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História My Dammit Boss - Piece Of Her - História escrita por gabyssrose - Spirit Fanfics e Histórias
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História My Dammit Boss - Piece Of Her


Escrita por: gabyssrose

Notas do Autor


GENTE, FIZ MINHA PRIMEIRA TATUAGEM <3
Escrevi Love Will Tear us Apart... do Joy Division ♥
Enfim, obrigada a todas que favoritaram, sério, AMO todas vocês mesmo *----*
Enfim, depois desse cap... a coisa pega fogo <3 pelo menos eu acho... e.e
Esse cap tá enorme o.o

Capítulo 43 - Piece Of Her


Fanfic / Fanfiction My Dammit Boss - Piece Of Her

—Olá, senhorita Miller. — falei e sorri meio forçado.

—Olá, senhor Rose. — ela disse séria, talvez até um pouco assustada.

—Ainda bem que você retornou, eu estava mesmo querendo falar com você. — falei e desviei o olhar, encarando a porta atrás dela. —Sobre ontem á noite, eu...

—A noite de ontem não ocorreu! — disse ela, firme e sem rodeios.

Eu a encarei novamente. Seus olhos estavam com um olhar defensivo, talvez até um pouco agressivo.

—Desculpe... o que disse?

—A noite de ontem não aconteceu, simples assim. — respondeu. —Creio que seus impulsos por conta da embriaguez ultrapassaram todos os limites impostos pelo bom senso, então acho que para o bem de nós dois é melhor esquecermos a noite passada, senhor Rose.

—Ér... — comecei a dizer. —Eu concordo plenamente, senhorita Miller. Digo, meus impulsos realmente não foram nada bons, então, mesmo que isso seja surpreendente, peço desculpas.

Então ela me encarou aliviada, como se um peso tivesse sido tirado de suas costas. Ficamos nos encarando seriamente por alguns segundos.

—Desculpas aceitas. — disse ela e sorriu de canto, agora ambos estávamos em paz.

—Bem... — comecei a dizer. Eu não acreditava no que eu estava prestes a fazer, ou melhor, pedir. —Será que... você aceitaria almoçar comigo amanhã? Como um real pedido de desculpas...

Ela abriu a boca para falar, mas eu fui mais rápido.

—Sem qualquer tipo de piada ou brincadeira, apenas um simples almoço de desculpas. — falei rapidamente.

Ela me encarou curiosa, pensativa e até um pouco desconfiada. Porém, por incrível que seja, eu estava sendo sincero. Eu queria simplesmente esquecer tudo que passou, tudo isso pelo simples motivo de que se Scar abrisse a boca ela poderia acabar com meu relacionamento com Stephanie.

—Bem, isso é surpreendente, mas... eu aceito. — disse ela e sorriu. —Seria ótimo almoçar com você.

Eu soltei um sorriso.

—Ótimo. — concordei e suspirei. —Então... eu vou descer e comer algo... até... depois.

—Até, senhor Rose. — disse ela e deu espaço para eu passar.

 

******

POV-Slash

Passei a noite com Renée no hospital, mas praticamente sozinho, pois ela dormiu a noite toda. Eu não consegui pregar meus olhos nem por dois minutos, pois minha mente não permitia.

Milhões de pensamentos passavam pela minha cabeça, desde coisas da banda até minha relação com Michelle, que agora em diante seria apenas na base da amizade.

Eram por volta das seis da manhã quando eu ouvi um suspiro e aos poucos Renée foi acordando. Ela olhou ao redor, tentando se situar, e parou seu olhar em mim, que estava sentado em uma poltrona ao lado da cama.

—Amor... — ela disse com a voz de sono. —Não sabia que você estava aqui...

Eu soltei um sorriso.

—Ora, eu tinha que passar a noite com minha princesa, não tinha? — perguntei enquanto alisava seu rosto.

Á partir daquele momento, eu iria tratar Renée como uma mulher de verdade. Como uma noiva de verdade. E não como uma garota qualquer.

—Seu fofo. — disse ela e alisou meu rosto. —Desculpe por te assustar...

—Desculpe a mim por ter feito aquilo com você... — falei e soltei um suspiro. —Tudo culpa do álcool. Eu juro. Nunca que eu iria te trair estando sóbrio...

—Tudo bem, minha vida. — disse ela e sorriu.

Eu me curvei levemente e a beijei. Ficamos assim por um tempo até que eu me afastei e alcancei as flores, mostrando-as para ela.

—São lindas. — disse ela alisando as pequenas plantinhas.

—Eu trouxe chocolate também, mas acabei comendo enquanto você dormia. — falei e sorri divertido, fazendo-a rir.

—Tudo bem. O que é meu é seu também. — disse ela e suspirou. —Eu te amo, Slash...

Aquilo doeu. Doeu demais. Porém, mesmo sendo mentira, seria mais doloroso se eu não retribuísse.

—Eu também te amo, amor. — falei e dei um selinho rápido nela.

Bem, ela era minha noiva e logo seria minha esposa, estava na hora de mudar as coisas.

 

POV-Scar

Depois que Axl saiu, eu não demorei e acabei dormindo por conta do cansaço, mas não sem antes ler algumas páginas de um livro que Duff comprou para mim.

Acordei somente no outro dia com um pouco de frio e fome também. Olhei no relógio e percebi que já eram quase onze da manhã, o que me assustou um pouco, pois eu não estava acostumada á acordar tão tarde.

Elevei meu corpo até ficar sentada e olhei para a cama ao lado, a qual se encontrava vazia. Axl ainda não tinha retornado? Será que ele tinha se esquecido do nosso almoço?

Ah... o nosso almoço...

Soltei um suspiro e passei as mãos pelos meus cabelos. Eu realmente iria almoçar com meu chefe bipolar? Digo, quais as chances disso dar certo? Bem, acho que nenhuma.

Fiquei alguns segundos na cama até que, quando eu pensei em me levantar, a porta se abriu e Axl entrou.

—Bom dia. — disse ele, tentando ser educado.

—Bom dia... — falei curiosa. —Você chegou agora?

—Não, não. — respondeu rapidamente. —Izzy me acordou cedo para avisar que vamos embora amanhã e que parece que Slash e Renée vão ficar, então eu aproveitei e desci para dar uma volta.

—Entendo. — falei e sorri de canto. —Seu convite ainda está de pé?

—Claro, é minha forma de me redimir com você. — ele respondeu e sorriu também. —Então... por que não vai se arrumar? Eu te espero lá no saguão...

—Tudo bem. — falei e me levantei, indo para o banheiro.

Despi-me rapidamente e fui para debaixo do chuveiro quente.

Enquanto a água percorria meu corpo, eu refleti sobre o que iria acontecer. Digo, Axl nunca gostou de mim e de repente decidiu me chamar para almoçar? Tudo isso por... ter me agarrado á “força” e feito coisas indevidas comigo enquanto estava embriagado?

Bem, confesso que me senti um pouco... estranha. Ora, ele parecia arrependido, certo? Se ele estava arrependido... então... eu era tão ruim assim que bem mesmo um rockstar bêbado iria me querer?

—Ora, que bobagem. — falei para mim mesma enquanto revirava os olhos e desligava o chuveiro.

Passei a toalha pelo meu corpo, enrolando-me nela em seguida e abrir a porta para ver se era seguro sair. Axl não estava no quarto, então eu suspirei aliviada e saí do banheiro, indo em direção á minha mala.

Ótimo, o que usar?

 

POV-Axl

Eu estava no saguão fazia alguns minutos. Eu me sentia estranho. Muito estranho. Na verdade, eu nem sabia o porquê de estar arrependido de ter feito aquilo com Scar, pois eu era um rockstar e isso era normal para mim. Normal até demais. Eu já havia tido diversas garotas em minha cama e feito coisas bem piores com elas.

Scar era apenas mais uma garota qualquer, certo? Certo!

 Mas... por que eu me sentia em dívida com ela? Sim, em dívida. Eu queria simplesmente que ela esquecesse aquilo, só não sabia o porquê de eu desejar isso. Na verdade, eu estava confuso. É, apenas confuso.

Logo essa confusão passaria e eu voltaria a odiar Scar com minhas unhas e dentes. Simples assim. Afinal, ela não significava nada para mim, nada além de uma simples “babá”.

Permaneci ali no saguão por um bom tempo e para minha sorte ninguém encheu o meu saco e eu ganhei de brinde alguns olhares de algumas garotas bem interessantes.

Foi então que o elevador chegou e dele saiu Scar. Confesso que... ela me surpreendeu. Principalmente pelo bom gosto. Ela vestia uma calça jeans preta, uma blusa cinza e um sobretudo vermelho por cima de tudo junto com um lenço preto no pescoço; calçada scapins vermelhos e seu rosto estava marcado por uma maquiagem simples, enquanto eu cabelo estava preso em uma trança.

A loira sabia bem como se vestir sem ser vulgar e nem muito simples. Ela tinha um estilo próprio que chamava atenção, principalmente por conta daqueles lábios vermelhos que ela adorava usar e... O QUE EU ESTOU DIZENDO? Ah, meu Deus! Eu só posso estar ficando louco.

—Podemos ir? — perguntei assim que ela se aproximou.

—Claro. —ela respondeu enquanto fechava seu sobretudo.

Fechei meu casaco também antes de sair, pois estava realmente frio em Londres. Pegamos um táxi, que já nos aguardava na frente do hotel, e em questão de pouco mais de dez minutos estávamos em frente ao Lights, um dos meus restaurantes preferidos em Londres.

O lugar era um tipo de mansão antiga, que agora funcionava como um restaurante fino, o qual eu adorava. Sua fachada tinha uma pintura branca simples e com alguns detalhes em vermelho, assim como o letreiro, que tinha o fundo branco e as letras cursivas do “Lights” em vermelho.

—Ual... — disse Scar assim que descemos do táxi.

—É bem mais bonito por dentro. — argumentei. —Vem, vamos entrar ou vamos congelar aqui.

Adentramos o lugar e quase no mesmo momento todo o frio se dissipou. Todas as janelas estavam fechadas e a única iluminação presente era as das poucas luminárias e de alguns lustres, que estavam distribuídos entre o saguão de entrada e dois saguões onde ficavam as mesas, sendo um do lado direito e outro do lado esquerdo da porta de entrada.

—Senhor Rose, estávamos o aguardando. — disse o gerente com um sorriso assim que nos avistou.

—Que ótimo. — falei e forcei um sorriso.

—Por aqui, por favor. — disse ele e nos guiou até nossa mesa, que ficava no saguão direito.

O lugar, por sorte, não estava tão cheio, no máximo somente quatro casais se encontravam por ali e por esse motivo não havia muito barulho, o que me deixava um pouco mais a vontade.

Scar e eu nos sentamos, enquanto o gerente se retirou. O momento era um pouco constrangedor, pois eu não sabia o que fazer, nem o que dizer.

—É um lugar bonito. — disse Scar com um sorriso. —Até que seu gosto não é tão ruim assim...

—Olha, temos uma evolução aqui. — falei, tentando ao máximo não encará-la. —Posso ser um rockstar, mas ainda tenho classe, senhorita Miller.

—Isso era algo que eu não imaginava. — disse ela e sorriu de canto. —Principalmente depois do nosso primeiro ‘nada legal’ encontro.

Acabei rindo levemente.

—Não foi um dos meus melhores primeiros encontros, admito. — falei. —Aliás, me desculpe por aquilo também.

—Ah meu Deus! — disse ela, colocando a mão sob a boca. —Quem é você e o que fez com meu chefe?

—É só um dia de trégua, ok? — falei e suspirei. —Eu ainda não vou muito com sua cara...

Scar suspirou.

—Eu sei. Não te julgo. —disse ela, o que me surpreendeu.

—Não? — perguntei erguendo as sobrancelhas.

—Claro que não, senhor Rose. — disse ela e suspirou, então pegou o cardápio e ficou o encarando. —Eu sei que deve ser difícil uma mudança tão grande assim. Digo, em um dia você é livre para cumprir o horário que bem desejar, e no outro alguém aparece para mudar isso. Sei que não deve ser fácil para você aceitar alguém como eu cuidando do seu tempo.

Aquelas palavras realmente me surpreenderam, mas eu tentei não demonstrar qualquer tipo de reação. Scar parecia estar sendo sincera, algo que eu nunca tinha percebido nela.

Izzy, certa vez, disse que eu deveria repensar sobre Scar. Mas por quê? Eu quase nunca me engano com as garotas, então por que agora seria diferente? Só por que ela faz faculdade? Por que ela não se veste como uma vadia? Mulheres são cruéis, por que Scar seria diferente?

Balancei a cabeça, afastando alguns pensamentos, e chamei o garçom, que logo apareceu.

—Qual é o pedido? — ele perguntou com um sorriso.

—File de salmão! — Scar e eu dissemos juntos.

Ela me encarou meio assustada, assim como eu.

—Ah... filé de salmão... — falei e respirei fundo. —Para os dois.

—E as bebidas, senhor? — perguntou ele.

Scar me lançou um olhar que dizia praticamente “você quem sabe”.

—Vinho 1974. — respondi e ele anotou. —Obrigado.

—Vai mesmo me dar bebida alcoólica, senhor Rose? — ela perguntou erguendo as sobrancelhas.

—Fique tranquila. — falei e ri levemente. —Eu já te salvei uma vez e posso salvar outra.

Percebi que Scar corou. Sim, ela corou bastante. Só então eu acabei lembrando-me e me amaldiçoei por ter dito aquilo, afinal, da última vez que a salvei... nós nos beijamos... e depois da noite anterior ela sabia disso também...

 

POV-Izzy

Eu acordei cedo durante nosso penúltimo dia em Londres, pois eu precisava visitar algumas lojas de instrumentos antes de voltar para Los Angeles, e gostava de fazer isso durante a manhã. Eram por volta das nove da manhã quando eu saí do quarto, porém, antes de descer, fiz questão de acordar Axl e avisá-lo que iríamos embora no dia seguinte.

Depois de avisar o ruivo, finalmente eu pude pegar o elevador e descer até o saguão, onde acabei encontrando Allan por coincidência.

—Já de pé, Stradlin? — ele perguntou divertido.

—Estou indo ao centro. Queria comprar alguns equipamentos novos. — falei normalmente.

—Que coincidência. Eu estava indo para lá também. — disse ele e sorriu de canto. —Posso ir com você?

—Claro. — respondi e dei de ombros.

Pegamos um táxi e fomos até o centro. Enquanto eu fui direto para a minha loja de instrumentos favorita, Allan foi até um tipo de joalheria que ficava do outro lado da rua. Eu não sei o motivo para ele ter ido até lá e como sempre decidi não questionar.

Fiquei por um bom tempo na loja, apenas admirando algumas raridades. Eu simplesmente era apaixonado por guitarras, principalmente as clássicas como a Telecaster e a ES. Elas eram divinas.

Optei por levar uma Telecaster da Fender de cor branca, sendo que ela era inteiramente branca. E também decidi levar uma ES da Gibson, só que essa em vermelho vinho.

—Pronto? — disse Allan me assustando.

—Uol! — falei me virando para encará-lo. —Não faça isso. Meu coração é meio fraco.

—Desculpe, Izzy. — ele disse e sorriu.

Apenas suspirei e concordei com a cabeça, depois disso fui até o vendedor e passei o endereço para onde as guitarras deveriam ser despachadas. Então, depois de pagar, Allan e eu saímos da loja e caminhamos juntos pelas ruas do centro.  

—Londres é tão diferente de Los Angeles. — ele disse enquanto puxava um cigarro e me oferecia, o que eu aceitei sem reclamar.

Sim, Allan também era fumante, acho que por isso nos dávamos tão bem. Allan tinha um jeito meio reservado com o qual eu me identificava bastante, principalmente pelo fato de que ele tinha consciência de alguns assuntos que os meninos não tinham, ou seja, isso nos rendia bastantes conversas.

Foi então que eu acabei percebendo que ele tinha uma pequena sacola em mãos, a qual tinha a logo da joalheria.

—O que é isso? — perguntei um pouco curioso. —Presente para alguma garota ou para o Rose?

Allan riu e negou com a cabeça em forma de reprovação.

—Rose já tem coisas demais. — disse ele e rimos levemente. —É para a mãe de Scar.

—Mãe de Scar? — perguntei erguendo as sobrancelhas.

—É... — ele respondeu e sorriu tímido. —Já faz muito tempo desde que eu dei um presente para ela...  

Ele então tirou uma pequena caixinha da sacola e abriu, revelando um lindo colar com um pingente do curso de Direito, ou seja, uma pequena balança dourada.

—É lindo, Allan. — falei meio surpreso. —Ela... é advogada?

—Era. — respondeu e suspirou. —Ela se afastou da profissão depois que meu irmão morreu.

—Eu sinto muito. — falei sério. —Seria muito indiscreto perguntar a causa da morte?

Foi então que Allan me lançou um olhar sombrio. Muito sombrio. O problema foi que ele não parecia incomodado com a pergunta, e sim com outra coisa, como se algo o perturbasse. Sim, seus olhos indicavam certa perturbação, como se algo tivesse sido tirado dele.

Eu já estava arrependido da minha pergunta quando ele simplesmente desviou o olhar para a rua.

—Ele morreu em um incêndio. — ele respondeu secamente. —Ele morreu salvando as pessoas. Cumprindo o seu juramente como bombeiro. Simples assim.

Depois disso, ele simplesmente deu de ombros e caminhou sozinho. Senti um frio percorrer minha espinha, o que me deixou um pouco desconfortável.

Era impressão minha ou Allan escondia algo?

 

POV-Scar

Tudo bem, almoçar com Axl não foi tão ruim assim, muito pelo contrário, estava sendo até um pouco interessante. O ruivo não tinha sido rude nenhuma vez, não tinha feito nenhuma piada e nem me provocado. E o mais incrível: tínhamos agido como duas pessoas normais, sem o ódio que sentíamos um pelo o outro.

Estávamos no restaurante há algum tempo, tanto que já tínhamos até terminado nossos almoços e agora só conversávamos.

—Posso perguntar uma coisa? — ele perguntou enquanto tomava uma taça de vinho.

—Fique á vontade. — falei e sorri. —Afinal, você só tem hoje com dia de trégua.

Axl riu levemente.

—Por que aceitou esse emprego sem nem gostar de música? — perguntou ele.

Eu senti meus músculos enrijecerem.

—É uma longa história... — falei e tomei um pouco de vinho também. —Digo, eu preciso ajudar minha mãe a arranjar um novo lugar para morar, para então pedir o divórcio.

—Então sua mãe quer se divorciar? — ele perguntou curioso.

—Sim. — respondi rapidamente. —Ela... e meu padrasto tem muitas diferenças...

—Há quanto tempo estão juntos? — ele perguntou interessado.

—Um pouco mais de seis anos. — respondi e sorri de canto.

—Sua mãe demorou seis anos para perceber que seu padrasto não é o cara certo? — ele perguntou erguendo as sobrancelhas.

Eu soltei um suspiro e sorri fraco, encarando a taça em minha mão.

—Ela percebeu isso no dia dezessete de dezembro de mil novecentos e oitenta e cinco. — respondi meio fria. Essa foi a data do dia em que John me tocou pela primeira vez, do dia em que ele tirou minha inocência. Levantei meu olhar e percebi que Axl me encarava sem entender. —Porém, senhor Rose, digamos que nem sempre podemos fugir daquilo que nos atormenta.

Axl ficou em silêncio enquanto me analisava. Acho que ele nunca iria entender o que eu queria dizer, mas eu não o julgava, pois ele não tinha conhecimento do que eu passava em minha própria casa.

—Enfim, senhor Rose, será que podemos ir? — perguntei, fazendo Axl sair do seu transe de pensamento. —Ou tem mais alguma questão para mim?

—Não... senhorita Miller. — respondeu ele. —Podemos ir!

Eu apenas sorri, enquanto Axl ainda me encarava meio curioso

 

POV-Axl

Depois que Scar e eu voltamos para o hotel, ela foi para o quarto e eu fui para o bar, já que eu precisava beber algo mais forte. O almoço havia sido bem interessante, tanto que em nenhuma vez eu fui rude com ela, então acho que valeu como desculpa.

Eu permaneci no bar por um bom tempo até que acabei retornando ao quarto, onde encontrei Scar lendo um livro, ou melhor, perdida em um livro, pois ela nem me encarou quando entrei.

Joguei meu corpo contra a cama e acabei dormindo.

******

—Ruivo... ruivinho... ruivão... — ouvi a voz conhecida me chamar.

Abri os olhos bem lentamente e me deparei com Stee e o sorriso que só ele tinha. Passei a mão pelo rosto e olhei no relógio, eram nove horas da... manhã? Como assim?

—Nove da manhã? — perguntei para mim mesmo.

—Você dormiu a noite toda. — o loiro disse e coçou a nuca. —Todos já desceram para tomar café. Allan pediu para que eu viesse te chamar.

—Sério? — perguntei enquanto ficava sentado na cama. —Vamos embora hoje, certo?

—Sim, por isso Allan pediu para que eu viesse. Vamos embora logo depois do café. — o loirinho respondeu ainda sorrindo. —Ele também pediu para perguntar se você já arrumou as malas...

—Ótimo... — falei e revirei os olhos. —Diga á ele que eu mal desfiz minhas malas!

—Tudo bem... — disse ele e coçou a nuca. —Por que não vai se arrumar? Eu te espero para descermos juntos...

Eu apenas concordei com a cabeça e levantei, indo em direção ao banheiro. Demorei um pouco mais de vinte minutos para me arrumar, isso apenas para descer para o café.

—Vamos? — falei para Stee, que estava vendo TV.

—Claro. — disse ele e sorriu.

Saímos do quarto e caminhamos até o elevador, porém, quando estávamos quase chegando, Stee parou de andar e bateu contra a própria cabeça.

—O que houve? — perguntei.

—Eu esqueci meu casaco no seu quarto. — ele respondeu. —Pode me emprestar a chave?

—Claro. — falei dando a chave para ele. —Eu já vou descer enquanto isso, ok? — falei enquanto avistava o elevador parado.

—Claro. — disse ele e acenou.

Eu dei de ombros e fui para o elevador. Assim que desci e fui para o restaurante, eu encontrei todos reunidos em uma só mesa, exceto por Renée e Slash, que ainda deveriam estar no hospital.

Sentei-me a mesa com eles, mas não cumprimentei ninguém, pois eu não estava com saco para nada. Tudo que eu queria era ir embora e dormir por uma semana no mínimo. Stee chegou alguns minutos depois com um sorriso no rosto e vestindo seu casado e me entregou a chave, a qual eu nem dei muita atenção.

Eu só queria dormir.

******

Ainda era de manhã quando fechamos as reservas do hotel e fomos para o aeroporto, onde pegamos o avião de volta para Los Angeles. Eu estava aliviado, principalmente por que ninguém tinha enchido meu saco, nem mesmo Allan.

O bom dos meninos e de Allan é que eles sabiam exatamente quando me deixar em paz, quando não falar comigo e quando nem mesmo olhar para mim. Eu gostava disso, pois eles respeitavam meu espaço e assim ninguém saia machucado.

Chegamos em Los Angeles de madrugada. Allan e Scarlett foram para o lado oposto do nosso, já que íamos para a Hell House e ele iria levá-la para a casa dela. Eu estava morto de cansaço quando cheguei á Hell House, então apenas subi para meu quarto e acabei capotando.

*********

Não sei por quanto tempo dormir, não sei que horas eram e muito menos se o mundo estava inteiro, só sei que acordei por que Mr. Gold começou a cutucar meu rosto como forma de pedir atenção.

—Ok, ok... também senti sua falta. — falei e abri os olhos aos poucos, dando de cara com meu gato.

Sorri para ele e o abracei. Mr. Gold era a coisa mais fofa da gata, competia somente com o Stee, a única diferença é que o meu gatinho tinha pedigree e Stee não. Nem Stee e nem aquele gatinhos que ele achou na rua e que eu só tinha deixado ficarem na minha casa por que Slash tinha implorado.

Argh... malditos...

Respirei fundo e olhei no relógio, já se passavam da três da tarde. É, eu tinha dormido um pouco demais. Permaneci nada cama por um tempo e quando pensei em levantar a porta se abriu e Cloe adentrou com uma bandeja.

—Will... — disse ela e sorriu. —Boa tarde.

—Boa tarde, Cloe. — falei e bocejei enquanto ela colocava a bandeja ao meu lado e beijava minha testa.

—Estava com saudades de vocês. — disse ela enquanto me encarava.

—Também sentimos sua falta. — falei sincero.

—Que bom, agora vamos as malas. — disse ela e foi até minhas malas.

—Aaaaah... — gemi em reprovação.

Cloe tinha mania de desfazer nossas malas sempre que chegávamos, pois houve uma vez em que Slash deixou a roupas suja dele na mala durante uma semana e tivemos que colocar fogo no carpete do quarto dele e na mala também.

—Nada de “A”. — disse ela e colocou as malas em cima da cama. —Vai dizendo o que está limpo e o que está sujo.

—Okay... — falei enquanto comia o sanduíche que ela havia trazido.

Ela foi me mostrando as peças de roupas e eu fui dizendo o que estava limpo e o que estava sujo. Quase tudo ali estava limpo, então era meio entediante.

—Limpo... — falei enquanto ela me mostrava mais e mais roupas. —Sujo... limpo... limpo... limpo... sujo... lim...

Foi então que ela ergueu uma última peça, a última que estava na mala. Era um lenço. Um lenço preto. O problema é que aquele lenço não era meu. E o outro problema é que eu sabia de quem era.

Senti meus olhos se arregalarem enquanto eu empurrava a bandeja para o lado e alcançava o lenço na mão de Cloe. Aquele cheiro... cheiro de tulipas... aquele perfume... eu sabia exatamente de quem era.

Aquele lenço era de Scarlett! O que diabos ele estava fazendo na minha mala?


Notas Finais


Roupa Scar: http://www.polyvore.com/scar_80s/set?id=187446127

perdão pelos erros... eu estou exausta <3
Espero que tenham gostado <3
Hum.... e.e o que o lenço de Scar está fazendo na bolsa do Rose?

obs: desculpe correr com os acontecimentos... mas é que eu preciso mesmo adiantar essa fic i.i


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