— Você tem que pagar pelo café — Sussurra Souma no ouvido de Ryou que se arrepiou — Abra as pernas.
~ Capítulo 5 ~
~ Ryou On ~
Droga! Quem esse cara pensa que é pra ficar me tocando desse jeito?! Tentei me soltar mas ele era bem mais forte do que eu, Souma abriu os botões da minha blusa e começou a apertar e apalpar meus seios.
— Eu não acredito... Você sempre exibe sua força dessa maneira? — Perguntei enquanto o olhava irritada.
— Eu sempre sou a violência, mas você é fofa demais pra isso — Comentou Souma sorrindo ousado enquanto tirava seu terno.
Aquilo me irritou ainda mais.
— Que conveniente, então se você gostar delas, você dorme com elas?
— Não sei, mas... Você fica linda suja de sangue — Souma diz com uma face sombria enquanto coloca seus dedos na minha boca — Como você iria ficar manchada com o meu sêmen?
Eu não conseguia nem falar! Mas quem esse desgraçado pensa que é?!
— É melhor imaginar como seria o seu funeral! — Exclamei o olhando de maneira ameaçadora e incrédula. Souma ao ver isso apenas achou graça e se afastou de mim vestindo seu terno novamente.
— Bom, que tal se retornamos o assunto? Assim que... O café ficou uma bagunça. Você deve saber.
— Hum? Eu? — Perguntei sem entender nada enquanto ajeitava minha roupa.
— Você pensa assim de mim? — Questionou Souma indo até sua poltrona e sentando na mesma.
— CLARO! JÁ QUE VOCÊ É ALIADO DO HITAKI E....! — Gritei irritada, mas nesse momento, lembrei de como o Hitaki gostava de assombrar a vida de Nikolai depois de ter tomado a sua fábrica. Ao analisar e processar bem a situação, em nenhum momento o Souma pareceu se envolver nisso.
— É por isso que sua cara está assim? — Perguntou o Mizuno.
— Não foi você?
— Não sei, talvez. Você veio a essa hora pra fazer escândalo. Pra você ter feito isso deve ter um bom motivo... Não? E, onde está a evidência? Acusar uma pessoa inocente sem provas é crime. Mas como você é uma advogada, deve saber disso melhor do que eu.
Tudo isso que o Souma falava, eu apenas ouvia em silêncio e abaixei a cabeça sentindo uma vergonha de mim mesma, me deixei levar pelos impulsos e olha só no que deu.
— Entendo. Sinto muito — Me desculpei e me levantei do sofá para ir embora — Na próxima virei com a evidência. Eu estou indo.
Caminhei até a porta e antes de abri-la Souma me chamou novamente.
— Ei, sobre o que você disse antes. Quando uso a violência com alguém, normalmente faço isso até o tímpano explodir e cair as córneas. Há ocasiões em que inclusive morrem. No seu caso, eu deveria deixar você cega ou quebrar sua perna?
Confesso que o jeito de falar dele me assustou um pouco, mas eu não me intimidei e voltei a encará-lo.
— É melhor perguntamos o contrário. O que eu deveria fazer com você? Te dou de comer para um leão faminto? Ou melhor, te enterro vivo? — Também o ameacei.
— É difícil decidir, só tenho uma vida, assim, não acredito que posso tentar ver qual prefiro — Sorriu Souma.
— Bom, então, eu darei a minha resposta quando você escolher a sua também — Disse e então fui embora da mansão dele.
~ Escritora-chan On ~
Depois que Ryou saiu da mansão do Souma, o moreno chamou um de seus subordinados.
— Yuri.
O homem veio rapidamente e fez uma referência demonstrando respeito.
— Mandou me chamar, Tzar?
— Sim, quero que vigie o Hitaki. Não o deixe fazer nenhuma besteira.
— Sim, senhor Mizuno.
~ Ryou On ~
Passou um tempo e eu e minha avó estávamos arrumando e reconstruindo toda a loja do Nikolai que havia sido destruída por todos aqueles homens idiotas.
— Alguém pode limpar o resto da mesa pra mim?
— Deixa que eu limpo vovó!
As repercussões da confusão foram menores do que eu pensei. Todo mundo se recuperou e logo começamos a reconstruir a loja. Nikolai também esteve se preparando para o julgamento, mas... No momento não há ninguém que justifique a favor dele.
Suspirei e coloquei a mão na testa preocupada.
O julgamento será em breve e não há nenhuma evidência de que a fábrica foi roubada injustamente.
De repente, uma sensação de arrepio percorreu em meu corpo quando senti alguém entrando na loja.
Huh? Quem será a essa hora da noite?
Ao me virar, meus olhos se arregalaram de surpresa e confusão ao notar que quem tinha entrado na loja era o Souma Mizuno. Minha nossa, o que ele quer de mim agora? Ele vai me dar a resposta dele? Ou vai brincar com a cara de novo?
O moreno observava tudo ao redor da loja que ainda estava sendo arrumada, seus olhos azuis pararam em minha direção e um sorriso debochado surgiu em seus lábios.
— Nossa, quanto tempo advogada.
— Qual é o problema? — Indaguei enquanto cruzava os braços com uma expressão desconfiada.
— Não seja tão cautelosa, vim aqui para te dar algo. Logo será o julgamento com o Hitaki, certo? Vai ser difícil, já que ele tem conexões com funcionários importantes...
— Pare de falar coisas sem sentidos e vá direto ao ponto.
— Evidência — Disse Souma mostrando na minha cara um envelope — Você precisa não é? Todo ato de corrupção deixa evidências. E sempre vivem com medo dos seus aliados os trair. E isso... Você usa em momentos como esse.
Eu fiquei atônita e surpresa. Caramba, não posso acreditar que eles trouxe as evidências que eu precisava.
— Se você quiser, mude de roupa em 20 minutos e volte aqui. Vai ser difícil se você for com essa roupa, e é quase hora da reserva — Sorriu Souma e eu não entendi nada do que ele estava falando.
— Reserva? — Perguntei e ele olha pro relógio em seu pulso.
— Vamos conversar enquanto comemos. Agora resta 19 minutos querida.
— O quê? Como eu posso confiar em você?!
— Eu não uso duas vezes o mesmo truque. Você precisa ou não? — Souma balançava o envelope enquanto sorria de maneira provocadora.
Essa atitude infantil e ousado dele realmente me deixava nos nervos.
— Seu idiota... — Murmurei tremendo de raiva.
— Como você usou palavras más, agora vou te dar 10 minutos para se arrumar.
— O quê?! Não me faça rir!
— 5 minutos.
Sem escolhas corri para o meu quarto e procurei o que eu poderia usar. Escolhi apenas um vestido azul escuro sem mangas e deixei meus cabelos soltos mesmo. Desci as escadas e mal tive tempo de dizer algo pra minha avó quando Souma agarrou meu braço e me levou embora da loja.
Caramba, que raiva dessa homem!
Quando chegamos no restaurante, eu fiquei totalmente sem paciência. Esse idiota do Souma.... Eu sabia. Ele só está falando sobre esporte e coisas sem sentido enquanto bebia o vinho. Sério, se vai falar besteiras, apenas me dê logo o envelope...! Se isso continuar eu...
— Então, o sorvete vem...
— Se você não vai me dar os papéis... Não há nenhuma razão para que eu continue perdendo meu tempo aqui — Eu o interrompi enfurecida.
— Tranquilo, fique calma — Disse Souma enquanto um dos mordomos chegou e entregou o envelope para o moreno. Ele esticou o envelope e quando eu iria pegar Souma o afastou de mim — Mas... Isso não será de graça.
— O quê? O que você quer de mim? — Perguntei impaciente.
Souma sorriu malicioso e seu olhar sedutor chegou a me assustar.
— Se você me beijar, eu te dou — Fiquei atônita quando ele falou isso. No fundo, eu queria arrancar o envelope das mãos dele e sair correndo, mas como eu testemunhei o quanto ele era habilidoso acabei desistindo dessa idéia.
Estava incerta e não sabia o que deveria fazer para conseguir o envelope.
— O que você acha? Se você fizer-
Sem escolha, eu o interrompi e o agarrei a gravata dele o puxando e colei nossos lábios. O beijo foi suave e durou alguns segundos, confesso que gostei do sabor dos lábios do Souma.
Me senti presa à aquele beijo e parecia que não me separar dele, mas aí eu me lembrei que precisava das evidências e então me separei ofegante, passei a mão em meus lábios e peguei o envelope das mãos dele.
— Bom, eu estou indo — Avisei e fui embora do restaurante.
~ Escritora-chan On ~
Após Ryou sair do restaurante, Souma ainda continha um semblante surpreso e atônito, ele realmente não esperava que a Ryou fosse o beijar assim tão rápido. Mas pelo jeito, ele gostou do beijo e sentia o gosto dos lábios dela nos seus e sorriu.
— Haha, eu nunca vou me cansar disso.
Continua...
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