Hoseok POV
Faz algum tempo que nos separamos dos outros em busca de... nem eu mesmo sei o que é! Nem sei porque estamos aqui ao certo, apenas sei que o Lee está à procura de algo.
"Lee, estamos aqui faz uns 15min e nada! Tens a certeza que tem aqui alguma coisa?" pronunciei-me já perdendo a paciência.
"Eu sei que tem aqui alguém!" respondeu continuando a andar.
"Jin, tu consegues ver alguma?" perguntei.
"Eu até agora não vi na-" começou, mas não terminou o que ia falar, iniciando um leve silêncio que não durou muito tempo "ESPEREM!" gritou assustando-nos a todos "E-eu estou a ver qualquer coisa!" falou.
"O quê? Onde?" falou o Daesung.
"Vocês vão ter que virar à direita no próximo corredor que vos aparecer e-e... abrir a 3ª porta da esquerda, número 283! Vão que não tem ninguém por ai." e assim que acabou de falar, desatamos a correr em direção à tal sala que o Jin nos disse.
Quando lá chegamos, deparamonos com uma porta entreaberta, e no interior era possível ver que não possuia qualquer outro tipo de luz.
"Tens a certeza que é aqui?" perguntei.
"Absoluta, e deixa de ser medroso Hoseok!" respondeu o Jin.
Enfim, nós abrimos a porta, e à medida que íamos abrindo, a luminosidade do corredor acabava por iluminar um pouco o cómodo escuro, permitindo-nos ter alguma visão do interior.
O Lee esteve certo o tempo todo... lá dentro nós conseguimos ver um outro híbrido deitado no chão, e parecia estar desacordado. Assim que tivemos a certeza que era realmente o que parecia, no caso, um híbrido desmaiado e a precisar de ajuda, nós logo corremos para o socorrer.
"Ele está a respirar, mas a pulsação dele está meio fraca. Nós temos de o tirar daqui!" falou o Daesung depois de analisar o híbrido desmaiado "Lee, tu sabes quem ele é?"
"Eu não sei, hyung..." respondeu.
"Jin, nós precisamos de sair daqui o mais rápido possível!" falei, começando a perceber a inquietação do Daesung.
"Eu estou a ver o caminho mais rápido para vocês saírem daí... um momento..." começou o Jin, calando-se em seguida, pronunciando-se um pouco depois "Já encontrei o caminho, vocês estão prontos?"
"Lee, leva isto." disse estendendo a minha arma ao mesmo citado, que logo segurou.
"ESTÁS DOIDO?" gritou o Daesung " O Lee não vai pegar nisso!" falou, tirando a arma das mãos do mesmo.
"Então como pensas levá-lo lá pra fora?" perguntei apontando para o híbrido no chão "Eu estava a pensar em carregá-lo até lá fora, mas não posso fazer isso com a arma, por isso é que o Lee a vai levar, mas se tiveres uma ideia melhor eu estou aqui para ouvi-la." terminei encarando o Daesung, que nem se pronunciou "Foi o que eu pensei!"
Enquanto eu carregava o híbrido nos braços, e ouvia as indicações do Jin para sairmos dalí, acabri por me perder um pouco nas feições do menor no meu colo... ele é bem fofo, e a minha vontade é de o proteger de tudo e todos... isso fez-me pensar como é que alguém seria capaz de o magoar.
Aos poucos, fui capaz de o sentir remexer-se no meu peito, e pude sentir o seu corpo a tremer... ele devia estar cheio de frio... tão fofo.
"HOSEOK!" ouvi o Yoongi gritar nos meus ouvidos.
"AISH! Pra que é que foi isso?" perguntei indignado.
"Olha peço desculpa, mas já era pr'aí a 5ª vez que eu te estava a chamar." falou ele.
"Desculpa, ok?" completei.
"Vamos tratar desse pequenote..." disse o Dae, logo tirando-o do meu colo, e levando-o para o interior da carrinha, para tratar dos ferimentos do pequeno híbrido.
Seung Hyun POV
Lá dentro, estava o Jay, encostado a uma parede e o seu olhar rondava eu e o Ji... o Ji... o meu Ji!
Quando finalmente pude ver o meu Ji novamente, eu nem queria acreditar no que via... o Ji estava no meio da sala, com os braços presos a correntes que o seguravam, fazendo com que o seu corpo ficasse meio suspenso no ar, só que em pontas dos pés... ele tinha as suas roupas totalmente encharcadas, e sujas de sangue, assim como todo o seu corpo, inclusive os seus cabelos e caudas num tom esverdeado, agora, levemente desbotado. O sangue escorria das diversas feridas que estavam expostas ao meu olhar.
Felizmente ou infelizmente, eu não conseguia ver o seu rosto, pois se o visse eu ia chorar mais por vê-lo naquele estado do que já chorava.
Assim que olhei diretamente nos olhos do Jay, limpei os vestígios de qualquer lágrima, e apontei a minha arma na sua direção, aproximando-me levemente.
"Vejam só quem decidiu juntar-se à festa." falou o Jay com deboche, levantando-se e dirigindo-se para o lado do Ji.
"Tu... eu nunca pensei que no final fosses tu... poderia ser qualquer pessoa, que a última que eu me ia lembrar ias ser tu!" falei enquanto apontava a arma diretamente para ele, e ele não demonstrava qualquer reação.
"Vamos conversar como pessoas civilizadas... faz muito tempo que não pomos a conversa em dia." continuou a falar como se tudo o que se estava a passar fosse apenas mais um encontro numa segunda de manhã na faculdade.
"Tu não penses que isto vai ser assim..." comecei "... primeiro, levas-me a coisa mais importante da minha vida... segundo, torturas o Ji e depois ainda me pedes para ser civilizado?" continuei, aproximando-me mais dele.
"Não, não, não... onde é que pensas que vais com essa coisa?" perguntou apontando para a arma.
"Isto? Não te interessa! Agora... SOLTA O JI!" falei perdendo a paciência.
"Senão o quê?" falou rindo em seguida.
"Tu não me provoques!"
"Tu achas mesmo que eu já não estava à tua espera?" começou "Sinceramente, eu estou até desapontado contigo... pensei que fosses mais inteligente e que percebesses que eu também estou preparado..." falou mostrando uma seringa, que ao que parecia ter algo dentro "Agora tudo depende de ti, Seung Hyun... qualquer coisa que faças de errado, o Jiyong vai passar a ter uma boa noite de sono." debochou, rindo alto em seguida.
"Tu não estás sozinho que eu sei... tu não és assim tão esperto para fazer um plano como este."
"Tens razão... mas isso realmente interessate agora?" perguntou, passando o bico da seringa do pescoço do Ji.
"Filho da puta!" exclamei.
"Ai, ai, Seung Hyun... é melhor começares a colaborar, senão temos aqui alguém que vai sofrer as consequências." falou abanando as correntes que seguravam o Ji "Agora... abaixa a arma e vamos conversar." falou, e eu obedeci, não estava em posição de arriscar.
"O que é que tu queres?" perguntei.
"Eu não, nós queremos!"
"Nós?" perguntei.
"Sim... eu e o meu pai não gostamos muito quando tu guardaste o Jiyong e o escondeste." começou "Nós queremos que te vás embora e não voltes nunca mais!"
"Então foi o teu pai que armou isto tudo?" ele assentiu positivamente "E onde é que ele está?"
"Bem longe daqui, mas não te preocupes que ele está a ver agora mesmo..."
"Vocês são uns psicopatas!"
"Eu prefiro antes, visionários." falou "Pensa nas coisas que as pessoas vão dizer de nós quando souberem que graças ao nosso trabalho, os híbridos poderam viver em sociedade."
"VOCÊS NÃO FIZERAM NADA!" berrei "Vocês limitaram-se a espalhar uma mentira e querem parecer os maiores sem terem feito nada!" falei dando ênfase na palavra nada.
"Mas nós fizemos... nem imaginas o trabalho que nos deu guardar esta peste durante 5 dias... este animal ia-me arrancando a mão!" falou dando ênfase nas palavras peste e animal.
"Eu não admito que fales assim do Ji!" falei.
"Mas é o que ele é! Um animal, e nunca será mais do que isso!" concluiu rindo em seguida, mas quando eu me ia aproximar deles, ele ficou sério de novo, e apontou a ponta da seringa para o pescoço do Ji "Para trás, ou sabes o que vai acontecer."
Eu não sabia o que fazer, eu precisava de me acalmar ou ainda ia dar muita merda. Aos poucos, fui normalizando a mina respiração, enquanto pensava num plano e foi aí que tudo se clarificou.
O Jay é como eu, se o provocar, ele vai querer partir para cima de mim ao soco, e é aí que eu o apanho. Só preciso de um dardo, e adivinhem?... tenho 10 comigo.
"És mesmo um cobarde... nem sequer consegues cuidar de mim, só usando o Ji. Tenho pena de ti."
"Eu sei o que estás a tentar fazer e não vai-" eu nem o deixei acabar de falar, pois antes que ele acabasse a frase, eu pronunciei-me.
"Sabes, eu até entendo... sempre a viver na sombra dos outros por nunca fazeres nada bem. Dá pena sabes."
"Cala-te."
"Eu aposto que isto tudo é apenas mais uma das tuas formas infantis para teres atenção." continuei.
"Cala-te!"
"Coitado... até o Ji consegui humilhar-te." debochei, ele estava vermelho de tanta raiva, e eu sabia que não ia durar muito para ele partir para cima de mim "És tão fraco que levas apanhas até de uma pessoa que nem uma mosca consegue matar." falei dando ênfase na palavra pessoa, porque sim, o Ji é uma pessoa, quer ele queira quer não!
"CALA-TE!" falou, e como previ, ele soltou o Ji, partindo para cima de mim, desferindo socos em mim.
Ele tentava acertar-me os socos e pontapés, mas de nada serviu, já que eu me desviei de todos, e quando eu o apanhei desprevenido, preguei-lhe uma rasteira e ele caiu de costas no chão, e eu aproveitei o facto de ele estar ligeiramente confuso, e cravei o dardo na perna dele.
"Bons sonhos!" falei, e ele adormeceu em seguida.
Assim que tive a certeza que ele estava inconsciente, procurei nos seus bolsos a chave que abria as correntes que seguravam o Ji, encontrando-a momentos depois.
Em seguida, corri em direção ao Ji, segurando-o para que quando eu o soltasse ele não caisse não chão, e assim que o soltei, deixei-me cair, sentando-me no chão com ele no colo, abraçando-o fortemente tentando transmitir-lhe algum tipo de calor.
Agora sim eu pude ver o seu rosto... ele tinha olheiras muito escuras, resultado das muitas noites passadas em branco, e tinha a cara levemente avermelhada, pelas horas que sofreu de dores, e que eseve a chorar. Ele tinha também um corte no lábio, outro na testa do lado esquerdo e por fim, outro na orelha direita. Eu sentia uma enorme vontade de chorar ao ver aquela cena, e foi isso que eu fiz...
...chorei de tristeza, por ver o quão mau ele estava... chorei de alegria, pois finalmente o tinha de volta nos meus braços...
Fiquei um tempo assim, apenas a apreciar a sua beleza, antes de me levantar, e sair daquele cómodo, deparando-me com o Namjoon e o Youngbae à minha espera na porta.
"Pronto para ir embora?" perguntou o Youngbae.
"É o que eu mais quero agora..." respondi e começamos a andar.
"Vamos para casa... amor..." sussurrei-lhe ao ouvido pouco me importando se ele me ouvia ou não, mas o meu coração aqueceu-se ao ver um doce sorriso nso seus lábios.
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