História My Possessive Criminal - All Bad.

Entrei no quarto ouvindo o Justin gritar meu nome e logo depois ele entrou também.

-Cassidy me ouve, para com isso. Foi ela quem me beijou e...

-Cala boca, eu não quero ouvir sua voz. - o interrompi e peguei minha bolça jogando tudo que era meu de verdade naquele quarto dentro dela.

Ele segurou meu braço quando eu coloquei a bolça no ombro. Olhei pro seu rosto e ele estava sério me olhando com raiva.

-Não toca em mim Bieber. - tentei me soltar da sua mão que apertava meu braço. -Me solta, tá machucando.

-Eu disse que você não vai sair daqui. - seus olhos estavam escuros, mas não era um escuro bom era um escuro medonho. Sacudi meu braço pra me soltar mas ele apertou mais forte e eu gemi de dor.
Justin me jogou no chão me fazendo bater a cabeça, minha visão ficou meio turva.

-Você vai ficar ai até entender que só sairá quendo EU quiser, e se continuar teimando em querer ir embora eu terei o prazer em te mostrar quem manda aqui. - falou rude e pegou a chave da porta fechando e me trancando no quarto.

-JUSTIN ME TIRA DAQUI. POR FAVOR NÃO ME TRANCA AQUI. - gritei chorando, mas ele não deu a minima. Respirei fundo e tentei parar de chorar mas além da dor na minha cabeça o meu coração doia.

Caminhei até a cama e me deitei nela me encolhendo, chorei durante algum tempo e acabei dormindo. [...]

P.O.V. JUSTIN.

Eu sei que errei, mas cara pra que ela quer ir embora? Não tem precisão disso. Tive que prende-la pra que eu não a perdesse.

Estava no meu escritório fumando um cigarro pra me acalmar e não fazer as coisas por total impulso. Ouvi Cassidy gritando algumas vezes pendindo que eu a soltasse, e me controlei muito pra não fazer o que ela pedia.

Já havia pedido pra que Zoe levasse o jantar pra ela e se certificasse que a mesma comesse pelo menos um pouco. Pode não parecer mas eu me preocupo com a Cassidy e a amo, do meu jeito torto mas amo. Meu corpo implorava pra que eu subisse e abraçasse a minha pequena, mas eu não podia, se não eu ia perde-la para sempre.
Ouvi leves batidas na porta do escritório e murmurei um "entra", logo depois a porta foi aberta pela Zoe com uma cara meio triste.

-Fala. -disse rude.

-Senhor Bieber, tira a garota de lá, ela tá morrendo de dor de cabeça por ter batido no chão e não para de chorar, foi um sacrificio fazer com que ela comesse. Sei que não é da minha conta, mas a menina tá de dar dó. - fechei os olhos com força percebendo o meu estrago, juro que não foi por mal, mas cara eu tenho um medo de perder ela por causa de meus erros.

-Olha Zoe, eu não a coloquei lá porque eu simplesmente quis, a sua sobrinha me pegou de surpresa na sala e me beijou, bem na hora a Cassy chegou, eu e ela brigamos e ela queria ir embora, eu não posso deixar ela ir embora e tive que prende-la no quarto. - expliquei e respirei fundo. -A culpa disso tudo é da Bruna e se eu ver ela na minha frente sou capaz de arrancar a cabeça dela na mão. - falei com raiva e Zoe me olhou com pena.

-Sinto muito senhor Bieber, eu vou conversar com a Bruna e ela não fará de novo. - falou e eu assenti, Zoe saiu do escritório e eu encostei minhas costas no encosto da cadeira, fechei meus olhos e deixei com que minha mente viajasse em pensamentos e todos se referiam somente a ela...

P.O.V. CASSIDY.

Deitada na cama fiquei pensando como seria minha vida com o Justin fazendo de tudo pra me manter como sua prisioneira, eu amo ele mas as vezes o amor não supera todas os obstáculos como dizem por ai, o amor também machuca a ponto de deixar feridas e cicatrizes pra vida toda. Quando conheci o Justin eu achei que ele era um cara frio, idiota, sem coração e que não podia amar ninguém além de si mesmo, mas depois de um tempo convivendo com ele eu percebi que estava errada em alguns dos apectos que eu mesma criei em minha mente e me apaixonei por ele a cada sorriso, olhar e até mesmo no seu jeito maluco de ser, sim eu me apaixonei pela pessoa mais errada que poderia existir e sim o Justin pode ser frio, calculista e mal com algumas pessoas mas comigo ele desde o nosso primeiro encontro se mostrou um cara legal, engraçado e fofo. Acho que ele é a mistura do bom e do mal, ele faz meu coração acelerar somente por estar a alguns metros de mim e acho que é por eu estar tão apaixonada e por todos esses motivos maravilhos que eu encontrei nele que está fazendo com que meu coração doa a cada batida. Toda essa dor que estou sentindo é por eu ter esquecido o verdadeiro Justin que à dentro dele e me esquecido do cara que eu achei que ele fosse na primeira impressão que tive dele, me esqueci o quão mal ele um dia me faria.

Estar apaixonada por um cara como ele é como se você estivesse na ponta do terraço de um prédio prestes a cair e esperando o momento certo de alguém vir e te jogar ou até mesmo te puxar de volta. Estar apaixonada por um cara como ele é como se qualquer coisa pudesse acontecer seja ela boa ou ruim você tem que se protejer de tidas as formas possiveis e não deuxar nada acontecer com você e mesmo se acontecer você tem que se mostrar forte mesmo não estando.

O relógio do criado mudo ao lado da cama mostrava ser 03:41 e eu ainda não conseguia dormir, faltava algo, faltava ele.

Ouvi passos leves no corredor e a porta do quarto ser destrancada, me encoli debaixo dos cobertores fechando os olhos, uma fresta de luz adentou o quarto e uma silhueta apareceu. A porta foi aberta e fechada com cuidado, o perfume denunciou que era Justin que estava ali. Ele caminhou lentamente até o banheiro e fechou a porta do mesmo e eu ouvi ele ligando o chuveiro, eu percebi que ele tinha somente encostado a porta do quarto sem passar a chave, hora perfeita pra figir, mas algo me prendia naquela cama, era como se ele pedisse pra que Justin deitasse ali e me abraçasse forte e tirasse toda aquela dor que se estalava em meu peito.

Após alguns minutos a porta do banheiro se abriu, fechei os olhos de novo finjindo dormir, infantil essa minha atitude mas eu estava com medo de ele me fazer algo por estar com raiva de mim, eu também estava com raiva, mas o medo falava mais alto.

Senti o outro lado do cochão afundar e o cheiro de sabonete invadir as minhas narinas. Respirei fundo pra sentir um pouco mais do cheiro dele e acabei soluçando de tanto chorar. Senti a mão dele passar levemente pelo meu rosto.

-Juro pra você que eu não queria fazer isso, a gente tava tão bem. - ele sussurrou fazendo carinho na minha bochecha, eu tinha certeza que ele me observava mesmo no escuro. -Zoe me disse que você estava chorando. - suspirou. -Droga, eu me sinto um idiota por fazer você chorar. Eu te amo muito, muito mesmo, só não sei demonstrar sem ser agindo como um pisicopata possessivo. - fez uma pausa. -Só espero que um dia você me perdoe, princesa. - deu um leve beijo nos meus lábios e se ajeitou na cama abraçando minha cintura.

Eu me segurei pra não chorar enquanto ele falava, meu cociente falava pra que eu me soltasse de seus braços mas meu subcociente dizia pra mim retribui o abraço dele. Sem saber o que fazer virei de costas pra ele e me afastei tirando seu braço de cima de mim, na hora em que fiz isso eu sabia que ele tinha aberto os olhos e observou minha atitude mas ele não fez nada, somente ouvi ele suspirar frustrado e se virar de costas pra mim também.

Não sabia se eu tinha ficado louca ou era verdadeiramente real, mas eu ouvi alguns soluços do Justin, como se ele estivesse chorando e confirmei isso quando ele se levantou deu alguns paços e parou, fiquei do mesmo jeito que estava mas queria ver o que ele estava fazendo mas quando eu consegui me mexer depois de um tempo, eu o vi sentado na poltrona que tinha perto da janela, ele tinha o olhar fixo na parede, seus olhos estavam vermelhos e seu rosto um pouco molhado indicando que ele estava sim chorando, percebi uma lágrima cair de seu rosto e eu senti como se eu estivesse levando a maior surra de umas quinhentas pessoas.

Ele passou a mão no rosto e balançou a cabeça como se negasse algo que se passava pela sua cabeça, Justin se levantou e pegou sua calça que estava jogada na outra poltrona tirando algo do bolço....

P.O.V. JUSTIN.

Minha vida só se resume em coisas ruins, eu não queria isso, eu só queria poder voltar no tempo e fazer com que nada do que aconteceu essa tarde acontecesse realmente. Eu passei o dia no galpão mas minha cabeça não saia dela, eu queria ligar e saber como ela estava, mas eu não queria atrapalhar. Estar apaixonado é angustiante quando não se está perto de quem você ama. Quando eu consegui escapar dos meus deveres no galpão sai direto pra casa, mas no caminho uma joalheria chamou minha atenção, acabei parando e comprando um anel de compromisso pra pedi-la em namoro de verdade, o anel fazia o estilo simples e fofo que ela tinha, ele era decorado com algumas pedrinhas roxas e bem em cima tinha um coração de diamante pequeno, era lindo e assim que eu vi quis já colocar no dedo dela.

Mas como eu sou o rei em estragar as coisas acabei não realizando meu plano de leva-lá pra passarmos a noite no barco que eu tinha a levado na primeira vez que saimos e pedir pra que ela namorasse comigo de verdade.

Enquanto ela dormia eu fiquei sentado naquela poltrona observando o anel e pensando como ele ficaria maravilhoso no dedo dela. Minha mente viajou tão longe que me imaginei casado com ela e com filhos, substitui as lagrimas por um sorriso que acabou escapando quando me imaginei bem velhinho sentado em nessa mesma poltrona e ela na outra poltrona ao lado.

Olhei pra ela que ainda dormia e sabia que amanhã eu não ia conseguir deixar ela trancada e que ia ter que deixar com que ela fosse embora, mas antes eu tinha que me desculpar e dizer-lhe o quanto eu a amava e que estava arrependido.

Resolvi me deitar mesmo me lembrando que ela não me queria por perto e ter mostrado isso, afinal eu estava cansado e precisava descansar pra poder estar bem e ouvir coisas que concerteza vão acabar comigo amanhã.


Acordei sentindo um peso em cima de mim, abri os olhos e me deparei com a Cassy deitada com metade do corpo em cima de mim, tentei tira-la dali mas ela se agarrou mais a mim. Eu tinha que acirda-la pra que eu podesse me mexer.

-Cassy... - chamei baixo mas ela nem se mexeu. -Cassidy. - mexi nela e ela continuou imovel. -Cassidy você tá me matando, tá ficando gordinha minha filha. - falei e ela deu uma risadinha bem baixo pra mim não ouvir. A então a safada tá acordada. -Ai to sem ar, CASSIDY SAI DE CIMA AI SENHOR. - na hora ela levantou me olhando apavorada. Me segurei pra não rir.

-Ah meu Deus, Justin desculpa eu... eu te machuquei? - ela deu uma batidinha no meu rosto pra ver se eu tava bem. Eu já devia tá roxo de tanto segurar o riso. -Ah você tá vermelho, eu vou ligar pro médico e.... - não aguentei e começei a rir e ela me olhou brava. -Não tem graça, eu tava achando que eu tava uma baleia Justin.

-Ah mais que drama. - continuei rindo e ela me olhava cada vez mais brava. Parei de rir e ela ficou me olhando e pra minha infelicidade ela devia ter lembrado de ontem porque ela fez uma cara triste e desviou o olhar deitando de costas pra mim. Bufei. -Ok, já entendi, a diverção acabou e voltamos da estaca zero. - me levantei e quando eu tava quase entrando no banheiro ela me chamou, me virei cheio de esperança

-Hm... é ... ah não ê nada. - se enrrolou toda e acabou desistindo, respirei fundo entrando no banheiro. Hoje meu dia já começou uma bosta, é assim que se é retribuido por machucar quem você ama.

Estou me sentindo como se eu estivesse perdido no escuro em um lugar que eu não conheço.

(...)