(...)
Dean já havia superado a perda de seu melhor amigo e sua mente havia voltado aos eixos.
A barriga de Castiel crescia casa vez mais, logo os nove meses chegariam e seu pequeno Arthur viria ao mundo.
A sensação de estar grávido era algo inexplicável para Castiel. Ele gostava do pensamento de estar gerando uma vidinha dentro de si, mas ele não gostava de tudo o que passava... As dores, inchaços, cansaço, ele nem queria pensar na hora do parto. Talvez nem chegassem a ter outro bebê.
Diferente do irmão, Gabriel adorou tudo, levou as dores, inchaços, cansaço etc, como necessário para ter seus bebês. O baixinho sim, quer ter mais.
E falando nele, Gabriel estava bem diferente. Mais maduro, responsável, está um belo homem, parecendo muito seu pai Chuck.
Chuck e Theodore amaram os netinhos. Theodore agora os chama de “meus ursinhos”, pegou um chamego enorme com os bebês e disse que está ansioso para conhecer o pequeno Arthur.
William e Matthew, os bebês do trio Sabrifer, estavam saudáveis e bem gordinhos. Lúcifer e Samuel estavam toda bestas com seus filhos, se tornaram verdadeiros pais babões.
(...)
Mais um rápido mês se passou, era março e Castiel estava com seus oito meses e meio. O moreno sentia que ia explodir a qualquer momento.
Agora o cuidado era muito maior, Castiel fora avisado que a gravidez dele estava nem avançada, então o bebê poderia nascer a qualquer momento. Isso deixou Dean muito mais aflito, agora com a notícia de que seu filho poderia nascer a qualquer momento, o loiro não queria sair de perto de Castiel.
Castiel estava sentado no sofá da sala, assistindo a um programa qualquer. Não estava prestando muita atenção no que era passado na televisão. Ele estava pensando em seus sobrinhos, eram gêmeos não idênticos, os bebês eram muito a cara dos pais, e Castiel queria saber o que seu bebê puxaria de sua genética. Talvez seus cabelos negros ou seus olhos azuis.
Castiel também se lembrou de como a chegada dos bebês afetou Dante. Miguel e Jack não perceberam o que fizeram, mas Castiel sim, eles haviam meio que deixado Dante de lado, mesmo que involuntariamente.
O pequeno não esboçou reação alguma, apenas observou os dias passando e seus pais grudados com os novos bebês. Castiel sabia que Dante era inteligente o suficiente para não fazer birra por causa disso, mas como todo ser humano, uma hora deixamos nossa tristeza transparecer.
Castiel se lembrou do dia em que toda a família foi visitar o trio Sabrifer e seus bebês, e ele ouviu Dante conversando com seu pequeno ursinho, Olly. Ele dizia em como estava chateado por ter sido deixado de lado pelos seus papais, mas que entendia que todos adoravam bebês, e mesmo que ele estivesse bravo com isso, ele não faria birra a seus pais por medo de ser “devolvido”.
Castiel quando ouviu o menor dizer aquilo sentiu seu corpo todo tremer e uma sensação de culpa cair sobre si mesmo. Naquele momento Castiel entendeu que Dante era sensível, mas devido a algo que ocorreu no passado ele era todo reservado... Teria que conversar com Miguel e Jack a respeito.
Castiel suspirou ao lembrar disso, era triste ver uma criança agindo assim...
Depois de tanto pensar Castiel decidiu comer alguma coisa. Ficou cansado de ficar sentado, e sua fome lhe fez levantar.
Decidiu preparar um belo sanduíche, e como estava quase na hora de Dean chegar, preparou um para ele também.
A porta da casa se abriu, Dean chega em casa bem cansado.
— CAS! Cadê tu?
Dean seguiu pela casa a procura de Castiel, e encontrou seu marido na cozinha mordendo um belo pedaço de um sanduíche. Dean riu com a cena, Castiel mordia aquele sanduíche com tanta vontade, parecia que sua vida dependia daquilo.
— Oi, minha bolinha. – Dean disse indo abraçá-lo.
— A bolinha aqui é o seu filho. – Castiel disse com a boca cheia, uma cena fofa, porém desnecessária. — A propósito, eu fiz um para você.
Castiel se levantou e pegou o sanduíche de Dean na geladeira.
— Opa, obrigado, meu anjo, não precisava.
Comeram seus sanduíches enquanto conversavam sobre seu filho e sobre o trabalho. O casal até perdeu a noção do tempo conversando na cozinha, sempre gostaram de conversar.
Em meio a conversa Castiel se lembrou do assunto que pensara mais cedo. O fato de Dante estar se sentindo sozinho.
— Babe, não percebeu que o Dante anda meio solitário.
— Não, na verdade... Nem reparei, estava tão entretido com os bebês do trio... Eles são tudo fofinhos.
— Ninguém percebeu, só eu... Você eu até entendo, mas Miguel e Jack são os pais dele, eles simplesmente ignoraram a criança o dia inteiro naquele dia.
— Cas, foi só aquele dia, Dante fica o tempo todo com Miguel e Jack, tenho certeza que o Dante entende que quando os bebês chegam eles se tornam o centro das atenções por um tempo.
— Não sei não, Dean. – Castiel suspirou. — Mas vou acreditar que seja isso que você disse mesmo.
Continuaram conversando mais um pouco. Dean sentiu fome outra vez e preparou outro sanduíche.
Nisso, Castiel começou a sentir fortes chutes vindos do bebê. Ele não sentia uma dor intensa, mas era desconfortável.
O tempo foi passando e as dores só aumentando.
— Dean...
— Hum?
— Eu estou sentindo muita dor. – Castiel disse tentando não transparecer a forte dor que estava sentindo. De uns tempos para cá, Castiel começou a disfarçar as dores, com a ideia de que deveria ser forte.
Um líquido começou a sair de Castiel, e aí veio a confirmação... O bebê quer sair.
— Puta merda! O bebê quer nascer. – Castiel disse aflito.
— O que eu faço? – Dean estava perdido, não sabia nem por onde começar.
— E eu vou saber?
Dean então pegou Castiel nos braços e o levou até o carro. Voltou à casa e pegou algumas roupas, tanto para Castiel, quando para o bebê.
Voltando para o carro, Castiel estava aflito. As contrações não estavam tão fortes, mas a ideia de que seu filho estava querendo nascer o deixou doido.
Assim que Dean voltou ao carro, Castiel sorriu vendo a dedicação e o desespero de seu marido. Isso mostrava que Dean estava tão aflito quanto ele.
(...)
No hospital, Dean andava de um lado para o outro. Mais de seis horas já haviam passado e nada de notícias do Castiel.
A família estava toda reunida no hospital. Com excessão de Gabriel e Jack que ficaram em casa cuidando das crianças.
— Mas que merda! – esbravejou Theodore socando a parede. — Por que não dão notícias do meu filho?
Chuck se levantou e passou a mão nas costas de Theo. Agora os filhos Novak's chamavam Theodore de pai, e Theodore os chamava de filhos, o que deixava Chuck muito feliz.
— Fica calmo, Theo. Tenho certeza de que está tudo bem com Castiel.
Os olhos de Theo estavam começando a brilhar, a respiração dele ficou pesada, o que indicava que ele estava segurando o choro. Sim, Theodore é muito sentimental.
— Oh, meu anjo, não chora, por favor. – Chuck o abraçou.
Chuck também estava com uma enorme vontade de chorar, mas precisava ser forte por seu filho, e por todos ali naquela sala de espera. Ele não conseguia imaginar perder um de seus filhos.
Um médico se aproximava de onde o grupo estava.
— Os senhores são parentes de Castiel Winchester Novak?
— Sim, somos.
— O paciente e o bebê estão bem. Tivemos umas complicações, mas ocorreu tudo certo.
Todos na sala suspiraram aliviados.
— Podemos vê-los? – Theodore perguntou.
— O Senhor Castiel ainda está um pouco fraco devido a toda a força que ele foi obrigado a usar, mas podem sim.
Foram todos até o quarto onde Castiel estava. Castiel estava acordado, e o médico sugeriu não fazer muita baderna.
— Oi amor... – Castiel disse fraco.
Castiel estava deitado na cama, um pouco pálido e abatido.
— Meu anjinho... – Dean lhe deu um beijo. — Fiquei tão preocupado com você e com nosso menino.
— Ele está bem... Arthur...
— Não o vi ainda.
Assim que Dean terminou de falar, uma enfermeira entra no quarto segurando nosso bebê.
— Olá papais, alguém quer ver vocês. – a moça disse sorrindo.
Ela levou o bebê até a cama onde o casal estava, e entregou o bebê enrolado em um cobertorzinho azul.
Era um lindo menininho.
— Como ele é lindinho. – disse Dean.
— Bom... Ele tem o mesmo rosto de bebês nascidos. –Castiel disse
Dean estava todo bobo, mal conseguia raciocinar. Finalmente estava com seu bebezinho no colo.
Era como se naquele dia, a vida de Dean tivesse ganho um sentido a mais, como se tudo tivesse mudado, e para melhor.
O Winchester não sabia se sorria, se chorava, se brincava com o neném, ou dava atenção para Castiel.
— E-Eu... Não sei nem o que dizer... Não sei o que fazer. – Dean disse com os olhos brilhando.
O bebê abriu os olhinhos e sorriu quando viu o rosto de seus papais. Dean e Castiel quase derreteram com aquela cena. Arthur possuía olhos verdes, assim como seu pai Dean.
Um tempo se passou e o resto da tropa entrou no quarto para ver o mais novo membro da família.
Gabriel e Jack já entraram fazendo algazarra.
— Cadê o meu sobrinho? – Gabe entrou correndo. — Aí, meu Deus, como ele é lindinho!
— Pensei que estava em sua casa com Jack cuidando das crianças. – disse Dean
— Eu estava, mas eu não ia perder a chance de conhecer meu sobrinho.
Aquele restinho de tempo foi focado em apenas isso. Paparicar o mais novo membro da família.
(...)
Três dias depois
Finalmente Castiel e seu bebê foram liberados do hospital. Mesmo tendo nascido um pouco antes do prazo, Arthur nasceu forte e saudável.
Castiel estava dando mamadeira para Arthur, com uma mistura especial para bebês recém nascidos. Por mais que Castiel tenha engravidado, e tudo mais, ele não produz o leite, sendo impossibilitado de amamentar.
— Cheguei para levar meus amores para casa. – Dean entrou no quarto todo sorridente. Ele carregava duas malas, a do bebê e a de Castiel. — Ah, meu Deus, que cena mais cute.
— Eu estou hipnotizado por esses lindos olhos verdes. – Castiel dissera ao ver Arthur abrir os olhos.
— Ele tem os meus olhos. Não ficava hipnotizado quando me olhavam? – Dean perguntou bicudo, como sempre.
— Claro que não. – Castiel sorriu. — Bobão.
(...)
Chegaram em casa. O bebê havia dormido na metade do caminho.
Castiel já foi direto para o quarto do bebê colocá-lo no berço. Foi inevitável para Castiel não sorrir ao ver seu filhote dormindo serenamente. Deu um beijinho na testa do pequeno e saiu do quarto.
Castiel estava exausto, não sabia de onde havia tirado for as para subir as escadas e levar o bebê até o quarto. Tudo o que queria era tomar um banho, trocar de roupa e capotar.
Depois de sair do quarto do bebê, Castiel seguiu direto para seu quarto. Entrando lá, se deparou com Dean sem camisa abaixado procurando alguma coisa nas portas de baixo, do armário.
— Que delícia, em. – Castiel disse sorrindo maliciosamente depois de assobiar.
— Se quiser provar, sou todo seu.
— Não, misericórdia, tô morto de cansaço, e todo dolorido. Só quero descansar.
Castiel foi tomar banho, enquanto Dean se vestia e os para a cozinha preparar o jantar.
(...)
— Nossa, isso está bom demais, Dean. – Castiel provava o macarrão com almôndegas que seu marido havia feito.
Dean iria responder, mas um chorinho recentemente conhecido, e adorado por ambos, alertou-os.
— Eu vou buscá-lo, pode terminar de comer, amor. – Dean disse de levantando.
Ao entrar no quarto, o coração de Dean murchou ao ver seu bebezinho chorando. Ele sabia que isso era completamente normal, mas ainda assim, vê-lo nesse desespero todo o deixou de coração partido.
— Oh, meu bebezinho, por que você tá cuidando? Hum? – Dean o pegou no colo e então descobriu o problema. — Uau... Acho que achamos o problema... Ui...
(...)
Agora o bebezinho estava de banho tomado. Dean resolveu não apenas trocar a fralda, e sim dar um banho no bebê.
O Winchester voltou para a cozinha com o filhote no colo, encontrando Castiel lavando a louça.
— O que o Senhor pensa que está fazendo?
— Lavando a louça, ué. – Castiel respondeu e sorriu ao ver seu marido segurando seu bebê.
— Meu anjo, você não pode fazer esforço.
— Relaxa, pudim, é só uma louça, e sabe que eu sou resistente a dor.
Dean decidiu não discutir, Castiel era irredutível.
Castiel terminou de lavar a louça, secou suas mãos e foi em direção a onde seu marido está sentado.
— Oh, meu Deus do céu, que neném mais fofo. – Castiel disse vendo seu neném tentando chupando dedo. — Vem cá com o papai.
Enquanto Castiel brincava com seu bebê no colo, Dean foi preparar a mamadeira dele.
O resto do dia de baseou no casal brincando com o novo integrante da família.
(...)
Chuck e Theodore
O casal estava aproveitando sua noite, como podiam. Conversavam sobre a vida, sobre a família, e outros assuntos.
— Ah, Theo, eu me sinto tão realizado vendo meus bebês com seus bebês e suas vidas próprias e bem formadas. – Chuck dizia enquanto alisava o peitoral peludo de Theodore.
— Imagino como se sinta. Me orgulho muito observando os meninos. – Theodore sorriu olhando para seu marido. — Sabe, aqueles meninos são tudo para mim.
— Ownt, que lindo, mas e eu?
— Você também, meu amor.
Theodore alisou a barba de Chuck, que o deixava com um ar sexy e tentador. Chuck agora usava óculos, e deixou a barba crescer, ficando um belo homem. Gabriel está idêntico ao pai, agora é necessitado a usar óculos e também deixou a barba crescer.
Theo não mudou muito, está mais musculoso, e agora possuí alguns fios brancos.
— Sabe, depois que minha mulher me traiu, eu deixei de acreditar no amor que não fosse relacionados a família. – dizia Chuck. — Eu entrei em uma profunda tristeza, acreditando que o motivo de meu casamento não ter dado certo, era eu. Muitas vezes eu chorei no chuveiro, pelo menos lá eu podia disfarçar minhas lágrimas, e assim não preocuparia meus filhos.
— Sério? Por que nunca me contou? – perguntou Theodore.
— Não era algo relevante. Eu quase entrei em depressão por isso. – Chuck dizia com certa tristeza. — Castiel percebeu que eu acabei emagrecendo, surgiram algumas olheiras... Foi um horror.
Theodore estava triste ouvindo isso. Só de imaginar seu anjo passando por tudo isso, por causa de uma retardada qualquer que o trocou por um outro qualquer, o matava por dentro.
— Mas aí... Um gigante gostosão dos olhos coloridos apareceu na minha empresa e me encantou. – Chuck sorriu e beijou Theo. — E ai, tudo mudou. Esses olhos azul e verde mudaram minha vida, e eu entendi que o amor existe sim.
— Ain... Não vou chorar... Não vou chorar... Não vou chorar... – Theo já ia formando um biquinho e seus olhos já marejavam.
— Não chore mesmo não.
— Love you.
— Love you too, angel.
(...)
Era de manhã, e Chuck acordou, feliz da vida. Para ele era maravilhoso acordar todos os dias e ver o homem de sua vida ao seu lado.
Depois da conversa que tiveram ontem, o resto da noite foi bem quente... Sério.
— Acorda, meu bebê. – Chuck dava beijos no ombro de Theodore. Abraçou-o pela cintura juntando mais seus corpos. — Bom dia.
— Bom dia...
— Sabe que dia é hoje? – perguntou Chuck sorridente
— Quarta-feira?
— Não, bobinho, é seu aniversário.
— Ih, é mesmo.
— Como assim você não se lembrou do próprio aniversário? – Chuck perguntou.
— Bom, não é uma data importante.
Chuck ficou confuso e chocado com a resposta do marido, até se sentou na cama.
— Como assim?
Theodore pareceu ficar pensativo e não respondeu Chuck.
— Amor, me responde.
— E-Eu... Eu não gosto de lembrar... – Theodore olhou para Chuck.
Theodore estava chorando.
(...)
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