História My little innocent Hybrid - A vida é feita de surpresas..

A vida é feita de surpresas, onde sua missão é viver. Alguns momentos podem durar tão pouco e ficar na sua memória por muito tempo; algumas pessoas podem fazer muito pouca parte da sua vida e ser considerada para sempre. Imagino um dia em que todas as pessoas tivessem o direito de ser feliz..

Jimin se encontrava aos prantos. Não sabia onde estava, com quem estava, e nem o que pretendiam fazer consigo. Amarrado em um poste de madeira, dentro de um cômodo do lugar em que estava. Era vazio e frio.

Ele estava em pé, apenas os braços amarrados, e a cabeça abaixada deixando as lágrimas caírem no chão. Já havia gritado, esperniado, pedido ajuda, mas nada. Era inútil tudo que tentava fazer. Ninguém o escutaria pois aparentava estar muito longe de onde é sua casa.

Casa; Jungkook. Como sentia falta do mais velho. Seu lindo dono, a pessoa que mais ama. Este estava assustado, depois de perceber a demora de Jimin no banheiro e não o encontrar mais lá, ficou desesperado. Perguntou a todos se não haviam visto um garoto menor que si - nem tanto - de orelha e rabinho, e cabelo cor de rosa. Ninguém soube responder, e ele foi para casa ainda na esperança de seu pequeno estar lá. Mas claramente não estava.

Jungkook não desistiu. Extremamente raivoso, lembrou dos caras que foram na direção do banheiro depois de seu pequeno, mas não achou que fossem importantes. Aliás, eles saíram de lá em alguns minutos, e voltaram para suas mesas normalmente. Excluiu a possibilidade deles serem suspeitos..

Ligou para Yurin e os outros meninos dizendo que seu bebê sumiu. Todos ficaram agitados com a notícia, o pânico no rosto de cada um era visível, e o pensamento de quem alguém poderia fazer mau a Jimin assustava-os, principalmente o melhor amigo deste, Kim Taehyung.

— FInalmente eu te encontrei! — um homem totalmente de preto atravessou a porta, olhando para Jimin com um sorriso nos lábios. — Sabe quanto tempo eu esperei por esse momento, Jimin?

— O que quer do Jimin? — Jimin estava com medo; tremendo não só pelo vento frio que entrava pela janela.

— Quinze anos. — ignorou a pergunta do menor e continuou. — Dois anos depois que descobri que você nasceu. Eu esperei tanto por esse momento, tantas noites mal dormidas pensando nesse dia, pensando no que faria ao te encontrar, pensando.. em você. — na última palavra, levantou o rosto de Jimin e o segurou, apertando-o enquanto mais lágrimas caíam.

Seus olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Olhar para a cara daquele homem a qual não conhecia, o fazia se perguntar o que havia feito de errado para estar ali.

— Por sua culpa, a minha vida foi arruinada. Por causa do seu nascimento, seu miserável. — literalmente cospiu na cara de Jimin e soltou seu rosto brutalmente, fazendo-o bater a cabeça - mesmo que fraco - no poste a qual estava amarrado.

— Jimin sente muito. — falou voltando a abaixar a cabeça.

— Você nem sabe o que fez, nem a metade. Você é horrível, olhe para você, um humano meio gato. Você me enoja tanto, uma vergonha. Ainda não sei como sua mãe te amava, mas.. — foi até os homens que estavam na porta, e pegou deles uma faca afiada. — Você pode perguntar a ela por mim, quando a encontrar no inferno. — e levou a faca até a coxa do gatinho, a cortando, cortando junto a calça que usava.

Jimin deu um pulo pelo susto que tomou. Foi tão rápido que nem doeu, e o homem percebendo isso, chamou os outros dois que estavam na porta.

— Tirem a calça dele! — ordenou com o semblante sério. Não demoraram para fazer o que foi pedido; abaixaram e as tiraram do baixinho.

Como do primeiro ato; o corte, repetiu e repetiu o mesmo, agora mais profundo e em outras partes do corpo. Acertando seus braços e canela, dessa vez Jimin não deixou de gritar, a dor era muito forte.

Acertou sua bochecha; todas as partes da coxa. Ele levantou sua blusa e cortou sua barriga também. O pequeno sofria, esperniava, pedia para parar, e parecia piorar ainda mais.

Sua mente por um momento voltou em Jungkook, seu coelho. Pensava que agora ele poderia estar chorando, do jeito que já o conhecia, e isso lhe destruia por dentro. Estava perdendo muito sangue, e sentia seu olhos pesarem assim como o seu corpo. Tentou levantar a cabeça e olhar para aquele que lhe feria e tudo só passava de um borrão. Ao perceber o estado de Jimin, o homem parou o que fazia.

O gatinho sentia que suas pernas não o aguentariam mais e deixou seu corpo cair e ele ficar de joelhos no chão, fazendo-o ralar o braço na madeira enfarpada que estava amarrado. Seus olhos se fecharam; ele não sentia mais a dor dos cortes, e no fundo, ele pode escutar a voz de seu amor..

Nem tudo está perdido. Se você puder me ouvir, saiba que eu estou com você. Por favor não desista de lutar!