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História Minha Salvação - Capítulo XXVI - Acampamento em Maria - Parte 2 - História escrita por KimBabby - Spirit Fanfics e Histórias
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História Minha Salvação - Capítulo XXVI - Acampamento em Maria - Parte 2


Escrita por: KimBabby

Notas do Autor


Oiie meus amores! Tudo bom?

Postei certinho \(^-^)/ Falei que iria voltar com as postagens regulares. O capitulo ia ser maior, mas como eu estou disposta a cumprir as datas agora, tive que postar ele só até ai, enfim, espero que gostem, aproveitem esses momentos fofos do nosso casal, por que nos próximos não será tão fofos assim hehehe(risada maligna), eu não revisei o capitulo então já sabem kkkk E finalmente teremos um pouco mais da historia do Levi :3

Chega de falar, boa leitura!

Capítulo 26 - Capítulo XXVI - Acampamento em Maria - Parte 2


Fanfic / Fanfiction Minha Salvação - Capítulo XXVI - Acampamento em Maria - Parte 2

Os raios quentes do sol apenas tornavam os adolescentes mais irritadiços do que o habitual, era quinta-feira, haviam se passado quatro dias desde suas chegadas ao acampamento. E até então tudo ocorria bem, depois da briga entre Annie e Olivia, os professores deixaram claro as consequências para repetições do comportamento. Fazendo os jovens se comportarem na maioria das vezes, mas em outras, piorarem. 

No domingo, a atividade foi um jogo pela floresta, o que causou um receio na parte dos mais velhos, mas sendo confortados pelos instrutores que estariam juntos. Haviam doze bandeiras escondidas, dividiriam os estudantes em grupos de dez, onde se espalhariam para achar as bandeiras antes da hora do almoço. Eren ficou junto com seus amigos, e mais dois colegas de classe, e por mais que fosse uma brincadeira, o moreno realmente estava competindo contra Leandro para ver quem conseguia capturar mais bandeiras antes do fim do tempo. E assim se iniciou uma busca incessante contra os dois times para vencer, a instrutora pensou que fosse entusiasmo, mas Mike e o Ackerman sabiam das intenções por trás desse "entusiasmo". Ao se passarem três horas o time do moreno achará três bandeiras e o de Leandro quatro, o que agravou a competitividade dos mais novos. Levi sabia o quão Eren queria ganhar do ruivo, o que achava um exagero da parte do outro, mas não se intrometeu. E ao fim do pequeno jogo, Eren havia achado no total cinco bandeiras e o time do ruivo permaneceu com quatro. O que fez Leandro pedir uma segunda rodada, mas sendo recusado pela instrutora que disse que ainda haveriam muitas oportunidades. 

Na terça, às atividades ocorreram no lago, uma corrida de canoa com os mesmos grupos de domingo fez com que os jovens mantivessem sua competitividade. Eren e Leandro tentavam a todo custo ultrapassar o outro, o que se resultou em ambos caindo no lago após tentarem se bater com as canoas. E por mais que o Ackerman tenha tentado disfarçar, sua preocupação com o jovem ao vê-lo cair da canoa foi percebido rapidamente pelos jovens, mas que levaram sendo como preocupação por estarem na responsabilidade do professor. Apenas depois Levi notou sua preocupação exagerada, o que quase o fez querer bater em Eren ali mesmo, mas se controlou. E antes de voltarem para os dormitórios no fim do dia, chamou Eren quase o estrangulando pela falta de atenção no mesmo, o que se estendeu o assunto sobre a importância do moreno para o Ackerman, causando brincadeiras da parte do estudante. 

E assim se seguiu os dias, entre atividades e competitividades entre os adolescentes, mas nada que se resultasse em brigas ou em tapas como no primeiro dia. Agora se faziam onze horas da manhã, os estudantes ouviam as recomendações da instrutora sobre as trilhas que fariam. Eren quase se jogava no lago pelo calor horrível que sentia, lhe causando um mau humor atiçado.

- Merda, que calor. - Murmurou abanando a blusa para amenizar a agonia.

- Nem me fala, estou morrendo aqui. - Sasha bufou irritada - E para piorar não posso comer meu chocolate.

- Você só pensa em comida. - Mikasa retrucou - Droga, por que não podemos ir para o lago hoje? 

- Pergunta para a instrutora. - Jean deu de ombros.

- Quero um sorvete. - Ymr se abanava com as mãos tentando parar de suar pelo calor.

- Hoje vamos separar vocês em duplas. Então escolham seus parceiros. - Após ouvirem a instrutora todos se agarraram as primeiras pessoas ao lado que gostariam de fazer dupla. 

Eren olhou para trás vendo Sasha de mãos dadas com Connie, Mikasa com Annie, Jean com Armin e Ymr e Christa que sempre permaneciam juntas. O moreno suspirou, voltando para frente com seu tédio.

- Estou sem parceiro. - Eren falou com um sorriso forçado - Acho que vou ter que ficar aqui, que pena.

- Nada disso, você poderá ir com algum dos professores. - A instrutora disse sorrindo para Eren - o que acham? - Perguntou para os mais velhos.

- Uma ótima ideia! - Hanji não deixou ninguém falar, ficando na frente - Eu vou com a Petra e o Mike com a Luiza.

- Eu vou? - Mike perguntou confuso.

- Sim, você vai. - Hanji falou entre dentes, voltando a fitar a instrutora - Tenho certeza que o Levi gostará de acompanhar o nosso aluno. Não é? - Hanji se virou para o Ackerman que a olhava como se fosse a bater.

- Claro que sim. - Respondeu fazendo o sorriso de Hanji crescer.

- Então está resolvido. Vamos começar a trilha. - A instrutora, seguiu na frente. Com as duplas lhe seguindo atrás. Uma de professores na frente, uma no meio e a última atrás. 

Levi e Eren ficaram os últimos, o moreno ficou feliz por ter ficado de dupla com o professor, mas o mais velho temia que alguém desconfiassem deles. Não haviam se encontrado muitas vezes durante a noite, temendo alguém dar falta do moreno. E como disseram antes, o acampamento também tinha ativados noturnas para fazerem, pegando todo o tempo deles. Após notar que estavam um pouco atrás das outras duplas, Eren sorriu pegando na mão do professor que se afastou bruscamente assustado.

- O que foi? - O adolescente perguntou, não entendo a reação do Ackerman.

- Eren aqui não, podem ver. - Disse, voltando a caminhar na frente ouvindo um murmurar do outro.

- Ninguém fica nós observando Levi. Por que tem tanto medo? - Eren perguntou irritado pela forma que o professor falou com ele, ou talvez tenha sido o calor que o havia deixado nervoso.

- Mas e seus amigos? Sou professor. Não posso arriscar Eren, tenho que manter meu cargo e você sua vaga no colégio. - Explicou, notando o moreno ficar quieto - Por que está assim agora? 

- Nada. - Respondeu baixinho, não conseguindo convencer o mais velho.

- Nada? Tem algo. O que aconteceu? - Eren hesitou, revirando os orbes verdes - Você está me evitando desde de ontem, o que houve?

- Eu vejo como a instrutora olha para você, a que sempre está no café da manhã ou jantar. Não gosto disso. E... - Parou de falar, suspirando - Eu....sei lá só não gosto da gente ficar no amônio o tempo todo. Queria mostrar para essas pessoas que alguém lhe tem, mas não posso fazer isso. - Eren não conseguia encarar o mais velho e por esse motivo não viu o sorriso quase imperceptível surgir nos lábios do professor.

- Não precisa se preocupar com nenhuma instrutora, ou com ninguém. Se eu pudesse você acha que eu não te beijaria na frente de todas as garotas que dão em cima de você? Ou que eu não gostaria de andar de mãos dadas com você pelo colégio? É óbvio que sim, mas não posso, mas isso não quer dizer que eu não goste de você. - Levi falou olhando para o rapaz que ficou sem palavras, apenas sorrindo envergonhado pelo ciúmes que teve por algo infantil.

- Desculpe. Acho que exagerei. - Falou, olhando para frente - É...desde quando a gente parou de andar? - A trilha que antes podiam ver algumas duplas a frente, não tinha mais ninguém, apenas o vazio da floresta.

- Merda, isso que dá por você ficar me desconcentrando. - Levi balançou a cabeça.

- Então eu te desconcentro? - Eren se aproximou do Ackerman, encostando suas testas, beijando delicadamente o canto dos lábios do menor - Fico feliz. - Se separou do mais velho, voltando a andar - Vamos, antes que a gente se perca de vez.

Levi mordeu o lábio inferior, desejando sentir a boca do outro na sua, mas se contento, voltando a caminhar com o moreno que agora parecia menos irritado e com um sorriso convencido no rosto. Conseguiram alcançar os outros um pouco mais a frente, se aliviando por não estarem perdidos. Voltando ao percurso normal. A trilha se estendeu por mais uma hora, onde paravam em uma cachoeira para comer e descansar, antes de seguirem.

- Eren desculpe, a gente esqueceu de fazer as contas e deixamos você sozinho. - Armin falou temendo que o moreno brigasse com o Ackerman, sabendo da rivalidade entre eles que obviamente não existia mais, mas ele não sabia disso - Se você quiser eu posso trocar com você.

- Para mim ficar com o Jean? Não obrigado, dispenso. - Eren não queria mudar de dupla, mas não podia deixar que algum de seus amigos desconfiassem - Ele até que não está tão ruim hoje, posso aguentar por mais algumas horas.

- Tem certeza?

- Tenho. - Confortou o loiro com um meio sorriso, antes de voltarem para a trilha.

O resto do caminho ocorreu normalmente, a maioria dos adolescentes não aguentavam mais andar, começando a sentir dores nas pernas. E quando finalmente terminaram a trilha e voltaram para o acampamento, se jogaram nos bancos do refeitório, cansados demais para sequer sentirem fome ou se preocuparem com a comida verde e gosmenta que serviam. 

- Estou morto. Não sinto minhas pernas. - Connie estava com a cabeça na mesa, falando com os olhos fechados.

- Até parar falar cansa. - Annie falava baixinho - Quero deitar e só levantar amanhã.

- Dois. - Jean levantou a mão.

- Três. - Mikasa se juntou a ambos.

- Quatro. - Ymr estava com a cabeça encostada na de Christa, que fazia carinho na morena pelos longos cabelos. 

- Todos queremos. Ah vou desmaiar de fome e essa comida não ajuda. - Eren olhou para os vegetais verdes no prato, perdendo a fome.

- Bom, é o que temos. - Armin disse começando a comer.

Por mais que preferissem uma carne em vez de legumes, comeram a comida com apetite pela fome grotesca. Após o almoço, ficaram tento atividades no lago, que todos foram sem reclamar pelo calor que se fazia, podendo assim se refrescar. No fim do dia, realizaram uma fogueira, onde conversaram e alguns se arriscavam a contar histórias de terror. Algumas pareciam assustar, deixando muitos com medo de voltar para os dormitórios. Quando deu o horário, a instrutora mandou os jovens se deitarem para o novo dia que teriam amanhã. Todos estavam exaustos pela caminhada, e assim que se deitaram dormiram, menos um jovem que saia da cabana para seguir até outra um pouco a frente.

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As pernas em volta da cintura do Ackerman, junto com a pressão que fazia na região sensível do jovem, arrancava gemidos de Eren, que segurava a voz para não gemer alto para não ser ouvido por Mike que dormia ao lado. Seus braços estavam em volta do pescoço de Levi, que segurava o adolescente com força contra a parede enquanto entrava e saia da entrada do mais novo, que sentia o pênis do professor lhe acertar a próstata, o fazendo revirar os olhos por dentro das pálpebras e arranhar as costas brancas do mais velho, lhe deixando marcas. 

- Ah..ah...Levi... - Eren gemia perto do ouvido do professor, para que não soassem altos e acordassem alguém. 

- Como é bom ouvir meu nome assim... - Mordeu o ombro do estudante que sentiu a dor da mordida, mas aumentando seu prazer - Quer mais rápido? 

- Sim...por favor... - Eren pediu com seu fio de voz, apertando mais as pernas ao redor do Ackerman que sorriu lascivo com o pedido.

- Eren...Tu me fais délirer, mon cher.... - Levi falou em francês, e o jovem iria perguntar a tradução, mas começou a sentir as investidas ficarem mais rápidas em seu orifício e suas costas começaram a desligar pela parede de madeira da cabana. 

Sua mente ficou nublada e só conseguia pensar em Levi dentro de si, Levi lhe apertando, Levi gemendo sôfrego perto do seu ouvido enquanto chupava seu pescoço. Apenas o prazer lhe consumindo por inteiro e lhe queimando as veias. E ao sentir o orgasmo chegar, segurou a cabeça do professor, beijando os lábios tão conhecidos, provocando do seu sabor na boca do homem que o fazia perder a cabeça. Suas línguas se tocavam com luxúria, arrancando gemidos contidos do mais velho. Eren descia sua mão para a barriga do professor, causando arrepios no mesmo.

E assim veio o orgasmo avassalador que fez com que ambos mordessem seus lábios para não soltarem a voz como gostariam, e se segurarem um no outro com a intensidade. Voltaram a se beijar como uma despedida do contato que estavam tendo antes de se afastarem. Levi caminhou até sua cama, colocando Eren em cima, se retirando de dentro do jovem que sorriu de canto para si. 

- Deita um pouco comigo. - Pediu, fazendo Levi suspirar, se deitando ao lado do aluno que se aconchegou em seus braços - É impressão minha ou você estava com muita vontade hoje? 

- Foi sua culpa por ficar se exibindo no lago, não pude resistir. Você estava excitante molhado daquela forma. - Levantou o queixo de Eren que selou os lábios, se separando com seu sorriso convencido de costume.

- Eu sabia que você estava olhando, queria te provocar. - Subiu em cima do mais velho.

- E está conseguindo. - Levou sua mão para apertar uma das nádegas do moreno, que se encontrava cheia de mordidas pela pele bronzeada.

- Que bom. Assim aquela instrutora ridícula vê que você não quer ela. - Falou se recordando da mulher que na hora do jantar, se sentou ao lado de Levi, lhe cantando e tentando o impressionar de alguma forma, o que causou um desconforto em Eren ao ver.

- De novo você fala dela. - Levi se encostou na cabeceira da cama - Já disse que...

- Eu sei, mas não posso evitar de querer chutar ela toda vez que ela vem com aquele sorriso chato e forçado. - Eren saiu de cima do Ackerman, vestindo suas roupas espalhadas pelo chão. Levi gostava de saber que o moreno sentia ciúmes, mas obviamente não falava para ele.

- É melhor você ir para o dormitório, antes que alguém nota sua falta. - Levi vestiu suas calças, vendo os vários arranhões em seu abdômen feitas por Eren minutos atrás.

- Todos estão cansados. Ninguém deve saber que sai, aquela trilha acabou com todos. - Eren se jogou na cama de novo sentindo o sono agora vir o fazendo ficar sonolento.

- Mas daqui a alguns dias vamos embora. - Falou se sentando na cama, alisando as costas do estudante - Eren? Eren? - Se aproximou do rosto do jovem, que havia acabado de dormir - Eren? - Beijou o pescoço do estudante. "Não fará mal deixar ele dormir um pouco", se ajeitou ao lado do moreno, fazendo carinho em seu braço dormindo aos poucos sem notar.

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Eren se encontrava ansioso desde do jantar, era sábado, no dia seguinte iriam embora do acampamento voltando para o colégio, terminando o passeio escolar, mas sua ansiedade era causada por outro motivo. Antes do jantar, se encontrou com Levi perto das cabanas, o professor disse que queria conversar com ele, mas não sabia sobre o que se tratava.

Flash Back On

- Alguém te viu? - Levi estava atrás da cabana onde o mais novo dormia, olhando para os lados com medo de alguém ter o conseguido.

- Não. Eu disse que iria no banheiro. - Deu de ombros - O que você queria conversar comigo?

- Hoje quando for me encontrar, me espere perto do lago, tudo bem? - Levi falou atraindo a curiosidade do jovem.

- Por que? - Eren questionou, não entendendo o motivo.

- Eren só vai, não pergunta. - O Ackerman revirou os olhos empurrando o maior - Agora volta para o refeitório antes que seus amigos venham lhe procurar.

- Tudo bem, tudo bem. Já vou. - Sorriu de canto, beijando os lábios do professor antes de afastar para voltar para o refeitório novamente.

Flash Back Off

Desde então, sua ansiedade para se encontrar com o professor era gigantesca, tentava disfarçar sua agonia para que as horas passassem rápido, mas essas pareciam lhe torturar ao passar demasiadamente devagar. 

- É impressão minha ou você está ansioso? - Armin perguntou baixinho ao estarem deitados um ao lado do outro.

- Não estou, é sono. - Respondeu mentindo descaradamente, mas não podia deixar Armin saber sobre seu envolvimento com o Ackerman.

- Parece ansioso. Aconteceu algo? Com o Leandro? - O loiro sussurrou baixinho o nome do ruivo para não ser ouvido.

- Não. Eu só estou com sono mesmo. - Eren tranquilizou o amigo.

- Tem...

- Vão dormir vocês! - Jean jogou um traseiro no rosto de Eren que bufou irritado, querendo jogar uma pedra no mesmo, mas se contento.

Fechou os olhos, pedindo para que todos dormissem rápido para poder sair. "....durmam logo...durmam logo...durmam logo...durmam logo...durmam logo...", e pensando nisso diversas vezes, teve feito ao contrário, ao acabar cochichando sem perceber. E só após meia hora que abriu os olhos, se assustando pensando ter ficado horas adormecido, saindo da cama às pressas, mas com cuidado para não acordar ninguém. Fechou a porta, saindo literalmente correndo para o lago, rezando para que o professor não tivesse ficado horas o esperando. Tropeçou em uma pedra, xingando pela dor, mas voltando a correr até poder visualizar o lago a frente, sorrindo aliviado. 

Chegou na beira, tentando procurar o Ackerman na escuridão, mas falhando. "Será que ele já foi embora? Se isso tiver acontecido ele deve estar uma fera...Mas esse escuro não ajuda em nada...", passou as mãos no rosto sentindo uma mão no seu ombro, se assustando.

- Por que demorou? - Era a voz de Levi, que olhava para Eren desconfiado.

- Eu dormi sem querer. - O moreno falou envergonhado, tendo como resposta do mais velho um revirar de olhos.

- Vem. - Pegou na mão do estudante o guiando pelo caminho.

Eren seguia o Ackerman, não sabendo a onde estavam indo, se perguntando como Levi conseguia enxergar na escuridão que estavam. Seguirem pelo caminho normal, mas depois o professor o guiou para dentro da floresta, causando um receio no adolescente.

- Tem certeza que é bom a gente vir aqui essa hora? Está muito escuro... - Sentia as folhas de árvores passarem pelo seu rosto, aumentando seu medo - Levi eu...

- Calma, já estamos chegando. - O professor o acalmou, sabendo de cor o caminho que fariam. 

Após cinco minutos, chegaram em um lugar da floresta que se abria, fazendo uma redoma com as árvores. Levi soltou a mão do moreno, que ao colocar seus orbes a frente, pode ver um pano estendido no chão e o sorriso que surgir não foi intencional.

- Você disse que queria ver as estrelas, eu dei um jeito. - Levi falou, ficando satisfeito com o rosto de surpresa do outro.

- Como achou esse lugar? - Eren perguntou seguindo para perto da manta estendida, se sentando na mesma não podendo conter sua animação.

- Em uma noite que não nos encontramos, eu estava andando e parei aqui, parecia ser um bom lugar. - Fitou o moreno que sorriu para si, lhe enchendo o coração de uma sensação gratificante, que nunca havia sentido em sua vida. A sensação de fazer outra pessoa feliz.

Eren deu tapinhas ao seu lado, fazendo o mais velho se sentar mesmo com sua mania de limpeza, que o impedia de fazer certas coisas. Levi fazia aquilo pelo estudante, sabendo de como o mesmo queria ver as estrelas, e queria fazer isso. Por incrível que possa parecer, Eren conseguia lhe despertar desejos que até então não tinha, sonhos que não tinha, sentimentos que não tinha. Tudo era novo, e pela primeira vez gostava do novo.

- Quando eu era menor, eu achava que as estrelas eram partes do sol, que se espalharam pelo universo. - O mais novo sorriu nostálgico - Bobo, não é?

- Sim. - Disse, sentindo uma ombrada do jovem que se deitou na manta, fitando o céu estrelado daquela noite de verão. 

- Eu pensava que a lua era uma bola de sorvete e as nuvens algodão doce, uma vez eu tentei pega-las no ar, era patético. - Sorriu de canto, fitando o professor que o olhava em silêncio - Minha mãe dizia que se podia ver o destino através das constelações, eu acreditava na época, hoje não.

- Você nunca falou.

- Sobre as constelações? - Perguntou em dúvida.

- Sobre sua mãe. - Eren não respondeu, desviando seus olhos verdes para as estrelas.

- Não tenho muito o que falar. Ela morreu quando eu tinha cinco anos, ela estava doente. - Era mentira, mas não podia falar a verdade, se falasse o real fato teria que explicar coisas que preferia esquecer.

- Sinto muito. - Levi murmurou, não imaginando que Eren havia perdido a mãe tão cedo.

Era um mistério a família do moreno, Eren nunca falou sobre seus pais, sua antiga casa ou sua cidade natal, mas o Ackerman também nunca falou dos seus. Talvez fosse uma troca mútua entre eles, ninguém perguntava, questionava ou falava sobre. Mas naquele momento, tendo só eles no meio da floresta, olhando as estrelas no céu, pareceu ser o lugar certo para tal assunto tanto tempo evitado de ambas as partes.

- Tudo bem, foi a muito tempo. - O adolescente esperou Levi se acomodar ao seu lado para voltar a falar - Ela era incrível, você iria gostar dela. Ela me contava histórias antes de dormir por que eu tinha medo do escuro, ela pegava na minha mão e cantava baixinho, até eu dormir. Sinto falta disso. 

- É por isso que você não consegue dormir? - O menor arriscou, sabendo da insônia do mais novo e de como ele passava dias sem dormir corretamente.

- Talvez seja, para ser sincero faz um tempo que durmo bem. - Eren mordeu os lábios, fitando o Ackerman ao seu lado.

- Quanto tempo?

- Quase dois messes eu acho. - E Levi associou isso com o tempo em que estavam juntos, fazendo Eren sorrir de lado - Você tem me deixado com mais sono, tenho que admitir, principalmente quando a gente transa.

O Ackerman revirou os orbes cinzas pela risada do maior sobre seu apetite sexual, o estudante pegou na mão do professor, antes de fazer sua pergunta.

- E o seus pais? - Eren olhava para o rosto do mais velho, que permanecia inexpressivo, observando as estrelas acima deles.

- Eles morreram em um acidente de carro quando eu tinha onze anos. 

- Eu sinto muito Levi, de verdade. - O Ackerman fitou o rapaz ao seu lado, vendo o rosto do mesmo em pesar. Levou uma das mãos até o rosto do estudante, fazendo carinhos nas maçãs rosadas do jovem.

- Tudo bem faz muito tempo. Eu passei a morar com meu tio... - Parou de falar ao se recordar de Kenny, que assombrava metade dos seus pensamentos - Quando eu era mais novo eu queria dar orgulho aos meus pais, ser como eles...mas sinto que só os decepcionei.

- Por que fala isso? - O moreno perguntou sentindo o amargo nas palavras do outro.

- Eu acho que não me tornei alguém que eles se orgulhariam. - É difícil esquecer ações ou palavras, Levi sabia disso, toda vez que se deitava em sua cama para dormir, lembrava de todas as pessoas que matou, sendo boas ou não, tinha tirado suas vidas. E isso era um fardo que as vezes lhe sufocava e tirava sua paz, que não existia mais - Acho que a pessoa que sou, não é uma pessoa ao qual eles teriam orgulho.

- Eu não pude os conhecer, mas eu acho que eles se orgulham muito do homem que você se tornou, por que eu me orgulharia... - Eren disse, ficando apoiado em um dos seus braços para olhar o professor melhor, Levi o fitava em silêncio digerindo as palavras ditas - Você é uma pessoa extraordinária, só não percebe isso e não deixa ninguém ver.

- Você parece ela falando…. - Levi disse, se recordando de sua mãe ao qual evitava se lembrar.

Era inverno na França, sua casa ficava um pouco afastada da cidade. Seus pais não gostavam de aglomerações e barulhos, talvez seja por isso que também passou a não gostar, era uma característica que herdou deles, como a música ou o buscar de novos conhecimentos. Passava horas lendo livros junto ao seu pai, dos mais variados temas ou tipos, ou ensaiando violino com sua mãe, que tinha paciência e carinho ao lhe ensinar a manejar o instrumento complexo. Era a forma que ambos tinham para passar mais tempo consigo depois do trabalho. Sua mãe era professora de fundamental, e seu pai lecionava sobre filosofia em uma faculdade. Talvez por esse motivo que escolheu ser professor depois de tudo que aconteceu, era um jeito simples de continuar próximos a eles.

Ainda podia se lembrar claramente do dia em que tudo mudou. Chovia muito, os jornais diziam que eram uma das piores tempestades do ano e as recomendações dos especialistas eram para que os cidadãos permanecessem em suas casas durante a chuva. Seus pais tinham marcado de encontrar alguns amigos em um restaurante na cidade, então não podia ir junto com eles, mesmo que tenha pedido milhares de vezes para os acompanhar. Uma senhora que sempre cuidava de si enquanto ficavam fora, ficou consigo nesse dia. Sua mãe lhe deu um beijo de despedida dizendo que logo estaria de volta, e que poderiam ensaiar um pouco mais ao retornar, mas não aconteceu.

E após a saída deles, exatamente três horas depois a campainha tocou, e policiais estavam em sua porta pedindo para seguirem para o hospital. Era uma criança e não entendia o que estava acontecendo, então quando chegaram no hospital, veio a notícia que mudaria o curso de sua vida. Seus pais tinham morrido em um acidente de carro na estrada, os médicos não puderam fazer nada, pois quando chegaram no mesmo já se encontravam sem vida. Foi como um baque ao qual você negasse a aceitar, a senhora que cuidava de si não parava de chorar e o abraçar, mas continuava inexpressivo e não demonstrava nenhuma dor ou tristeza. Naquele momento, era como se seus sentimentos tivessem parado e o vazio lhe atingisse. Então um pensamento lhe veio à mente, estava sozinho. O enterro aconteceu no dia seguinte, vários amigos de seus pais lhe desejavam melhoras e diziam palavras de consolo, mas nenhuma surtia efeito. Não ouvia mais nada, não sentia nada. Era como se o mundo ao seu redor tivesse parado.

Ficou dias na casa da senhora que cuidava de si, até que achassem alguém de sua família para ficar consigo e acharam. Kenny. O único parente de sua família vivo. Então, seu tio pegou sua guarda legalmente na justiça, mas também se não fosse, ele arrumaria um jeito. Foi morar com ele em Paris, e seu tormento começou.

Descobriu no que seu tio trabalhava, o porquê de o mesmo possuir patrimônios riquíssimos, e o porquê de suas longas viagens para fora do país. Kenny era da máfia francesa. Algo que ninguém falava sobre, por pensar que não existia, mas acontecia por baixo dos panos do governo, sobre ameaças e subornos, ajudando quem pagasse mais. Kenny não escondeu isso de si em nenhum momento, dizendo que se quisesse ficar com ele em vez de um orfanato, teria que seguir suas regras.

E suas regras eram simples, treinar, lutar e matar. O que passaram a ser as suas ao longo prazo.

Começou a treinar com seu tio, no começo era obrigado, pois caso não fizesse, Kenny o deixava sem comer ou lhe castigava com agressões físicas, mas com o tempo, passou a gostar de se defender. Não estudava em uma escola, um professor particular vinha em casa para lhe ensinar. Cada dia aprendia mais, cada ano se tornava mais forte, mais estrategista, mais frio. Kenny lhe explicava tudo sobre armas, sobre defesas, sobre matar, estava se transformando em uma máquina de matar sem ao menor notar. E com dezoito anos, seu tio o achou apito o suficiente para ir com ele em uma das suas negociações, depois disso nunca mais parou.

Seu talento e sua eficácia lhe ajudaram a ter cada vez mais créditos dentro da máfia, e começar a ser tão famoso quanto seu tio. Matar se tornou comum, não via problema nisso. Se tornou alguém impiedoso, calculista e frio. Por anos viveu assim.

Mas chegou uma hora que tudo desmoronou, não o satisfazia, não lhe dava mais prazer e a perda de pessoas ao qual se importa, lhe fizeram duvidar de seu trabalho. Por que fazia aquilo? Não precisava mais de seu tio para sobreviver, então por que continuar? 

Então decidiu sair da máfia, mas não o deixariam ir livremente e lhe deram tarefas impossíveis de serem feitas, mas a última seria a mais difícil de todas. Matar o comandante da máfia alemã e soviética. Algo impossível é inimaginável, mas que para ter sua liberdade estava disposto a correr o risco. 

E pela última vez foi o homem cruel que foi treinado para ser, pela última vez ergueu suas armas para matar, pela última vez foi um assassino. E após seu trabalho impecável, que ninguém esperava que pudesse completar, saiu definitivamente. Sem olhar para trás. Deixando a vida que lhe deu sangue nas mãos no passado, mas memórias não podem ser apagadas, caminham junto por onde for, esse era o preço das escolhas que tinha feito e as levaria até sua cova, mas algo não estava planejado, em nenhuma de suas situações. Se apaixonar por alguém. 

Eren definitivamente mudou tudo em sua vida, a única pessoa que deixou ultrapassar as barreiras em torno dos seus sentimentos, emoções e do seu coração. A única pessoa ao qual prezava, a única que mantinha seu lado bom vivo e intacto, o moreno se tornou o único para ele em vários aspectos, até mais do que podia imaginar. Se tornou seu ponto fraco e sua força.

- Qual o nome deles? - Levi recobrou a consciência, ao ouvir a voz de Eren ao seu lado só então percebendo que ficou vários minutos em silêncio.

- Aimee e Thierry... 

- Nomes bonitos... - O estudante disse, sorrindo fraterno, encostando a cabeça no ombro do Ackerman - Eu gosto do nome Sunny.

- Por que? - Levi perguntou.

- Sunny significa esperança, acho bonito. - Eren sussurrou, ficando por cima do professor, mordendo os lábios – Odeio fazer declarações, mas... – Encostou as testas de ambos, como se o ato os unisse em um só corpo e uma só alma – Estou terrivelmente apaixonado por você....

O mais velho não precisou dizer algo, aproximou seus lábios frios sobre os quentes do jovem, que entre abriu para permitir que o Ackerman aprofundasse o ósculo com sua língua ágil. Eren levou as mãos para o rosto do professor, passando as mãos nos cabelos do mesmo. Levi o beija com ternura e carinho, não era um beijo sexual, mas sim, amoroso, ao qual transmite os sentimentos não por palavras, mas por toques. O moreno sabia que o mais velho não usava as palavras para se expressar, mas atitudes. E soube que aquele beijo, era mais que um simples beijo, era a forma que o outro lhe dizia que se encontrava como ele, terrivelmente apaixonado. 


Notas Finais


E ai gostaram do love entre eles? Eu gosto de colocar momentos fofos entre eles, não apenas pegação para a gente sentir o carinho que ambos tem um pelo outro, mas vou avisar, que a partir do próximo capitulo tretas surgiram e vai abalar nosso casalzinho, então poriso espero que tenham aproveitado esses momentos fofos entre eles ashausuah

E TENHO que agradecer a cada leitor que favorita, que comenta e que divulga a fic, muito obrigada por estarem comigo, durante esse mês que fiquei sem postar senti muita falta de todos vocês, virou parte da minha rotina escrever e sempre postar aqui, ler seus comentários e sorrir com cada um, muito obrigada por comentarem os capítulos e interagirem com a historia, isso motiva muito na hora de escrever. Então obrigada por estarem aqui comigo, por não terem desistido da historia, sei que as vezes atraso demais, mas me perdoem, dou o meu melhor para a historia ficar boa e que agrade vocês, então eu escrevo com muito cuidado, enfim, agradeço do fundo do meu coração por vocês estarem comigo <3 Obrigada meus amores!

E irei pedir desculpas pela demora de responder os comentários mas estou sem tempo nenhum, o que tenho é para escrever, mas saiba que li cada um deles e agradeço vocês pelo apoio! Responderei assim que possível ><

Era só isso mesmo, comentem para saber suas opiniões e até a semana que vem! Beijos de unicórnio para todos!!!


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