Narradora on
Quando Hyuna chegou na sala a mesma entregou o copo de água para Jimin e antes de sair lançou um olhar preocupado para Taehyung que apenas balançou a cabeça, assentindo, tentando passar a mensagem através daquele gesto de que ficaria bem. Apesar de não estar. Hyuna saiu do cômodo deixando apenas os quatro homens sozinhos. Jimin encarava um ponto fixo no chão, seus pensamentos o levando a Bogum a todo instante e o medo possuindo seu corpo. Ainda estava nervoso, não sabia se aqueles homens haviam conseguido segui-lo até ali mas não em meio ao desespero de fugir de lá Jimin não soube para onde ir e seu primeiro pensamento foi Taehyung. Agora não só temia pela vida do melhor amigo como também pela sua e pela do seu filho.
-Taehyung, me fale... Qual é o seu envolvimento com Park Bogum e Kim Yugyeom? -Seokjin questionou sério.
-Chega, Seokjin. Esse não é o momento para... -Jungkook foi cortado.
-Não... -Taehyung levantou o olhar para os dois sentados a sua frente. -Eu vou falar... -Olhou para o melhor amigo, vendo que ele ainda estava atordoado. -Eu conheci o Bogum quando tinha 18 anos... -Começou a falar, encarando apenas Jungkook. -Eu tinha terminado o ensino médio a pouco tempo e estava atrás de um emprego... A minha vó e eu estávamos passando por dificuldades nesse tempo por que estávamos vivendo em Daegu e ela havia deixado o emprego que tinha como empregada na mansão dos Jeon. -Fez uma pausa, lembrando-se da noite em que conheceu Park Bogum. -Fazia mais de uma semana que eu saia para procurar emprego mas ninguém queria aceitar um adolescente inexperiente e ainda por cima de classe baixa...
-E o seu amigo? -Seokjin apontou para Jimin. Mesmo não o conhecendo sabia que ele era de classe alta apenas pelas vestes que ele usava. -Ele não pôde te ajudar? -Taehyung aguentaria qualquer pergunta de desconfiança de Seokjin sobre si, em relação a Bogum, mas não deixaria que o mesmo o ofendesse.
- Eu conheci Jimin Hyung na faculdade daqui, e mesmo que fôssemos amigos naquele tempo eu nunca seria capaz de me aproveitar da sua amizade apenas por dinheiro. Eu sempre consegui me virar. -Ditou meio rude.
-Receber ajuda de um amigo não é algo errado, Taehyung. -Seokjin falou. -Eu trabalho para o Jungkook mas isso nunca nos impediu de sermos amigos, mesmo ele sendo de uma classe social acima da minha.
-O jeito dele pensar será sempre assim, não tem como fazê-lo mudar. -Jimin comentou pela primeira vez depois de um tempo, recebendo os olhares de todos. Por coincidência foi no mesmo momento em que Yoongi entrou na sala. Ambos se encararam e mantiveram-se assim até o mais velho de aproximar e sentar-se ao lado de Jungkook.
-Seu filho está na cozinha com a empregada. -Jimin assentiu. Taehyung suspirou fraco, antes de voltar a falar.
- Bogum estava parado na frente de um bar quando nos vimos pela primeira vez... -Jungkook arqueou as sobrancelhas. -Eu estava muito cansado por ter passado o dia inteiro na rua, então apenas entreguei meu currículo quando eu descobri que ele era o dono do local. -Narrava a história detalhadamente conforme a cena se passava em sua mente. -Mas ele apenas me disse que aquilo não era necessário e que o emprego já era meu. Eu achei aquilo estranho mas meu desespero para encontrar um emprego era maior do que a minha preocupação...
-Então quer dizer que você já trabalhou para Park Bogum? -Yoongi perguntou vendo o mais novo assentir.
-Eu comecei a trabalhar no dia seguinte. Ele pagava bem então eu gostava muito do emprego, mesmo sendo em um bar. Como eu era muito jovem eu não sabia o motivo para a minha avó ter saído daqui para irmos morar em Daegu, afinal ela tinha um bom emprego e eu gostava da cidade... Mas hoje eu entendo os motivos dela...
-Os seus pais. -Jungkook falou, recebendo um assentir em resposta. -Eu nunca imaginei que a senhora Kim fosse uma parente daquele casal, eu não lembro de já tê-la vista alguma vez, quando nossos pais ainda estavam vivos.
-Isso é por que ela nunca gostou dos status que a nossa família tinha. Ela chegou a me dizer que odiava toda a riqueza que os meus pais possuíam por que aquilo atraía ódio e inveja de pessoas perigosas... Então ela nunca ia nos eventos que os meus pais faziam. Foi o que ela me disse. -Outra pausa. -Como eu não fazia ideia de qual havia sido a morte dos meus pais Bogum acabou usando isso contra mim.
- O que ele fez?... -Seokjin perguntou, mesmo que já soubesse a resposta.
-Numa noite... Eu acabei ficando até tarde no bar, e ele ficou junto comigo. Não havia quase ninguém então ele insistiu para que eu fizesse uma pausa e se sentasse para beber alguma coisa com ele. E eu aceitei... -Taehyung agora permanecia de cabeça baixa, sentindo vergonha de si mesmo. -Aquela era a minha primeira vez tomando bebida alcoólica então ele conseguiu me fazer ficar bêbado com poucos copos. -Jimin ergueu a mão, segurando a de Taehyung, tentando tranquiliza-lo. Sabia que aquilo era muito difícil para o mesmo. O próprio Jimin chorou junto com o Kim quando ele o contou sobre tudo. -Eu só lembro de ter acordado ao lado dele na cama, no dia seguinte. -Jungkook cerrou o punho. -Eu não senti que tinha sido estuprado... Mas sabia que aquilo era errado então pedi demissão no mesmo dia. -Um nó foi se formando na garganta do Kim e ele sentia a dificuldade para falar subir cada vez mais. - Eu estava decidido a não vê-lo nunca mais depois daquela noite... Mas Bogum acabou desenvolvendo uma paixão doentia por mim... Ele me achou e... -Parou de falar.
-Você não precisa continuar se não quiser, Taehyung. - Jungkook ditou compreensível. Sua maior vontade naquele momento era abraçar o Kim fortemente e repetir várias vezes que tudo ficaria bem e que ele não precisaria se preocupar mais com nada.
-E-Eu não queria ter nada com ele... Mas ele conseguiu falsificar documentos... -O Kim prosseguiu, mesmo com os avisos do Jeon. -Disse que tinha provas contra a minha família. Qu-Que se eu não ficasse com ele a minha avó quem pagaria por isso...
-Que tipo de provas? -Seokjin indagou confuso.
-Ele me disse que as nossas famílias se conheciam, e ele conseguiu me provar isso... Depois disse que meus pais deviam bastante dinheiro para a família dele...
-E você acreditou? -O Kim assentiu. -Não pensou em tentar descobrir se era verdade ou não? -Seokjin já não desconfiava mais do mais novo por sentir que ele estava falando a verdade, mas ainda precisava saber de toda a história.
-Se eu tentasse ir contra ele o que acha que aconteceria?... Bogum tinha poder o suficiente para fazer qualquer coisa contra mim. E eu não tinha dinheiro para pagar um advogado.
-Entendo...
- Eu não consegui falar com a minha avó sobre aquilo, não tive coragem... Então apenas concordei em ficar com ele.
-Então quer dizer que ele obrigou você a ficar com ele. -Taehyung assentiu. -E como você fez para se afastar dele? -Seokjin indagou.
-No início eu não tinha medo dele... Apesar de estar sendo obrigado a ficar com ele eu não sentia medo ou ódio dele. Mas depois ele começou a agir estranho, espancava e ameaçava matar qualquer outro homem que se aproximava de mim no bar.
-Aquele filho da puta... Ele é um doente. -Yoongi ditou entredentes.
- Chegou a um momento em que ele não me deixava mais trabalhar... Então... -Novamente parou de falar. Seokjin, Yoongi e Jungkook já sabiam quais eram as palavras seguintes. -E-Eu tive que me prostituir. -Taehyung tomou coragem - mesmo que estivesse completamente envergonhado por estar falando sobre aquela parte humilhante de sua vida - e encarou Jungkook. - Ele disse que aquele seria o único jeito de continuar me dando dinheiro, apenas se eu dormisse com ele.
-Eu vou matar ele. Juro por Deus que vou! -Jungkook passou as mãos pelos cabelos de modo nervoso e irritado.
-Por favor... Eu não quero que façam nada por mim... Não quero que ninguém de envolva nisso. Esse problema é meu e eu sou o único quem pode resolver. -Jimin franziu o cenho, não entendendo a fala do melhor amigo.
-E o que você pensa em fazer, Taehyung? Voltar com aquele imbecil?! Se está cogitando essa idéia maluca nem pense que eu irei deixar! -Exclamou o Park.
-Eu também não vou deixar. -Jungkook falou firme.
-E o Yugyeom? Você conhece ele Taehyung? -O mais velho entre todos ali soltou a pergunta.
-Não, eu nunca o vi, mas cheguei a ouvir Bogum falando dele algumas vezes, mas isso foi a uns anos, então não me lembro direito. -Explicou, fazendo Seokjin assentir.
-Mas qual é o motivo para vocês quererem saber tanto sobre o Bogum e esse tal de Yugyeom? -Jimin perguntou fitando cada um dos três sentados a sua frente.
- Eu não sei se esse é o momento para... -Yoongi foi cortado.
-Não. Ele precisa saber... -Jungkook suspirou, novamente passando a mãos pelos cabelos. -Taehyung... A morte dos nossos pais... Não foi um acidente.
-O que? Como assim?
-Seu pai estava planejando fazer aquele evento na casa de vocês a alguns dias, e todo mundo da cidade sabia... Haviam muitas pessoas na sua casa naquela noite então é muito provável que alguém tenha conseguido entrar para causar o incêndio.
-O Bogum... Ele é um suspeito? -Jungkook assentiu e na mesma hora os olhos de Taehyung se arregalaram conforme se enchiam de lágrimas.
-Yoongi. -Seokjin fez um gesto para o Min e ele logo entendeu, ambos se levantando do sofá e Jimin fez o mesmo.
Os três saíram da sala, deixando Jungkook e Taehyung sozinhos. Ao entrarem na cozinha encontraram Hoseok sentado a mesa e Hyuna perto da pia. A mulher estava cortando uma galinha em cubículos quase perfeitos. Iria fazer estrogonofe para o jantar e aproveitou e presença da criança para agilizar sua tarefa. Seokjin e Yoongi se sentaram em volta do balcão e o mais velho pediu uma xícara de chá para a mulher que apenas assentiu, lavando as mãos e enxugando-as no pano de prato em seu ombro. Jimin se sentou na cadeira vazia ao lado do filho e Hoseok só deu atenção para o pai quando terminou a segunda fase do seu joguinho no tablet.
-Papai, e o tio Tae? Eu posso ver ele agora? -Yoongi virou a cabeça, prestando atenção na conversa entre o Park mais velho e o seu filho.
-Agora não, Hobi, ele está ocupado. Daqui a pouco você poderá vê-lo, uh? -Jimin sorriu forçado e Hoseok apenas balançou a cabeça positivamente.
- Papai, o tio Kook e o tio Yoon também vão poder cantar parabéns pra mim? Eu quero que eles comemorem meu aniversário comigo também. -Automaticamente Jimin olhou para o Min e os olhares de ambos se encontraram mais uma vez.
-Po-Podem sim. - Jimin desviou o olhar, sentindo-se estranho por ter ficado corado apenas por ter encarado o Min.
-Yoongi. -Seokjin semicerrou os olhos. -Yoongi!
-Que foi?
-Você ficou surdo? Eu estava te chamando. -O Min revirou os olhos. -Por Deus! Primeiro o Jungkook e agora você? É sério isso? -Questionou descrente. -Não vai me dizer que também está apaixonado? -Indagou num murmúrio.
- Para de dizer bobagens e fala logo, o que você quer? -O Kim lançou um olhar de desconfiança para o Min, porém não insistiu no assunto.
-Me empresta seu celular, eu preciso fazer uma ligação. -Pediu, dando um último gole no chá, deixando a xícara em cima do balcão e ficando em pé.
-Toma. -Yoongi entregou o seu celular para o amigo e Seokjin o pegou, saindo da cozinha.
-Papai, e o meu bolo? -Jimin arqueou as sobrancelhas, lembrando-se do bolo do filho que ainda estava em seu carro.
-Vamos esperar o Tae, está bem? Você não quer comer o bolo sem o tio Tae, quer? -Hoseok negou. -Eu vou lá buscar, fique aqui. -O rapaz se levantou e saiu da cozinha pela porta dos fundos. Passando por Seokjin que estava no corredor conversando com alguém no celular.
No lado de fora do casarão estava fazendo muito calor, o sol fez a cabeça do Park esquentar em poucos minutos, por esse motivo se apressou em pegar o bolo que estava no banco da frente de seu carro. Quando fechou a porta do mesmo acabou dando de cara com Yoongi e por pouco não se assustou.
-Você está bem?
-Estou. -Tentou passar pelo mais velho mas o Min segurou seu braço.
-Tem certeza que está? - Yoongi parecia preocupado mas Jimin preferiu acreditar que aquela era mais uma de suas provocações.
-O que foi? Agora vai baixar a guarda só por que me viu chorando? Eu não preciso da sua pena e falsa compreensão! Não finja se importar comigo apenas para que eu goste de você! -Puxou o braço com brutalidade e ficou de costas, para sair dali. Mas novamente seu braço foi puxado, mas dessa vez, sem delicadeza, e seu corpo foi prensado contra o carro. As mãos pálidas do Min segurando firmemente seus braços e por pouco Jimin não deixou a caixa com o bolo cair no chão.
-Acha que estou agindo assim por pena? Eu posso ser sarcástico o quanto for, mas eu nunca me aproveitaria de uma pessoa apenas por ela estar em um mal momento! Eu não sei o que deu em você mas se acha que me ofendendo vai te fazer se sentir melhor, que seja! -Yoongi soltou os braços do mais novo e se virou para partir, mas, dessa vez ele que fora impedido de ir. Jimin segurou seu pulso, o fazendo olhar para si, com um olhar sério.
-Me-Me desculpe... Eu... -Suspirou. -Hoje não está sendo um dia fácil para mim... Eu não queria ofende-lo, de verdade. -Aos poucos a expressão de seriedade no rosto do Min foi sumindo.
-Você não quer me dizer o que houve? Por que eu sei que você ter chorado daquele jeito não foi apenas por causa de Taehyung. -Jimin abaixou a cabeça. -Se estiver preicsando de ajuda com alguma coisa eu posso... -Foi cortado.
-Eu sinceramente não sei se quero falar sobre isso. -Ditou. -Apenas esqueça, ok? Vamos entrar. -Yoongi assentiu, seguindo o Park.
Conforme os dois iam em direção a casa o mais velho sentia que estava sendo observado e olhou em volta, tentando saber se havia alguém por ali. Parou de andar assim que viu um sombra entre as árvores. Ficou encarando até ter a certeza de que era algo de sua cabeça.
-Yoongi? -Jimin também parou de andar. -Por que parou? -Yoongi não respondeu.
-Você pode ir andando, eu preciso conferir algo. -Yoongi tirou a arma - que costumava carregar consigo para todos os lugares - da parte de trás da sua calça e começou a ir na direção onde viu a sombra. Jimin não se foi, continuou parado no mesmo lugar, olhando para o Min, com preocupação. Yoongi apressou-se ao ouvir movimentações e ao se aproximar o bastante fora surpreendido por um homem que saiu de trás das árvores, o homem era mais alto e mais musculoso que si e por essa vantagem ele conseguiu derrubar o Min no chão sem esforço algum. Jimin acabou derrubando o bolo no chão, pelo susto que levou.
-Yoongi! -Gritou. O homem desconhecido olhou na direção do Park e apontou a arma para si, mas antes mesmo que ele atirasse Yoongi foi mais rápido, chutando sua arma com toda a força possível. O desconhecido nem teve tempo de ficar surpreso com sua atitude. Afinal, uma pessoa normal ainda estaria de contorcendo de dor no chão se um brutamonte como aquele tivesse os derrubado. Mas Yoongi apesar da magreza e do tamanho do Min, ele sabia lutar perfeitamente, e mesmo que sentisse dor não iria desistir tão fácil assim. O homem tentou deferir soco atrás de soco no Min mas felizmente ele conseguiu desviar da maioria, conseguindo soca-lo algumas vezes. Jimin deu dois passos para frente, olhando desorientado para a cena de luta a sua frente, não sabendo o que fazer.
-Vai chamar o Jungkook!! -Yoongi gritou e o Park assentiu, correndo para longe dali.
O homem aproveitou a distração do rapaz para derruba-lo no chão novamente. Não seria surpresa alguma se ele vencesse a luta, afinal, ele era mais forte. Porém, Yoongi tentaria segura-lo até que o Jeon chegasse.
-Foi você quem atirou no Jungkook não foi? -Perguntou com dificuldade quando o homem apertou seu pescoço, conseguindo mudar as posições ao segurar a mão livre dele. Yoongi puxou o dedo do meio do homem e o quebrou, fazendo-o arregalar os olhos. Só que antes que pudesse tomar outra atitude o desconhecido desferiu um forte soco no seu nariz, fazendo o Min gemer de dor. O homem se levantou e rapidamente fugiu dali, deixando Yoongi caído no chão, com a mão no nariz que agora sangrava sem parar.
-Yoongi!! -Ouviu a voz de Jungkook soar alto e pouco tempo depois a imagem do amigo surgiu ao seu lado. -Merda! O que houve?!
-A-Atrás dele! Vai atrás dele! -Jungkook ignorou a ordem do amigo e apenas o ajudou a se levantar.
-Aquele desgraçado não deve ter ido muito longe, eu vou atrás dele. -Seokjin disse andando a passos largos até seu carro.
- Vamos lá pra dentro. -Jimin e Taehyung estavam próximos a porta, céticos com a situação toda.
-Eu posso andar sozinho, Jungkook. -Yoongi falou com certa dificuldade.
- O que aconteceu? -Taehyung perguntou preocupado quando o Jeon soltou o amigo.
- Alguém estava de olho na movimentação da casa... Acho que aquele desgraçado foi o mesmo que atirou no Jungkook outro dia.
- Não, a culpa é minha. Eu acho que ele me seguiu até aqui. -Jimin disse.
-A culpa não é sua... Disso eu tenho certeza. -Jungkook falou.
-E como sabe?
-Por que não é só atrás do Taehyung que o Bogum está...
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