História My Conflict Boy - Melted

Capitulo 33 - Melted

 No capítulo anterior:

­- eu não sou do tipo que chora – rebati – J-Hope... eu não aguento... chama a Jin... - falei deixando o peso do meu corpo se apoiar na parede

- você está bem?? – ele me olhou preocupado

- não... tá doendo pra caramba... chama a Jin, por favor... – gritei

- você está bem?! – Kyungsoo chegou do meu lado, e eu neguei com a cabeça porra, eu pensei que já estivesse melhor!

- o que houve Dahee? – Jin chegou

 - vamos embora, meu peito dói demais...

- Yah! você parou de tomar seus remédios não foi?!  - ela me deu bronca

- como você quer que eu beba tomando remédios, idiota!

- Kyunglicious me ajuda aqui!  Vamos levar ela em casa...

- querem carona? – J-Hope exibiu a chave do carro

- com certeza!! – Jin confirmou e assim que entramos no carro voltou a me passar bronca – você é idiota??  Não bebesse cretina! Você quer morre? Porque se quiser eu atiro na sua testa assim facilita!

- Yah!! Eu já estou ruim o suficiente não acha? – voltei a massagear a região dolorida

            Chegamos a casa e J-Hope voltou, Jin me ajudou a subir as escadas e D.O preparou uma compressa gelada, como se não bastasse o frio lá fora.  Me joguei em cima da cama e após mais meia hora de sermão de Jin e cuidados do D.O eu pedi que eles voltassem para a festa e me deixassem quieta, com mil promessas de cuidado acabei dormindo.

Pov. Kai on

- Minna...

- oppa, você precisa voltar pra casa...

- você sabe que eu não posso... não ainda... Min Jeong...

-é urgente!

- o que aconteceu? eu vou o mais rápido possível está bem?! Eu... vou...

            Se a Minna me ligou era porque algo grave tinha acontecido, desliguei e voltei pra casa, Dahee era importante pra mim... mas a Minna, ela estava bem além da importância. Tudo o que eu faço é por ela e para ela, eu tinha que voltar.

Cheguei à Black Pearl, e fui direto para meu quarto, peguei minha mochila e coloquei algumas roupas dentro, eu não sabia quanto tempo iria passar lá, mas eu daria meu jeito. Peguei o Yeollie que ainda dormia na casinha improvisada no meu quarto e coloquei-o numa bolsa confortável, no caminho compraria uma mala de transporte pra ele.  Quando eu ia sair de casa, D.O, Jin e Dahee chegaram o que me fez me esconder... as duas garotas subiram as escadas, Dahee não parecia bem, fazendo meu coração bater muito rápido:

- já pode sair dai... - D.O  falou, ele havia me visto – onde vai?

- D.O eu preciso de um favor...

- continue...

- eu estou indo para Daejeon...

- você vai... – ele pareceu surpreso

- sim... – interrompi – por favor, não conte pra ninguém, está bem?

- mas... e a Dahee?

- o que tem ela? – perguntei tentando ser frio

- ela vai querer saber pra onde você foi...

- ela é a ultima pessoa que eu quero que saiba pra onde eu fui... até mais... – saí da Black Pearl e fui para o ultimo lugar que eu queria ir... minha casa.

pov. Dahee on.

- você está bem?? – Xiumin me chamou a atenção

- o que está fazendo aqui?  - perguntei encarando-o

- Jin e D.O voltaram para Trill e disseram que você não estava bem, então... vim ver como está... o que aconteceu?

- dores no peito... – Xiumin era quase médico, era normal essa preocupação – por causa da bebida...

- você não tem febre... – constatou enquanto me examinava – só dói o peito?

- e sobe para o ombro...

- você tem que parar de bebe, você sabe disso? – ele me encarou sério e eu meneei a cabeça – e esses remédios que Jin falou?

- reposição de ferro, uns antialérgicos que eu tomo de vez em quando...

- então é ferropriva, e essa alergia é o que?

- nada demais...

- você precisa se cuidar... você não bebeu muito e passou mal, imagina se tivesse bebido, agora durma e qualquer coisa, me chame... eu vou estar no meu quarto...

- não vai voltar para a festa?

 - eu não sou muito de festas... ah, e o Chanyeol ganhou se quer saber... Ari e Kai ficaram em segundo, mas ele não estava lá...

- que bom pra eles... – falei forçando um sorriso e Xiumin saiu do quarto me deixando só.

            Uma pontada de arrependimento me fez querer falar com Kai, talvez eu tenha sido rude demais... as coisas mudam? Pra mim, tudo continua igual, só eu que continuo nutrindo esses sentimentos estranhos por quem eu nunca terei. Peguei meu celular e chequei as mensagens, havia uma de J-Hope me pedindo desculpas, o porquê eu não entendi! Nenhuma a mais do Kim então coloquei os fones e apertei play no aleatório.

“O que você vai fazer quando estiver sozinha
E ninguém estiver esperando ao seu lado? (...)

Como um tolo, me apaixonei por você
Você virou meu mundo inteiro de cabeça pra baixo”.

 Layla – Eric Clapton

Acabei adormecendo ao som de Eric Clapton, num sono escuro e sem sonhos.

x.x

            acordei cedo, era sábado e eu não tinha animo para nada... Zico que me perdoe, mas eu definitivamente não iria para a festa dele, Jin eu sei que iria mesmo que eu não fosse... agora minha coluna doía como ninguém, mas eu não tinha ressaca o que era bom.

            Tomei banho, escovei os dentes e desci para o café. Me surpreendi ao encontrar Chen cozinhando e Não D.O:

- Bom dia... – Luhan me cumprimentou – se sente melhor?

- bom dia... e sim, obrigada por perguntar...

- mas vejam como ela está educada! – Kris sentou-se à mesa

- e Jin? – perguntei

- o que?  - o mais alto me encarou – está me achando com cara de GPS de pistoleira?

- ela saiu cedo, Dahee... – Chen respondeu – foi para Busan, aniversario de alguém...

- e você deixou? – voltei a encarar Kris

- ou eu deixava ou ela atirava em mim... não tive escolha – ele comentou e os outros começaram a rir

- sei... vamos ter uma conversinha depois!

- Oi gatinha! – Baek sentou do meu lado – se sente melhor? Me Beija

- Beije meu punho Bacon! – falei socando o ombro dele

- Ai! Parei! Isso dói!  - ele reclamou

- será que vocês não se comportam nem na hora do café?! – D.O entrou em casa carregando as compras junto com Sehun

- e aí coruja e cara de porta?! – Chen começou – o que trouxeram de bom?

- nada que um camelo possa comer Camelossauro! – Sehun rebateu – ah~Dahee... passe no meu quarto mais tarde, por favor...

- iiih~ Chamou pra briga! – Baek provocou

- Bom dia galera! – Xiumin cumprimentou antes de sentar-se à mesa – e então, como se sente?

- bem... obrigada...

- Bom dia... – Lay desceu as escadas e sentou a mesa – ah finalmente tive uma noite decente de sono!

- por quê? – Sehun perguntou

- o Yeollie ficava latindo a noite inteira desde que chegou... e como o quarto do Kai é do lado do meu eu não conseguia dormir, mas ontem ele não deu nenhum piu.

- Mas Gente, será que ele morreu? – Tao olhou assustado e minhas mãos gelaram

- não... – D.O chegou serio da cozinha – Kai o levou...

- ah~ menos mal! – Chen completou – falar nisso, quando ele chegar avisa que a porta do meu banheiro está precisando de um concerto...

- é... – D.O hesitou – eu não sei quando ele volta...

- o que?! – perguntamos em uníssono

- ele viajou e eu não sei onde foi nem quando vai voltar...

            Senti como se alguém tivesse me dado uma rasteira, socos no estomago não se comparam ao sentimento de culpa e decepção que me invadiram, não que eu me achasse culpada pelo fato dele ter ido embora, mas porque eu não me desculpei com as coisas horríveis que eu disse:

- D.O... ele não disse pra onde ia? – perguntei mexendo nos dedos das mãos nervosamente

- tá sentindo falta dele? – Kris alfinetou

- não seja idiota! – rebati – é... que ele ficou de me ensinar umas coisas pra prova de Economia... – inventei

- Ele disse que não queria que ninguém soubesse... – D.O respondeu.

- misterioso esse Kai – Lay comentou e eu fiquei calada, continuei comendo remoendo junto com o arroz o remorso de ter falado o que eu falei.

Pov. Kai on

Dobrei a esquina sentindo meu coração apertar a cada passo que eu dava. Já fazia um tempo desde que eu havia saído de casa e desde então não voltara mais, nem para uma visita. Eu não suportaria ter que voltar depois de tudo o que eu fiz todo o mal que causei, mas agora, lá estava eu parado em frente a casa que deixara há dois anos.

Tudo estava do mesmo jeito a exceção do jardim que agora parecia mais bem cuidado e de uma cadeira na varanda tudo estava da mesma forma. Caminhei até a porta e toquei a campainha. Não demorou muito para uma mulher vir abrir.

–Bom dia, com quem deseja falar? – ela perguntou

–Oppa! – senti meu coração acelerar ao escutar aquela voz, de repente eu queria voltar para Seul – Minna empurrou sua cadeira até a entrada. – Você veio!

Caminhei até ela e a abracei. Senti as lágrimas inundarem meus olhos, mas as impedi de cair. Se tinha uma coisa que Minna odiava, era que chorassem na frente dela.

–Mas é claro que eu vim, como eu poderia recusar um pedido seu. O que aconteceu...

– a eomini... – ela fez bico – está agindo como uma criança!

– Minna... você sabe que eu não posso...

– yah! - Ela me interrompeu – pare com isso, JongIn! O que eu falei, hein? Quero você, a omma e o appa de bem! Você sabe que eles te amam!

– você sabe que eu não mereço... – engoli em seco – depois que...

– se você quer que eu realmente te odeie continue essa frase! – ela me encarou séria – porra Kai! – ela gritou e eu me assustei, nunca tinha a ouvido falar um palavrão na vida – e não me olha assim, eu queria que você viesse, porque eu não aguento mais ficar longe de você!

– MinJeong quem... – minha mãe parou na porta assim que me viu e eu fiz o insa – JongIn... – ela esboçou um pequeno sorriso, mas logo levou a mão a boca o escondendo – entre meu filho...

Pov. Dahee on...

            Os dias foram passando e  aquele sentimento ruim só aumentava, nem as mensagens que Kim mandava para eu tinha animo para responder, nem Miso gritando comigo porque não fui para a festa do Zico, me fez ter uma reação digna:

- Ei... – Chanyeol escorado na soleira chamou minha atenção – posso entrar...

- a porta já está aberta... fique à vontade.

- você está bem?? – ele perguntou sentando na cama

- melhor impossível! – sorri – com o tanto de provas que eu tenho pra estudar...

- a quem você quer enganar? – ele sorriu

- Mworago?!

- deixa quieto... – ele sorriu – posso deitar aqui com você?

- fique à vontade... – respondi

- você está com fome? Que tal sairmos? Um café... conheço uma lanchonete e a gente pode comer um ramen...

- Chanyeol...  – o interrompi – eu tenho que estudar, e não tenho fome...

- ahh~~  te conheci menos chata!! – ele fez bico

- tá tentando me vencer com Aegyo?! – perguntei

- se eu disser que sim funciona?

- não!

- ah ~ - ele voltou a ficar emburrado e eu ri

- não seja assim Chany! Você sabe que eu te amo!  - puxei as bochechas deles

- você não mente bem! – ele riu – mas vou fingir que acredito... magricela!

- Yah! Poste com orelhas!

- Yah! – ele protestou e sua voz grave o deixou um pouco assustador – não me olha assim...

- você que quer entrar para o grupo das tretas!

- e tem esse? – ele ergueu uma das sobrancelhas...

- Baekhyun, Kris, Tao... Kai...

- ahh~ e eu estou em que grupo?

- dos fofos? – sorri amarelo – Você, o D.O, o Xiumin...

- E eu faço parte de que grupo? – Sehun perguntou da porta

- dos que eu não pegaria nunca! – falei e Chanyeol riu batendo palmas

- eu não estou tão necessitado assim! – ele juntou as sobrancelhas - mas temos um assunto a tratar – ele sentou na cama – vaza poste com orelhas...

- me obrigue... – Chanyeol mostrou a língua

- que infantil... – Sehun semicerrou os olho

- pelo menos não sou eu que tento fazer o giywomi!

- yah!

- Yah! – gritei – Chanyeol me dê licença, sim? Quero encerrar esse assunto e voltar pra Economia...

- desculpe... – Chanyeol bagunçou meu cabelo antes de sair – está crescendo novamente... e você cara de bunda – se virou para Sehun – vai ter volta...

- Então Sehun, o que você quer conversar?

- primeiro eu gostaria de saber se você se sente bem. Me parece um pouco abatida...

- eu estou legal, ok? – massageei as têmporas – vá direto ao assunto...

- sobre seu casamento... – ele começou e eu senti meu corpo todo gelar – não há nada que possa impedi-lo de acontecer...

- eish! Como se eu já não soubesse disso... – baixei a cabeça e fitei meus dedos que agora estavam roxos pela falta de circulação.

- é, mas também não há nada que lhe possa manter casada para sempre...

- o que?! – olhei pra ele surpresa

- isso que você ouviu! Dahee, você é tão inteligente, mas você tem uns surtos de burrice que às vezes me assustam!  - continuou ele – você tem que se casar, isso é obrigatório, mas tem umas cláusulas no testamento que permitem um divorcio, mas... vocês precisam permanecer pelo menos um ano casados!

- isso é um absurdo!! – protestei

- não é só isso, vocês... como eu posso dizer isso... – Sehun começou a corar

- não... me diga que não é o que eu estou pensando... – falei chocada

- é vocês precisam consumar o ato, essa cláusula eu não posso barrar, mas a que obriga vocês a terem um filho juntos eu posso impedir!

- um filho!?! – gritei e Sehun tampou os ouvidos – mas essa... Deus que me perdoe, mas se não fosse minha avó eu já tinha chamado Sam e Dean e tocado fogo os ossos dela!!

- Sam e Dean não existem!

- foda-se! Não corte minha vibe!! Eisssh!! – baguncei o cabelo – eu vou sair, se eu ficar nessa casa mais um segundo eu sou capaz de... matar um com uma mordida na jugular!!  - falei pegando meu casaco desci as escadas pisando forte.

            Eu precisava gritar, mas se eu fizesse isso os outros ficariam no meu pé, mas do que já estavam! Eu não podia beber, então iria afogar minhas magoas numa LanHouse com Starcraft e comer muita besteira! Passei por Chen e Lay na sala, mas não os cumprimentei, talvez se eu abrisse a boca seria capaz de morder um. 

            Quando cheguei à esquina da LanHouse, já estalava os dedos em aquecimento quando fui parada na porta:

- você... – era a tal da Ariane que assim que me viu abriu um sorriso – Dahee, não é?

- é o que dizem por aí... – falei impaciente

- desculpe, mas... aconteceu alguma coisa?

- nada que te interessa... – cortei – eu não sou de contar minha intimidade a estranhos, desculpe! – dei as costas e ela me puxou novamente

- ei, eu fiz alguma coisa com você, por acaso?!

- não... – sorri – desculpe... mas eu definitivamente não estou de bom humor!

- e vai descontar em mim?! – ela bateu o pé – se foi porque eu beijei o Kai pode relaxar, aquilo só foi pra provocar o J-Hope!

- isso definitivamente não me interessa... com sua licença... – falei e ela segurou meu braço novamente me diminuindo a paciência – escuta aqui garota! Você já tá me enchendo, me deixa ou eu não respondo por mim!

- o que?! – ela me soltou – vai me bater?! Eu estou tentando conversar feito gente e você ai cheia de marra! Se quiser brigar então cai dentro! – ela respondeu num tom agressivo e eu soltei uma risada

- na boa... diz logo o que quer antes que eu amasse sua cara!

- você acha que consegue então tenta...

- meu amor... eu bati no Tao, na BTS inteira e outros que não vale a pena comentar... você tem certeza que quer brigar comigo? Então está bem...

- espera... você bateu no J-Hope também?! – ela parou

- foi o primeiro...

- então porque você estava beijando ele? Quer saber esquece... eu só queria dizer que se você namora o Kai, me desculpa tá? Eu não o beijei só para dar uns amassos baratos com ele... foi por causa da performance e o Hoseok disse que eu seu quisesse vencer ele eu tinha que fazer algo que ninguém fizera ainda...

- você gosta do J-Hope?! – olhei pra ela com cara de WTF?!

- Anyaa! – ela agitou as mãos em negação – então eu o beijei só por isso... o que rolava entre mim e ele acabou faz tempo...

- eu não te pedi explicação alguma... – falei mais calma – você pode, por favor, me deixar em paz?

- você já me escutou... então... boa sorte, e... não maltrata o Kai, ele já sofreu de mais...

- definitivamente você não sabe nada sobre mim... tsc – soltei um riso seco e entrei na LanHouse, definitivamente Starcraft não iria acalmar meus nervos depois dessa... Counter-Strike talvez.

x.x

D.O pov.

 A semana começou a correr depressa, e não só eu como todos os outros meninos estávamos achando as atitudes de Dahee no mínimo estranhas, ela não brigava mais com ninguém, Jin não estava conosco sempre por isso não notara, mas os outros... ah, esses notaram até demais:

- ontem eu fui acordar ela – contou Baek – e ao invés dela me chutar como sempre ela me abraçou e continuou dormindo! Na boa, levem a Dahee a um psicólogo! Ela fritou os últimos neurônios que restaram nela!

- Eu concordo! – disse Tao - é grave... ela nem se importa com as cantadas de pedreiro que eu passo nela! Ela até sorri!

-ela não está mais indo ler comigo... – Lay refletiu – e ela fazia isso todos os dias, agora ela está afundada nos livros da faculdade, e não faz nem duas semanas que ela começou a estudar...

- será que é porque o Kai não está aqui? – Luhan comentou

- eles brigavam mais que cão e gato! – Tao continuou – ela deve estar sentindo falta das brigas...

- para um tarado de marca maior, você é bem inocentinho – Kris alfinetou o mais novo – é obvio que aqueles dois tinha um caso!

- quem tinha um caso? – Dahee apareceu na cozinha

- o casal de ontem do drama... – Kris desconversou

-ah... eu vou estudar – ela comentou dando a volta

- eu vou para meu quarto. – Kris a seguiu.

Ela estava mais quieta que o normal, decidi então conta-la onde Kai estava ele iria me matar, mas... eu precisava fazer isso, estava cansado dessa palhaçada. Assim que subi as escadas me deparei com Kris e Dahee no corredor, cada um na porta do seu respectivo quarto.

- Você sente falta dele não é? Admita! – o loiro soltou num ar de deboche

- Kris, faça um favor à humanidade e MORRA!! MORRA!! – ela entrou no quarto e bateu a porta com força me assustando

- Yah! – Kris bateu na porta dela

- Deixa Kris! – interferi – deixa que eu cuide disso... Volta pro teu quarto... – falei e ele obedeceu – Dahee sou eu Kyungsoo... posso entrar?

- entra... – ela falou calma. Entrei no quarto e a encontrei jogada na cama, imersa nos livros.

- tem tantas provas assim essa semana? – perguntei sentando ao lado dela

- não... só adiantando matéria... algo me diz que eu vou ficar sem tempo em breve...

- “algo” lhe diz? – perguntei e ela respirou fundo

- meu noivo tem me mandado mensagens... – ela confessou e eu arregalei os olhos

- o que?

- foi isso que você ouviu... quando minha tia chegar a primeira coisa que vai acontecer é o nosso encontro, pra acabar de ferrar com minha via eu briguei com o preto e eu não me sinto bem....

- então você finalmente admite?

- o que?

- que está estranha porque o Kai não está aqui? – perguntei e ela ficou quieta – se eu disser pra onde ele foi você promete não cometer nenhuma loucura?

- você vai me dizer?

- você promete que vai se comportar?

- eu só quero me desculpar, Kyungsoo... não tem mais jeito.

- está bem... anote. – passei o endereço pra ela. Kai iria me matar, mas o que eu poderia fazer agora tinha outro problema pela frente, a chegada de Haneul ahjuma.

- obrigada! – ela sorriu e lançou-se no meus braços me abraçando

- pelo visto já está melhor! – rebati retribuindo o abraço

- não... eu ainda tenho um preto miserável para matar! – respondeu me dando um beijo estalado em seguida.

- não faça isso... – resmunguei

- o que?  Você já me deu beijos mais significativos que este! – ela fez bico

- e é exatamente por isso... – me levantei – se você fizer isso eu posso não deixar você ir atrás dele...  – falei, dei as costas e saí do quarto antes que fosse tarde.

- você disse pra ela onde ele está? – Chanyeol me perguntou assim que me viu no corredor

Pov. Dahee.

            Depois de uma semana Kyungsoo finalmente cedeu e me disse onde Kai estava não pensei muito, na minha mente só dizia que eu precisava encontra-lo. Coloquei algumas coisas numa bolsa e saí para Daejeon.

x.x

            depois de três horas e alguns minutos de viagem, eu estava em Daejeon, passei a viagem pensando na ultima coisa que D.O havia me falado. Peguei um taxi e entreguei a ele o suposto endereço da casa do preto, depois de uma meia hora rodando a cidade dentro do taxi, finalmente paramos. Paguei o taxista e desci, conferi o numero da casa no papel e me deparei com uma casa simples de grandes portões brancos, hesitei um pouco antes de tocar a campainha... mas decidi fazer isso de vez:

- Já estou indo! – uma voz feminina gritou de dentro da casa, alguns momentos depois ouvi o barulho do portão destravar.

- annye... – travei ao me deparar com uma garota aparentemente da minha idade

-ong! – ela completou e sorriu.

Continua.