Uma semana de luto, uma semana que tento sobreviver com a dor que se alastrou em meu peito que corrói todo meu coração.
Eu só sobrevivo não tenho vontade de comer nada, mas Dinah não acha que minha vontade seja algo a se seguir a risca, sempre de uma em uma hora ela vem para perto de mim e enfia comida na minha boca e me faz comer por bem ou por mal.
-Chan a Sinuh ligou falando que o advogado do seu pai quer falar com vocês duas por causa do testamento do seu pai.
Começo a rir sarcasticamente e pego meu copo de uísque virando todo o liquido garganta a baixo.
-Ela só ligou porque precisa de mim para abrir a maldita carta do testamento.
-Sim Chancho eu sei, mas se chamou você é porque seu pai queria você lá.
-Quando? – Pergunto sem interesse.
-Hoje, bem melhor falando daqui à uma hora.
-Tudo bem, e Chee.. Como está a minha pequena? – Pergunto com tristeza.
-Ela está bem, quando você se reerguer eu vou lá buscar ela.
Três longos dias que estou longe da minha pequena, eu estou tão deploravelmente ruim que as meninas acharam melhor a Lauren ir para a casa da mãe dela.
Isso me machucou bastante, mas eu sei que isso era para o bem dela para que eu não a machucasse verbalmente como tenho certeza que fiz com a Demi.
Sei que ela fez de tudo pelo meu pai, mas meu lado irracional a culpou por não ter feito muito mais, eu vi a magoa nos olhos dela mesmo assim ela não saiu do meu lado e cuidou de mim junto das meninas.
-Eu quero que você e a Demi vá comigo Chee. – Peço olhando em seus olhos.
-Tudo bem eu ligarei para ela e logo vamos.
-Onde será a reunião?
-Na empresa Chan.
Suspiro e vou ao meu quarto, pego uma calça jeans escura e uma blusa de manga cumprida preta.
Me visto e pego meus coturnos os calçando e saio do quarto indo para sala dando de cara com a Dinah que me esperava pacientemente.
-Vamos? – Pergunta se levantando.
-Claro.
Saímos de casa e entramos no carro dela já que elas não queriam que eu dirigisse por um tempo.
Ela dirigiu com calma até a empresa que na certa seria agora da Sinuh, chegamos depois de mais de cinquenta minutos, nota mental nunca deixar a Dinah dirigir de novo.
Chegamos à empresa e ela estaciona numa vaga perto do elevador saio do carro e vou em direção ao elevador que estava aberto e entro no mesmo e seguro a porta para a Dinah que estava travando a lata velha, ela logo entra no elevador e eu solto a porta apertando o botão do andar da administração da empresa.
O elevador começa a andar até que rapidamente e logo parou, quando as portas se abriram do de cara com a Hailee que quando me viu me olhou com pena e isso só fez minha raiva aumentar ainda mais.
-Senhorita Cabello meus pêsames bem a senhora Cabello está te esperando na sala de reuniões junto do advogado e da sua amiga medica.
Aceno com a cabeça e me dirijo à sala de reuniões, quando entro vejo Sinuh sentada na cadeira que pertencia a meu pai e o advogado do seu lado esquerdo do lado direito algumas cadeiras longe estava Demi.
Vou até o lado direito e me sento perto da Demi e Dinah se senta do meu lado.
-Bem já que as partes estão aqui eu irei fazer a leitura do testamento do senhor Alejandro Cabello que estava em suas plenas faculdades mental quando o fez.
“Eu Alejandro Cabello venho por meio desse testamento falar minhas vontades quando eu me for, começo deixando claro que nada que aqui está escrito poderá ser revogado como eu mesmo pesquisei e fui atrás.
Deixo para minha querida sobrinha de coração Dinah Jane Hansen meu mustang 70, que você faça bom uso dele e jogue aquela lata velha que você tem no ferro velho para o bem da senhorita Kordei e de qualquer outra pessoa.
Agora para a minha querida mulher Sinuh Cabello deixo a conta da Bahamas que contem mais de cento e cinquenta milhões de dólares, que esse dinheiro faça por você oque você não pode encontrar em mim.
Para a minha pequena Karla Camila Cabello deixo a Multinacional C.C Cabello e todas as minhas outras empresas e também deixo para você minha pequena Kaki todas as propriedades que eu tinha em meu nome e também minhas principais contas que tenho no país e no exterior.
E para a minha futura nora eu deixo uma carta que será entregue pelo meu advogado.”
O advogado termina de ler o testamento e o silencio paira no ar.
-ISSO É UMA BRINCADEIRA? – Pergunta Sinuh se levantando.
-Não senhora Cabello, quando o senhor Alejandro Cabello fez esse testamento eu estava presente e ele estava bem certo do que estava fazendo, agora isso daqui pertence a você senhorita Hansen. – Fala entregando a chave do mustang para a Dinah.
Me levanto e vou até a porta a abrindo quando ia sair uma mão me para.
-Você não vai levar tudo de mim Karla. – Fala Sinuh com raiva nos olhos.
Sinto uma fúria sobre-humana e a empurro na parede olhando em seus olhos que agora só tinha medo.
-Você estragou minha vida, infernizou meu pai e agora quer sair daqui carregando tudo que era dele? – Pergunto a segurando pela blusa. – Honre a memoria dele uma única vez e pare de ser mesquinha, um dia se precisar de mim eu irei te escorraçar da minha vida. – Falo a soltando.
Saio da sala e vou até a sala do meu pai entrando na mesma e trancando a porta, tudo aqui me lembra ele, seus charutos que sempre ficavam expostos seus uísques caros, e varias fotos minhas e dele.
Sento na sua cadeira e deixo as lagrimas banhando meu rosto me levanto e sirvo uma dose de uísque e volto para a cadeira deixando meu corpo largado na mesma.
-A você papai, que de onde estiver sinta orgulho de mim.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.