Jimin se retirava, aparentemente satisfeito com a cena que via.
Eu sabia que era inútil eu tentar dizer mais alguma coisa a jungkook. Ele de forma alguma me dá ouvidos.
Eu havia de fato encontrado agora a parte da qual o mesmo mais odiava em si.
Seus belos traços marcantes, ainda eram os mesmos, os mesmos nos quais eu não fiz esforço algum para me apaixonar, quando o vi pela primeira vez. Seu rosto transferência leveza, ainda sim que seus olhos representassem totalmente o contrário.
Eu nunca perguntei a ele se seria possível ler meus pensamentos, mas...eu realmente gostaria que isso fosse possível agora, nesse exato momento.
Eu não sou capaz de lhe dizer com palavras, diretas de meus lábios, porém basta você apenas entender, que passe o tempo que for, nesse século ou no próximo, será você o cara certo. Sempre será você! Não importa o que venha por acontecer.
Seus dedos noto aliviarem a pressão inposta em meu pescoço, o que veio como um alívio, ainda que fosse apenas um mero milímetro.
Eu sei que você está aí! eu sei que você pode me escutar bem no fundo. Seja lá a feitiçaria que aquele desgraçado tenha imposto sobre você, não há como ser tão forte, não para você.
Jungkook você sempre foi um homem durão, rebelde e eu realmente sei que você nunca se resumiu apenas a isso.
Não seja o que park jimin lhe resumiu. Eu quero que você seja, somente você mesmo.
Não há problema algum se você apenas continuar com essa sua versão mais demoníaca, mas desde que saia desse maldito feitiço imposto por seu primo, estará mais que ótimo.
Eu tenho absoluta certeza, que você da maneira que estiver, estará em meu coração. Sendo um demônio, um homem exemplar ou até mesmo um cara padrão mulherengo desejado por todas, você ainda será o mesmo cara. Você pode adotar a personalidade, estilo que bem entender, visto que não sou eu quem está mais no comando das coisas.
Você me cativa de qualquer forma existente, sem esforço algum.
Fomos destinados um ao outro e acredito que você também saiba disso bem no fundo.
Pense, no que lhe trouxe até aqui.
Noto-o franzir o cenho, aparentemente lutando contra algo. Ele naquele momento, se encontrava incapaz de olhar em meus olhos.
Eu sentia que existia algo agindo em jungkook, algo bom, que o fazia querer se livrar do que park jimin havia lhe posto. Os dedos do mesmo pouco a pouco noto serem retirados de minha garganta, com muita dificuldade. Jimin que eu já acreditava ter ido embora, dizia coisas sem sentido algum do outro lado de seu carro, enquanto olhava para jeongguk, com aquele maldito olhar. Fosse lá o feitiço que ele estivesse por colocar no moreno, estava falhando muito feio.
Levo minha mão até o local de meu pescoço, de onde podia sentir uma queimação tremenda passar ainda mais de segundo em segundo.
É tão boa sensação de poder enfim respirar sem dificuldade.
Jungkook em minha frente olhava para suas próprias mãos, descrente de algo. Eu sabia exatamente o que passava por sua cabeça, mas me sentia cansada demais, incapaz demais para dizer algo.
Minha respiração ainda era descompensada.
Olhando nos olhos de jungkook, podia ver claramente uma decepção nascer. Seus punhos foram fechados e observados por si mesmo.
— Desculpe!— Sua voz soou trêmula, como suas mãos.— E-Eu..— Trava por alguns instantes.— Eu não queira fazer isso com você....eu..— Morde o lábio inferior com força, quase que por o fazer sangrar.— Queria somente proteger você.— Tocou o rosto da mesma, incrédulo com o que havia feito com a pessoa que tanto gosta.— Me desculpe por isso.— Deslizou seus dedos pelo vermelhão que havia por se feito em cada parte do pescoço da jovem.— Me perdoe por eu ser assim.— Grunhiu de raiva, culpando-se.
— Não há motivos para desculpas.— Seguro sua mão, deixando claro que de fato estava tudo bem.— Eu sei que você é uma pessoa boa, ao contrário de seu primo.— Complementei, ao notar um pouco mais afrente jimin se aproximando.
Senti aos poucos a destra de jungkook me puxar mais para perto de si.
Aquele olhar de Jimin transcendia algo muito mais além da maldade, se ainda fosse possível.
Jungkook me abraçava, enquanto seguida atento a cada passo de seu primo.
— Você não sairá impune pelo que fez. Não mesmo!— Proferiu Jimin, dispensando calmaria.— Você irá pagar!— Parou, fitando S/n por alguns instantes.— Ela ainda será como a mulher que você tirou de mim.— Diz certo de suas palavras.— Você usará ela como uma marionete e bem sabe disso.— Apontou seu indicador para o moreno, que somente engoliu em seco.— Jungkook, sua pessoa mais que ninguém tem a noção da parte mais forte que existe em você.
— Eu bem sei?— Questionou jungkook, fingindo não compreender.— A única coisa na qual eu tenho noção, é que o acontecido daquela vez, já faz alguns bom anos. Você não me conhece mais!— Alterou o tom de voz, ao vê-lo revirar os olhos em forma de deboche.— Você está basicamente me resumindo a um jeongguk no qual não existe mais. As coisas mudaram.— Dita, atento a cada movimento do loiro.— Eu não sou o mesmo.
— É o que você pensa, no entanto a verdade é que você não sabe como lidar com as coisas. Por exemplo, duvido que você não fosse capaz de fazer com essa daí, o que fez já com a minha mulher.
— Pois eu lhe digo que não!— Rebateu.— Eu errei uma vez e jamais seria capaz de cometer o mesmo erro novamente.— Olhou de relance para a mesma, que observava o rígido diálogo de ambos.— Seja lá o que você diga, eu não ligarei. Ela é quem amo.
— Não me venha com esse papinho idiota! Você dizia amar fielmente aysha e deu no que deu. Você a matou, por uma coisa tão banal.— Toca novamente no tão cruel erro de jungkook, por saber que era algo que o machucava.— Sinto pena de você.— Fala para a menor, que aparentava pouco se importar com o que era dito.— Vocês dois não estão juntos por conta do destino, como pensam que estão. O destino não é tão cruel ao ponto de juntar uma humana novamente com um babaca, louco e demoníaco como você.
— Jimin, você deveria tentar esquecer essas coisas que tanto lhe fazem mal.— Digo, com total sinceridade.— Você chegou em um ponto, em que ver jungkook feliz, é como algo repugnante para você.— Escuto-o estalar os dedos, como motivo de concordância.
— Jimin, eu juro que trocarei o meu sentimento de ódio por você, por pena. Juro que não guardarei rancor algum pelo que você armou essa noite, até porque, pensando por um certo lado é compreensível.— Gesticulou, tentando explicar minuciosamente cada palavra saídas de seus lábios.— Eu sentiria a mesma raiva que você, se fosse ao contrário, todavia o tempo passa e as coisas mudam.
— As coisas mudam e passam?— Pergunta jimin inconformado.— Para você tudo é tão fácil. Me surpreende você não sentir culpa alguma pelo que fez com aysha.
— Eu não disse, que não me sinto culpado! Eu sinto muito pelo que fiz, mas do que adiantaria eu ficar me amargurando a vida toda? Para você talvez fosse o mínimo para mim, porém para qualquer um a felicidade é possível reinar novamente, ainda depois de um erro. Nada é impossível. Pesso desculpas a você, por ter lhe magoado tanto com meus erros, mas não vou deixar de viver por algo que eu fiz lá atrás.— As lágrimas desciam pelas bochechas de jungkook, como nas de Jimin também.— Tenho certeza, que se isso que você estava planejando estivesse dado certo, você não ficaria cem por cento feliz.
— Óbvio que eu ficaria, eu planejo lhe ver na merda à anos.
— Devolver as coisas como um revide na mesma moeda nem sempre é o mais certo a se fazer, para se saciar a dor. Se um dia eu tiver de pagar por isso, não será dessa forma. Acredito que exista já algo pronto para mim.
— Esse impasse de vocês dois não acabará tão cedo, exatamente por isso acho melhor botarem um ponto final nisso agora, ou apenas cada um viver sua vida.— Fico entre os dois, por já notar que em nada tudo aquilo estava prestes a dar.— Meu desejo é que você se ferre muito!— Digo diretamente a jimin.— Você me usou da pior forma possível.— Podia notá-lo a concordar.—Eu confiava em você.— Era quase impossível não olhá-lo com desprezo.— Analisando por cima, entendo seus motivos para odiar jungkook, mas qual a necessidade de você ter tramado tudo isso? Você foi burro! Burro por não perceber que iria se igualar a ele.— Olho agora para jungkook, que nada ousou dizer.— Jimin, você iria se arrepender caso por ventura tivesse dado certo, acredite.
— Você está certa.— Concordou com a cabeça, aparentemente aceitando tudo.
— Ok, se você entendeu, já foi o bastante tudo isso. Volte para sua casa e durma, talvez só assim você entenda a gravidade das suas pretensões passadas.
— Eu não vou voltar para casa, eu vou apenas sumir, como fiz por um bom tempo.
— Que seja!— Se manifestou jungkook, pouco ligando.— Desde que você volte depois sem a intenção de acabar com a felicidade das pessoas, está certo.
— Infelizmente não posso te garantir isso. Sou imprevisível.
[.........] DOIS MESES DEPOIS.
Em somente dois meses muitas coisas haviam mudado e também muitas coisas prometidas foram cumpridas. Uma coisa que foi dita e cumprida, foi por exemplo; o sumiço de park jimin. Ele disse que desapareceria, e foi o que de fato fez, desapareceu.
Jungkook naquela mesma noite, ainda muito abalado com o acontecido desfez o noivado com Mia.
Ele disse os motivos e tudo mais, apesar da mesma pouco ter lhe dado ouvidos.
Lembro-me claramente de ter escutado da porta, naquela noite algo vindo dela, como um:“ Isso não ficará assim! Você me fez de idiota, mas não ficará por isso, não mesmo!”
Aquele olhar de Mia, dado para mim logo que saiu naquela noite me trouxe uma sensação tão ruim, porém não o suficiente para me deixar sem dormir a noite. Foi algo muito vago.
O motivo de tudo isso estar se tornando um flashback em minha cabeça, é pelo fato das coisas sinistras que estão por acontecer, desde então.
Jungkook trabalha duro junto com seu pai, administrando a fortuna da família Jeon, enquanto eu fico em nossa nova casa o esperando muitas das vezes.
O lado bizarro disso tudo, são as coisas que chegam para mim, no percurso de tempo que ele não está em casa. São cartas e mais cartas, com as mesmas e únicas frases, sendo elas; “Ele vai pagar pelo que fez, acredite.” “ Será duas vezes pior”.
Eu deveria estar preocupada? sim, poderia, porém não. A única coisa que eu sinto é curiosidade. Eu só queria saber qual dos dois de fato é.
— Park Jimin ou Mia?— Pego a nova carta que havia sido deixada pelo carteiro.— Será mesmo que o Jimin voltou? Ou é apenas aquela infeliz com dor de Cotovelo?— largo o envelope clássico no qual a carta vinha sobre a mesa, com a pretensão de escondê-lo de jungkook logo.
Eu não queria preocupá-lo, ainda mais agora que está tudo indo tão bem em sua carreira ao lado do pai e estamos felizes.
— Amor?— A voz de jungkook ecoou pelos corredores da casa, fazendo a mesma correr imediatamente para pegar o envelope, mas ele já não estava mais sobre a mesa. O papel estava já nas mãos do moreno, que somente a olhou de soslaio, após lê-lo.— Tá, poderia me explicar o que é isso?
— Eu recebo cartas como essas, ou melhor dizendo, exatamente como essa já faz um mês. Eu não lhe disse sobre, para não te preocupar, mas eu pretendia te informar.
— Ok, ok!— Suspirou, tentando entender a situação.— Você fez errado em não me dizer, mas o problema agora não é esse. Eu também recebi nessas últimas semanas alguns torpedos estranhos, mas isso não vem ao caso agora, certo? Precisamos descobrir quem é a pessoa responsável por isso.
— Eu acredito que pode ser o Jimin ou a Mia, pelo que ocorreu.— Comento, ainda incrédula por saber que estava tudo mais além do que eu imaginava.
— Não, não acredito que seja eles.— Retirou seu casaco, revelando suas tatuagens que chamavam a atenção.— Sabe, o que não me falta são inimigos.— Retirou a regata, agora ficando sem roupa alguma na parte de cima.—Há muitos suspeitos, todavia seja lá quem for, não será um grande problema.— Sorriu sacana, olhando o relógio de pulso de relance.— Que tal descontrairmos, daquele jeito que só nós sabemos fazer, Hm?— Retirou o sinto de sua calça, em seguida o enrolando na mão.
— O quê? Você só pode estar de brincadeira!— Tento segurar o riso.— Esqueceu que seus pais vão vir jantar aqui hoje?— Escuto-o suspirar.— Não dá.
— Lembra daquele blackout que eu fiz em nossa primeira vez juntos?
— Hm, lembro. O que tem?
— Vou fazer ele acontecer novamente, dessa vez com uma duração de cinco horas
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