Assim que passei pela porta de correr nos fundos da clínica e ouvi todos aqueles latidos e pequenos miados animados me cumprimentando, um sorriso se instalou no meu rosto imediatamente. Com certeza o canil era um dos meus lugares favoritos em todo o prédio, em que os pequenos (ou grandes) animais se mantinham em recuperação de pequenos procedimentos e cirurgias complexas que demandavam a supervisão frequente, ou apenas foram resgatados das ruas e não tinham um lar ainda. Para esses, a casa de adoção tinha uma parceria conosco e se esforçava na publicidade para incentivar as pessoas da vizinhança a adotarem um animalzinho. Não conseguia identificar o porquê, mas achava a minha sala de consulta um lugar um tanto quanto deprimente; eu apenas via os animais feridos, sentindo dor e sofrendo com algo. Obviamente, era meu trabalho colocá-los de volta em perfeito estado, e passar por aquela área me trazia novamente a certeza de que eu realmente amava o que eu fazia.
Passei por cada segmento gradeado, cumprimentando os animaizinhos que ficavam em pé com as caudas balançando e esperando um carinho no topo da cabeça. Os funcionários da clínica tinham um sistema para identificar cada um deles, colocando uma bandana ou fita com o nome de cada um, mas como eu já era assíduo ali, sabia bem o nome de todos, até dos recém-chegados. Quando um era adotado, levado por seu dono, ou infelizmente falecia, colocávamos o seu nome em um pequeno mural perto das rações, já que eles eram as nossas verdadeiras estrelas. Todos tinham um carinho muito especial pelos animais ali, sendo uma visita passageira ou até os últimos suspiros, o que me fazia ter um orgulho enorme da minha equipe.
- Bom dia, todo mundo. Como estão hoje? Oh, Byul está tão bonita. – Passei por uma cadela de pelagem negra e sedosa que estava comportadamente sentada no chão, não podendo se mexer muito por causa da sua patinha que ainda se recuperava de uma ruptura de tendão, mas que sorria para mim com alegria. Sua bandana florida realçava o seu pelo longo, sendo uma bela garota. – Daqui a pouco vamos dar uma olhada na sua patinha e vai voltar a correr por aí num instante.
Ela deu um latido alto, como se concordasse com a ideia e meu sorriso se alargou mais. Byul pertencia a uma família da vizinhança, e a menininha que a trouxe tinha um apego tão grande que chorou desde o momento em que entrou até o em que saiu, porque não poderia levar a amiga para casa ainda. Meu objetivo naquela semana era fazê-la sorrir na mesma quantidade quando levasse Byul para casa, e que testasse com ela alguns truques que serviriam como uma fisioterapia. Fiz carinho em seu focinho, vendo sua bandana florida com o nome balançando junto com os pelos.
Consegui ouvir passos se aproximando no corredor, mesmo com as arfadas dos outros cachorros. Logo cogitei ser o Felix, que tinha a maioria das tarefas designadas para aquela área. Nem precisei olhar quando a porta se abriu, continuando a dar carinho em Byul.
- Lix, a Bomi precisa de uma limpeza intestinal hoje e o Danbi precisa do pelo na região do abdome tosado, tudo bem? A cirurgia acabou sendo remarcada para amanhã—
- Caramba, olha quantos gatos! – Uma voz completamente diferente da de Felix exclamou, mas não deixava de ser familiar. Me virei bruscamente, encarando ninguém menos que Seo Changbin olhando os gatos nos cubículos de cima, vestindo as roupas de Felix e com um olhar abismado no rosto. – Olha esse com os olhos diferentes!
- Changbin?! – Me levantei, cruzando os braços e arqueando as sobrancelhas. – Resolveu largar o mundo dos doces, é?
- O quê? Jamais, em tempo algum. – Ele retrucou com dramaticidade, colocando a mão no peito. – Eu só vim para cobrir o Felix hoje aqui.
- Como assim, “cobrir”? O que aconteceu com ele?
- Ele pegou uma gripe forte na última semana, e mal conseguia se levantar da cama hoje. Ele disse que não podia faltar hoje, já que alguns outros veterinários estavam fora da cidade e então eu vim! – Ele explicou, me dando um sorriso que só me fez olhá-lo incrédulo. Mas até me esforcei para tentar entender o lado de Felix: ele nunca faltava um dia sequer no trabalho e sempre se sentia mal quando o fazia. Olhando de relance para o quadro de tarefas pendurado perto da porta, vi que o trabalho realmente não seria pesado hoje, e eu sabia que era justamente ele que anotava aquelas pendências antes de ir para casa. Mas será que ele confiava suficiente em Changbin para mandá-lo fazer o seu próprio serviço?
Suspirei, olhando para o mais baixo que já estava distraído novamente com os gatos.
- Acho que você é melhor do que nada. – Comentei.
- Claro que eu sou, seu idiota! Eu já fiz trabalho voluntário. E já tive um peixinho dourado, o Gimpo, se lembra?
- Ele morreu três dias depois de você comprar ele.
- A questão é! – Changbin interrompeu, jogando os braços para cima. – Eu nem teria vindo para cá sem saber fazer absolutamente nada e você sabe. De verdade, quero fazer esse favor para o Lix e para você.
- Ahh... Certo, vou te ajudar por aqui hoje. – Acabei cedendo, puxando o meu jaleco para fora dos ombros, ficando apenas com o uniforme igual a Changbin. Ele deu uma risada vitoriosa, tão animado quanto uma criança.
Para começar pedi que ele lavasse os potes de comida que estavam em cada repartição e que repusesse a ração e água, enquanto eu mesmo cuidava de outros procedimentos mais complexos. Logo depois, ele deu banho nos filhotes de um casal de cachorros e os empacotou em pequenos lençóis para que ficassem aquecidos e perto da mãe. Para a minha incredulidade, ele lidava com as pequenas bolinhas de uma semana de vida com bastante cuidado e responsabilidade, mas não deixava de morrer de amores quando um deles dava um pequeno latido ou balançava a cauda minúscula quando era encharcado com água morna. Após algumas horas, a supervisão integral já não era necessária e eu podia trabalhar com um resto de papelada pendente sem ter que me preocupar muito, o que acabou me trazendo um sentimento de alívio por ele ter vindo naquele dia.
Enquanto Changbin fazia carinho em Smiley, um cachorro salsicha que tinha a pata esquerda dianteira faltando, mas que sempre estava animado para brincar, fomos conversando.
- E aí, como é a casa nova do Woojin? Ainda não consegui ir lá essa semana.
- Até agora, bem vazia. Os móveis estão sendo trazidos num navio de carga e devem chegar logo, mas eles disseram que estão tendo se virar com as caixas de papelão servindo de mesa. – Falei, tentando esconder um sorriso ao lembrar do estado da casa. Ao contrário de mim, Changbin riu à vontade. – O Han até chorou quando eles foram.
- Aquele esquilinho chora por tudo, não me surpreende.
- Nem a mim, honestamente. Mas esses dias ele está chorando por tudo. Ontem ele veio falar comigo soluçando porque uma de suas rosas havia morrido.
- Então você sabe o que significa. – Ele olhou para mim com um sorriso de canto, que fez a ponta das minhas orelhas avermelharem. Apontou para o nariz. – Já sentiu aquele perfume?
- É difícil dizer, ele se tornou mais fraco com os anos... – Respondi, olhando para cima e tentando me recordar se realmente já havia sentido aquele odor característico nas últimas semanas. Han sempre tinha um cheiro doce e floral, proveniente do shampoo e sabonete que usava. Mas aquele cheiro era único, tão forte que poderia ser sentido a metros de distância. Mesmo tendo ficado mais brando, ainda era muito perceptível, mas eu não conseguia pensar em nenhum momento específico. – Acho que não, mas ele só vem depois de alguns dias...
- Bem, você sabe o que fazer, então fica tranquilo. O melhor nessas situações é deixar que ele chore, comprar uma barra de chocolate e se esforçar para que ele não te engula vivo.
- Não sei aonde você leu que “cio” é igual “tpm”, mas é algo bem diferente. E eu estou preocupado que possa estar adiantado dessa vez, e que isso vá atrapalhar o nosso aniversário.
- Opa, uma festa! – Seus olhos se iluminaram com a possibilidade de uma comemoração, mas eu neguei com a cabeça.
- Aniversário de casamento.
- Ah, que chato. Mas meus parabéns, já se fazem o quê? Três anos?
- Sim, com esse serão quatro. Mas já estamos juntos há mais de sete anos, dá pra acreditar? – Falei com um ar nostálgico. Eram tantas histórias para contar no que parecia um espaço de tempo tão curto, e eu sentia que haveria tantas outras no futuro que guardaríamos com o mesmo carinho. Sete anos que mais pareciam uma vida inteira. – Ano passado não conseguimos comemorar por causa das meninas, mas dessa vez eu queria poder fazer algo especial com ele.
- Faça algo maluco esse ano, é sempre jantar, sexo e presentinhos. – Ele disse, revirando os olhos. Smiley se deitou em seu colo, começando a se sentir sonolento por causa dos constantes afagos na barriga. Sabia que Changbin havia dito aquilo apenas para provocar, mas ele estava certo. O “algo especial” na minha cabeça, diferente de uma aventura, se diminuía a apenas um presente diferente, ou ir a um novo restaurante. Deixei aquele pensamento guardado em meu subconsciente, esperando ideias que fossem promissoras. Voltei às fichas de pacientes em que trabalhava e tudo ficou em silêncio por alguns minutos. Mas é claro, quando se tem Seo Changbin no mesmo espaço que você, não existia silêncio. – Ah! Esqueci de contar pra você.
- O quê, agora? – Me virei, observando Smiley olhar confuso para Changbin por causa do grito e perder a sua tranquilidade.
- Já que estamos falando desse negócio de casamento, lembrei que que eu vou pedir o Lix em casamento! – Ele disse com um sorriso enorme. Não pude evitar sorrir também, tão grande quanto ele. Os dois já estavam juntos desde os tempos de escola, e eles já moravam juntos já dois anos e meio, era mais do que esperado que a proposta viesse a qualquer. Ele se levantou e devolveu Smiley para dentro do seu repartimento e pegou sua mochila que descansava perto do lavatório. De dentro dela, tirou uma caixinha azul, se ajoelhou na minha frente e fingiu limpar lágrimas de crocodilo, me tirando risadas compulsivas. – Será que você me daria a honra de... amarrar seus cadarços?
- Oh, achei que nunca fosse pedir! – Respondi entre risadas, pegando a caixinha e a abrindo, observando a bela aliança de noivado. Ela era prateada e muito elegante, com o aro sendo fino e delicado e, no centro, uma pequena safira. O tom profundo de azul realçava com a cor da caixa e ela literalmente brilhava com tanta beleza. – É linda mesmo.
- Não é? Quando eu entrei na joalheria, eu olhei para ela e sabia que precisava dar ela pro Felix. – Ele disse, tomando a caixinha de volta e olhando para a joia com deslumbre. Eu podia ver em seus olhos o quanto ele queria dar aquele presente para o ruivo o quanto antes e selar o relacionamento deles que já era tão longo.
- Finalmente você decidiu tomar a iniciativa, eu já não aguentava ouvir as suas desculpas quando o pobre do Felix falava sobre querer se casar, filhos e etecetera.
- Você me conhece, eu fico nervoso quando as pessoas me perguntam coisas sobre futuro.
- Pelo menos, quando você decide algo, é pra valer. – Retruquei, sorrindo. – Meus parabéns, quando vai propor pra ele?
- Seria daqui a uns dias, porque ele queria visitar Busan e ver o mar, mas tudo depende de quando ele melhorar dessa gripe. – Ele disse, indo guardar o anel de volta no fundo de sua mochila. – Nem pense sobre isso perto do Felix, me ouviu?
- Certo, certo. Agora de volta ao trabalho, senhor voluntário. – Anunciei, lhe apontando os gatos que ainda precisavam tomar banho.
- Caramba, ainda tem mais? Isso é trabalho escravo, eu vou te processar! – Ele exclamou dando bufadas irritadas, mas se virou nos calcanhares e foi até os bichinhos sem muita escolha.
O dia terminou mais rápido que os outros, talvez pela companhia de Changbin durante todo o dia. Nos despedimos no estacionamento, e ainda esperei ele andar até seu carro, reclamando audivelmente de dor nas costas por segurar sacos de ração e cachorros pesados e alguns arranhões felinos nos antebraços. Mesmo sabendo bem que ele não suportaria aquele trabalho para sempre, percebi como tinha jeito com os animais, provavelmente por influência de outro veterinário que vivia consigo.
Assim que entrei no carro, mandei uma mensagem para Han, avisando que logo estaria em casa. Dentro de poucos segundos, obtive uma resposta, mas não era exatamente dele, já que eu recebi um “Oooooooi papaiiii!!”. Imediatamente liguei para seu número e quando fui atendido, ouvi risadas e conversa do outro lado da linha.
- Oi, papai! – A voz de Jihye soou com animação, o que aqueceu meu coração. Não havia um momento em que eu não me derretia inteiro por causa delas.
- Oi, pequena, como você está? O papai já está voltando.
- Tudo bem, eu vou guardar umas batatinhas para o senhor, já que a Eun comeu tudinho.
- Oh, vamos ter hambúrguer?
- Sim, o papai Han voltou com muitos sanduíches e frango frito! – Ela disse, feliz. – E ele até trouxe um amigo!
- Um amigo? – Questionei, pensando que provavelmente era Yugyeom. Pensei que não havia problema algum, e até estava feliz que a amizade com ele estava durando bastante. Han havia me contado do seu encontro com Jackson e foi um grande alívio ter a certeza que ele não seria mais um incômodo, e que era possível convivermos de vez em quando. Jihye tomou mais alguns segundos da ligação para contar como foi seu dia na escola e sobre Kevin, que começou a estudar em sua sala naquele mesmo dia. Pedi que ela me contasse tudo com mais detalhes em casa, desligando o aparelho e passando a marcha do carro e saindo do estacionamento.
Quando cheguei no apartamento, a primeira coisa que senti foi o cheiro; uma mistura de odores deliciosos que, quando juntos, dificultava a identificação de cada um separadamente. Mas o mais proeminente, que tomava conta da casa inteira, era o de frango frito com mel. Ao entrar, as gêmeas me deram boas-vindas com um abraço e até Popo veio participar da acolhida, dando miados enquanto ronronava na minha perna. Avistei Han na mesa da cozinha com Yugyeom sentado ao seu lado, os dois concentrados em produzir uma torre de batatas fritas. Fui até eles, me sentando na cadeira oposta com cautela para não balançar a mesa. Han tirou seus olhos da torre por um instante e sorriu abertamente para mim, se levantando e sentando-se em uma das minhas pernas, passando os braços pelo meu pescoço e me dando beijinhos nos lábios.
- Senti falta do Minho o dia inteirinho! – Ele disse com carinho, separando as sílabas a cada selar, me fazendo inevitavelmente rir. Eu retribuí todos eles e o abracei apertado. Olhando pelo canto dos olhos, Yugyeom nos observava com um sorriso reprimido, tentando desfocar a atenção da cena excessivamente fofa e manter o foco em sua torre de batatas, que já tinha quase meio palmo de altura.
- Eu também, pequeno. Como foi na... – Comecei com a pergunta, mas minha voz morreu quando eu respirei fundo e alcancei um perfume singular no ar, agora que estava mais perto do menor. Na verdade, daquela distância, era impossível que o cheiro doce não penetrasse as narinas. Definitivamente era aquele perfume, que eu sempre sentia naquelas épocas do ano.
- Na aula? Foi bem, Yuggie conseguiu colher o seu primeiro moranguinho. – Ele contou, se retirando de cima da minha perna e voltando para a sua cadeira. Ele mesmo não parecia perceber tanto quanto as outras pessoas, mas sabia bem quando os “sintomas” ficavam mais intensos, que incluíam calores repentinos, sensibilidade ao toque e falta de apetite. Felizmente, ele parecia bem até aquele momento, e o seu amigo também não havia delatado nada de anormal. Han puxou um saco pardo que estava no canto da mesa e o empurrou até mim. – Aqui, comprei esse pro Minho. Um combo bem grande com batatas.
- Se não conseguir aguentar, eu aceito. – Yugyeom disse, beliscando alguns farelos crocantes de frango frito. Eu apenas ri dele; nem havia almoçado naquele dia, um combo daquele era apenas o aperitivo. Fiquei observando-o olhar para mim com incredulidade à medida que eu devorava o sanduíche de três hambúrgueres, todas as batatas (incluindo as que Jihye generosamente guardou para mim) e mais algumas coxas de frango que sobraram. – Meu. Deus. Será que eu não te conheço de algum canal de mukbang? Tipo aquele cara que come mais de quarenta nuggets em menos de cinco minutos?
- O papai Minho parece ter um buraco negro no lugar do estômago. – Eunchan disse da sala, gesticulando um grande círculo no ar que sugava a comida.
- O papai Han também! – Jihye completou, imitando a irmã. Yugyeom virou-se para Han com a expressão confusa.
- O Hannie? Eu o vi comendo muito pouco esses dias. – Ele disse, apontando para a torre. – Ele até decidiu fazer isso com as batatas dele ao invés de comer.
- Vou comer mais tarde, todas elas! – Ele disse com um biquinho, mas ouvir aquilo me deixou inquieto. Eu me preocupava o suficiente para ficar de olho, mesmo que fosse uma leve mudança de comportamento. No entanto, me mantive calado por hora para não provocar mais perguntas, já que Yugyeom parecia ser uma pessoa bastante curiosa.
Yugyeom ficou em casa por mais uma meia hora, até dizer que já estava na hora de ir. As gêmeas ficaram tristonhas com a ida do novo amigo, que até lhes trouxe duas bonecas como um pedido de desculpas por não ter aparecido em sua festa de aniversário. Han voltou à cozinha apenas para jogar fora as embalagens e guardanapos, e acabou não comendo as batatas como disse que faria. Quase sem tempo para que eu dissesse algo, tive que ajudá-lo a colocar as gêmeas para dormir, colocando os pijamas as levando para escovar os dentes, pentear e fazer tranças em seus cabelos e por fim lhes dar boa noite.
Assim que ele fechou a porta do quarto com cuidado e se encostou na parede para respirar, eu o puxei para perto, falando num tom baixo para não atrapalhar o sono das pequenas.
- Está sentindo alguma coisa?
- Não, não, o Han está muito bem. Cansado, apenas isso.
- Desde quando você desperdiça batatas da sua lanchonete favoritas? Nem eram muitas. – Eu disse com um sorriso calmo, e ele comprimiu os lábios. – Han, eu não consigo ficar de olho em você todas as vinte quatro horas do dia, e eu não sinto que preciso, porque confio inteiramente em você. Mas você tem que ser honesto, tudo bem?
- O Han... não quer que isso interfira no nosso aniversário. Está tão perto e o Han sabe que mal conseguirá sair de casa.
- Não precisa se preocupar com isso, sabe que eu não me importo. Você estando bem é bem mais importante.
- O Minho que não deveria se preocupar com isso. – Ele retrucou, olhando nos meus olhos confiantemente. – Se algo acontecer, o Han sabe como agir. Vai dar tudo certo e nós vamos ter um aniversário muito legal.
Ele subiu a cabeça e deu um beijo em meu nariz, tão delicado quanto um floquinho de neve. Senti meus ombros distensionarem quase que imediatamente apenas com aquele pequeno gesto. Ele se afastou devagar, demorando para largar seu olhar do meu, indo para o nosso quarto. Quando fiquei sozinho no corredor, deixei a minha cabeça ser segurada pela parede e pedi para que ele realmente estivesse certo.
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