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História My Criminal - Imagine - A Another JungKook - História escrita por _Unknown__ - Spirit Fanfics e Histórias
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História My Criminal - Imagine - A Another JungKook


Escrita por: _Unknown__

Capítulo 8 - A Another JungKook


Fanfic / Fanfiction My Criminal - Imagine - A Another JungKook

Neve. Nosso professor havia nos pedido para comparar nossos golpes com a neve. Fria, inesperada e cortante. Ele sempre fez muitos exemplos exagerados, mas foi pensando nisso que treinei hoje.

Dois anos atrás, a polícia local encontrou um corpo morto, nas montanhas. Havia neve no pulmão da vítima, congelada e tão grudada ao corpo, que só descongelou no velório. Eu nunca havia visto como a neve era dês de então, ela é traiçoeira. 

Traiçoeira, como Jungkook.

Quieto, observador, mas mal sabemos que é ele quem está com os dados do jogo, só esperando para o cheque-mate. Aprendi a lidar com seu modo depois daquela noite.

Mas foi em vão. 

Uma semana se passou, e por incrível que pareça JungKook não foi mais à academia. Nem preciso dizer que as meninas receberam a notícia de que eles tinham saído como uma sentença de morte.

Se eu fiquei triste? Não.
Porque eu ainda tinha o número dele.

Lá estava eu, em casa, em um claro e chuvoso domingo de manhã, encarando a telinha de meu celular. Eu me corroía de preocupação, não, preocupação não, eu queria saber onde ele estava, e porquê ele saiu da academia.
Ele me devia isso, quando me beijou, não é?

Era mais que isso, vamos admitir.

Ele me intrigava. Como alguém pode ser tão bom e de repente sumir? De onde ele tira o dinheiro das apostas, das roupas caras e das armas -que mesmo sem eu as ver, sei que ele as tem- ? E outra, como o governo nunca se perguntou sobre isso?

Suspirei pesado, franzindo a testa e sentindo minhas têmporas reclamarem da pressão. Ignore, apenas ignore. O governo sabe o que faz. 

Cliquei no número, levando o celular ao meu ouvido, e tentando resgatar toda minha coragem inexistente.

"alô?"

Meu coração gelou, e só então lembrei que devia falar algo pra ele. Eu me sentia tão desesperada pra ouvir sua voz que nem sabia o que dizer. Isso foi estúpido, um golpe de iniciante. Mordi o lábio.

- oi Jungkook.

"_____? O que aconteceu?"

- nada ué. - minha voz saiu emburrada e levemente infantil, e ouvi sua risada do outro lado. Arrepiei. 

"Alguém morreu? Aqueles caras te perseguiram? Quer ser derrotada denovo?"

Bufei:

- só queria saber onde você estava, idiota iludido. - comecei a me arrepender de ter ligado para ele, e a ideia de desligar na cara dele me tentou, mas fui cortada de meus pensamentos quando ele riu denovo:

"estou bem, _____. E você?"

Ele sempre esquiva das minhas perguntas, o que só me deixa mais intrigada. O que esse cara tanto escondia?
Ouvi vozes no fundo da ligação, uns 2 caras riam, chamando Jungkook. "Venha Kook, sabe que não podemos nos atrasar, o chefe quer ela morta logo".

Senti minha respiração parar, e não consegui pronunciar mais nenhuma palavra, sentia como que tivessem feito um nó na minha garganta.

"hey, _____. Preciso ir"

Mexi a cabeça em concordância. Ele não pode te ver, idiota. Mas no momento eu estava tão apavorada que apenas desliguei.

Coloquei uma calça jeans, uma regata branca, um casaco de couro preto e botas de cano baixo também pretas. Prendi meu cabelo em um rabo e coloquei uma pequena faca disfarçada no bolso. Era um ato irresponsável, sem planejamento e totalmente instantâneo, mas se tem algo que eu não suporto, e morte inocente.

Okay, não tenho provas de inocência de ninguém dos quais ouvi na ligação, mas tudo bem. Eu ia descobrir, mesmo estando totalmente despreparada pra isso. 

Eu havia pesquisado sobre umas coisas uns dias atrás, enquanto me via no tédio, e consegui a localização de JungKook, A Praga levava o celular com ele, para minha felicidade.

Meu computador indicou com um ponto vermelho, uma casa a vários quilometros de mim. Bufei, olhando para a minha carteira. 

~

Saí do taxi, dando uma gorgeta à mais, dado que pelo o que o taxista disse ali era periogoso, então arriscamos nossas vidas indo até lá e achei que ele merecia um estimulo a voltar. Andei por uma estrada de terra, estranhamente bem cuidada. Meus olhos atentos, meu foco ao máximo e principalmente, meu instintos no comando.

Uma casa, mais parecida com um chalé ou casa de lenhador. Flores nas janelas de fora, uma cadeira e um tapete velho indicam a entrada da casa. Contorno a construção, vendo a parte dos fundos tão bem cuidada quanto a frente. A porta se abre sem barulho algum, e ouço o ranger de meus pés contra o piso me denunciando. Respirei fundo, controlando meu peso, e rodei a casa.

Nada, ninguém. 

Me deixei suspirar pesado, encostada à parede, e foi então que ouvi uma risada. Abaixo do meu pé. 

Tirei o tapete, e então vi, uma portinha para um suposto porão. Sorri ladina, mesmo que minha situação não seja nada engraçada ou feliz.

Casas antigas e simples costumam ter saída de ar no porão, e essas saídas eram feitas de uma esponja que podiam ser confundidas por madeira se alguém distraído passasse pela casa. Mas não eu.

Voltando ao lado de fora, procurei a saída de ar, e sorri ao mover alguns vasos de plantas do lugar e acha-la. As vozes estavam altas, claras, mas o porão estava escuro.

Me aproximei, sentindo meu corpo trêmulo, e espiei devagar, meus olhos se adaptando à luz.

"Isso é cada vez mais fácil."

Lá estava JungKook, e uns outros caras, os tais amigos dele. Eles seguravam armas nas mãos, e cercavam uma garota, que já tinha o queixo machucado e seu corpo também.

Quanta covardia.

A postura de Jungkook era diferente, ele estava diferente. O mesmo se aproximou dela, já preparando a arma. Logo, um cara com o cabelo vermelho vivo disse sorrindo:

- acaba logo, Kook.

"Kook" sorriu mal, e segurou o queixo da garota se aproximando:

- você era melhor como minha secretaria, quieta e obediente.

Só eu que notei malícia nessa frase? O garoto estalou um beijo na testa da mesma, e em menos de dois segundos ela já estava morta no chão. O barulho do tiro foi a única coisa que se ouviu.

O que eu estou fazendo aqui?! Eu devia ter parado eles!

Antes que eu percebesse, o pavor tomava conta de mim. E a raiva também.

Corri para dentro da casa, ciente que meu tempo era pouco já que As Pragas já haviam terminado seu trabalho. Não demorou, e achei ao lado da lareira, acendedores. Coloquei o tapete encima do porta de saída do porão, e hesitei. 

Jungkook está lá dentro.

Mas...

Ouvi a trinca sendo aberta, acabou o tempo. Deixei o acendedor no chão, e saí correndo, mas acabei tropeçando quando a porta do porão abriu sobre meus pés. Olhei para cima, vendo três figuras saindo dali. 

Os três me olharam, e obviamente estavam em vantagem, mas eu estava com raiva, ou seja, eu tinha a vantagem. O primeiro olhar foi de JungKook, não deu pra indentificar, era raiva, confusão, não sei. O de cabelos vermelhos riu e olhou para JungKook, que me olhava estático. Legal.

O olhei, e a troca de olhares foi tão forte que senti tudo ao redor sumir, me perdi naqueles olhos negros.
Mas durou pouco.

Minha visão periférica viu à minha direita uma aproximação, mas eu estava tão perdida que meus instintos trabalharam mais rápido, peguei minha faça jogando-a no de cabelos rosados, que urrou se jogando para trás e protegendo o rosto com as mãos.

Olhei surpresa com o que fiz e comecei a correr, apenas queria sair. Eu agi por impulso, e eles tinham algo contra mim agora, precisava correr.

Minhas botas e o chão fofo não ajudavam, e logo ouvi passos atrás de mim, na mesma velocidade.

Olhei para trás de relance e vi JungKook e o de cabelos vermelhos atrás de mim. Dirigi meu olhar a JungKook, e por um milésimo de segundo pensei ver medo em seu rosto, mas esse não é Jungkook.

Senti meu corpo ser jogado no chão com um peso sobre mim, mãos hábeis agarravam meus braços e pernas. Chutei atrás fazendo o mesmo se afastar, e olhei para trás vendo o de cabelo avermelhado logo preparar um soco. Desviei do soco e chutei seu estômago. Tudo parou quando escutei a arma ser preparada para o disparo. Olhei para trás e JungKook apontava a arma para mim, senti meu chão cair. Tudo, cair, senti decepção, surpresa, raiva, mágoa.

Tudo naqueles milésimos segundos antes que ele falasse:

- fica parada.

Dirigi as mãos à cabeça quieta, e logo depois senti uma pontada no queixo e o escuro.



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