4 anos... Que crianças espertas... Até demais...
Nathan estava em casa normalmente, conversando com Metal. Ambos estavam entediados por não ter nada pra fazer, e não podiam ao menos ir a piscina, pois estavam no inverno, e todos se encontravam encasacados e bebendo chocolate quente. Aquilo não era muito ruim, porque Spetto-san faz um chocolate quente delicioso. Mas o rosado queria fazer outra coisa, sair e se divertir.
Metal - Ai ai... - suspirou o mais velho. Ele estava com uma vestimenta muito fofa, com um gorrinho azul na cabeça, casaco verde e calça marrom, além de um par de luvas pretas. - aqui tá tão chato... Onde é que tá sua irmã?
Nathan - Foi ao shopping com a mamãe, e do jeito que as mulheres são, devem demorar muuuuuuuuuito... - revirou os olhos, pensando em quantas horas as duas demorariam pra voltar.
Metal - Não tem nada pra fazer... Minha mãe foi junto com a sua né? Papai deve tá lá em baixo conversando com o seu pai.
Nathan - Uhum uhum, é verdade. - concordou com a cabeça. - eii... Tive uma ideia pra gente se divertir...
Metal - Souka? O que? - ele sorriu se animando.
Nathan - Nayla e eu criamos várias passagens secretas a noite, quando todos estão dormindo. Assim podemos nos locomover sem a mamãe decobrir, ela ainda não sabe que somos gênios. Mas mudando de assunto, tem vários tipos de passagens, ainda estamos trabalhando pra fazer a do sotão... Mas fora ela, temos para todos os cômodos, inclusive o quarto do velho e da mamãe.
Metal - Sugee Nathan... Você é muito inteligente...
Nathan - Hehe, aprendi tudo isso com os livros da mamãe.
Metal - Quê? Você sabe ler? Eu sou mais velho que você e não sei. - cruzou os braços emburrado, agora o pequeno já estava se sentindo um burro.
Nathan - Nãão eu não sei ler não. - riu vendo a careta que o Redfox fazia. - lembro que quando íamos dormir, mamãe pedia pro velho ler uma história pra gente, mas invés de contos de histórias e heróis e tal, ele lia sobre coisas que só sua mãe entenderia, porque ele simplesmente pegava um livro qualquer e começava a ler. Agora, vamos sair daqui porque senão daqui a pouco meu pai chega e aí nosso plano vai pro buraco. - Metal deu uma leve risada, vendo que Nathan era identico a Natsu, porém era mais inteligente, mais isso não era problema, aliás, quem não quer ter um melhor amigo gênio?
Ele o levou até um armário, onde o Dragneel dizia ter uma passagem que cabia dois dele. Abriu-o e Metal viu que era mesmo verdade, aquilo era incrivel, como ninguém nunca percebera isso ali? Era meio que... óbvio. Nathan entrou dentro de um tubo engatinhando , Metal foi logo atrás do mesmo, olhando para todos os lados com curiosidade, aquilo era muito bem feito para uma criança.
Depois de um tempo rosado parou, e sentou-se no chão. Encarando várias outras passagens que tinha os nomes dos cômodos como: Sala, Quarto 1, Quarto 2, Quarto 3, Banheiro 1, Banheiro 2, Cozinha, Sala de Jantar, Biblioteca, Sala Secreta e... Eh? Sala Secreta?
Nathan - Pra onde nós vamos...? - se perguntava indeciso. - Ah, seria bom ir na cozinha comer um pouco de fogo...-
Metal - Nee Nathan, que sala secreta é essa? - perguntou apontando para um das passagens, que tinha uma plaquinha em cima escrita Sala Secreta
Nathan - Qual? - olhou para onde ele apontava. - Ahh sei, Nayla e eu reformamos o depósito já que ninguém entrava lá há anos, então fizemos a Sala Secreta Apenas Para Crianças Que Aadultos São Proibidos E Se Entrarem Estarão Mortos. Ou abreviado: APCQASPSEEM hehe.
Metal - AODPDFNFHDN oque?
Nathan - Não é isso, é assim: APCQASPSEEM. - falou como se fosse a coisa mais facil do mundo de se dizer. - mas como a Nayla pe teimosa, ela colocou a plaquinha escrito Sala Secreta.
Metal - Pelo menos tem alguém com juízo na família Dragneel. - murmurou baixinho, com uma gota na cabeça.
Nathan - Vamos na cozinha pegar uns doces, e depois nós vamos pro APCQASPSEEM. - ele sorriu com os olhos brilhando.
Metal - Ér... Vamos chamar de Sala Secreta, ok? - o outro assentiu, e entraram na passagem que estava escrito cozinha. Foram escorregando até lá, e aterrissaram em um cesto que tinha uma almofada dentro. Se levantaram batendo nas roupas, e se esconderam debaixo da almofada.
Empregada - Are? Tinha quase certeza de ter visto alquém aqui... - disse uma das empregadas. Deu ombros e logo saiu. Os dois suspiraram aliviados, e saíram dali.
Metal olhou com duvida para Nathan, imaginava como ele se livraria das três empregadas que estavam na cozinha. O Dragneel olhou para o Redfox como se estivesse dizendo: Tudo bem, confie em mim. Ele chego perto do Dragon Slayer do fogo, e disse a ele o que teria que faze. O pequeno hesitou um pouco corado, mas assentiu depois, faria tudo para ajudar.
Metal - Yaaaaa!!!!!!!! - gritou passando por baixo da saia das três moças que estavam ali, e tirando seus sapatos, elas correram coradas atrás do pequeno. Metal saiu correndo até a sala onde a contornou e volta à cozinha, jogando os sapatos delas atrás da porta, Nathan logo agiu e a trancou, fazendo apenas os dois estarem na cozinha. - você sempre faz isso? - perguntou arfando.
Nathan - Só uma vez por semana, quando a mamãe vai em missão. Normalmente eu passo por baixo da saia delas e pego os sapatos e depois a Nayla tranca, mas como você tá aqui é mais facil.
Metal - E elas caem nessa toda semana?!
Nathan - Pff claro. Elas são meio burras... Mas vamos logo pegar os doces. - eles pegaram uma cadeira, e colocaram perto do armário onde segundo Nathan tinha biscoitos. Metal ficou em baixo dando apoio para o Dragneel poder alcançar, e ele rapidamente pulou com um enorme pote de biscoitos nos braços. - Ahh não... Esqueci que a mamãe comprou um novo pote com tampa de ferro, Spetto-san deve ter dito a ela que eu e minha irmã roubamos biscoitos constantemente...
Metal - De ferro? - os olhos dele brilharam encarando a tampa. - se importaria se eu comesse a tampa
Nathan - Claro que não brow, manda ver. É bom que agente se livra da tampa de uma vez por todas.
(...)
Metal - Ahh... Aquele ferro era muito bom... Aliás, como é que nós vamos voltar? Pense bem, se entramos pela passagem e escorregamos, como é que famos voltar? Escalando o caminho todo de volta? - Nathan olhou para ele, e logo deu um sorriso convencido. - Já sei, você já pensou em algo né? - sorriu.
Nathan - É claro, você acha que ia iria cometer um erro tão tolo quanto esse? Eu criei um mini elevador que nos leva para onde escolhemos vir a cozinha. É aqui olha. - ele abriu um nos armários que ficam na parte de baixo. E percebeu que estava vazio. O rosado se sentou de um lado e bateu no outro para Metal sentar. Assim que o mais novo fechou a porta, uma luz acendeu em cima da cabeça de ambos. - Ir para a entrada principal. - o "elevendor" começou a subir, e o Redfox sorriu deslumbrado, Nathan seria um gênio no futuro. No momento que chegaram ao lugar de onde havia descido, escorregaram da mesma maneira na passagem onde estava escrito Sala Secreta. E igual a quando foram a cozinha, aterrissaram em duas almofadas, um rosa e outra azul. - chegamos.
Metal - Nossa... Aqui é tão legal... - ele olhou em volta e viu o quanto ali era bonito e espaçoso, com as paredes pintadas de azul, e um pilar em uma forma perfeita de árvore, que ia até o teto. Tinha uma camera que transmitia - igual uma daqueles amigos da Erza da torre do paraíso, se não me engano era o Wally -. E ali perto tinha duas portas branca, e uma mesa com lápis de cor, de cera e idrocor para desenhar. Ou seja, o paraíso das crianças. - quanto tempo vocês demoraram pra fazer isso... - passou a mão na parede, que estava pintada perfeitamente.
Nathan - Uns diazinhos... - disse indiferente, jogando-se em um dos sofás vermelhos. - iai, o que vamos fazer primeiro? Comer os biscoitos na piscina de bolinhas, ou comer biscoitos em volta de um monte de brinquedos?
Metal - Piscina de Bolinhas? Brinquedos? Você se superou Nathan... Agora você ta me assustando...
Nathan - Você ainda não viu nada hehe... Mas preciso de dizer uma coisa, não diga para ninguém, os únicos que sabem que essa sala existe sou eu, Nayla, Rayden, você, e o Jun, que me de uma mão com os aparelhos tecnológicos. Promete que não vai dizer pra ninguém?
Metal - Sim, capitão! - gritou, fazendo reverência com uma das mãos na testa - tipo aquele soldados. - mas você podia contar pra Mayumi né? Ela gosta tanto de você... Ia ficar cheteada se soubesse que você esconde esse paraíso dela.
Nathan - Mayumi... É pode até ser. Ela é bem confiante. Acho que não tem probl-
ALERTA ROSA! ALERTA ROSA! ALERTA ROSA! ALERTA ROSA!
Nathan - Alerta rosa... - repetiu, tentando se lembrar que alerta era aquele.
Metal - O que é isso?! - gritou com as mãos nos ouvidos, tentando abafar o som. O Dragneel calmamente levantou uma parte da parede que estava camuflada pra cima, mostrando um monte de câmeras de vários lugares da casa. E em um deles, se podia ver Lucy, Nayla e Levy chegando com um monte de sacolas nas mãos.
Nathan - Elas chegaram... Toda vez que a Nayla sai ou volta pela porta de casa o Alerta Rosa toca, ou no meu caso, o Alerta Azul toca. Não é nada perigoso, é mais como um dispositivo de aviso... Mas mesmo assim temos que voltar. Mamãe sempre quer me ver quando chega das compras, bem... Pra me forçar a provar as roupas mas... Todavia, temos que voltar.
Metal - Claro, sem problema. Já é noite, tá na hora de ir pra casa mesmo... - ele entraram no elevador, subindo novamente. Chegaram a entrada, e engatinharam o caminho devolta para o ponto de partida, o quarto de Nathan.
Descerem para a sala, e viram Levy e Lucy conversando. Enquanto Gajeel e Natsu dormiam no sofá. Metal e Nathan ficaram com uma gota na cabeça ao ver que ele passaram dia dormindo no sofá, era quase inacreditável... Depois de um tempo, a família Redfox voltou pra casa. Natsu foi dormir em seu quarto, e Lucy tomar banho.
Nayla - Como foram as coisas, Onii-chan? - perguntou a pequena, sentada no chão da sala. Ele a olhou ainda estranhando o fato dela sempre chamá-lo de "Onii-chan" pois eles eram irmãos gêmeos, então, tinham a mesma idade.
Nathan - Normais... Já que você saiu, eu fiz com o Metal o que fazemos no dia a dia. Ele ficou bem impressionado com a APCQASPS...-
Nayla - Sala Secreta. - o cortou, para ele não dizer todas aquelas letras de novo.
Nathan - Ok, mas voltando ao assunto. Ele me disse que eu devia contar a Mayumi... O que você acha? Por mim não teria problema, mas eu também preciso de sua autorização.
Nayla - Ah mas é claro! Mayu-chan é minha melhor amiga. - sorriu. Nathan se levantou, pegou o cachecol de seu pai emprestado, e colocou suas botas. - Pra onde é que você vai? - indagou vendo-o abrir a porta.
Nathan - Vou na casa da Mayumi. - disse ainda se arrumando. Nayla se aproximou dele, e deu um beijo em sua bochecha. - Hm? - ele piscou três vezes sem entender. E Nayla soltou uma leve gargalhada.
Nayla - Não é nada... Mayumi-chan está lá na pracinha da esquina. Quando tava voltando com a mamãe eu a vi lá brincando sozinha. Eu teria ido mas a mamãe disse que não... - ele ficou sem jeito e assentiu, e logo depois saiu correndo.
(...)
Estava frio, muito frio, mas para o pequeno Dragneel aquilo não era nada. Seu corpo já era quente por si só, então nem ligava pra neve que estava caindo. Ele parou de correr, ao ver Mayumi sozinha no balanço. Se aproximou dela, e sentou no balanço ao seu lado, olhando para aquele lindo céu estrelado.
Nathan - É lindo, não é...? - perguntou ainda concentrado nas estrelas. Ele sentiu vontade de perguntar onde estava Laxus ou Mira, mas aquele não era o momento.
Mayumi - S-Sim... - ele olhou pra ela, e viu que estava apenas com um fino casaco. Ou seja, ela estava congelando de frio. Lembrou-se d'que seu pai sempre lhe dissera sobre ser cavalheiro. Tirou seu casaco e colocou na mesma, fazendo-a parar de tremer. - A-Arigatô... - ela abaixou a cabeça, tentando esconder o rosto corado para o rosado não perceber. Por sorte ele nem percebeu mesmo, pois era distraído como o pai.
Nathan - Oe, Mayumi. Amanhã, eu quero te mostrar uma coisa que você vai adorar! - tentou animá-la, mas ela apenas o olhou curiosa.
Mayumi - O que...?
Nathan - É surpresa! Amanhã eu te mostro! - sorriu, mas logo se desfez ao ver que ela não soltara nem ao menos um pequeno sorrisinho. O que iria fazer? Não conseguia pensar em nada pra ajudar. - Mayumi... Cadê seu pai? - no mesmo instante ela levantou seus olhos cheios de lágrimas, e isso assustou um pouco Nathan. Ele nunca tinha visto a loira chorando, nem quando ela era bebê. O Mago de Fogo levantou-se do balanço, e ficou cara a cara com a outra, que ainda estava com os olhos cheios de lágrimas. - Eu... posso até não conseguir fazer uma menina sorrir... - ele chegou mais perto dela, e secou suas lágrimas com um lencinho que Nayla havia colocado em seu bolso. - ...Porém... Não me perdoaria se fizesse uma menina chorar... - ela desceu do balanço, e percebendo que Nathan era uns centímetros mais alto que ela. Segurou seu braço, escorando-se nele, ele era quentinho...
Mayumi - Eu... Me perdi... Do papa...- falou bem baixinho.
Nathan - Sendo assim... - ele ficou na frente dela, colocando-a nas costas e saindo correndo dali. Ela logo achou que ele estava a levando pra casa, pois conseguia reconhecer o caminho que ele seguia. - ...deixa que eu te levo pra casa. Eu já fui lá e sei onde é...
Mayumi se acalmou e abraçou seu pescoço sentindo o cheiro de seus cabelos rosados. Sentindo algo diferente... Talvez só descobrisse o que é depois de uns anos. Mas não iria se apressar, teria muitos anos pra descobrir. E o melhor é que sabia que ele sempre estaria ali por perto. Mesmo se demorar pra contar para ele, ela sabe que valerá a pena. Pois ele nunca vai ferir seus sentimentos e fazê-la chorar, pois o Nathan não se perdoaria, se fizesse uma menina chorar.
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