Menta era a fragrância predominante que exalava de Dylan. Enquanto Holland passava as mãos pelo rosto dele, sentia a pele pinicar ao entrar em contato com a barba que queria crescer. No entanto, o cheiro de menta, que era da loção pós barba, mostrava que O'Brien não estava disposto a deixar os pelos dominarem seu maxilar.
Corpo contra corpo. Holland estava confortável no colo de Dylan, as pernas abertas, sem se importar com o vestido que tinha subido até o alto das coxas, fazendo com que a calcinha branca ficasse visível. Os troncos grudados, os lábios se consumindo.
A música da festa era alta o suficiente para invadir o quarto trancado, mas não distraía a atenção dos atores. Pelo contrário, eles tinham a sensação de que desfrutavam de uma trilha sonora para aperfeiçoar o momento.
Um suspiro trêmulo foi o responsável por separar por alguns segundos os lábios que se beijavam há alguns minutos. As bocas voltaram a se encontrar e então, bastou Dylan mordiscar Holland, para ela soltar um novo suspiro.
— Você sabe como aumentar minha autoestima... — O'Brien zombou, soltando uma risada baixinha que impediu que a Roden voltasse a beijá-lo.
— O quê?! — A confusão e o incomodo no rosto da Roden, fez Dylan ter mais vontade de rir.
— Você não para de suspirar, gemer...
Ao ouvir a palavra “gemer” o rosto de Holland ficou vermelho de vergonha e de imediato, fez uma expressão adorável de raiva. O’Brien riu mais alto e aceitou de bom grado o fraco tapa que ela deu em seu peito.
— Cale a boca! — Ela queria que sua voz soasse como uma ordem, mas pareceu com a fala de uma menina manhosa. — Eu não gemi. — Acrescentou mais baixo, apertando os lábios um no outro para segurar a própria risada.
— Não?! Então o que foi aquele... — Dylan encheu os pulmões de ar e ajeitou a coluna de modo teatral, como se estivesse se preparando para algo. Logo depois, imitou o som fraco que se assemelhava com algo como “ahh” que Holland soltou assim que sentou no colo e eles recomeçaram a se beijar.
Dylan não conseguiu se controlar, jogou a cabeça para trás e riu mais. O som grave fez com que seu corpo todo tremesse e assim, Holland também foi atingida por aquela movimentação gostosa enquanto ele gargalhava.
— Não foi assim! — Ela disse em falso tom de briga, rindo com ele.
— Relaxa, foi um gemido muito sexy. — Ele ainda ria ao falar aquilo, mas foi o suficiente para a mulher querer voltar aos beijos.
Enquanto O’Brien ainda ria, Holland inclinou a coluna e descansou a boca sobre o pescoço dele. Assim, sentiu ele se arrepiar de imediato e a risada que antes o dominava, desapareceu.
Concentrada no que fazia, no que queria, os lábios grossos fizeram movimento de sucção e o quadril largo se impulsionou para frente. A calcinha de Holland se chocou contra o jeans de Dylan e então, ela passou a rebolar no ritmo da música da festa.
Surpreso, foi a vez de Dylan arfar alto. Apreciando o trabalho da boca farta, inclinou o pescoço para que Holland tivesse mais liberdade para explorá-lo e não teve pudor ao incentivar os movimentos do quadril dela, apertando suas ancas com força.
Ele fechou os olhos, se deixando levar pelo momento. Desfrutou da forma como era beijado, sugado, mordido e de como os arrepios se tornavam cada vez mais constantes, gelando sua coluna.
Aquilo era tão bom, que fez com que ele se tornasse incapaz de pensar. Se concentrou no que acontecia, nas sensações boas que o corpo recebia. O desejo esquentava seu interior, em contraste com os arrepios gélidos que Holland provocava.
Roden esfregava de leve os dentes, arranhando o maxilar de Dylan. Roçava os lábios nele até alcançar sua nuca, onde depositava beijos molhados e lentos. A língua encontrava o pescoço, saboreando o gosto salgado.
O quadril se movia de um jeito irregular. Por vezes, girava e depois, se impulsionava para frente e se afastava, em um ritmo de vai e vem sugestivo e prazeroso. A segurança com que ela fazia tudo era atordoante de tão bom.
Foi assim, com o excesso de estímulos, que Dylan acabou fazendo o mesmo que Holland: gemeu. O som foi baixo, arrastado e aliviado. Ele estava excitado e a movimentação da amiga trazia conforto para a ereção recém-formada.
— Você acabou de gemer, Dylan O’Brien — Holland pronunciou em um misto de confiança e deboche.
O ator revirou os olhos e sorriu. Levou uma mão ao cabelo dela e puxou devagar, com cuidado, fazendo ela erguer a cabeça. Ainda com aquele sorriso delicioso nos lábios finos e atraentes, ele começou um novo beijo.
Foi natural. Fácil. Eram jovens, repletos de desejo e já se conheciam há muito tempo, confiavam um no outro. Dylan não tinha dificuldades para respeitar limites e por isso, Holland podia agir por impulso, liberta de qualquer receio.
O'Brien segurou as pernas de Roden e sustentou seu peso por tempo o suficiente para deitar na cama, puxando a mulher consigo. Assim que se ajeitou no colchão macio, girou os corpos para se posicionar por cima da amiga.
Holland voltou a suspirar, porém, Dylan já não tinha disposição para implicar. Ele só conseguia beijá-la e ela só conseguia corresponder aos beijos. Os lábios e as línguas pareciam incapazes de parar de se tocar, de proporcionarem prazer um para o outro.
Ansiosa, com o ventre se contorcendo e sentindo a calcinha molhar pelo desejo, Holland segurou um dos braços de Dylan e alcançou sua mão. Ele não entendeu quando a atriz puxou aquela mão para baixo, no entanto, continuou a beijando.
Então, guiada pelo desejo, Roden fez com que os dedos do amigo alcançassem a calcinha úmida. Ele estremeceu, arfou e interrompeu o beijo por alguns instantes, a encarando.
— Por favor... — Ela pediu e em resposta, ele sorriu.
Querendo ouvir as reações que saíssem dos lábios de Holland, ele ocupou os lábios no pescoço dela. Sua boca foi bem mais agressiva do que a de Roden. Ele não era gentil como ela ao morder e puxar a pele pálida e sensível.
Os lábios, a língua, os dentes, tudo era habilidoso. A mulher relaxou na cama, suspirando alto, se entregando a boca violenta que maltratava seu pescoço.
Dylan ajeitou o corpo por cima do de Holland até pressionar a ereção coberta em suas pernas expostas. Ao ouvir ela arfar, sentindo o desejo dele, O’Brien enfim começou a mexer os dedos.
Afastou a calcinha úmida para o lado e sentiu a parte mais intima do corpo de Holland. Grunhiu de satisfação contra o pescoço dela, apreciando a carne quente, macia abaixo de seus dedos grossos.
Seguro do que fazia, conheceu por alguns instantes aquele lugar delicioso e então, começou os movimentos cuidadosos e inconstantes. Fazia carinho circulando os dedos e depois, esfregava de leve para cima e para baixo, bem devagar, garantindo que a mão se ensopasse do desejo dela para tornar a masturbação mais confortável.
Dylan conseguia agir de formas contrastantes com uma sincronia inesperada. Os lábios no pescoço de Holland eram rápidos e violentos, no entanto, os dedos eram o tempo todo lentos e delicados. Acariciava, estimulava, massageava como se tivesse medo de que Roden fosse se desfazer com o contato.
Após o que pareceu uma eternidade, ele a penetrou com o primeiro dedo. Depois com o segundo, o terceiro. Movimentou de um jeito indecente, seguro e ainda assim, lento.
Holland não conseguia nem pedir por mais. Suas pálpebras permaneciam fechadas, os lábios abertos. Soltava sons incoerentes e baixos de prazer, aprovação. Suspirava, gemia, arquejava.
A coluna se erguia e voltava a desabar na cama. Os dedos dos pés se contorciam e inclinava o pescoço para os lados repetidas vezes, tentando sugar o ar enquanto o coração martelava rápido demais dentro de si.
As mãos agarravam os lençóis e em outros momentos, iam até as costas de Dylan, onde arranhava com força, descontando o desejo na pele suada. Ela não conseguia acreditar que O’Brien era tão bom. Chegava a ser surreal.
Os dedos do ator pareciam mágicos, adivinhando como tocá-la da forma certa. Ela gostava da lentidão dele, pois prolongava os instantes de prazer, assim, ela desfrutava daquilo por mais tempo. Apreciava, também, a delicadeza dos movimentos que fazia com que seus músculos relaxassem.
Foi assim que Roden se entregou por completo. As contrações aumentaram, o prazer aumentou e então, se viu soltando o gemido mais alto e sôfrego da noite, se contorcendo na cama ao ser atingida pelo descanso desejado.
Arfando, deixou que os membros despencassem na cama, imóveis. De olhos ainda fechados, ela abriu um sorriso gigantesco, realizada pela sensação gostosa que a dominou.
Dylan também sorria ao parar de maltratar o pescoço já dolorido da mulher. Analisou a expressão dela e tirou a mão da intimidade molhada. Sem nem hesitar, levou os dedos para os lábios de Holland.
— Eu sou melhor ainda usando a boca — Ele comentou descontraído, se gabando enquanto Roden se surpreendia ao perceber que ele queria que ela limpasse seus dedos.
Ainda extasiada pelo prazer, ela recebeu os dedos dele em sua boca. Um por um. Sugou, lambeu, se embebedou do próprio sabor, encarando os olhos castanhos que brilhavam de excitação com a visão que tinha.
— Acho que está na hora de retribuir... — Ela murmurou manhosa após alguns segundos.
Com um movimento preguiçoso, ergueu a cabeça, pronta para mudar de posição, porém, viu Dylan negar com o rosto. Confusa, ela estreitou os olhos e observou a ereção chamativa na calça jeans. Era óbvio que aquilo o incomodava.
— Outro dia, ruiva. — Era difícil dizer aquelas palavras, no entanto, ele foi forte o suficiente para pronunciá-las.
— Por quê?
Ela estava frustrada, era visível e isso fez com que Dylan sentisse mais segurança de que tinha tomado a decisão certa. Valia a pena continuar dolorido, com aquela ereção pulsante, só para provocar a mulher.
— Você mesmo disse que não queria sexo hoje!
— Mas eu posso só...
Dylan segurou os braços de Holland e com certa grosseria, a virou de costas para si. Ela arfou e parou de falar, não estava acostumada a se sentir tão exposta e tão controlada em um momento de excitação.
O'Brien tinha um sorriso sacana gravado nos lábios. Ele analisou a amiga de costas, observando bem o bumbum redondo e grande que tanto a atraia. O vestido de Holland tinha subido tanto, que ele conseguia vislumbrar a renda branca da calcinha que ela usava.
Ele suspirou e com lentidão, pôs uma mão na nuca de Holland, movendo os dedos em um carinho delicado. Aos poucos, foi descendo pelo vestido, sentindo as costas cobertas, desejando deixá-la nua.
Decidido a continuar a provocação, segurou os joelhos da amiga e separou suas pernas. Ela cedeu, ficando ainda mais exposta a ele. Dylan ajeitou o quadril entre as pernas de Holland, pressionando a ereção contra a intimidade dela e ao mesmo tempo, o bumbum.
Roden se remexeu, inquieta e arfou alto demais. Então, como se aquilo não fosse o suficiente, Dylan começou a se mexer. Se movia para frente e para trás, simulando um ato sexual, deixando as partes íntimas cobertas se tocarem.
— Gosto de fazer tudo com calma, Holl — Ele anunciou em um som que se assemelhou a um ronronado rouco de gato. — Quero que você passe a noite toda excitada pensando no que nós poderíamos ter feito.
Vou pensar nisso por semanas. Foi o que ela pensou, mas não teve forças para dizer.
— Depois, quando a gente tiver bastante tempo, continuamos de onde nós paramos — Tendo uma enorme força de vontade, Dylan suspirou e se afastou — Daqui alguns dias, eu vou cobrar que você me retribua pelo meu bom trabalho.
Foi assim que Dylan saiu do quarto. Sem dizer mais nenhuma palavra, deixando Holland jogada na cama, entregue e excitada.
Desgraçado! Foi o xingamento que surgiu na mente dela, mas dos lábios, soltou um palavrão.
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