Souma limpava o sangue na testa de Ryou e logo depois disso ele a puxou para um abraço.
— Não se preocupe, não vou deixar ninguém te tocar novamente.
~ Capítulo 15 ~
~ Ryou On ~
Eu ainda estava ao abraço do Souma sentindo o calor do corpo dele. Eu não deveria pois eu mesma disse pra mim que não queria que ele me tocasse. Mas devido esse ataque que aconteceu, parece que eu precisava dele. O mafioso se afastou de mim e nós nos encaramos, a mão dele tocou em meu rosto e se aproximava do meus lábios querendo me beijar novamente.
Mas parou quando alguém bateu na porta do meu quarto.
— Oh, parece que o médico chegou — Ele se virou me dando as costas, senti meu coração palpitar pois achava que ele iria me beijar, não só isso, mas também pelo fato dele ter se preocupado comigo.
Souma me levou para uma grande sala de estar onde estava o médico, ele me pediu pra sentar e então começou a limpar o sangue em minha testa.
Isso prosseguiu por alguns segundos.
— Já está pronto — O médico avisou colocando um band-aid em minha testa — Você se sente desconfortável?
— Espero que não deixe nenhuma cicatriz — Exigiu Souma que estava encostando na parede com um tom sério. O médico apenas riu nervoso.
— Ah, sobre isso...
— Eu poderia cobrir com uma tatuagem — Sugeri e o Mizuno suspirou.
— Fazer uma tatuagem sem sentido, é um hobby desagradável.
— Vai... Vai ficar tudo bem — O médico afirmou ainda nervoso, Souma realmente causa medo em todo mundo — Bom, então eu estou indo...
Nesse momento um dos seguranças apareceu na sala.
— Mizuno-sama, procurei em toda a casa e no jardim, e não tem nada suspeito — Ele informou.
— Algum sinal de que alguém tinha entrado? — Questionou Souma e o segurança apenas disse que não. Isso é muito estranho, o que aconteceu não foi a muito tempo e ainda assim não há nada?
— Você notou como ele parecia? — Souma perguntou olhando pra mim.
— Não, estava tudo escuro... E ainda ele usava roupas escuras e uma máscara — Respondi suspirando e o moreno sorriu.
— Mas é incrível. Bateu em você e depois fugiu, deve ser muito bom, não?
— Eu gostaria de ver o que você teria feito na mesma situação — Resmunguei irritada, como ele pode achar graça em uma coisa dessas? E eu pensando que ele se preocupou comigo. Souma deu as costas pra mim e se aproximou do segurança.
— Reforce a segurança. Isso é obviamente sua culpa. Um intruso nessa mansão? Cada um de vocês, terá que se levantar de manhã pra se ver no espelho, para verificar se ainda tem todo seu cabelo grudado na cabeça — Ele disse com um tom sádico e frio, o segurança ficou assustado assim como eu.
— Me desculpe! Isso não vai acontecer outra vez!
— Sai — Ordenou e o segurança saiu deixando apenas o Souma e eu a sós — Então... Os documentos estão seguros e não tem nenhum suspeito.
— Não posso acreditar que não tenha deixado nenhum rastro — Murmurei decepcionada.
— Sim, é muito estranho. Você fez muito hoje, é melhor que você tome um descanso. Eu vou levar você para outro quarto — Souma esticou sua mão para mim e eu a segurei.
— Sim.
.........
Na manhã seguinte, estava no meu novo quarto abrindo a janela vendo que estava uma bela manhã. Mas aquele ataque não saia da minha cabeça. Suspirei e sai do quarto indo para a sala para tomar o café da manhã, enquanto caminhava pelos corredores eu vi que tinha mais seguranças pela mansão, a cada canto que eu passava, todos os homens estavam.
Todos eles me olhavam me deixando sem jeito que chegou a me dar medo. Eles pareciam aquelas esculturas que ficam paradas na parede.
Ignorei todos e finalmente cheguei em uma sala onde Souma estava tomando café. Ao me ver, ele sorriu.
— Você dormiu bem? É uma linda manhã.
Me aproximei e me sentei na cadeira ainda encarando o mafioso.
— Você já pode relaxar. Eu aumentei a segurança.
Eu já sabia, eu pude notar quando estava a caminho daqui.
— Eu aumentei a segurança fora da mansão. Então não faça essa cara — Souma disse colocando a xícara na mesa e sorriu colocando os cotovelos na mesma juntando as mãos — Dentro da mansão será o mesmo de sempre. Foi alguém de fora... Então vou manter segura a mansão por fora e o jardim também, para que você não tenha que se preocupar com nada.
Os seguranças ficaram espantados com as palavras do Mizuno, mas eu apenas fiquei o olhando enquanto mastigava o pão.
..........
Mais tarde, eu estava no escritório lendo e verificando alguns papéis e documentos. Olhei para a janela vendo o carro que levava o Souma sair da mansão. Acho que ele foi resolver algo importante.
Além disso, definitivamente... O número de pessoas vigiando a mansão aumentou. Talvez seja melhor eu ficar trancada até que termine esse trabalho...
De repente ouvi alguém bater na porta, e quando fui ver era o mordomo Shun.
— Sim?
— Me desculpe, advogada. Você deveria tirar um descanso por um momento.
Quando ele disso isso, me pediu pra sentar no sofá e depois saiu e voltou com uma bandeja com duas xícaras e um bule.
— Ah, muito obrigada — Agradeci e quando iria pegar a xícara notei que o mordomo se sentou no outro sofá e ficou me encarando.
Achei isso muito estranho.
O que houve com ele? Por que não apenas deixa a bandeja e vai embora como sempre faz?
— O que aconteceu antes... A surpreendeu muito certo? — Perguntou enquanto colocava o chá na xícara.
Ele veio aqui pra ver como eu estava porque ficou com medo da repreensão do Souma?
— Você inclusive saiu ferida e tudo isso é minha culpa...
— Não, estou bem. Você não fez nada de mal. Felizmente eu não perdi nada. Obrigada pelo chá.
Peguei a xícara e tomei um pouco, nós dois ficamos em silêncio por um tempo.
— Eu não sabia que você... Era tão boa brigando — Shun comentou e eu o olhei sorrindo.
— Eu apenas protegi a mim mesma, ontem tive sorte.
— Então, você não perdeu nada?
— Sim, os documentos importantes continuam no mesmo lugar como sempre, é um alívio.
— Entendo...
Voltei a tomar meu chá, mas de repente senti um gosto estranho na boca.
Está amargo... Deixou por muito tempo o chá preto na água?
Do nada minha visão ficou embaçada e meu corpo estranhamente começou a tremer. Isso me deixou assustada e confusa.
O que é isso? De repente meu corpo ficou fraco... Isso é...?
Tentei me levantar mas meu corpo ficou completamente mole como gelatina e cai no chão muito mal. O mordomo Shun apenas ficou me olhando sem dizer nada e com uma face fria.
Ah... É por esta razão que eu, não como enquanto trabalho.
Continua...
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