História My Rent Boy - Unforgiven

~ Natsu Povs ~

_ Hoje a noite teremos outra celebração, e dessa vez será algo mais formal. Então terá que se vestir de acordo. – Assenti com a cabeça.

_ E você está indo onde? – Ela me olha e ri.

_ Oras, por que a pergunta? Parece até meu namorado. – Sorrio.

_ Até daqui dois dias eu serei, então me deve explicações. – Ela ri novamente.

_ Estou indo me encontrar com as garotas, afinal minhas melhores amigas que não via há muito tempo estão aqui, e temos muito o que conversar.

_ Entendo.

_ Voltarei meia hora antes do evento, então você está livre até lá. – Olho para o relógio que marcava 16:32.

_ Que horas será o evento?

_ Ás 18:30.

_ Duas horas livre.

_ Sim. Dará para aproveitar bastante. – Ela se vira para o espelho novamente e termina de finalizar seu penteado. Um coque de lado, deixando-a com um visual doce, espontâneo e sexy. _ Ah, mas nada de se divertir com outra cliente. Ou será demasiado estranho se algum conhecido da festa te ver.

_ Eu já lhe disse Luce, por hoje e mais dois dias serei apenas ‘seu namorado’.

_ Isso é ótimo. – Ela dá uma ajeitada rápida em sua roupa e se vira para mim apontando para seu corpo. _ E então, como estou?

_ Linda, fofa e sexy. – Ela sorri de um jeito meigo.

_ Obrigada. Estou indo então, qualquer coisa me ligue. – Ela se aproxima de mim. _ Mas aproveite e saia um pouco. Vou avisar o Gray que você está livre, então se ele lhe convidar para algo, aceite.

_ Claro Luce. – Seu rosto se aproxima do meu e seus lábios depositam um beijo nos meus. Porém não passará de um selinho demorado.

_ Obrigada pelo ‘bônus’. Eu adorei. – Sorri.

_ Eu também. – Ela se afasta, e o jeito que ela sairá fez com que o decote de sua blusa ficasse mais a mostra, e aquilo me excitou.

Tudo nela era maravilhoso, mas aqueles peitos, acredito que tenham sido os maiores que vi até agora.

_ Jya-nee Natsu.

_ Jya-nee Luce. – E ela sai porta a fora.

Me deito na cama e cruzo os braços sobre a cabeça.

O que eu faria nessas duas horas livres? Não fazia ideia....

Mas não demora nem cinco minutos depois da Luce ter saído e meu telefone toca. O pego e olho na tela, era um numero desconhecido. Atendo.

_ Alô?

_ Natsu?

_ Sim? – Era uma voz masculina.

_ Yoo cara, sou eu, Gray Fullbuster.

_ Ah, olá Gray.

_ Então, a Luce me disse que você está sozinho, eu e os garotos estamos indo para um barzinho, quer ir junto? Faremos uma espécie de despedida de solteiro para o Laxus. – Eu tinha certeza que ela diria para ele, mas me espantei com a rapidez dos dois.

_ Claro. Será ótimo, afinal não faço ideia do que fazer sozinho. – Ele ri.

_ Certo. Passarei ai na mansão daqui 15 minutos. Esteja pronto.

_ Estarei.

_ Então até mais.

_ Até. – E encerramos a ligação.

Me levanto e vou até o toalete. Precisava tomar um banho e me arrumar, em menos de 15 minutos.

**

~ Lucy Povs ~

_ Nee Lu-chan, agora nos diga onde encontrou aquela delicia que você chama de namorado. – Ri.

_ Mas eu já disse tudo a vocês. Nos conhecemos numa livraria. Saímos para tomar café e logo depois vimos que estávamos apaixonados e agora somos namorados. Só isso.

_ Ahhhh!! – Elas dizem juntas.

_ Nem vem Lucy, você está escondendo alguma coisa. – Olho para Eclair, uma de minhas primas.

_ C-Claro que não Eclair. – Exceto o fato de esconder que ele não é meu namorado, e sim um garoto de programa que contratei para isso.

_ Ele realmente é tudo isso? – Todas olham para Flare que estava no canto da limusine com uma taça de champanhe nas mãos. _ Vocês não param de falar desse cara.

_ Se ele é tudo isso? – Levy se levanta e vai até o lado dela. _ Amiga, pense em um cara mega gostoso. Pensou? – Ela assenti com a cabeça. _ Então, o Natsu é o dobro disso. – Flare sorri de um jeito pervertido.

_ Uau, agora quero conhece-lo logo.

_ Hey! Não fiquem desejando meu namorado bem na minha frente.

_ Ao menos fazemos isso na sua frente. – Rimos.

_ E então Lu-chan, onde encontraremos a Erza? – Bebo um gole do drink que estava na taça a minha mão.

_ Ela nos encontrará lá no barzinho mesmo.

_ Ah que ótimo. Lisanna também já está lá com a Mira. – Um silêncio paira no ambiente.

_ Erza e Mira? – Engolimos em seco.

_ Tá ai algo que não vai prestar. – Todas concordamos.

_ Vamos torcer para que elas não destruam o bar. – Assentimos com a cabeça e fizemos sinal de prece com as mãos.

Realmente, Erza e Mira no mesmo ambiente ‘sozinhas’, era algo que terminava em coisas destruídas....

[...]

Entramos no bar e nos surpreendemos quando olhamos para uma das mesas mais afastadas e vemos Erza, Mira e Lisanna sentadas conversando e rindo.

_ I-Isso só pode ser uma ilusão.

_ Elas não estão se matando nem quebrando o bar inteiro? – Negamos com a cabeça.

_ Será que já estão bêbadas?

_ Erza bêbada? Vocês se lembram do que aconteceu da ultima vez certo? – Todas assentem com a cabeça.

Erza se tornava outra pessoa quando estava sobre o efeito de bebida alcoólica.

Alguém sádica, brincalhona e que não via limites em seus ‘desafios’.

_ Não podemos deixa-la ficar bêbada novamente.

_ Certo. – Vamos em direção a mesa, elas nos olham.

_ Ara ara, finalmente chegaram. – Mira e seu sorriso gentil de sempre.

_ Demoraram hein? Passaram para fazer uma pausa para o lanchinho? – Erza já estava com uma caneca de cerveja em suas mãos, e isso era indicio de que algo bom não aconteceria.

Nos olhamos e nos comunicamos com o olhar. Todas entenderam.

Levy, Juvia e Flare foram para o lado de Erza, e eu e Eclair fomos para o lado de Mira e Lisanna.

Nossa missão era impedir que Erza se embebedasse mais, e Levy seria ótima para essa tarefa.

Esse encontro era uma espécie de despedida de solteiro da Mira, e mesmo que fosse comum bebedeiras nessas celebrações, não queríamos que algo estragasse esse momento, e Erza bêbada com certeza estragaria.

Olho para o meu lado esquerdo e lá estava Lisanna. Séria e olhando fixamente para a taça de champanhe a sua frente.

_ Nee Lis, o que foi? Está quieta e parece pensativa. – Ela me olha e sorri.

_ Só estou com um pouco de mal estar, mas não se preocupe. Não é nada grave. – Sorri aliviada.

_ Que ótimo Lis. Ainda tenho tantas coisas para falar com você. – Ela ri.

_ Eu também Lucy.

O garçom vem até nós com um carrinho carregado de bebidas e comidas.

Essa tarde iria ser longa, e muito divertida.

**

~ Natsu Povs ~

_ Ao Laxus! – Todos levantam os copos de cerveja, vodca e uísque para brindar.

_ Finalmente vai se amarrar com uma mulher. – Rimos.

_ Hey! O próximo que falar que vou ser amarrado por uma mulher leva um soco na cara. – Todos ficam em silêncio. Pelo que Gray me contou Laxus já foi um lutador de boxe e judô, e um dos melhores. Então provoca-lo com certeza não era uma boa ideia.

_ E-Era brincadeira Laxus. – Gray levanta a taça novamente. _ Mais um brinde para o Laxus!

_ Aêê. – Todos batem as canecas e taças umas nas outras e em seguida viramos a bebida goela a baixo.

Nos olhamos e rimos. Já estávamos deveras alterados.

E dessa vez eu não me supervisionei com a bebida, afinal Luce me dera duas horas livres, então tecnicamente não estou no horário de trabalho.

Gray se aproxima e coloca seus braços sobre meu ombro.

_ Então a chefe te liberou hoje. – Ri. Afinal ele estava certo, ela era minha ‘chefe’.

_ Sim. Só por hoje.

_ Então a Lucy é possessiva?

_ Acredito que eu seja mais possessivo que ela.

_ Não te julgo cara, afinal se eu tivesse um mulherão como a Luce também seria possessivo. – Sua fala estava mole, e o aroma alcoólico que saia de sua boca era forte.

Gray Fullbuster já estava bêbado.

_ Sim. A Luce é realmente linda.

_ Sim senhor Natsu. Dê muito valor a ela. – Sorri e assenti com a cabeça.

_ Eu darei. – Ele olha para a porta de entrada.

_ Ah! – E aponta para ela. _ Por falar na Lucy, olha o seu rival ai. – Olho para a porta e cerro os punhos ao vê-lo.

_ Sting... – Sussurro de um modo que só eu e Gray pudesse ouvir.

_ Deve ser estranho olhar para a cara do garoto que já namorou sua namorada. – Gray ria. Estava fora de si.

_ Gray, fique quieto um pouco.

_ Só me responda. É estranho né?

_ Sim. Agora fique quieto.

_ Certo. – Ele bate continência. – Senhor Dragneel. – Sorri.

Sting chega junto com Rogue, e já vem direto para nossa mesa. Ele cumprimenta todos, e mesmo não entendo o motivo sua presença me irritava.

**

_ Ela e eu temos assuntos inacabados. Precisamos conversar.

_ Você é o passado da Luce, e eu sou o presente dela, então pare de tentar conquista-la Sting. Isso não vai acontecer, eu não vou permitir.

**

Ah sim. Era esse o motivo.

Sting ainda era apaixonado pela Luce, e o pior era que a Luce também era apaixonada por ele, mesmo relutando ela não podia mentir para o seu coração.

Ele me encara e sorri de canto.

_ Olá Natsu-san. – Apenas mando um aceno com a cabeça. Não posso ser rude.

Encho um copo de vodca e licor e viro de vez. A bebida desce queimando minha garganta.

Preciso me embriagar logo e deixar esses pensamentos idiotas e inconvenientes fora de minha cabeça.

[...]

Chego na mansão quase cambaleando. Mas eu era forte com bebidas, então não estava totalmente bêbado, apenas levemente alterado.

Os empregados me informaram que a Luce já havia chego, e estava dormindo em seu quarto.

Agradeci e fui até o quarto.

Abro a porta e me deparo com a linda visão de seu corpo adormecido em sua cama confortável.

Fecho a porta com o máximo de cuidado para não fazer barulho. Acendo um pequeno abajur que tinha ali próximo. Já era o suficiente para iluminar um pouco seu quarto.

O relógio indicava ser 18:03. Eu tinha que acorda-la, afinal a celebração começaria daqui 27 minutos.

Retiro meu casaco, meu sapato e o cinto de minha calça. Coloco-os em uma poltrona vazia, e me aproximo dela.

Ela estava num sono profundo, e só de me aproximar ao menos um pouco já pude sentir seu hálito com um aroma alcoólico deveras forte.

_ Parece que você também andou se divertindo Luce. – Levo minhas mãos a seu cabelo e afasto uma mecha que cairá sobre seu rosto. _ Luce, está na hora de acordar. – Sussurro em seu ouvido, mas ela apenas balbucia algo. _ Vamos perder hora. – Ela se mexe e abre os olhos lentamente.

_ Natsu? – Sorri.

_ Sim. Você está bem?

_ Estou. – Ela se levanta e espreguiça. _ Que horas são?

_ Falta menos de meia hora para começar o evento.

_ Acho que chegaremos atrasados. – Sorrio. _ O Gray cuidou bem de você?

_ Não faça isso soar gay. – Ela ri.

_ É só tirar o ‘R’ do nome dele que fica Gay. Ele fica bravo quando digo isso.

_ Eu também ficaria. Mas ele ‘cuidou’ de mim. Não só ele, mas o Laxus, Loke, Elfman, Rogue e até o Sting foram legais comigo. – Ela coloca a língua para fora.

_ Argh! Não diga esse nome. – Ela joga o lençol para o lado e se levanta. Sua roupa estava toda amarrotada. _ Vou tomar um banho, talvez eu demore. Então use o toalete do quarto de hospedes. Fica aqui ao lado.

_ Certo. – E ela adentra o toalete.

Pego a mala que havia trazido e mais uma toalha e vou até o toalete que ela indicara.

[...]

_ Pronto? – Entrelaçamos nossos braços.

_ Pronto. – Começamos a nos direcionar para a entrada do salão.

Este evento era totalmente diferente dos anteriores que fomos.

Era formal, e se Luce não tivesse me avisado eu acharia que era o próprio casamento.

Adentramos o salão pelo tapete vermelho que se estendia pelo caminho e até me assusto quando vejo vários flashs em nossa direção. Luce ri.

_ Eu te avisei que esse evento seria formal.

_ Não imaginei que teria até fotógrafos. – Abaixei a cabeça.

_ Oras, vai se esconder das fotos?

_ Eu já te disse: Odeio fotos. – Ela ri.

_ Parece que no final eu ainda terei uma foto sua.

_ Isso só irá te atrapalhar.

_ Blá blá blá. Pare de agir como um garoto de programa e comece a agir como meu namorado senhor Dragneel. – Ela me olha e manda uma piscadinha. _ Ou descobrirão a nossa mentirinha.

_ Tem razão. – Sorrio.

[...]

_ LUCINDA!!! – Laxus vem correndo ao nosso encontro e puxa a Luce com tanta força que me obriga a soltar a sua mão. _ Ahh você está tão linda. – Ele a solta, mas ainda a segurava pelos ombros. _ Estou até emocionado.

_ Ah Laxus-nii, deixa de ser chorão.

_ Eu não sou chorão, apenas estou emocionado.

_ Você também está lindo Onii-chan.

_ Ahh sua coisa fofa. – Ele a abraça. _ Se eu não fosse seu irmão eu juro que me casava com você.

_ M-Mas você não é o meu irm--- -

_ Ara ara. – Mira surge atrás dele. _ Isso é coisa de se dizer quando sua noiva está ao seu lado Laxus? – Ele estremece e solta a Luce.

_ E-Eu estava brincando meu amor. – Ela sorri.

_ Eu sei. – Ela nos encara. _ Vocês estão tão lindos.

_ Não tanto como vocês dois. Nee Mira, sabe me dizer se as garotas já chegaram?

_ Chegaram sim Lucy. Só faltavam vocês dois e os gêmeos. – Gêmeos?

_ Me desculpe, eu dormi e acabei atrasando todo. – Mira ri.

_ Vá lá com elas.

_ Certo. – Luce vem até mim e entrelaça nossas mãos. _ Vamos amor? – Amor? Não era ela quem havia me dito que isso era meio forçado.

_ Vamos. – Apenas sorri e a segui, sentindo o olhar de Laxus me fuzilar.

Esse ‘irmão’ realmente é ciumento, e o pior é que sinto que ele não confia nenhum pouco em mim.

_ Luce, quem seria esses tais de ‘gêmeos’ que a Mira disse.

_ Rogue e Sting. – Algo me dizia que eram eles mesmos. _ Eles são gêmeos, porém não idênticos. Sorte do Rogue, afinal ter aquela cara do Sting seria muito sofrimento para ele.

_ Não cuspa no prato que comeu.

_ Não estou dizendo que ele é feio, ao contrário. Aquele idiota é lindo, maravilhoso, gostoso, sexy e extremamente bom de cama. – A encaro. _ O que foi? Disse para não cuspir no prato que comi.

_ Mas não era necessário dizer tantas coisas do seu ex, afinal você está de braços dados com seu namorado.

_ Vai ficar com ciúmes? – Sorrio.

_ Sim, e muito. –Ela fica surpresa. _ Vamos? ‘Amor’.

_ S-Sim.

[...]

_ Aw a Mira está parecendo uma princesa.

_ E meu Onii-chan está parecendo um príncipe. – As garotas riem todas juntas.

_ É, Laxus está bonito também. – Jellal se levanta e encara Erza abismado.

_ A-Amor? – Erza também se levanta.

_ Estou brincando meu chuchu. Você é a coisa mais linda da face da terra. – Os dois entrelaçam as mãos. _ A beleza do Laxus não se compare a sua. – Ele sorri timidamente.

_ Te amo momô.

_ Eu te amo mais ainda meu fofuxo. – Nos encaramos e começamos a rir.

_ Erza? Posso vomitar agora ou isso vai continuar?

_ Momô? Chuchu? Fofuxo? Desde quando vocês dois ficaram gays assim? – Erza mostra o dedo do meio para nós.

_ Pelo menos nós transamos. – Todos se levantam perplexos.

_ O que disse Erza?

_ A verdade. – Ela e Jellal riem.

_ Hey! Nós também fazemos isso. – Levy se levanta e se pronuncia. Todos olham para ela, e isso a faz ficar vermelha. _ Q-Quer dizer.. – Ela aponta para a Luce. _ A Lu-chan por exemplo. Ela e o Natsu fazem, inclusive flagrei isso, hoje mesmo. – O rosto da Luce atinge uma coloração vermelha, parecida com os cabelos escarlates da Erza.

_ A Rival do Amor fez isso?

_ Sim Juvia, e foi no seu quarto. – Juvia se levanta e encara Luce com os olhos arregalados.

_ N-N-No meu quarto??? – Levy assenti com a cabeça.

_ É mentira! E-Eu e o Natsu não fizemos nada. Só estávamos--- -

_ Nas preliminares, certo? – Levy a interrompe. Luce estava prensada na parede com os olhares e questionamentos de suas amigas.

_ Meninas, deixem a Luce em paz. – A tal Lisanna se pronuncia. _ Eles dois são namorados, e namorados fazem isso. – Luce se levanta e abraça Lissana.

_ Lis, eu te amo. – Lisanna ri e retribui o abraço dela.

Ouvimos alguns burburinhos atrás de nós. Todos olham.

Eram Rogue e Sting que haviam chego, e agora se direcionavam a nossa mesa. Olho para Luce de relance, e fico aliviado ao ver que ele nem havia notado a aproximação dele. Ela estava rindo com sua amiga Lisanna.

_ Yo Rogue, Sting! Sentem-se logo aqui. – Maldito Gray! Após ele gritar daquele jeito a atenção da Luce fora para eles, e seu olhar se perde em Sting.

Mesmo estando bem ao seu lado a senti distante.

Rogue e Sting chegam até nós.

Rogue estava quieto e sem expressões, como sempre. E Sting sorrindo e falando alto.

_ Desculpem a demora. Rogue teve que parar para ir ao banheiro.

_ Sting, não minta. Você que precisou ir ao banheiro, e pela demora acredito que tenha feito o numero dois. – Todos riram. Todos menos eu e a Luce.

_ Mas e então, do que estavam falando?

_ Da Luce e do Natsu, que foram flagrados por mim nas preliminares. – Levy encara Sting, e jurava que vi faísca saindo de seus olhares.

_ Entendo. Enfim, alguém sabe que horas que começará o evento? – Ele senta-se bem ao meu lado.

_ Você não leu o script? Mané. – Me segurei para não rir. Não só eu, mas todos da mesa estavam assim. Com certeza Levy odiava Sting, e isso me fez querer se aproximar dela, só para poder ouvir alguém difamar ainda mais ele.

Céus Natsu, por que está odiando o ex da sua cliente? Você não tem nada a ver com isso! Você foi apenas contratado para estar ao lado dela e fingir ser seu namorado. Apenas isso!

Pare de tentar colocar seus sentimentos neste trabalho, ou você se verá obrigado a desfazer o combinado e sair desse trabalho antes da hora!

_ Também te amo baixinha. – Levy se levanta e quase vai para cima dele. Mas Erza e outra garota a segura.

_ Idiota. – Luce estava quieta. Seus olhos estavam vidrados no vaso de flores em cima da mesa. Pego em sua mão. Ela estremece com meu toque.

_ Luce, quer tomar um ar? – Ela me olha e sorri.

_ Ótima ideia. – Sorrio de volta.

Me levanto e ajudo Luce a se levantar.

_ Com licença. Iremos tomar um ar e já voltamos.

_ Vai lá pombinhos.

_ Bom namoro para vocês. – Luce ri.

_ Não vamos namorar, apenas vamos tomar um a---- -  Na mesma hora Luce se cala e sinto sua mão sendo puxada a força da minha.

Não deu tempo de reagir, e a única coisa que pude ver foi Luce indo ao chão desacordada.

_ LUCE!! – Corri até ela e a seguro em meus braços. _ Oe! LUCE!! – Chacoalha sua cabeça, porém ela não respondia.

_ LU-CHAN!!! – Todos saem de seus lugares e formam uma rodinha entre nós dois.

_ Céus, o que houve com ela? – Ela estava pálida. Coloco a mão sobre sua testa e constato que o quanto ela estava quente.

_ Ela está febril.

_ LUCINDA!! – Laxus abre caminho a força entre a multidão que já havia se formado. _ L-LUCINDA!! – Seus olhos estavam marejados de lágrimas. Mira estava ao seu lado tentando acalma-lo. _ O que houve com ela?? – Ele me encara. _ ME RESPONDA NATSU!! – O que eu iria responder?

_ E-Ela desmaiou Laxus. Ela está quente, com certeza está com febre. – Ele já chorava.

_ Fique calmo amor, ela vai ficar bem. – Com um pouco de esforço e ajuda do Gray consigo pega-la em meu colo.

_ Tem algum quarto neste salão?

_ Sim! – Uma das garotas vem até mim. Não sabia seu nome. _ Sou Eclair, prima da Lucy. Este local pertence a minha família, e possuímos alguns quartos. Venha, eu te mostro onde coloca-la. – Assenti com a cabeça.

_ Eu vou chamar um médico. – Erza pega seu celular e disca algum numero rapidamente.

_ Eu vou com vocês! – Laxus dá um passo a frente, porém Mira o impede.

_ Laxus, temos que recepcionar os convidados. – Ele encara Mira, e o clima fica tenso.

_ Minha irmã acabou de desmaiar, e você quer que eu dê atenção aos convidados?? – Ele estava bravo.

Precisava intervir.

_ Laxus, eu vou cuidar da Luce. – Ele me encara. _ Me deixe ficar sozinho com ela.

_ Eu não poss--- -

_ Eu vou cuidar dela. Eu prometo! – Não esperei ouvir sua resposta, apenas dei as costas e segui Eclair para os fundos do salão, onde ficava um elevador.

Todas as pessoas voltaram sua atenção a nós, e os burburinhos aumentavam.

Olho para Luce desacordada em meu colo.

_ Eu vou cuidar de você Luce. – Aproximo meu rosto e dou um beijo em sua testa que estava quente.

_ Já estamos chegando Natsu. – A porta do elevador se abre. Entramos rapidamente e ela aperta o botão do andar Nº. 02.

_ Obrigada Eclair. – Ela me olha e sorri.

_ Minha prima parece estar muito feliz ao seu lado. – Sorri sem graça. O que namorados de verdade respondem?

_ Eu que estou mais feliz por ter ela ao meu lado. – Sim. Era isso que namorados de verdade respondiam.

_ Faça ela feliz Natsu.

_ Eu farei. – Já perdi a conta de quantas pessoas menti nesta família.

Mas por que fazer contas? Afinal meu trabalho era esse. Mentir e enganar pessoas.

[...]

Luce estava ainda desacordada, deitada na cama do quarto que Eclair havia cedido.

Eu estava sentado na poltrona ao lado da cama, aguardando ela acordar.

Erza havia dito que o médico chegaria em menos de meia hora. Agora era só aguardar.

~ TOC TOC  ~

A porta se abre e revela Lisanna.

_ Estou atrapalhando? – Neguei com a cabeça. Ela entra e fecha a porta. _ Como ela está?

_ Ainda não acordou.

_ Entendo. – Ela se aproxima da cama e pega na mão de Luce que estava descoberta. _ Não nos assuste assim sua boba. – Ri.

_ Luce parece gostar muito de você. – Ela dá um sorriso de canto.

_ Lucy é muito importante para mim. – Ela suspira. _ Mas eu não mereço estar ao seu lado. Não mereço que ela goste de mim. – Arquei as sobrancelhas.

_ E por que pensa isso?

_ Porque é a verdade. Eu fiz algo imperdoável a ela. Não posso estar ao seu lado. Não tenho o direito de me considerar amiga dela.

**

_ Quero e não quero vê-la.

**

Desde que ouvi aquilo tinha certeza que Lisanna escondia algo. Algo que envolvia ela e Luce.

_ E o que você fez a ela? – Ela me olha. Uma fina lágrima escorre pelo seu rosto.

_ Eu roubei o garoto que ela amava. – Minha respiração fica pesada. _ Eu sou a garota pela qual Sting Eucliffe se apaixonou, e a razão dele ter largado da Lucy. – Eu não consegui ter nenhuma reação. Apenas arregalei os olhos ao ouvir aquilo. Meus olhos ardem e senti um embolo no meu estomago.

Eu queria chorar....

**