História Minha pequena Mellorine - um romance de Sanji por Nami - Contra a parede

Sem querer arriscar que o loiro a pegasse naquela situação constrangedora ela colocou o tecido da mesma maneira que o tinha encontrado e sentou-se na cama afim de esperar até que ele voltasse.

Não demorou muito até que ela ouviu o som do chuveiro sendo fechado e notou o loiro saindo do banheiro, enquanto secava as pontas do cabelo com uma toalha.

Sanji: Você tinha razão Nami san, me sinto um pouco mais relaxado.

Nami: Que bom ouvir isso, já que você está tão relaxado poderá dormir no chão sem problemas.

Ele parou o que estava fazendo no mesmo momento em que ouviu aquela "crueldade" por parte da ruiva.

Sanji:  O quê?! Você está falando sério??

Ela olhou pra ele ao mesmo tempo em que pôs as mãos na cintura.

Nami: Você não pensou que eu dormiria na mesma cama que você não é mesmo?

Dessa vez foi ele que ficou sem graça.

Sanji: N-na verdade eu achei sim...

Nami: Já foi o suficiente eu ter aceitado ficar num quarto de casal com você, me pedir pra dormir na mesma cama já é abusar da sorte, Sanji kun!

Ele deixou a toalha de lado e foi até ela.

Sanji: Hahaha você é muito cruel Mellorine, eu já disse diversas vezes que não irei tentar nada que você não queira, estou começando a achar que você tem medo de estar sozinha comigo.

Quando se tratava de fazer provocações o loiro não costumava pegar leve, mas aquela simples frase foi suficiente pra fazer com que a ruiva desmanchasse sua cara ranzinza e a substituísse por uma expressão de quem não acreditava no que estava ouvindo.

Nami: Hahaha Sanji kun, às vezes você é um cara muito engraçado, suas piadas são as melhores, tenho que admitir isso!

Na visão de Sanji naquele momento algo realmente fazia ele achar graça, mas não era o que ele havia dito e sim a forma como Nami parecia insegura e um pouco tensa após ter ouvido ele dizer aquilo. Ele se perguntava se realmente era alguém que costumava intimidar tanto as pessoas daquele jeito que estava acontecendo com a ruiva.

Sanji resolveu se aproximar ainda mais da navegadora, até que ela deu de costas com a parede a medida que foi recuando, se Nami estava insegura ou não era agora que ambos iriam descobrir.

Daquele ângulo ele podia encarar aqueles lindos olhos castanhos, assim como ela também podia encarar aquele belo rosto, que por ter um dos olhos cobertos por aqueles fios loiros o deixava com um ar ainda mais misterioso.

Ele pegou os dois braços dela e os levantou acima da sua cabeça, ao mesmo tempo que os prendia contra a parede na altura dos pulsos.

Sanji: Tem certeza que não está com medo?

Ela precisou de muita força de vontade pra não cair ali mesmo, ela sabia que não tinha medo, mas então por que ela havia se arrepiado por ele apenas ter segurado seus pulsos?

Nami: S-sim, eu tenho certeza...

Ele se aproximou o bastante pra que pudesse falar no ouvido dela.

Sanji: Interessante, não é o que parece, tenho a impressão que seu pulso ficou mais acelerado depois do meu toque... Ou estou errado?

Não, ele não estava. Aquilo era realmente o que tinha acontecido, mas ela jamais iria confessar, ao invés disso ela decidiu pôr mais lenha na fogueira.

Nami: Você também costuma ser bastante cruel às vezes, eu diria que é um pouco maldoso da sua parte prender uma mulher contra a parede... Não é mesmo senhor cavalheiro?

Sanji: "Essa mulher ainda vai me deixar louco..."  Peço perdão pela minha crueldade, mas é porquê essa mulher mexe com os meus instintos, creio que eu não esteja agindo de forma racional...

No momento em que ele teve certeza que ela tinha baixado a guarda uma surpresa tomou conta dos dois: não só o quarto, mas todo o hotel havia ficado sem luz.

A ruiva parecia ter congelado.

Nami: "Isso tinha que acontecer logo agora?!"

Seria aquele momento de sorte pro loiro ou de azar pra ruiva?

                                                       Continua