está bom. — Falei levando a mão dele novamente no meu pescoço, e ele encheu a mão e deu um leve aperto, e senti a estocada dele funda. — Oh yeah!
— Porra Jimin! — Ele me jogou contra a mesa, saindo claro, não gostei, mas eu pude me sentir um pouco mais livre?
Ahaha, Jungkook bateu dos dois lados, apertou em cheio, e abriu só pra foder, e quando entrou, eu vi estrelas, de tanto prazer que foi, ele parecia mais solto.
— Ahaha! Aham! — Gemi entrecortada, pois a pelve dele batendo na minha bunda, o som de pele com pele, e ele para me deixar mais louco, esfregou a mão nas minhas costas, e as unhas, subiu, agarrou com força meu cabelo, e daí pra frente, só se ouvia eu gemer bem manhoso, e o som da foda dele no meu rabo.
— Ohhh Yes! Ahh, aaiin, Jungkook!
— É meu nome que você está gemendo? — Ele bate de novo, e eu me enlouqueço, estou com o pescoço doendo, mas me recuso a sair dessa posição, eu só quero que ele me foda de uma vez.
— Mais forte Jungkook! Mais! Isso! Ohhh, Jung…. Kookieeeeee! Uhh! Uhg! Ahh!!
— Porra, eu tô fodido na tua mão! — ele me puxou pra ficar em pé de volta, os lábios dele tomam a minha boca, enquanto ele mantém a foda, senti um misto de coisas que ele me deixava sentir.
— Não para! — Pedi segurando a cintura dele, mas ele saiu, o suor estava presente, e aquele cheiro de sexo no ar, Jungkook segurou a minha mão, me levou ate o sofá, ele se sentou, e me puxou pro seu colo, me dando beijo atrás de beijo, e eu sentei bonitinho no ali, no pau dele todo duro.
— Faz aquilo de novo, Jimin, faz. — Ele pediu, e eu rebolei.
— Isso? Assim? — Olhei seu rosto, e ele mordeu o lábio, bateu na minha coxa, subiu a mão e fui de arrasta num misto de prazer quando ele segurou a minha nuca.
Sentei de acordo, porque até meu tornozelo eu segurei enquanto eu baixava a vadia no pau do Jungkook, eu revirei meus olhos quando ele começou a me foder assim que eu dei a levantadinha, o que me permite, segurar o meu membro, e terminar essa foda.
— Oh Jungkook, você é gostoso pra caralho! Eu…. Deus! Você vai gozar? Diz que vai porra!! — Estremeço sentindo meu orgasmo, olhei sua barriga, o leite viscoso escorria pelos gomos do seu abdômen sarado, continuo por mais um pouco as minhas quicadas, e ele ofegou, apertou minha cintura, e me fez afundar.
Senti dentro de mim o pulsar dele, e o jato quente dele ser jogado dentro de mim. Já ia saindo de cima dele, mas o cara segurou-me ainda, agora de maneira mais carinhosa, ele me beijou. Um beijo molhado, lento, saboroso.
Eu não consegui respirar, e ele me puxando o que restava de oxigênio pra mim, mas fiquei plenamente feliz.
— Foi legal dessa vez, Jeon?
— So Jun não mentiu quando disse que você era muito gostoso, um filho da puta de tão gostoso!
— Ah, o carinha que você é afim? — Olhei o rosto dele que nem teve a capacidade de mentir numa hora dessa. — Que merda Jeon, você me fodendo e pensando no outro?
— Você quem tocou no nome dele.
— Não pensou?
— Não. — Roubou um selinho longo, eu ainda tinha ele dentro de mim, e estava bom.
Seus braços envolvem minhas costas, me sentindo aquecido.
— Quer ir ao cinema? — Perguntei e ele franziu o cenho — O que …? Não quer ir?
— Quer ir? Comigo?
— Quero. — Mexi nos seus cabelos, e ele ficou mais confuso. — Você não quer?
— Melhor não. — Disse baixo ainda afagando as minhas costas. — Eu sei separar as coisas, agora.
— Aham, claro. — Eu entendi que ele não queria mais. Saio de cima dele, senti um pouco escorrer, mas mesmo assim, eu vesti as minhas roupas e ele o mesmo. — Você está satisfeito?
— Não. Eu ainda quero mais. — Esse cara vai me roubar a loucura. Dei risada.
— Que isso Jungkook, gozamos juntos, você não está satisfeito?
— Estou, mas eu ainda te quero Jimin. — Ele disse direto, claro, limpo.
Vestiu o jaleco azul, e esperou que eu vestisse. Assim que coloquei, ele se aproximou, e deu um selinho, que me deixou constrangido.
— Você é sensacional e delicioso. Te vejo na correria por aí. — Ele disse e saiu.
Estou um pouco nauseado, me sentindo tonto, e por isso me sentei no sofá, abaixei minha cabeça, não melhorei, ergui meus pés, não estava adiantado nada, eu sentia aquela coisa lá no meu estômago, e quando eu vi, estava na lixeira vomitando. Estava com as minhas emoções a flor da minha pele, pensando que eu, Park Jimin, repeti o sexo com alguém pela primeira vez em toda essa minha vida. E nem quando eu estava no meu momento mais frágil, eu fiz isso, e agora entra ele, me pega da forma que pegou, e me faz querer ele por mais de uma vez e ainda aluga uma mansão na minha cabeça dizendo que também me queria.
Eu acho que estou fodido, muito fodido mesmo.
~ Jung kook ~
Horas depois….
Tem um monte de coisas dentro da minha cabeça, e minha conta bancária com um valor que faz pagar um ano de aluguel fora do subúrbio de Seul. O que resume, mudança na casa, um restaurante em um novo lugar e vida entrando nos eixos, mas me sinto sujo.
Lavei as minhas mãos assim que eu guardei o celular no bolso, olhava fixamente a mesa de cirurgia, a paciente já estava ali, e ela falava com as enfermeiras, que davam toda a atenção, mesmo sem paciência, elas davam. Vi quando o Dr Min entrou pelo outro lado, a cirurgia teve que esperar por que ele atendeu uma baita de uma emergência, um acidente grave, que a mulher só não rompeu o útero porque Deus existe, e ele faz milagre, então, a cirurgia de gêmeos ficou para a noite, e já estamos bem tarde.
— Oi Jeon. — A voz de Jimin me pega de surpresa, ele ainda deslizou a mão nas minhas costas, antes de pegar o sabonete para a lavagem dele.
— Oi Dr Park. — Falei e ele sorriu. — Desculpa, eu fiquei bem ocupado no setor.
— Está uma bagunça Jungkook. — Graças a Deus ele estava normal como antes, ou quase. Esse baixinho começou a me olhar diferente, me deixando confuso, o que eu tinha de “o que ele tem de mais?” Passou a ser, lindo, sexy, inteligente e atraente. Daí só foi ladeira abaixo e acabou comigo fodendo ele, e eu me sinto a pior pessoa do mundo.
Eu fiz merda. Juro que fiz.
— Desculpa.
— Aff, pare de pedir desculpas, reagir é o que um líder faz.
— Não me dou muito bem com pessoas, eu não tenho paciência para ensinar.
— Não brinca, percebeu agora? — Ele debocha e já havia acabado, eu estava vermelho, os braços bem dizer esfolados. — Vamos?
— Aham, Jimin?
— Uh?
— Preciso dizer uma coisa. — Falei e ele franziu o cenho.
— Aceitou meu convite pro cinema?
— Pare com isso. O que deu em você?
— Vai Jungkookie, aceita que eu deixo você me chame de Jimin.
— Nossa! — Fiquei vermelho e ele riu ainda na minha cara.
— Jackson vai dar uma festa, quer ir? Você vai?
— Eu não sei, preciso ficar com a Eun Soo.
— Leva ela pra casa, o Min Joon gosta dela.
— Melhor não. — Respondi e entrei na sala, ele na sequência, enxugando as mãos, e depois veio o Yoongi e todo mundo que era necessário, eu, me sentei num banquinho, e fiquei de papo com a paciente que estava bem nervosa, mas no final, tudo deu certo, e eu ainda fiz troca de olhares com ele, uma troca recíproca.
(...)
04:45
Sentado, eu estava esperando por ele, olhava a toda hora o aplicativo do meu banco, engoli seco, sentindo meu coração rasgar em mil pedaços, agora não havia nenhum valor ali.
— Está me esperando? Nós vamos ao cinema?
— Não vai ter cinema. Não tem uma hora dessas.
— Você vai pra casa? Quer carona?
— Vai me levar? — Olhei bem sério. — Deixa de ser safado, Jimin.
— Gente, tô fazendo nada, nadinha. — Riu e eu ainda esperando por ele que resolveu tomar banho.
Óbvio que eu já saí do hospital eram sete horas, Jimin é vaidoso, ele demora no banho e parece que vai numa festa, mas só vestiu uma calça de moletom e camiseta.
— Me deixa dirigir. — Pedi e ele fez a cara de deboche
— Você dirige muito mal.
— É você quem faz isso. Outro dia quase fui atropelado lá no estacionamento, de noite. — Provoco, e ele arqueou a testa.
— Estava beijando alguém? Desculpe Jungkook, são normas do hospital, não pode haver envolvimentos amorosos dentro da instituição. — Ele disse como se nada tivesse acontecido horas atrás, tirou a chave do bolso e me passou.
Entrei, e ele ao meu lado. Fiquei um pouco incomodado assim que passamos no estacionamento, mas ele fez parecer tudo tão natural e simples, mas depois de um quarteirão, a mão dele já veio na minha coxa, deslizou até a virilha, me desconcentrei um pouco e acabei pisando no freio com tudo.
— Eu disse que você dirige mal!
— Está me provocando, tira essa sua mão daí, seu safado. — Falei olhando para ele.
Jimin sorriu, pediu desculpas aos outros motoristas, ergueu o vidro, e eu só fui de ladeira bem abaixo, que o loiro viu que eu estava de moletom, e enfiou a mão por dentro, e isso me foi um tesão absurdo e perigoso.
— Dirige com cuidado, Jeon.
— Jimin, pare, não consigo me concentrar.
— Hoje você fez procedimentos simples, fez relatórios, com internos no seu pé enchendo o saco, participou de uma grande cirurgia com uma mãe muito afobada, teve choro na sala, teve berro, e você se saiu muito bem.
— Ninguém estava com meu pau na mão, seu sem vergonha.
— Ah, o problema sou eu. — Ele tirou a mão, me olhou com cara de inocente, até piscou os olhos rápido, na maior cara de pau. — Parei então.
— Aish… — Resmunguei mas não dei trela para ele não, porque isso só vai ficar pior.
Jimin mexia comigo, ele realmente fez elevar o nível de um sexo onde eu tenho que me conter, e eu me contive, me contive muito, porque pensei que não fosse rolar a segunda vez, então, só agi como se fosse ele, e o final, foi ele me dando tapa na cara.
— Estamos indo mesmo para sua casa?
— Sim.
— Ahh, nossa Jungkook, você é lerdo, não está percebendo não?
— Percebi que você quer de novo? Terceira vez?
— É uma figurinha rara. — Ele sussurrou vindo ao meu ouvido, deslizou a mão em cheio — Rara e gostosa.
— Caramba…. — Virei a esquina, e ele riu tirando mais uma vez a mão dali, eu já estou bem excitado.
Mas não cedi, eu acho. Eu só passei dois quarteirões do restaurante, e estacionei abaixo de uma árvore capenga, e desliguei o carro, tirei o cinto, e fiquei de lado para ele, que pousou a mão no queixo.
— Você mora aqui?
— Moro. Eu, e minha filha.
— E seus pais?
— Em cima do restaurante. Ela não está aqui, quer entrar? — Convidei mordendo minha boca, Jimin espremeu os lábios pensativo, claro que tudo era um jogo dele, afinal de contas, eu fiz o que todos fizeram, de forma pior talvez.
Já estava desistindo da resposta dele. Quando ele tirou o cinto.
— Claro, eu estou com muita fome, e você está me devendo uma boa refeição.
— Estou?
— Sabe que eu queria? Um kimbap, o seu pai faz um delicioso. — Ele falou saindo e eu tô ferrado. Se ele continuar assim, a admiração profissional que tenho por ele, vai acabar virando uma paixão, e eu sei onde isso vai dar! Ele me tratando como lixo. Talvez eu mereça.
Trancamos o carro e eu fiz o meu ritual de abrir o portão que sempre emperra, fez aquele som alto, que ele riu, e depois olhou um todo entrando. Do portão até a porta são míseros dez passos, tiro as chaves do meu bolso, abri a porta, e ele ficou parado do meu lado vendo o meu lar.
A sala estava bem arrumadinha, Eun Soo cuida bem de mim, hoje ela deixou uma bromélia em um copo, debaixo, um desenho e recadinhos, ele se inclinou sobre a mesinha, e pegou o papel.
“Papai, estender a roupa que deixei na máquina de lavar. Precisa trocar o gás porque acabou, trouxe marmitinhas do restaurante é só esquentar no microondas, não, ele não vai explodir, ok? Te amo!”
O desenho era ela ligando o microondas, o apito que estava pronto, e nada aconteceu.
— Que fofa! Ela cuida de você. — Ele disse tirando os sapatos, eu estou um pouco constrangido porque não é nada comparado com a casa que ele tem.
— Não repare a simplicidade.
— Gostei da simplicidade. — Ele disse e se sentou, eu reagi então, fui ligando o ventilador, a tv, e ele sorriu. — Eu quero a marmitinha.
— Claro que quer, você vai ligar o negócio?
— É só apertar um botão, eu busco quando apitar, vai lá tomar seu banho, que eu quero beijar sua boca. — De repente e tão sexy. Eu fiquei até sem rumo, dei voltas e voltas em mim mesmo, e ele riu, mas fui até a cozinha, uma resenha só pra enfiar o negócio lá dentro e apertar o botão, eu tenho medo, o barulho me arrepia.
Entrei no chuveiro, tomei um banho satisfatório, o cansaço bateu, e eu estou ouvindo o microondas apitar.
— Jimin? — Chamei enquanto eu me vestia, o cara foi embora, o que eu esperava.
Corri lá na cozinha para desligar o negócio, abri e tirei a marmita, que estava bem quente, bom, já que ele não vai comer, como eu. Voltei na sala, e me deparo com ele deitado, dormindo.
Park Jimin estava dormindo no meu sofá, agarrado a um travesseiro que eu durmo, o cara estava bem pertinho, como se estivesse cheirando meu cheiro, ele dormiu, e essa carinha de anjo dele, esconde o demônio loiro que ele é.
— Cadê o meu beijo, doutor Park? — Sussurrei deixando a comida de lado, fui buscar um cobertor, e ainda o cobri. Ele estava cansado, até roncando estava, então, deixa o beijo para depois, certo?
Se eu tivesse juízo, não deixaria.
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