Uma nova rotina estava sendo estabelecida na vida do casal desde que Violeta finalmente decidiu se entregar ao amor que sentia pelo sócio. De segunda a sábado eles viviam aos chamegos pela Tecelagem, e se antes não saiam do escritório um do outro, agora mais que nunca essa era uma constante.
Mas como bons apaixonados que eram, não aguentariam passar os domingos longe. Por isso, um dia, enquanto trocavam longos beijos e amassos no sofá do escritório de Violeta, acertaram um novo combinado.
Eugênio iria passar o dia no clube, e Violeta iria sair para passear nos arredores da fazenda, assim poderiam se encontrar no mais novo canto deles.
Dessa vez Violeta que chegou primeiro, e resolveu aguardar sentada no tronco da árvore. Ela estava de olhos fechados, respirando profundamente, inalando o cheiro gostoso da natureza, ao mesmo tempo que tentava acalmar seu corpo com a ansiedade que lhe consumia.
Ele foi chegando devagar, não podia deixar de sorrir toda vez que a via, mas agora o sorriso é ainda maior, por saber que ela estava ali esperando por ele, pelo amor deles.
Eugênio pegou uma flor pelo caminho, e chegando por trás, passou o braço pela frente do rosto da amada, enquanto sussurrou em seu ouvido.
- Uma flor, para minha flor.
Ela abriu os olhos e sorriu, claramente ele era um romântico incurável. Virando o rosto para trás, eles trocaram alguns selinhos.
Logo estavam sentados lado a lado, conversando amenidades. Depois de um tempo, a necessidade de ambos de se tocarem se fez presente.
Olharam-se intensamente, e após um longo carinho no rosto da amada, Eugênio se permitiu retirar o lenço que a mesma usava, assim avançando na pele macia de seu pescoço.
Muitas carícias foram trocadas ali, até que os gemidos de ambos ficaram mais fortes.
- Ai, meu amor. Eu quero tanto isso, mas nós não podemos fazer nada aqui, é perigoso.
- Hmm, minha flor. O que você acha de passar o resto do dia comigo hein?
- Ficou doido Eugênio? Eu disse a Heloísa que daria uma volta na fazenda. Como vou passar o dia sumida?
- Oras Violeta, Heloísa sabe da gente, nos apoia. Podemos ir até outro lugar, e de lá você liga pra ela não se preocupar.
Violeta pensou alguns instantes, e a ideia não lhe pareceu tão ruim, afinal ela já estava desesperada por um momento a sós com o amado, principalmente após terem sido interrompidos no carnaval.
- Não acredito que vou dizer isso, mas vamos.
Eugênio sorriu abertamente, ainda não tinha se acostumado com essa versão liberta da amada. E lhe deu um selinho, antes de levantar para pegar o carro.
Dirigiram em torno de meia hora até uma cidade mais distante, lá encontraram uma hospedaria, e alugaram um quarto.
Precisaram se controlar ao máximo para agir naturalmente na frente da senhora responsável pelo lugar. Para todos os efeitos eram um casal de passagem, que estavam cansados da viagem.
Mas ao fecharem a porta do quarto, o desespero era tanto, que as roupas logo foram jogadas. Ambos não viam a hora de estarem com seus corpos unidos novamente sem nenhuma peça entre eles. O único controle que tiveram foram os beijos dados para abafar os gemidos que soavam pelo quarto.
Amaram-se intensamente com urgência, e depois intensamente na calmaria. Quando não estavam conectados, ficavam com os corpos grudados em um abraço.
Estavam tão entregues, que por eles nunca sairiam dali. Adormeceram assim, e acordaram algumas horas depois.
- Minha flor, são 19h, precisamos voltar.
- Ai meu amor, mas aqui está tão bom.
- Não faz isso, Violeta. Você sabe que a voz da razão aqui é você, e se não me disser que realmente precisamos voltar, eu nem coloco mais meus pés em Campos.
Ela riu, sabia que se realmente dependesse do amado, eles nunca mais se desgrudavam. Mas ultimamente ela também se sentia assim, e estava cansada de buscar forças para ficar longe dele.
- Acho que não faz mal voltarmos amanhã bem cedo, não acha?
Os olhos dele brilhavam, e antes de avançar em um beijo, só conseguiu responder.
- Parece que não sou só eu que preciso de crédito pelas boas ideias.
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